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Nesta sexta-feira (15), a Universidade de São Paulo (USP), lançou o ‘Projeto de Resistência’. A iniciativa homenageia estudantes que foram assassinados durante a Ditadura Militar. A ação é da vereadora Luna Zarattini (PT-SP) em conjunto com a universidade. 

O projeto irá conceder diplomas honoríficos para 31 alunos da USP mortos durante o período, com a intenção de reparar as injustiças e honrar a memória dos ex-alunos. Segundo a Comissão da Verdade da universidade, 39 estudantes foram assassinados, além de seis professores e dois funcionários. 

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Os primeiros homenageados do ‘Projeto de Resistência’ foram Alexandre Vannucchi e Ronaldo Queiroz, ex-alunos da USP na década de 1970 e militantes do movimento estudantil da universidade paulista.

Em 2022, o mundo registrou 86 assassinatos de jornalistas frente a 55 casos em 2021, informou a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) nesta segunda-feira (16). A entidade alerta que mais da metade das mortes aconteceram na América Latina e no Caribe.

"Após vários anos seguidos de diminuição, o grande aumento de número de jornalistas assassinados em 2022 é alarmante", alertou a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay.

Em média, o número caiu para 58 entre 2019 e 2021, em relação aos 99 trabalhadores de meios de comunicação assassinados em 2018, recorda a Unesco.

Das 86 mortes em 2022, 44 ocorreram na região da América Latina e do Caribe, com México (19) e Haiti (9) com mais homicídios. No total, houve 16 incidentes na Ásia e no Pacífico e 11 no leste da Europa.

Em seu comunicado, a organização com sede em Paris adverte que "aproximadamente metade" dos jornalistas assassinados não estava trabalhando no momento do ataque.

"A tendência dos últimos anos permanece, o que indica que não existem espaços seguros para os jornalistas, nem mesmo durante seu tempo livre", destaca Azoulay.

A Unesco especifica que os profissionais foram executados por noticiar sobre o crime organizado, a ascensão do extremismo, corrupção, os crimes contra o meio ambiente e alguns outros assuntos.

A quantidade de jornalistas assassinados em países em conflito também aumentou em 2022, de 20 para 23 em um ano. No ano passado, dez foram mortos na Ucrânia, onde a Rússia lançou uma ofensiva em fevereiro.

Cerca de 86% dos homicídios de comunicadores continuam impunes, reforça a organização, além de pontuar outras formas de "violência", como estupros, desaparecimentos forçados e violência digital.

Dois jornalistas foram assassinados no Haiti nesta quinta-feira (6) por uma quadrilha que atua na periferia da capital, Porto Príncipe, informou a emissora de rádio onde eles trabalhavam.

Wilguens Louissant e Amady John Wesley foram mortos em um tiroteio e um jornalista que os acompanhava conseguiu escapar, segundo a Radio Ecoute FM.

As mortes ocorrem no momento em que os grupos criminosos ampliam suas ações para além dos bairros marginais de Porto Príncipe. A área de Laboule 12, onde os três jornalistas faziam uma reportagem, é alvo de confrontos intensos entre grupos armados que tentam tomar o controle da região.

Uma estrada que cruza a área é a única alternativa para se chegar à metade sul do país, além da rodovia principal, controlada desde junho por uma das quadrilhas mais poderosas do país.

Há seis meses, o presidente Jovenel Moise foi assassinado em sua residência na capital, mergulhando o Haiti em uma crise política ainda mais profunda e aumentando a insegurança que seus habitantes enfrentam diariamente.

Menos equipada e tendo que enfrentar grupos criminosos fortemente armados, a polícia haitiana não tenta organizar nenhuma operação em larga escala contra as quadrilhas desde março de 2021.

Com 50 jornalistas assassinados em 2020, a maioria em países que não estão em guerra, e quase 400 detidos, segundo a ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF), o ano também será recordado pelas múltiplas violações do direito à informação.

O número permanece estável em comparação aos 53 jornalistas assassinados no ano passado, embora em 2020 tenham acontecido menos reportagens devido à pandemia de Covid-19, constata a RSF em seu balanço anual, publicado nesta terça-feira (29). Em 10 anos, a ONG registrou 937 jornalistas assassinados.

