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Um primeiro grupo de refugiados que fugiu de Nagorno-Karabakh chegou à Armênia neste domingo (24), após a ofensiva militar relâmpago do Azerbaijão contra os separatistas armênios neste disputado enclave.

Yerevan criticou implicitamente a Rússia por sua falta de apoio após a vitória das tropas do Azerbaijão, que reivindicaram o controle deste território no Cáucaso.

"Os sistemas de segurança estrangeiros, dos quais a Armênia participa, mostraram-se ineficazes para proteger sua segurança e seus interesses", declarou Pashinyan, em um discurso transmitido pela televisão.

O premiê fez referência às relações de longa data de seu país com Moscou, herdadas da época em que fazia parte, assim como o vizinho Azerbaijão, da União Soviética.

Apesar disso, a Armênia continua sendo membro da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (CSTO, na sigla em inglês), uma aliança militar liderada pela Rússia.

Como sinal do impacto internacional desta crise, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, aliado de Baku, reúne-se com seu homólogo do Azerbaijão, Ilham Aliyev, nesta segunda-feira (25). As autoridades de Yerevan também confirmaram um encontro previsto entre o premiê armênio e o presidente azerbaijano no próximo mês, na Espanha.

- Primeiros refugiados -

Dezenas de residentes de Nagorno-Karabakh, principalmente mulheres, crianças e idosos, chegaram neste domingo ao centro de acolhida estabelecido pelo governo armênio em Kornidzor, na fronteira entre os dois países.

As autoridades separatistas haviam anunciado pouco antes que os civis que ficaram desabrigados, devido aos últimos confrontos, seriam transferidos para a Armênia com o auxílio das forças de manutenção de paz russas. Esse efetivo está no local desde a última guerra em 2020.

Baku se comprometeu a permitir que os rebeldes que entregarem as suas armas atravessem para a Armênia.

Um homem entrevistado pela AFP em Kornidzor disse fazer parte da "resistência", até que a ofensiva do Azerbaijão forçou os rebeldes a se entregarem na quarta-feira.

"Nossas famílias estavam nos abrigos. Estávamos no Exército, mas ontem tivemos que deixar nossos rifles. Então partimos", disse ele, enquanto esperava para ser registrado no centro de acolhida.

Outros aguardavam notícias de seus familiares.

"Meu filho estava no Exército. Ele está vivo, mas me preocupo", contou um homem de 34 anos.

Muitos temem retiradas em massa do enclave, onde vivem cerca de 120 mil pessoas.

Cercada pelas tropas de Baku, Stepanakert, "capital" de Nagorno-Karabakh, está há vários dias sem eletricidade, ou combustível. A escassez também se estende aos alimentos e medicamentos, segundo um correspondente da AFP.

Um primeiro comboio de ajuda da Cruz Vermelha conseguiu entrar no enclave neste domingo.

No sábado (23), o ministro armênio de Relações Exteriores pediu à ONU o envio "imediato" de uma "missão" da entidade a este disputado território e reforçou as acusações de "limpeza étnica" na região separatista.

Nagorno-Karabakh já foi sacudida por duas guerras entre as antigas repúblicas soviéticas do Cáucaso, Azerbaijão e Armênia: uma, de 1988 a 1994, com 30.000 mortos; outra, no outono de 2020, com 6.500 mortos.

A recente incursão militar de Baku, que durou cerca de 24 horas, deixou pelo menos 200 mortos e 400 feridos, segundo os separatistas armênios.

burx-bds/dth/ybl/meb/mb/yr/tt

Centenas de manifestantes acamparam durante a madrugada de quinta-feira para sexta-feira (26) diante do Parlamento da Armênia para exigir a renúncia do primeiro-ministro Nikol Pashinyan, criticado por sua derrota na guerra de 2020 em Nagorno Karabakh.

Pashinyan, enfraquecido desde a derrota militar para o Azerbaijão, denunciou na quinta-feira (25)uma tentativa de golpe de Estado após um comunicado do Estado-Maior que pediu a renúncia do governo. Ele liderou uma passeata de simpatizantes que reuniu 20.000 pessoas no centro da capital, Yerevan.

