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O senador Sérgio Moro (União-PR) e o deputado federal André Janones (Avante-MG) bateram boca no Twitter nesta sexta-feira, 9. O ex-juiz chamou o mineiro de "parlamentar folclórico", que rebateu apelidando Moro de "assistente de palco" do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de "Hello Kitty do Paraná". Os dois começaram a discutir após o advogado Rodrigo Tacla Duran compartilhar um vídeo em que Moro é recebido com protestos em um aeroporto.

Nas imagens, um grupo de pessoas parece gritar "Moro, pode esperar, a sua hora vai chegar". Duran compartilhou o vídeo com a legenda: "Russo enfrentando a hora da verdade". Depois, o senador publicou no Twitter que na realidade a gravação tinha sido feita em 2018. No vídeo original, os manifestantes gritam apenas o nome do ex-juiz.

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Janones, então, respondeu ao paranaense dizendo que o vídeo verdadeiro era o que o senador era vaiado. "Qualquer pessoa com o mínimo discernimento consegue perceber que o segundo vídeo passou por uma edição grotesca para suprimir a parte em que se ouve ‘pode ser esperar que a sua hora vai chegar’. Essa não colou marreco. Próxima…", escreveu o deputado mineiro.

Moro retrucou chamando o deputado de "folclórico". "Janones, não sou um parlamentar folclórico como V.Ex., não mudo de opinião segundo quem está no poder, nem propago fake news. O vídeo da ovação no aeroporto foi anos atrás e está disponível no YouTube. O fato foi amplamente noticiado", disse. "Aliás, continuo a circular muito bem nos dias atuais em locais públicos, inclusive em Confins. Quem é vaiado por aí é o seu dono."

Janones, então, disse que o senador foi "assistente de palco" de Bolsonaro durante o debate da Band entre os candidatos à Presidência das eleições 2022, mesmo depois de acusar o ex-presidente de interferência indevida na Polícia Federal. "Vossa excelência não propaga fake news. V.Ex. preferia mesmo é usá-las pra condenar réus, vazar conversas pessoais interceptadas e definir um processo eleitoral e coincidentemente assumir um ministério depois? Eu acho que quando falar em ‘parlamentar folclórico’, é bom se atentar ao espelho", escreveu o deputado.

Janones não parou por aí: publicou dois tuítes em que chamava Moro de "Hello Kitty do Paraná", e ainda resgatou um vídeo antigo em que o ex-juiz dizia não ser o momento para postular a um cargo político. Ele acrescentou que acredita que o senador será cassado.

Tacla Duran, que postou o vídeo que motivou a discussão, foi apontado pela força-tarefa da Lava Jato como operador financeiro da Odebrecht e hoje mora na Espanha. Ele afirma ter sido alvo de uma tentativa de extorsão em troca de facilidades para clientes em acordos de delação com a força-tarefa de Curitiba. Na terça-feira, 6, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli autorizou Duran a entrar no Brasil, sem o risco de ser preso, para prestar esclarecimentos na Câmara dos Deputados.

Críticas frequentes

 

Janones é influenciador nas redes sociais e ajudou a coordenar a campanha de Lula na internet. O ex-juiz da Lava Jato é alvo frequente de seus tuítes. O mineiro já chamou o senador de "vagabundo" e "suprassumo da vassalagem". O deputado critica recorrentemente a condução de Moro de processos contra Lula. "A maior fake news da história do Brasil, era de que você foi imparcial", escreveu Janones para o paranaense em setembro do ano passado.

As ofensas proferidas pelo deputado André Janones (Avante-MG) contra o colega Nikolas Ferreira (PL-MG) durante audiência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da terça-feira, 28, continuaram repercutindo no Congresso nesta quarta-feira, 29.

Na sessão da CCJ de hoje, o deputado Alberto Fraga (PL-DF), que é coronel reformado da Polícia Militar, afirmou que "não usa chupeta, mas sim revólver", em referência ao apelido pejorativo usado contra Nikolas, "chupetinha". Após a declaração de Fraga, Janones se disse "ameaçado de morte" e afirmou que o parlamentar deveria ter o mandato cassado.

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Como mostrou o Estadão, Nikolas Ferreira foi chamado de "chupetinha" e "Nikole" ao tentar falar na audiência do ministro da Justiça, Flávio Dino, na CCJ, nesta terça. O apelido "Nikole" se refere ao discurso do deputado no dia 8 de março, quando ele usou uma peruca e disse que este seria o seu nome. Já "chupetinha" é um apelido criado pelo youtuber Felipe Neto para se referir ao parlamentar e que ganhou popularidade entre a esquerda nas redes.

Hoje, Janones admitiu no Twitter que foi ele quem xingou Nikolas na terça-feira, 28. Vídeos da transmissão da TV Câmara davam a falsa impressão de que o autor das ofensas havia sido o deputado Rui Falcão (PT-SP), presidente da CCJ. O microfone do petista, porém, estava desligado no momento em que o termo foi usado - mesmo ele tendo aberto a boca para falar - e outro parlamentar proferiu o xingamento.

Janones afirmou no Twitter, porém, que o apelido se refere ao modo de se portar de Nikolas, que, segundo ele, é como o de uma criança. "Apesar de ter quase 30 anos de idade, aparenta ser uma criança, fisicamente, nas atitudes e nas mudanças repentinas de voz, como se vivesse uma puberdade tardia", afirmou.

Nesta quarta-feira, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que vai entrar com representação contra Janones no Conselho de Ética pela fala. O parlamentar publicou um vídeo em que o político mineiro chama Nikolas repetidas vezes de "chupeta".