O percentual de profissionais da imprensa mortos em países em guerra diminui desde 2016, passando de 58% a 32% nos últimos quatros anos em países como Síria, Iêmen ou outras "zonas afetadas por conflitos de intensidade baixa ou média", como Afeganistão ou Iraque.

Em 2020, 34 jornalistas (68% do total) morreram em países que estão em paz, destaca a RSF, que estabeleceu o balanço de 1 de janeiro a 15 de dezembro.

O México foi o país com mais jornalistas assassinados, com oito, seguido por Índia (4), Paquistão (4), Filipinas (3) e Honduras (3).

- Assassinatos "particularmente bárbaros" -

Entre os jornalistas que perderam a vida em 2020, 84% foram assassinados de maneira deliberada - em 2019 o índice foi 63%.

"Alguns morreram em condições particularmente bárbaras", lamenta a RSF.

Este foi o caso do repórter mexicano Julio Valdivia Rodríguez, do jornal El Mundo de Veracruz, que foi decapitado na região sudeste do país, e de seu compatriota Víctor Fernando Álvarez Chávez, que foi esquartejado na cidade de Acapulco.

Na Índia, o jornalista Rakesh Singh "Nirbhik" foi "queimado vivo" e o repórter Isravel Moses, correspondente do canal de televisão de Tamil Nadu, foi assassinado com um machado, denuncia RSF.

O Irã também condenou à morte e executou por enforcamento o diretor do canal do Telegram Amadnews, Ruhollah Zam.

" Uma parte do público considera que os jornalistas são vítimas dos riscos da profissão, apesar de cada vez mais serem alvos de ataques quando estão investigando ou fazendo reportagens sobre temas sensíveis. O que acaba sendo enfraquecido é direito à informação", denuncia Christophe Deloire, secretário-geral da RSF.

Quase 20 repórteres investigativos foram assassinados nos últimos 12 anos. Dez estavam investigando casos de corrupção local, quatro trabalharam em matérias sobre a máfia e o crime organizado e três sobre temas relacionados com o meio ambiente.

A RSF também informa a morte de sete jornalistas no momento em que cobriam manifestações no Iraque, Nigéria e Colômbia, um "fato novo", destaca a ONG.

- As consequências da Covid-19 -

Na primeira parte do balanço anual, publicado em meados de dezembro, a RSF já havia lamentado a detenção de 387 jornalistas durante o ano, um "número historicamente elevado".

A ONG também destaca as consequências da pandemia, com um "pico nada desprezível de violações da liberdade da imprensa", favorecido por "leis de exceção ou pelas medidas de emergência adotadas" na maioria dos países.

De acordo com a RSF, que em março criou o Observatório 19, dedicado ao tema, as detenções quadruplicaram entre março e maio.

"De mais de 300 incidentes diretamente relacionados com a cobertura jornalística da crise de saúde entre fevereiro e o fim de novembro, nos quais estiveram envolvidos quase 450 jornalistas, as detenções e prisões arbitrárias representam 35% dos abusos registrados" (à frente da violência física ou psíquica)".

"A liberdade de imprensa está em declínio em todas as partes", adverte também em seu relatório anual a Federação Internacional de Jornalismo, que contabiliza 2.658 profissionais da imprensa mortos desde 1990. Segundo a organização, 90% dos assassinatos "foram pouco investigados ou não foram investigados em absoluto".

Dezenove religiosos católicos, entre eles os sete monges de Tibhirin, assassinados na Argélia durante a "década negra" da guerra civil, foram beatificados neste sábado (8), em Oran, na primeira cerimônia de beatificação realizada em um país muçulmano.

"Que o monsenhor Pierre Claverie (...) e seus 18 companheiros, fiéis mensageiros do Evangelho, humildes artesãos da paz (...), sejam beatificados a partir de agora", declarou o cardeal Angelo Becciu, enviado especial do papa, que leu o decreto de beatificação.

Na última terça-feira (8) três detentos do regime semiaberto foram assassinados entre o período da tarde e noite, no bairro de Mangabeira, em João Pessoa. A Polícia Civil irá apurar se os crimes estão relacionados. O primeiro caso aconteceu à tarde, em frente a um fiteiro que o pai da vítima tem instalado no bairro. O detento, de 33 anos, cumpria pena por tráfico de drogas e foi assassinado a tiros e facadas.

