O arquipélago de Fiji anunciou nesta sexta-feira (5) que está livre da Covid-19, depois que a última pessoa com contágio conhecido foi liberada, reforçando o notável registro do Estado insular no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.
Em meados de março, o pânico tomou conta da população das ilhas, de 930 mil habitantes, quando foi anunciado o primeiro caso da doença, mas medidas estritas de isolamento e controles de fronteira mantiveram sob controle as infecções, que chegaram a 18 casos confirmados.
O primeiro-ministro Frank Bainimarama atribuiu o status livre de Covid-19 das ilhas a "preces atendidas, trabalho duro e afirmação da ciência". "Fiji zerou o último paciente ativo com Covid-19", tuitou.
"E mesmo com o aumento diário de nossas testagens, agora faz 45 dias que registramos nosso último caso. Sem nenhum óbito, nossa taxa de recuperação é de 100%", acrescentou.
As ilhas do Pacífico foram inicialmente consideradas como os territórios mais vulneráveis do mundo ao coronavírus, por causa da infraestrutura sanitária com poucos recursos e altas taxas de comorbidades, como diabetes e doenças cardíacas.
Também havia o temor de que o isolamento geográfico poderia transformar as ilhas em incubadoras da infecção, como aconteceu no ano passado, quando uma epidemia de sarampo matou 83 pessoas em Samoa, a maioria bebês e crianças pequenas.
No entanto, países da região agiram rapidamente e tomaram a decisão custosa de fechar as fronteiras e suspender o comércio turístico que sustenta suas economias a fim de proteger suas populações.
Como resultado, muitos não registraram um único caso do coronavírus, incluindo Palau, Tonga, Ilhas Salomão, Samoa, Ilhas Marshall, Vanuatu, Ilhas Cook e Micronésia.
Fiji já expressou o interesse de se somar à "bolha" de destinos de viagens livres de quarentena, com a Austrália e a Nova Zelândia, dois países que também conseguiram conter o vírus e são muito procurados por turistas que buscam cenários tropicais paradisíacos.
As Ilhas Cooks, um dos primeiros países do mundo a se declarar livre do vírus em meados de abril, anunciou medidas para reabrir cuidadosamente suas fronteiras.
O primeiro-ministro, Henry Puna, disse que cidadãos e pessoas com vistos de trabalho que estiveram na Nova Zelândia por 30 dias poderão em breve voltar para casa sem precisar passar pela quarentena, noticiou o Cook Islands News.
O jornal reportou ainda que a medida foi "o primeiro passo para trazer os turistas de volta".