Confusão

Após Janones se dizer ameaçado, Fraga levantou de seu lugar e começou a caminhar em direção ao deputado do Avante, mas foi contido por colegas. Parlamentares pediram uma atitude para conter a situação por parte de Rui Falcão, que interrompeu a sessão por uma hora.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi cobrado, no plenário da Câmara, a devolver as joias que seu pai, o então presidente Jair Bolsonaro, recebeu ilegalmente no Brasil, como presente do regime da Arábia Saudita, sem ter declaração à Receita Federal e que entraram de forma clandestina no País.

Nesta quarta-feira (15), Eduardo Bolsonaro foi à tribuna da Câmara para criticar a ida do ministro da Justiça, Flávio Dino, ao Complexo da Maré, conjunto de comunidades na zona norte da capital do Rio de Janeiro. Sem nenhuma prova, fez acusações sobre suposto envolvimento de integrantes do governo federal com o crime organizado do Rio. Na segunda-feira (13), Dino participou do lançamento de um boletim sobre violência e encontrou diversas lideranças comunitárias da região.

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O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) reagiu às falas de Eduardo Bolsonaro e acusou o ex-presidente de corrupção. "Ele tá aqui no plenário, então ele tem que responder o seguinte: já devolveu o colar? Já devolveu o relógio e os outros itens de R$ 400 mil que o seu pai levou pra casa? Porque isso, deputado Eduardo Bolsonaro, é corrupção. Vocês têm de responder exatamente por isso. Devolvam aquilo que levaram", afirmou Braga.

O deputado mencionou ainda outros episódios que envolveram a família Bolsonaro. "É engraçado porque o deputado Eduardo Bolsonaro, sempre que tem a oportunidade, tenta criminalizar alguma comunidade do Rio de Janeiro. Só que a maior apreensão de armas e de fuzis foi feita a partir da pista de onde? Do condomínio do pai dele! A grande apreensão de cocaína estava onde? No avião do pai dele! Ora, ora, ora... Tá querendo enganar a quem?"

Ontem, o Tribunal de Contas da União (TCU) deu prazo de até cinco dias para que o ex-presidente Jair Bolsonaro devolva o segundo jogo de joias que recebeu do regime da Arábia Saudita. O conjunto, que reúne peças em ouro como relógio, caneta e abotoaduras, está guardado em um local privado de Bolsonaro, no Brasil.

A ordem é para que as joias sejam enviadas para a Secretaria Geral da Presidência da República, que fica dentro do Palácio do Planalto. O tribunal também determinou, por unanimidade, que o conjunto de diamantes de R$ 16,5 milhões que está apreendido com a Receita Federal na alfândega de Guarulhos (SP) tenha o mesmo destino, após a conclusão das investigações sobre o caso.

Além das joias dadas pelo regime saudita, a corte requereu o fuzil e pistola recebida por Bolsonaro em 2019, dos Emirados Árabes. Paralelamente, foi determinada uma varredura minuciosa em todos os presentes que o ex-presidente recebeu em seus quatro anos de governo, conforme antecipou o Estadão nesta quarta-feira, 15. Aquilo que não for considerado como presente "personalíssimos" terá de ser integrado ao patrimônio da União, e não poderá ficar com Bolsonaro.

Outra decisão tomada é que, a partir de agora, nos últimos dois meses que antecedem o fim de cada mandato, passará a ser feito um pente-fino daquilo que pode ou não ser incorporado pelo então presidente como bem pessoal.

A defesa de Jair Bolsonaro sustentou que os presentes dados pelos sauditas seriam bens pessoais e que poderiam ser incorporados ao acervo privado do presidente. Na semana passada, ao se manifestar sobre os presentes, o advogado do ex-presidente Bolsonaro, Frederick Wassef, declarou que Bolsonaro, "agindo dentro da lei, declarou oficialmente, os bens de caráter personalíssimo recebidos em viagens, não existindo qualquer irregularidade em suas condutas". Flávio Bolsonaro também saiu da defesa do pai e disse que as caixas de joias eram "personalíssimas, independentemente do valor".

Como tem revelado o Estadão em uma série de reportagens, Bolsonaro atuou diretamente no caso, não apenas para receber o pacote de presentes que entrou no País, como para tentar reaver, de todas as formas possíveis, o segundo pacote de joias que ficou retido na Receita. Suas ações diretas estão fartamente documentadas por meio de ofícios, ligações telefônicas, agendamento de voo da Força Aérea Brasil, pedidos formais para retirar as joias, acesso a ministérios e à chefia da própria Receita, com pressão direta sobre os funcionários do órgão.

Bolsonaro também já mudou de versão sobre o assunto. Primeiro, atacou a imprensa e disse que não tinha nenhum conhecimento sobre as joias. A mesma postura foi adotada por Michelle Bolsonaro. Uma semana depois, com a profusão de provas sobre o assunto, reconheceu que recebeu um pacote e decidiu entregá-lo.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro embarcou na manhã da terça-feira, 14, em Brasília, rumo a Orlando, nos Estados Unidos, para encontrar Jair Bolsonaro. Nos bastidores do PL, partido do casal Bolsonaro, a informação é a de que o escândalo das joias pautará o encontro. Michelle tem uma agenda prevista para o dia 21 de março no Brasil, para o lançamento dela como presidente do PL Mulher.