Ao mesmo tempo, a um quilômetro de distância, a oposição reuniu pelo menos 10.000 pessoas diante do Parlamento, ergueu barricadas e prometeu permanecer no local até a saída do primeiro-ministro.

Na manhã desta sexta-feira, os simpatizantes da oposição continuavam cercando o Parlamento e se preparavam para organizar um novo protesto.

Guegham Manoukian, líder do partido Federação Revolucionária Armênia, declarou à imprensa que a oposição só conversará com Pashinyan sobre "sua renúncia".

A oposição exige a renúncia do primeiro-ministro, que chegou ao poder em 2018 graças a uma revolução, desde a derrota na guerra pelo controle de Nagorno Karabakh.

O Estado-Maior armênio exigiu na quinta-feira em um comunicado a renúncia de Pashinyan, por considera que "não conseguia mais tomar as decisões necessárias" e acusando o primeiro-ministro "de ataques destinados a desacreditar as Forças Armadas". A declaração, no entanto, não foi acompanhada por nenhum movimento de tropas.

O Azerbaijão acusou nesta quarta-feira (28) a Armênia de ter matado 21 civis e ferido várias dezenas em ataques com mísseis contra Barda, perto de Nagorno Karabakh, as piores vítimas civis em um mês de combates naquela região separatista.

A Armênia negou ter realizado o ataque, o segundo em dois dias que matou civis na região de Barda, e acusou as forças do Azerbaijão de terem bombardeado áreas povoadas de Nagorno Karabakh.

Esses ataques e acusações mútuas decorrem do fracasso de um cessar-fogo assinado sob a égide dos Estados Unidos, que deveria entrar em vigor na segunda-feira, mas foi rompido quase após sua entrada em vigor.

O conselheiro presidencial do Azerbaijão, Hikmet Hajiyev, acusou as forças armênias de dispararem mísseis Smerch contra Barda e usar bombas coletivas.

De acordo com o gabinete do procurador-geral do Azerbaijão, o ataque atingiu um bairro, matando 21 civis e ferindo pelo menos outros 70.

Na terça-feira, Baku já havia acusado a Armênia de ser responsável pela morte de quatro civis, incluindo um bebê, após um ataque com míssil a Barda.

Essas perdas são as mais graves para os civis do lado do Azerbaijão, após a morte de 13 pessoas no bombardeio de 17 de outubro em Gandja, a segunda cidade do país.

Uma porta-voz do Ministério da Defesa da Armênia, Shushan Stepanyan, chamou as acusações do Azerbaijão de "falsas e infundadas", assim como Yerevan havia feito na terça-feira.

A Armênia afirma, em vez disso, que as forças do Azerbaijão bombardearam duas cidades em Nagorno Karabakh, matando um civil e ferindo outros dois.

Tréguas fracassadas

Ambos os lados relataram que os combates continuavam em várias áreas da linha de frente na região montanhosa do Cáucaso e alegaram que ambos estavam no controle da situação.

Azerbaijão e Armênia lutam pela região de Nagorno Karabakh desde que separatistas armênios apoiados por Yerevan tomaram o controle da área em uma guerra na década de 1990, após a desintegração da União Soviética que deixou 30 mil mortos.

Desde a retomada dos combates em 27 de setembro em Nagorno Karabakh, as tropas do Azerbaijão ocuparam territórios que estavam fora do controle de Baku desde 1990.

De acordo com balanços parciais, cerca de 1.120 pessoas, incluindo cem civis, morreram após o início dos combates, enquanto o presidente russo Vladimir Putin falou em quase 5.000 mortos.

Até agora, a comunidade internacional não foi capaz de negociar uma trégua duradoura e, acima de tudo, uma solução pacífica para o conflito, e tanto o Azerbaijão quanto a Armênia têm sido bastante inflexíveis.

Tropas da Armênia e do Azerbaijão voltaram a entrar em confronto nesta quinta-feira (16), após um cessar-fogo de um dia - anunciaram os Ministérios da Defesa dos dois países, que se acusam mutuamente pela retomada da violência.