Segundo a Polícia Militar, o crime foi praticado por dois homens que chegaram em uma moto vermelha e alvejaram o presidiário. Após ser atingido, ele caiu e foi esfaqueado. Em seguida, a dupla fugiu. Apesar do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ter prestado os primeiros socorros, a vítima não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

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O outro crime ocorreu às 20h, na Rua João Coelho Madruga. Os dois presos retornavam de moto para a Penitenciária de Segurança Média Juiz Hitler Cantalice quando foram surpreendidos por dois homens em outra moto, que já chegaram efetuando disparos. O crime foi registrado por câmeras de um sistema de segurança instalado em um poste no local. As imagens mostram o momento em que a moto se aproxima e o carona atira nas vítimas.

Segundo o delegado Paulo Josafá, a família das vítimas serão ouvidas, para tentar identificar possíveis causas dos crimes.

Cerca de 1.200 cristãos foram assassinados no mundo entre novembro de 2015 e outubro de 2016 "por razões relacionadas as suas crenças", um número muito inferior ao do ano anterior, informou nesta quarta-feira (11) a ONG protestante Portas Abertas.

Em 2016 - de 1º de novembro de 2015 a 31 de outubro de 2016 - o número de cristãos assassinados registrados por esta organização evangélica era de 1.173 pessoas, contra 7.100 em 2015, após vários anos de aumento (1.201 mortos em 2012, 2.123 em 2013 e 4.344 em 2014). Das vítimas fatais, quase a metade foram registradas na Nigéria, com 695 mortos.

"As crises muito violentas que impactaram os números em 2015 diminuíram de intensidade, seja porque os grupos extremistas estão em retrocesso (exemplos: Boko Haram, o grupo Estado Islâmico) ou porque os cristãos já morreram ou fugiram da zona", segundo o relatório da Portas Abertas.

Esta ONG publica nesta quarta-feira sua classificação anual dos "50 países onde os cristãos são mais perseguidos". No total, "215 milhões" de pessoas são vítimas de perseguições, de forma "forte, muito forte ou extrema", ou seja, aproximadamente um terço da população cristã destes Estados.

A Portas Abertas estima, no entanto, que estes números, que englobam apenas os assassinatos de cristãos "provados de forma certa" através de informações divulgadas na imprensa e na internet, estão "abaixo da realidade".

Assim, a Coreia do Norte, primeiro país do "índice mundial de perseguição a cristãos", não aparece no registro dos homicídios por falta de "dados confiáveis" no país "mais fechado do planeta".

Cinquenta e sete jornalistas morreram no mundo em 2016 no exercício da profissão, principalmente em países em guerra como a Síria, informa o relatório anual da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF).

Em 2016 morreram 10 jornalistas a menos que no ano anterior, mas a Síria se transformou em um "inferno" com 19 profissionais da imprensa assassinados, seguido por Afeganistão (10), México (9), Iraque (7) e Iêmen (5), destaca a ONG.

Ao balanço de 57 vítimas fatais é necessário adicionar nove "jornalistas-cidadãos" (blogueiros) e oito "colaboradores" de meios de comunicação, o que eleva o total de mortos a 74.

"Esta redução significativa se explica pelo fato de que cada vez mais jornalistas fogem dos países muito perigosos: Síria, Iraque, Líbia, mas também Iêmen, Afeganistão, Bangladesh ou Burundi, que se transformaram em buracos negros da informação, onde reina a impunidade", afirma o relatório da RSF.

Quase todos os jornalistas morreram em seus países, com exceção de quatro que perderam a vida quando trabalhavam no exterior.

Com 19 vítimas em 2016, contra nove em 2015, a Síria se tornou o país mais perigoso para o jornalismo.

O México, onde foram assassinados nove jornalistas em 2016, é o país mais violento para a profissão.

- Violência deliberada -

Ao menos 780 jornalistas foram assassinados nos últimos 10 anos por sua profissão, de acordo com os números da RSF.

Quase 75% das vítimas foram atacadas especificamente por seu trabalho, segundo a ONG.

