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Ativistas do Greenpeace, organização ativista que usa confrontos pacíficos para expor problemas ambientais, ergueram uma estátua de ‘Bolsonero’ em área devastada pelas chamas no Pantanal, região que vem sendo gravemente destruída por incêndios em 2020. A crítica ao presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (sem partido), o compara a Nero Cláudio César Augusto Germânico, imperador romano de 13 de outubro de 54 até a sua morte, em 9 de junho de 68, que é tido como o responsável pelo incêndio que devastou Roma no ano 64, embora essa versão não seja consenso entre historiadores. 

“Com essas ações não queremos chamar atenção apenas para a destruição sem precedentes do patrimônio ambiental dos brasileiros, mas apontar as causas e seus responsáveis. O Brasil está literalmente em chamas graças à política incendiária do atual governo que, em vez de apresentar ações coordenadas e efetivas de proteção ao meio ambiente e à vida das pessoas, segue tocando a melodia desvairada do seu projeto de destruição, ameaçando e queimando a biodiversidade brasileira e fragilizando a já combalida economia do país”, afirma Tica Minami, diretora de programas do Greenpeace Brasil.

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Tica também alerta para outros problemas que o País vem enfrentando e deverá continuar tendo caso continue com uma política ambiental de devastação. “Ao desdenhar o meio ambiente, é como se o governo Bolsonaro queimasse uma marca extremamente valiosa chamada Brasil – investidores, empresários, banqueiros, chefes de Estado e entidades nacionais e estrangeiras já advertiram que devem retirar investimentos do país por não quererem estar associados a prática de crimes ambientais”, afirmou ela.

Fogo no Pantanal

De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe), a área devastada pelas chamas no Pantanal apenas no mês de setembro é de 33 mil km², o equivalente a todo o território de Alagoas e do Distrito Federal somados e 14% de toda a região. No mesmo período em 2019, a devastação causada pelo fogo chegava a 12.948 km². 

É a maior devastação anual do território em decorrência de fogo desde que o governo federal começou a realizar medições em 2002: dados da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), parceira do Inpe, mostram que 26% de todo o bioma já foi queimado de janeiro a setembro.

Amazônia e Cerrado

No Cerrado, até o momento já foram registrados mais de 54 mil focos de calor no ano de 2020. Já na Amazônia, o mês de setembro registrou um aumento de 60,6% nos focos de calor em comparação com o mesmo período de 2019. 

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Publicação ressaltou que presidente pode ser vetor da doença. (Isac Nóbrega/PR)

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Um dos jornais mais respeitadas do mundo, o The Economist, publicou, nesta quinta (26), um longo artigo intitulado “presidente brasileiro brinca com a pandemia”, sobre a postura de Jair Bolsonaro diante das políticas de combate ao coronavírus. A publicação chamou o brasileiro de “BolsoNero” e elencou os momentos em que ele fez pouco caso da pandemia, a exemplo do pronunciamento em rede nacional, realizado na última terça (24). 

Para o The Economist, Bolsonaro pode ser, inclusive, vetor da COVID-19. “"Se o vírus na Itália pula entre gerações que vivem juntas, no Brasil ele começa pulando entre classes, socialmente distantes, mas fisicamente próximas. Um vetor pode ser o presidente populista Jair Bolsonaro. Em 15 de março, depois que seu secretário de comunicação testou positivo para o vírus, ele ignorou as ordens de quarentena e tirou selfies com os fãs. Quando o primeiro brasileiro morreu de covid-19 no dia seguinte, ele denunciou 'histeria' sobre o vírus”, diz a revista.

A publicação coloca ainda que Bolsonaro “menospreza os esforços de todos” no combate à pandemia e que, por isso, deve ser ignorado. “Em 25 de março, ele mandou [o ministro da Saúde] Mandetta parar de pedir distanciamento social em larga escala. Em discurso televisionado em 24 de março, ele pediu aos governos locais que abandonassem as estratégias de 'terra arrasada', como fechar escolas e lojas, e criticou a mídia por espalhar 'a sensação de medo’, segue o texto.

Por fim, o The Economist comenta que o Brasil possui o sistema público de saúde que atende mais gente do que qualquer outro no mundo. Por isso, para o semanário, ele mereceria um investimento maior do que 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB). A Itália por exemplo, investe 6,7% do PIB, enquanto a Alemanha aplica 9,4% em saúde pública.

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