Os combates acontecem na fronteira norte, de acordo com os Ministérios. O confronto começou no domingo (12) e prosseguiu por dois dias, registrando uma pausa ontem. Estes são os combates mais graves desde 2016 e ameaçam a estabilidade daquela região.

O Azerbaijão anunciou hoje a morte de um de seus soldados. Segundo o balanço oficial, 17 pessoas morreram desde domingo: 12 militares e um civil do Azerbaijão e quatro soldados da Armênia. Baku perdeu um general.

Em comunicados separados, os beligerantes disseram que há "combates em curso" nesta quinta. Os dois lados alegam terem respondido a um ataque.

Em conflito há duas décadas, Armênia e Azerbaijão respeitaram uma trégua entre a meia-noite de quarta-feira (17h no horário de Brasília) e a manhã de hoje, após três dias de confrontos.

O Ministério armênio da Defesa afirmou que impediu uma "tentativa de infiltração do inimigo" e que, "após uma batalha intensa, o inimigo foi rejeitado". A Armênia indicou ainda que o confronto provocou perdas do lado do Azerbaijão.

Depois, acrescentou a Armênia, as forças do Azerbaijão começaram, por volta das 5h locais (23h no horário de Brasília), a "bombardear os povoados de Aygepar e Movses com morteiros e um obus D30".

O Ministério da Defesa do Azerbaijão acusou a Armênia de ter iniciado os combates. "Uma unidade das Forças Armadas da Armênia tentou novamente atacar nossas posições no distrito de Tovouz, na fronteira", afirma um comunicado.

Segundo o Ministério, as localidades de Аgdam, Donar Guchtchu e Vakhidli foram alvo de disparos de armas pesadas e de morteiros.

O Azerbaijão ameaçou hoje bombardear a única central nuclear da Armênia. Além disso, o presidente do país, Elma Mammadyarov, afastou seu chanceler, Elmar Mammadyarov, após criticar suas ações durante a crise atual.

- Janelas quebradas -

Jornalistas da AFP conseguiram acessar ontem algumas destas localidades em ambos os lados do front de combate.

Várias casas tinham suas janelas quebradas, ou os telhados deformados. Chain Abiiev, morador de Donar Guchtchu, no Azerbaijão, explicou que um obus caiu em seu jardim.

"Danificou as janelas, o telhado, o jardim e a porta de entrada. Por sorte, minha família não estava, ou teria sido uma tragédia", desabafa.

As duas ex-repúblicas soviéticas estão em conflito há décadas por Nagorno-Karabaj. Esta região separatista, que tem o apoio da Armênia, foi palco de uma guerra no início do anos 1990 que deixou 30.000 mortos.

Os confrontos recentes acontecem longe deste território, na fronteira norte entre os dois países do Cáucaso. Essa escalada faz temer um conflito aberto.

Rússia, uma potência regional, Estados Unidos e União Europeia (UE) pediram à Armênia e ao Azerbaijão que ponham fim ao conflito, enquanto a Turquia deu seu apoio ao Azerbaijão.

Tropas da Armênia e do Azerbaijão voltaram a entrar em confronto nesta quinta-feira (16), após um cessar-fogo de um dia, anunciaram os ministérios da Defesa dos dois países, que trocam acusações sobre o reinício das hostilidades.

Os combates acontecem na fronteira norte, de acordo com os ministérios. O confronto começou no domingo e prosseguiu por dois dias, mas registrou uma pausa na quarta-feira.

O ministério armênio da Defesa afirmou que impediu uma "tentativa de invasão do inimigo" e que "após uma batalha intensa o inimigo foi rejeitado".

A Armênia também indicou que o confronto provocou perdas do lado do Azerbaijão.

O ministério da Defesa do Azerbaijão acusou a Armênia de ter iniciado os combates.

"Uma unidade das Forças Armadas da Armênia tentou novamente atacar nossas posições no distrito de Tovouz, na fronteira", afirma um comunicado.