"Os dados alarmantes traduzem uma violência cada vez mais deliberada e o fracasso de iniciativas internacionais a favor da proteção dos jornalistas", afirma o documento.

Dois terços dos jornalistas mortos estavam em zonas de conflito, "uma dinâmica que se inverteu na comparação com a situação de 2015, quando muitos repórteres morreram em tempos de paz, como ocorreu no ataque contra a revista Charlie Hebdo em Paris", explica a ONG.

Entre os jornalistas mortos na Síria está Osama Jumaa, um fotógrafo de 19 anos que trabalhava para a agência britânica Images Live. Ele faleceu em 5 de junho, quando cobria uma operação de resgate após um bombardeio em um bairro residencial de Alepo.

No Iêmen, afetado por um conflito interno após a rebelião de milícias xiitas que assumiram o controle da capital, a situação para os jornalistas é crítica, segundo a RSF. Em 17 de janeiro, o repórter independente Almigdad Mojalli, 34 anos, morreu depois de ser ferido em um bombardeio da coalizão árabe que auxilia o governo.

Entre os 57 jornalistas assassinados este ano há cinco mulheres, incluindo as afegãs Mariam Ebrahimi, Mehri Azizi e Zainab Mirzaee, que morreram em janeiro em Cabul em um atentado suicida.

Pela primeira vez, o relatório da RSF incorpora os jornalistas-cidadãos e colaboradores dos meios de comunicação, que antes entravam em outras categorias.

O número de jornalistas presos no mundo aumentou em 2016, em particular na Turquia, onde mais de 100 profissionais da imprensa estão detidos, segundo um relatório da RSF publicado em 13 de dezembro.

A organização se uniu a outras iniciativas para apresentar um pedido "solene" de criação de um posto na ONU responsável pela proteção dos jornalistas.

Três pessoas foram executadas na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, na fronteira com a brasileira Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, na noite deste domingo, 20. Uma das vítimas é brasileira. Segundo a polícia paraguaia, os crimes têm relação com a guerra entre traficantes que resultou na execução do Jorge Rafaat Toumani, conhecido como o "Rei da Fronteira", na última quarta-feira, 15. As vítimas jogavam vôlei em uma quadra, na Vila Guilhermina, quando foram atacadas, por volta das 22 horas.

Os criminosos chegaram a bordo de uma SUV Toyota Hillux e dispararam várias rajadas contra o grupo. O brasileiro Fabio Villalba da Silva, de 23 anos, foi atingido no peito e morreu no local. As outras vítimas foram identificadas como Esteban Benitez Espinoza, de 35 anos, e Nelson Benitez Espinoza, de 37, ambos paraguaios.

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Dois autores do ataque teriam sido presos pela polícia paraguaia. Durante a perseguição, a Toyota usada no atentado perdeu o controle e colidiu com o Bar Ramon, próximo da linha de fronteira. Outros dois fugitivos teriam passado a fronteira rumo ao Brasil.

PCC

Com a morte de Rafaat, um brasileiro de 32 anos que tem conexão com o Primeiro Comando da Capital (PCC) seria no novo chefe do crime organizado em Pedro Juan Caballero, revelou o jornal paraguaio ABC Color na edição deste domingo. O brasileiro usa pelo menos três identidades, é conhecido como "Gallant" e manteria conexões com o PCC de São Paulo.

Mostras de dor e homenagens aos dois jornalistas assassinados por um ex-colega que se suicidou foram registrados nesta quinta-feira nos Estados Unidos, enquanto o tema do controle de armas voltava a ser discutido.

A repórter Alison Parker, de 24 anos, e o cinegrafista Adam Ward, de 27, foram mortos na quarta-feira a tiros por Vester Lee Flanagan enquanto realizavam uma entrevista ao vivo para o canal WDBJ, afiliado à CBS em Roanoke, Virgínia, 385 km a sudeste de Washington.

Flanagan, de 41 anos e negro, havia trabalhado para a WDBJ até sua demissão, em 2013, "após vários incidentes que fizeram aflorar sua ira", disse o gerente do canal, Jeffrey Marks.