A Receita Federal também desmentiu a versão apresentada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados de que as joias enviadas pelo regime da Arábia Saudita ao Brasil seriam para o patrimônio público da Presidência. O órgão afirmou que, mesmo após orientações e esclarecimentos prestados pelos servidores do Fisco de que o bem poderia ser regularizado caso essa fosse a justificativa, "isso não aconteceu no caso em análise".

Por meio de nota, a Receita afirmou que a incorporação ao patrimônio da União exige pedido de autoridade competente, com justificativa da necessidade e adequação da medida, como, por exemplo a destinação de joias de valor cultural e histórico relevante, que possam ser enviadas para um museu.

"Não cabe incorporação de bem por interesse pessoal de quem quer que seja, apenas em caso de efetivo interesse público", informou a instituição, explicitando novamente que o governo não apresentou pedido para que as joias fossem tratadas como bem da União.

O caso deflagrou uma série de medidas e hoje é investigado hoje pela PF, Ministério Público Federal e Controladoria-Geral da União, além da Comissão de Ética da Presidência da República. O Tribunal de Contas da União também interveio e vai ficar com a guarda do segundo pacote que entrou no País enquanto se investiga o caso. No Congresso, há coleta de assinaturas na Câmara para instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito. No Senado, o escândalo será investigado pela Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC).

O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta sexta-feira que gosta de debates eleitorais na televisão. Por outro lado, questionou as regras estabelecidas e rejeitou que compareça para "bater boca".

"Eu gosto de debate, acho que é essencial para clarear a mente do povo brasileiro", declarou o petista em coletiva de imprensa em São Luís. "São muitos candidatos. Quando você fica parado, 18 minutos sem dar a palavra, você não vai bater boca, vai dizer coisa que vai ser positiva para o povo brasileiro", acrescentou. "É preciso que as regras facilitem debate e troca de ideias para que o povo compreenda o que está acontecendo."

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Como mostrou o Broadcast Político, a campanha de Lula avaliou que o candidato deveria ter adotado tom mais enfático para rebater as acusações de corrupção feitas pelo presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro. "Eu não faço campanha política ofendendo adversários. Vou para debate para tentar consertar o Brasil", defendeu-se hoje o candidato. Ele avaliou ainda que Bolsonaro "fez questão de mentir" no debate da Band "com a maior desfaçatez".

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ameaçou nesta terça-feira, 31, retirar o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) do plenário após o parlamentar questioná-lo sobre sua intenção de pautar a privatização da Petrobras. A confusão começou porque Glauber chamou Lira de ditador e perguntou se ele não tinha vergonha de dar entrevistas afirmando que iria pautar projetos para privatizar a estatal.

Durante o bate-boca, Lira cortou o áudio do microfone do colega e além de ameaçar retirá-lo à força do plenário, o presidente da Câmara também disse que iria processar Glauber no Conselho de Ética. "A diversidade de pensamentos nesta Casa é permitida, só não é aceita nesta Casa falta de respeito", completou.

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Após a discussão, Lira deu a palavra para que Glauber Braga falasse na tribuna da Casa, em nome do partido. O deputado do PSOL, então, voltou a criticar o presidente da Casa pelas falas recentes a favor da privatização da Petrobras.

O ator Ícaro Silva ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter depois de uma declaração polêmica sobre o BBB. Cotado para a edição de 2022 do reality show, o artista negou sua ida ao programa, alfinetando a atração.

"Gente, respeita a minha história, a minha trajetória, meu ódio por entretenimento medíocre e minha repulsa por dividir banheiro. Parem de acreditar nessa história absurda de que eu cogitaria ir para o Big Boster Brasil", escreveu ele ao negar que estaria no reality.

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Após a repercussão do caso, ele, que é contratado da Globo, apagou o tuíte que logo viralizou nas redes sociais.

Internautas não deixaram a declaração passar batido e relembraram quando ele posou sem roupa para comemorar a vitória de Thelma Assis, no BBB20.

"Quando foi pra ganhar engajamento o BBB serviu, né?", escreveu um. "Totalmente perdida no personagem, mana", disse outro.

Ícaro não ficou calado e respondeu alguns seguidores. Por fim, finalizou: "Gente, eu estou muito excitado que minha primeira interação em massa no Twitter seja na base do ódio. O esgoto está transbordando. A parte mais legal é que agora vocês sabem que eu não estou topando passar uma parte da minha vida dividindo quarto com luz de necrotério. Gente, muito obrigado mesmo! Até me atrasei pro rolê, mas amei essa enxurrada de paixões juvenis; não esperava na segundona pré-férias. Amanhã venho dar minha opinião sobre futebol pra gente recuperar esse calor. Cuidem-se, bebam água e me sigam no Instagram".

O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), precisou suspender por dez minutos a sessão de depoimento do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em razão de uma discussão acalorada entre o titular da pasta e o senador Otto Alencar (PSD-BA). Apesar de Queiroga já ter demonstrado irritação em outros momentos da oitiva, o debate foi o mais acirrado até agora. O bate-boca começou após o senador perguntar se Queiroga tinha lido as bulas das vacinas contra covid-19 aplicadas no País, recebendo uma resposta negativa. Otto classificou o ato como "irresponsável". O depoimento já foi retomado.

Ao questionar a escolha do ministério sobre o período de aplicação da segunda dose da vacina da Pfizer, Alencar esquentou o interrogatório de Queiroga, e o tom do ministro também se elevou. "Vossa excelência não pode querer desqualificar a autoridade sanitária do Brasil por ter lido ou não uma bula", respondeu Queiroga ao senador. "O senhor está levantando a voz para mim", rebateu Alencar. "Não estou não", disse Queiroga.