Ao menos 16 pessoas morreram nos combates de domingo a terça-feira, os mais violentos entre os dois países desde 2016.

Entre as vítimas estão 11 militares, incluindo um general, e um civil azerbaijanos e quatro militares armênios.

O líder da oposição na Armênia, Nikol Pashinian, foi eleito nesta terça-feira (8) primeiro-ministro pelo Parlamento da ex-república soviética do Cáucaso sul, que há três semanas vive protestos contra o governo do ex-presidente Serzh Sargsyan (2008-2018). Único candidato, o deputado opositor e ex-jornalista recebeu o apoio de 59 congressistas - 6 a mais que o necessário para ser eleito.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Os deputados holandeses votaram esmagadoramente nesta quinta-feira (22) pelo reconhecimento do genocídio armênio e o envio de um representante do governo a Erevan no dia 24 de abril para as cerimônias em recordação aos massacres perpetrados entre 1915 e 1917.

Após uma votação que deverá aumentar as tensões entre Haia e Ancara, a câmara baixa do Parlamento aprovou por 142 votos contra três uma moção que propõe "que o Parlamento fale em termos claros do genocídio armênio". O governo holandês distanciou-se dessa moção.

"Nós ainda compartilhamos o desejo de ver as partes envolvidas se reconciliar, mas o governo enxerga de forma diferente o caminho para alcançar isso", afirmou Sigrid Kaag, que atua como ministra das Relações Exteriores.

"Vamos homenagear as vítimas e familiares de todos os massacres de minorias", disse, observando que o governo não julgará se foi ou não genocídio.

Depois de reconhecer em 2004 o caráter genocida dos massacres e deportações ocorridos entre 1915 e 1917, o executivo holandês sempre evocou a "questão do genocídio armênio", que continuará sendo o caso, segundo Kaag.

Os deputados também rejeitaram uma moção do Partido pela Liberdade (PVV) do deputado de extrema direita Geert Wilders propondo que o governo reconheça o massacre como um "genocídio".

Os armênios estimam que um milhão e meio deles foram sistematicamente mortos no final do Império Otomano entre 1915 e 1917. Muitos historiadores e mais de vinte países, incluindo França, Itália e Rússia, reconhecem que houve um genocídio.

A Turquia reconhece que até 500 mil armênios morreram durante os combates e a deportação forçada para a Síria ou o Líbano, mas refuta qualquer desejo de extermínio.

O presidente em exercício Michel Temer recebe nesta sexta-feira (12) o primeiro chefe de Estado em uma visita oficial ao Palácio do Planalto desde que assumiu interinamente o governo. Será o presidente da Armênia, Serj Sargsyan. Marcada para as 11 horas, a cerimônia, que terá toda a pompa de visita de chefe de Estado, incluirá subida de rampa do palácio, reunião reservada com Temer e assinatura de atos entre os dois governos.

Após a reunião com o presidente, no Planalto, o ministro das Relações Exteriores, José Serra, acompanhará Serj Sargsyan na solenidade de lançamento da pedra fundamental do terreno cedido pelo governo federal, no setor de embaixadas norte, para a construção da futura Embaixada da Armênia no Brasil. Não há previsão de almoço no Itamaraty com o armênio.

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Temer já conversou com alguns chefes de Estado e de governo que estiveram no Brasil para a abertura dos Jogos Olímpicos no Rio, como os presidentes da França, François Hollande; da Argentina, Maurício Macri; de Portugal, Marcelo Rebelo; do Paraguai, Horácio Cartes, além do secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry. Mas esse será o primeiro encontro oficial, no Planalto, com um chefe de Estado.

A intenção de Temer é de que sua primeira viagem oficial seja para participar da reunião do G-20, que ocorre entre 4 e 5 de setembro na China. Para isso, o peemedebista conta que a confirmação do impeachment de presidente afastada Dilma Rousseff ocorra antes dessa data.

Na sua avaliação, a participação no encontro das principais economias do mundo só faria sentido como presidente efetivo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ao menos 64 pessoas, em sua maioria soldados, morreram desde sexta-feira nos confrontos entre Armênia e Azerbaijão na região de Nagorno Karabakh, disputada entre os dois países.