Os funcionários da rede de televisão observaram nesta quinta-feira um momento de silêncio 24 horas exatas após os assassinatos.

"Com o tempo, iremos nos reerguer", disse emocionada a apresentadora do noticiário, Kimberly McBroon, de mãos dadas com os colegas.

Durante o tributo, foram mostradas fotografias dos dois jornalistas.

Do lado de fora do canal, as pessoas prestavam homenagem aos jornalistas depositando buquês de flores e atando balões a uma árvore.

"Ela tinha a vida pela frente. Eu tinha uma vida pela frente ao lado dela", declarou o apresentador da WDBJ, Christ Hurst, namorado de Parker, à NBC News.

Coração partido

Familiares, amigos e toda a comunidade choravam pelo incidente, que reavivou as convocações pela limitação do acesso às armas de fogo nos Estados Unidos, colocando mais uma vez o recorrente tema da violência em destaque. Ao que parece, Flanagan comprou a arma de forma legal.

"Me dói o coração que aconteça algo como isso", lamentou o presidente Barack Obama à WPVI, estação local da rede ABC na Filadélfia.

Obama lamenta o fato de nunca ter conseguido implantar o controle de armas.

"O que sabemos é que o número daqueles que morrem em incidentes relacionados com armas de fogo é muito maior do que o de vítimas do terrorismo", lembrou.

A Casa Branca pediu novamente que o Congresso legisle sobre a venda e o uso de armas de fogo.

"Devemos agir para deter a violência com armas de fogo, não podemos esperar mais", escreveu a pré-candidata democrata Hillary Clinton no Twitter.

O tiroteio ocorreu perto do local onde ocorreu o massacre de 2007 na Virginia Tech University.

Andy Parker, pai de Alison, lançou após os assassinatos um apelo emocionado para que seja feito um controle de armas.

"Devemos fazer algo a respeito das pessoas loucas que têm acesso a armas", disse à Fox News.

Apesar dos reiterados tiroteios e massacres registrados nos Estados Unidos, os legisladores hesitam em aprovar leis que limitem o acesso às armas, em parte para não provocar a ira de eleitores que defendem com unhas e dentes seu direito de portar armas.

Bomba humana

A rede ABC News anunciou ter recebido um manifesto de 23 páginas duas horas após a morte dos jornalistas da WDBJ.

No manifesto, Flanagan disse ter sido levado ao limite pelo massacre em junho de fiéis negros em uma igreja de Charleston, Carolina do Sul.

"O tiroteio na igreja foi o ponto culminante (...), mas minha raiva estava aumentando (...) era uma bomba humana (...) esperando para fazer BUM!!!", disse no texto.

No documento, classificado por ele de nota de "suicídio para amigos e familiares", se queixa de discriminação racial e perseguição "por ser um gay negro".

Mas afirma que o tiroteio na igreja de Charleston foi o que o levou a cometer os assassinatos de quarta-feira.

Marks, o gerente da WDBJ, considerou o manifesto como "sandices".

Gritos e disparos

Alison Parker entrevistava Vicki Gardner, titular da Câmara de Comércio de Smith Mountain Lake, em uma varanda de um complexo turístico em Moneta, perto de Roanoke, quando o ataque ocorreu.

Gardner, de 62 anos, ficou gravemente ferida, foi internada no hospital de Roanoke e seu estado era estável.

Nas imagens filmadas pelo cinegrafista Ward antes de morrer é possível ver uma sorridente Parker realizando a entrevista. Então são ouvidos vários disparos, a câmera cai no chão e filma as pernas do agressor, que mata fora do enquadramento a jornalista, de quem só se ouvem os gritos.

Após o tiroteio, as imagens voltam aos estúdios do canal e mostram a apresentadora do noticiário perplexa. "Não estou certa do que ocorreu", afirma. Pouco depois o gerente da rede confirma os falecimentos.

Horas mais tarde, um inquietante vídeo dos assassinatos, aparentemente filmado pelo próprio Flanagan, é publicado no Facebook e no Twitter.

É evidente que ninguém percebe a presença do atirador, já que o cinegrafista está de costas e a jornalista está concentrada na entrevista.

O violento episódio colocou em evidência como a internet pode ser uma vitrine para publicar horrendos crimes.

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