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A vacinação de gestantes também gerou uma discussão entre o ministro e o senador. Foi quando Aziz precisou intervir e suspender a sessão. "Me fala a verdade, ministro. A ciência não pode mentir", disse Alencar. "Eu sempre falo a verdade", respondeu Queiroga. "Não fala, não", rebateu o senador, que chamou o programa de imunização no Brasil de "pseudovacinação". Irritado, Queiroga retrucou. "Apliquei 70 milhões de vacinas pelo Brasil", disse o ministro, que pediu que Aziz colocasse "ordem" na sessão.

Antes de fazer as perguntas ao ministro, Alencar exibiu um vídeo com episódios em que o presidente Jair Bolsonaro foi "grosseiro" ao se dirigir a mulheres. A exibição foi uma resposta aos que criticaram o tratamento dado pelo senador à médica Nise Yamaguchi durante depoimento na CPI, entre eles, Bolsonaro. "Não fui grosseiro com a doutora Nise", disse Alencar.

Vacinas

O ministro da Saúde afirmou aos senadores que as vacinas russas Sputnik V, contratadas pelo consórcio de governos estaduais do Nordeste, serão incorporadas ao Programa Nacional de Imunização (PNI) e os Estados que fizeram a contratação serão ressarcidos pela compra. Durante depoimento à CPI da Covid, Queiroga, entretanto, destacou a necessidade da realização de estudos de efetividade do imunizante.

Na última semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a importação da vacina em caráter excepcional e temporário. Na decisão, o órgão regulador limitou o uso do imunizante a até 1% da população. "Me parece que é um volume pequeno. Muito menor do que nós desejávamos", afirmou Queiroga.

O ministro também destacou que a velocidade das entregas das vacinas pelo Consórcio Covax têm sido "lentas" e isso atrasaria a obtenção das metas de vacinação. Outros pontos destacados por Queiroga foram o atraso na importação de insumos da China e o avanço da imunização em grupos com comorbidades, segundo o ministro, em velocidade inferior à de outros grupos anteriores.

No segundo dia de depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello à CPI da Covid, a tropa de choque do governo protagonizou já alguns bate-bocas com integrantes da comissão. O clima esquentou depois de o senador Marcos Rogério (DEM-RO) apresentar um vídeo com falas de governadores sobre a cloroquina, seguido por uma defesa do senador Flávio Bolsonaro em nome do irmão, Carlos Bolsonaro - cujo nome é frequentemente associado a um eventual "assessoramento paralelo" ao presidente Jair Bolsonaro em assuntos da pandemia.

"Completamente normal um filho conversar com o pai", interrompeu Flávio, que não é membro da CPI. Tentando argumentar que não haveria tal "assessoramento paralelo", o filho do presidente citou o nome do pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, que segundo Flávio fala "quase diariamente com Bolsonaro" e influenciaria o presidente. "Chama ele aqui e vê se ele influenciou em alguma coisa (de decisões sobre o combate à pandemia)", desafiou Flávio. Marcos Rogério disse então que vai apresentar requerimento para chamar Malafaia à CPI.

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Em seguida, a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) buscou rebater o vídeo apresentado por Marcos Rogério, mas foi interrompida pelo colega. "Vai vendo, Brasil", dizia Marcos Rogério, que alega que os integrantes da CPI não querem investigar os governadores. O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), precisou suspender a reunião em razão do bate-boca por dez minutos. O depoimento foi retomado há pouco.

Parece que o ator Thiago Rodrigues se envolveu em uma saia-justa na tarde do último sábado (26). O ex de Cris Dias foi flagrado em um bar no bairro do Leblon, no Rio de Janeiro, acompanhado do ator Gil Coelho e da suposta nova namorada, que se chama Michele, segundo Fábia Oliveira, do jornal O Dia. O clima era amistoso no início do encontro, no entanto, tudo azedou depois que Thiago despertou o ciúme da companheira.

Segundo a colunista, Thiago foi cumprimentar algumas meninas que estavam na mesa ao lado celebrando uma despedida de solteiro. O ator teria dado atenção especial para uma das moças, desagradando a namorada.

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Ao voltar para sua mesa, o tempo fechou com Michele e os dois começaram a discutir. Nos cliques, que circulam pela internet, é possível ver que Thiago e Michele fazem gestos como se estivessem debatendo algum assunto.
 

Líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE) se envolveu em um bate-boca na noite dessa quinta-feira (11) com um passageiro durante um voo da Gol de Brasília para o Recife.  

De acordo com informações do jornal O Globo, um homem não identificado teria provocado o senador dizendo que ele é "uma vergonha para Pernambuco". O parlamentar rebateu: “Fui eleito, seu babaca”. 

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A confusão não se estendeu, apesar de diversos passageiros terem ouvido a troca de farpas, porque outra pessoa resolveu intervir e acalmar os ânimos. 

Humberto foi o senador mais votado nas eleições do ano passado, recebeu mais de 1,7 milhão de votos.

O LeiaJá entrou em contato com o senador e, através da assessoria de imprensa, informou que não se posicionaria, mas "lamentava o episódio de agressão".

Sessão na Câmara Municipal de São Paulo foi marcada nessa sexta-feira (21) por confusão e bate-boca. Vereadores do DEM, PSOL e Novo se desentenderam durante a sessão da Comissão de Estudos de Reforma da Previdência Social e por pouco não terminaram aos tapas e socos. A confusão teve empurrões, troca de acusações, chutes e mal-estar e começou por causa de divergências sobre o projeto em discussão.

Os parlamentares discutiam o plano de Previdência dos servidores do município, o Sampaprev, enquanto professores e funcionários da área de saúde protestavam.

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A confusão começou quando o vereador Fernando Holiday (DEM), ligado ao Movimento Brasil Livre (MBL), tentou interromper a fala da colega Samia Bonfim (PSOL). Antes, as vereadoras Samia Bonfim e Janaína Lima (Novo) se desentenderam e foram separadas pelo líder do PSDB na Câmara, Fabio Riva.

O vereador Toninho Vespoli, também do PSOL, entrou na discussão. Holiday e Vespoli tiveram de ser apartados. O barulho era intenso e o vereador Eduardo Suplicy (PT) pediu silêncio.

Guardas municipais foram chamados para a retirada de manifestantes que acompanhavam a sessão no plenário. Suplicy pediu calma e impediu que um guarda retirasse uma manifestante. Após a confusão, a sessão foi interrompida. 

A base aliada do prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), quer tentar votar ainda hoje o projeto que aumenta o desconto em folha do servidor público de 11% para 14% e cria um plano de previdência complementar. A oposição atua para obstruir a votação.

Em março, professores que protestaram contra o projeto acabaram feridos pela polícia. O projeto ficou adormecido nos últimos meses e a foi retomada em novembro.

Em meio a discussões sobre corte de gastos públicos, a TV Justiça, emissora pública oficial do Judiciário, pretende colocar em funcionamento a partir de agosto o novo sistema de câmeras em alta definição para transmissão ao vivo das sessões plenárias do Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte vai gastar até R$ 2,9 milhões para realizar a troca de equipamentos de captação e transmissão. As sessões são televisionadas no programa Direto do Plenário, às quartas e quintas-feiras, e reprisadas em outros dias durante a programação.

Esse tipo de transmissão vem sendo apontado por especialistas e estudiosos não só como uma forma de divulgar atos do Poder Judiciário como um fator de influência no comportamento dos ministros durante as sessões e na extensão dos votos de cada um deles.

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Na semana passada, por exemplo, o bate-boca entre os ministros Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso durante o julgamento que manteve a proibição de doações ocultas em campanhas eleitores foi transmitido ao vivo. Tradicionalmente com posições opostas, ambos protagonizaram uma troca de agressões verbais. Barroso disse que o colega é "uma pessoa horrível", uma "mistura do mal com o atraso e pitadas de psicoterapia". Gilmar rebateu recomendando que Barroso "fechasse seu escritório de advocacia". No ano passado, o plenário da Corte também foi palco de outros embates entre ministros.

Criada em maio de 2002, a TV Justiça tem sede no Supremo Tribunal Federal e iniciou as atividades em agosto daquele ano. Coube a Marco Aurélio Mello, que é ministro da Corte desde 1990, a sanção da lei que criou a emissora. À época, Marco Aurélio era o presidente do STF e ocupou interinamente a Presidência da República durante uma viagem de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) ao exterior. Ele ocupou o cargo porque também estavam fora do País o vice-presidente e os presidentes da Câmara e do Senado.

No dia da sanção da lei, Marco Aurélio afirmou que o serviço seria "importantíssimo porque a última trincheira do cidadão é o Judiciário". A administração da TV Justiça está sob a responsabilidade da Secretaria de Comunicação Social da Corte com o auxílio de um Conselho Consultivo.

Investimento

Os R$ 2,9 milhões previstos serão usados para bancar novas câmeras de alta definição, lentes, monitores e sistema de operação à distância com controle e robótica. Há pelo menos duas empresas interessadas. O STF quer que elas comprovem experiência no fornecimento dos equipamentos. O sistema é considerado crítico, porque, em caso de mau funcionamento, afeta a transmissão do plenário.

A TV Justiça está buscando no mercado produtos com tecnologia de ponta, fabricados por líderes do mercado mundial de produção e transmissão de vídeo. A exigência é que as câmeras captem em full HD (resolução máxima da alta definição), mas não em ultra HD ou 4K, com qualidade quatro vezes superior. O 4K é considerado como próximo passo da tecnologia padrão de TVs e já foi usado em transmissões na Olimpíada do Rio, em 2014.

O Supremo afirma que a substituição dos equipamentos vai permitir melhores condições de manutenção, de infraestrutura tecnológica e possibilitar a captação de imagens em HD. A justificativa do tribunal para o investimento é que as câmeras atuais estão obsoletas, defasadas tecnologicamente e em operação há um longo tempo - pelo menos dez anos desde que foram adquiridas.

Atualmente, as imagens da TV Justiça são captadas e transmitidas em aspecto 4:3, proporção que era o padrão no Brasil até as primeiras transmissões da TV digital, iniciada em 2007. As câmeras que serão substituídas foram compradas naquele ano, ao custo de R$ 1,5 milhão.

Para melhoria da qualidade de som e imagem possibilitada com os sinais digitais, foi adotado na TV aberta o padrão 16:9 (widescreen), similar à tela de cinema, com mais área nas laterais. Quando retransmitido para televisores mais modernos, a qualidade da imagem piora e aparecem barras pretas nas laterais da imagem.

Câmeras

O plenário do Supremo possui ao todo dez câmeras em cinco posições diferentes. Todas são operadas remotamente por meio de cabos ligados a uma sala de controle (switcher). Elas ficam afixadas nas paredes, e não há cinegrafistas dentro do plenário. As cinco câmeras da TV Justiça, instaladas mais ao alto, serão trocadas. As outras cinco servem apenas para documentação de eventos internos e das sessões de julgamento pela Seção de Áudio e Vídeo, "com aplicabilidade distinta e sem relação direta com os equipamentos da TV Justiça", segundo a Coordenadoria Administrativa da Secretaria de Comunicação Social. Elas foram adquiridas em 2012, num edital com valor de R$ 2,2 milhões.

O STF vem investindo na renovação de sua infraestrutura de áudio e vídeo. Em 2014, lançou licitação de R$ 5 milhões para câmeras e outros equipamentos para gravação em estúdios e externas. No ano passado, realizou outro de R$ 1,7 milhão para compra de um switcher de vídeo para transmissões, que poderá ser usado com as novas câmeras. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou uma carta à presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, afirmando que deixou seu antigo escritório em 27 de junho de 2013, quando nomeado a integrar a Corte.

A carta, enviada após o término da sessão desta quarta-feira, 21, foi uma resposta à fala de Gilmar Mendes que recomendou à presidente que o ministro fechasse seu escritório de advocacia. "Diante da afirmação falsa feita hoje no plenário, venho formalmente comunicar a Vossa Excelência que me desliguei do escritório que integrei, em data anterior à minha posse, e que jamais atuei em processo pro ele patrocinado ou por qualquer dos seus sócios", disse Barroso.

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"A esse propósito, no meu primeiro dia no Tribunal - 27 de junho de 2013 - oficiei formalmente à Secretaria Judiciária da Presidência para que não me fosse distribuída ação em que o escritório ou qualquer dos seus sócios atuassem", acrescentou. Os ministros protagonizaram um intenso bate-boca no plenário do Supremo em sessão que deveria votar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade sobre doações ocultas de campanha eleitoral.

No meio de seu voto, o ministro Gilmar Mendes - que já havia criticado o que considerou uma protelação da ministra Cármen Lúcia em relação à tramitação do pedido de habeas corpus do ex-presidente Lula - recomeçou a repreender atitudes de ministros da Corte. Mencionou a votação em que a Primeira Turma do STF decidiu que não é crime a interrupção da gravidez até o terceiro mês de gestação, que teve a relatoria de Barroso.

"Ah, agora vou dar uma de esperto e vou conseguir a decisão do aborto". De preferência na Turma com três ministros, aí fazemos um dois a um", disse Gilmar. Barroso, então, interrompeu Gilmar e afirmou que o ministro é "uma pessoa horrível". "Me deixe de fora desse seu mau sentimento. Você é uma pessoa horrível. Isso não tem nada a ver o que está sendo julgado", disse Barroso.

O ministro continuou: "A vida para Vossa Excelência é ofender as pessoas. Vossa Excelência é uma desonra para todos nós. Vossa Excelência desmoraliza o tribunal. Já ofendeu a presidente (Cármen Lúcia), ofendeu o ministro Fux, e agora me ofende. O senhor é a mistura do mal com o atraso e pitadas de psicopatia", disse Barroso.

A presidente Cármen Lúcia anunciou a suspensão da sessão em meio ao bate-boca e o ministro Gilmar Mendes pediu para continuar seu voto. A ministra Cármen repetiu que a sessão estava suspensa e Gilmar rebateu, referindo-se a Barroso: "O senhor deveria fechar seu escritório de advocacia!"

Diante da insistência dos ministros, a presidente Cármen Lúcia cortou o som dos microfones e a sessão foi, finalmente, suspensa. Durante o intervalo, os ministros Edson Fachin, Luiz Fux, Ricardo Lewandowski, Celso de Mello, Roberto Barroso, Alexandre Moraes e Marco Aurélio ficaram em conversa no plenário.

Após a interrupção da sessão, Barroso pediu desculpas aos ministros pela discussão. Os colegas tinham um semblante de consternação. "Lamento, lamento", disse Barroso. Gilmar Mendes, por sua vez, depois de retomada a sessão, voltou a falar nos temas que deram origem ao bate-boca e rebateu termos que lhe foram atribuídos por Barroso.

A sessão da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado foi suspensa, na tarde desta terça-feira (23), após uma discussão entre os parlamentares de oposição e do governo. Os opositores se colocaram em obstrução à leitura do relatório do Projeto de Lei que estabelece a reforma trabalhista. O tumulto iniciou após o colegiado rejeitar um requerimento para adiar a apresentação do documento elaborado pelo senador Ricardo Ferraço (PSDB) na CAE. 

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) chegou a bater na mesa e dizer que não ia permitir “o retrocesso dos direitos conquistados pelos trabalhadores”. Ele foi acompanhado da senadora Gleisi Holffman (PT), que rebateu argumentos do senador Romero Jucá (PMDB). “Não vamos aceitar em nome dos trabalhadores brasileiros”, afirmou. 

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Logo após isso, os senadores da oposição levantaram dos seus lugares e iniciaram um bate-boca acirrado com os aliados do governo Michel Temer. Em paralelo, assessores e membros de centrais sindicais que assistiam à sessão do colegiado começaram a gritar palavras de ordem como: “Jucá na cadeia”, “fora Temer”, “Aécio na cadeia” e  “1, 2, 3... 4, 5, 1000 ou param as reformas ou paramos o Brasil”. 

Veja o que aconteceu no momento:

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Quem acompanha as sessões do julgamento de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff pela TV nem sempre consegue captar o clima interno entre os senadores no plenário. Acordos entre parlamentares, discussões paralelas e até mesmo momentos de descontração acabam passando despercebidos. O clima de tensão e rivalidade que aparece diante das câmeras não traduz o conjunto das relações entre os senadores, que fora da disputa política, mantêm um relacionamento mais amigável.

Isso ocorre porque a transmissão oficial do julgamento, feita pela TV Senado e retransmitida para outras emissoras, respeita o direito de fala. Ou seja, a imagem é sempre de quem detém o microfone. Na hora do discurso oficial, os senadores vestem personagens que, por vezes, não coincidem com o que são nos bastidores, onde as lentes da TV não alcançam.

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Enquanto o público assistia ao depoimento do auditor fiscal Antônio Carlos D'Ávila, no fundo do plenário, o combativo líder da minoria, Lindbergh Farias (PT-RJ), se uniu à uma roda de rivais tucanos, onde deu início a uma longa conversa cheia de risadas com dois dos maiores críticos do governo Dilma, Ricardo Ferraço (PSDB-ES) e Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).

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Também não foi possível ouvir pela TV a quantidade de risos que vinham do cafezinho do Senado, espaço restrito ao lado plenário. Enquanto alguns senadores interrogam as testemunhas, é natural que outros deixem o plenário para um pão de queijo com café, ou chá de gengibre, especialidade da casa. Outra realidade escondida é que o plenário fica por mais tempo vazio do que cheio, já que os senadores se ausentam quando não é a vez deles de falar.

Encontros pouco prováveis também ocorrem nas costas das câmeras. Poucos sabem, mas o advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo, e os senadores Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Aécio Neves (PSDB-MG), que muitas vezes aparecem nos vídeos se confrontando, são amigos de longa data.

Cardozo já foi deputado federal e conviveu com os colegas na Câmara. Durante um depoimento pouco empolgante de sua própria testemunha, ele preferiu virar sua cadeira de costas para a mesa central e passou quase uma hora dando risadas com os rivais políticos Aécio e Caiado.

As câmeras destacam os bate-bocas, mas escondem as reconciliações. Quando o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), insinuou que teria livrado Gleisi Hoffmann de um indiciamento no STF, uma grande confusão se iniciou. No intervalo para o almoço, alguns tiveram a iniciativa de pedir desculpas. Outros, como o próprio Renan, precisaram de um empurrãozinho do colega Jorge Viana (PT-AC) para entender que haviam passado dos limites. Mais tarde, Renan resolveu dar explicações. Dessa vez, com as câmeras ligadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ao explicar sua fala de que o Senado não tem moral para julgar a presidente afastada Dilma Rousseff, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) disse nessa sexta-feira (26) se incluir no grupo sem condições de avaliar os crimes pelos quais a petista é acusada. A frase deu início a uma discussão em plenário na manhã de quinta (25) e voltou ser polêmica na sessão de sexta.

"Não me arrependo (de afirmar que a Casa não tem moral). O Senado não tem moral para julgar a presidente Dilma. Uma parte grande dos senadores está respondendo a processo, inclusive eu", disse Gleisi. "Me incluo nisso", afirmou. E complementou: "Estou apontando o dedo para uma pessoa, tem três apontados para mim."

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Gleisi e o marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) após a investigação policial concluir que os dois receberam R$ 1 milhão de propina de contratos firmados entre empreiteiras e a Petrobrás. Eles negam irregularidades.

Arrependido

Ontem à tarde, Gleisi ligou para o presidente do Senado para tentar desfazer o mal-estar entre os dois após o embate no plenário, mas ele não atendeu o telefone. A petista diz ter deixado um recado para o peemedebista. Renan, por sua vez, afirma que não viu a ligação. "Se bem conheço, estou muito mais chateado do que ela", afirmou.

Desde o embate, o peemedebista montou com assessores uma ação de contenção de danos. "Eu morro de arrependimento quando isso acontece", disse Renan. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A bancada petista do Senado divulgou no início da noite desta sexta-feira, 26, nota em que se solidariza com a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e rejeita a afirmação, feita mais cedo pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), de que o peemedebista interferiu a fim de evitar um pedido de indiciamento dela e do marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, feito pela Polícia Federal em razão de uma investigação que corre perante o Supremo Tribunal Federal (STF).

"Em nenhum momento, a senadora Gleisi solicitou ou foi beneficiada por qualquer vantagem oriunda da interferência de terceiros no Supremo Tribunal Federal, seja porque jamais aceitaria, seja porque aquela Corte não é suscetível a expedientes dessa natureza", diz a manifestação do partido.

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A nota pontua que as duas reclamações do Senado protocoladas no STF em que a senadora é parte foram "institucionais e em defesa das prerrogativas constitucionais de todos os membros desta Casa".

"À luz do que precede, a bancada do PT lamenta profundamente o episódio ocorrido, que, mesmo fruto da tensão momentânea da discussão, não deve se repetir no diálogo político elevado que pauta este Senado Federal", conclui a nota.

A assessoria de imprensa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgou uma nota para explicar sua fala no plenário mais cedo, quando o peemedebista disse que livrou a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) de um indiciamento no Supremo Tribunal Federal (STF).

A nota tentou mostrar o caráter institucional na fala de Renan, afirmando que suas declarações se referem à uma manifestação pública do órgão ao STF contra a ação de busca e apreensão no apartamento funcional da senadora.

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"Trata-se de manifestação pública e institucional decorrente da operação de busca e apreensão realizada no imóvel funcional ocupado pelo senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e do indiciamento da senadora pela Polícia Federal", diz a nota.

A nota explica ainda as duas reclamações que foram protocoladas pela Mesa Diretora do Senado no STF. "A reclamação 24.473 versa sobre a preservação da imunidade parlamentar na operação de busca de apreensão em imóvel do Senado Federal da senadora. Já na reclamação 23.585, que trata do indiciamento da senadora pelo delegado da Polícia Federal, o Senado Federal tentou desfazer ao indiciamento pela Polícia Federal", afirma o comunicado.

Conforme a nota, a pretensão do Senado foi julgada pelo ministro do STF, Teori Zabascki, em 11 de maio, quando o relator entendeu que a "reclamante acabou denunciada pela suposta prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro" no inquérito 3.979. Na nota, Renan defende que as intervenções do Senado são impessoais, transparentes e ditadas pelo dever funcional no intuito de defender a instituição e as prerrogativas do parlamentar.

O senador não chegou a se desculpar com Gleisi na nota. Ele apenas reitera sua "isenção" no processo de impeachment e lamentou, de forma geral, "recorrentes provocações em plenário".

Bate-boca

A confusão entre Renan e Gleisi se iniciou quando o presidente do Senado, em uma tentativa de acalmar os ânimos de outros senadores que discutiam, pediu a palavra para pedir mais tranquilidade no plenário. Em seu discurso, ele condenou declarações políticas, citando como exemplo a senadora Gleisi.

"Ontem, a Senadora Gleisi chegou ao cúmulo de dizer aqui para todo o País que o Senado Federal não tinha moral para julgar a Presidente da República", disse, e em seguida foi acusado por algum dos senadores fora do microfone de estar tentando colocar mais fogo na confusão.

"Eu quero tocar fogo, não! Eu quero dizer que isso não pode acontecer. Como uma senadora pode fazer uma declaração dessa? Exatamente, uma senadora que, há 30 dias, o presidente do Senado Federal conseguiu, no Supremo Tribunal Federal, desfazer o seu indiciamento e do seu esposo", afirmou.

A fala provocou ainda mais confusão. Muitos senadores partiram para cima do presidente do Senado. Lindbergh Farias (PT-RJ) gritava "baixaria, baixaria!", enquanto outros bate-bocas paralelos se alastravam pelo plenário.

Julgamento de Gleisi

Coincidentemente, o julgamento sobre a aceitação da denúncia contra a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), inicialmente previsto para ocorrer na próxima terça-feira (30), foi adiado. O caso foi retirado da pauta da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável por decidir se torna a senadora e seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, réus na Lava Jato.

A defesa de Gleisi afirmou que não fez pedido de adiamento, mas confirmou ter recebido a informação do Supremo de que o caso ficaria fora da sessão da próxima semana.

O deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) reagiu ao discurso do líder da Rede, Alessandro Molon (RJ), que condenou a fala do peemedebista na sessão de ontem da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) quando disse que os parlamentares que o julgam hoje podem viver a mesma situação no futuro. Os parlamentares trocaram farpas na sessão da CCJ destinada a apreciar o recurso do peemedebista contra o processo de cassação aprovado pelo Conselho de Ética.

Ontem, Cunha disse que 117 parlamentares possuem inquéritos ou ações penais e que, se votarem contra seu recurso, poderiam abrir um precedente perigoso contra eles mesmos. "Hoje sou eu. É o efeito Orloff. Vocês amanhã", declarou. Hoje, o peemedebista reiterou que cabe a Justiça julgá-lo e, ao final, eventualmente determinar a perda do mandato.

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Nesta tarde, Molon afirmou que o País inteiro havia interpretado o discurso de Cunha como intimidação. "Esse recado em tom de ameaça é inaceitável para essa Casa", disse. Irritado, Cunha negou que tenha ameaçado e rebateu a interpretação de Molon: "Isso é má-fé", respondeu.

A sessão já dura cinco horas e tem sido marcada por manobras do grupo de Cunha para impedir que o recurso seja votado hoje. Aliados do peemedebista têm usado a todo momento o direito a palavra, feito discursos longos e questionamentos protelatórios. O presidente da comissão, Osmar Serraglio (PMDB-PR), vem sendo tolerante com os pedidos do grupo do peemedebista.

Após a derrota por 3 a 0 para a Ponte Preta, como de praxe, o técnico Milton Mendes foi conceder entrevista coletiva no Arruda. Alguns líderes do elenco resolveram aparecer em demonstração de apoio. Até que Uillian Correia confrontou os repórteres sobre perguntas feitas ainda em campo e iniciou o bate-boca com um dos jornalistas. O jogador precisou ser contido pelos companheiros. O volante, que dizia ao comandante "eu fico com você aqui", só se acalmou e deixou o local a pedido do treinador.

O técnico Milton Mendes já respondia à primeira pergunta da entrevista, quando entraram na sala: Grafite, João Paulo, Danny Morais, Tiago Cardoso, Leo Moura e Uillian Correia, pivô da confusão com um dos repórteres. O experiente lateral direito ainda parou para explicar: "Nós estamos aqui apenas para demonstrar apoio ao treinador, para mostrar que estamos unidos". Assista o que ocorreu durante o bate-boca no vídeo abaixo:

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Após os jogadores saíram da sala, o técnico Milton Mendes agradeceu o apoio e disse: "Eles são seres humanos têm sentimentos, sofrem, sentem as coisas. Quero dizer a todos que o sentimento do nosso torcedor também é nosso. Sem dúvida nenhuma eu consigo tirar o que os jogadores têm de melhor. Tivemos uma série de resultados negativos jogando bem contra equipes que sempre brigam no escalão de cima". 

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