Separatistas armênios assumiram o controle desta região após uma guerra entre 1988 e 1994 que deixou 30.000 mortos e centenas de milhares de refugiados, principalmente azeris. Os combates, os mais intensos dos últimos 20 anos, prosseguiram na madrugada de terça-feira e o ministério da Defesa do Azerbaijão anunciou a morte de 16 soldados em 48 horas.

As mortes elevam a 64 o total de vítimas fatais dos dois lados. "A Armênia continua disparando contra posições do exército azeri e contra alvos civis com metralhadoras e morteiros de 120 mm", afirma o ministério em um comunicado.

O ministério da Defesa das autoridades separatistas de Nagorno Karabakh acusou o Azerbaijão de "continuar com a agressão" durante a noite. "Utilizaram lança-foguetes múltiplos Smerch no setor sul da linha de frente", completa o comunicado.

Nesta terça-feira está prevista em Viena uma reunião do grupo de Minsk para abordar a questão dentro do marco da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE).

O encontro tem o apoio da França, Estados Unidos e Rússia com o objetivo de encontrar uma solução para o o conflito de várias décadas.

Uma manifestação na Times Square, em Nova York, neste domingo, marcou o centenário do massacre de 1,5 milhão de armênios no Império Turco-Otomano, hoje território da Turquia.

O comício, que ocorreu durante a tarde de domingo, levou às ruas centenas de pessoas que pedem que o governo dos Estados Unidos reconheça as mortes como genocídio.

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Em discurso recente, o Papa Francisco classificou o massacre como genocídio, uma opinião bastante aceita por acadêmicos. Entretanto, a Turquia nega que o episódio constitua um genocídio, afirmando que o número foi aumentado e que as mortes ocorreram por causa da guerra civil e doenças.

A manifestação em Nova York é patrocinada pelo Comitê Americano do Centenário do Genocídio Armênio. Fonte: Associated Press.

O papa Francisco, ao chamar o massacre de armênios iniciado em 1915 como o "primeiro genocídio" do século XX, "não quis provocar animosidade", mas convidar as partes - turcos e armênios - a uma "aproximação", ressaltou nesta sexta-feira (24) o primeiro-ministro do Papa, o cardeal Pietro Parolin.

"O Papa falou de maneira muito clara e ao mesmo tempo discreta sobre este tema", considerou o secretário de Estado no dia do centenário do genocídio. Parolin falou à margem da conferência de Pádua (norte da Itália) sobre as declarações do Papa proferidas em 11 de abril na Basílica de São Pedro e que causaram o descontentamento das autoridades turcas.

O Vaticano esteve representado nesta sexta-feira em Yerevan, a capital da Armênia, pelo cardeal suíço Kurt Koch, presidente do Conselho pontifício para a promoção da unidade dos cristão. "Francisco falou como sempre em termos de reconciliação, como explicou no avião de volta da Turquia (em novembro). Se recordamos esses eventos, não é para causar mais animosidade, mas para convidar todas as partes (...) a uma aproximação, para fornecer uma compreensão comum da História, e encontrar razões para compreensão", disse Parolin.

Para o cardeal e teólogo alemão Walter Kasper, assessor do papa Francisco, "a violência que afeta as populações (cristãs no Oriente Médio) parece nunca parar". Passaram-se cem anos (...) e hoje se escreve uma nova página de mortes de cristãos (...) Hoje como ontem há deportações, massacres, sequestros e venda de mulheres e crianças", declarou. Esta "página vergonhosa" do "genocídio dos armênios" foi "fechada com muita precipitação", ressaltou.

Uma cerimônia na Armênia nesta sexta-feira marca o centenário do massacre de 1,5 milhão de armênios causado por turcos otomanos. Líderes mundiais participam do evento.

As anuais cerimônias de 24 de abril marcam o dia em que cerca de 250 intelectuais armênios

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foram presos, considerado como o primeiro passo dos massacres.

Estima-se que 1,5 milhão morreram nos massacres, além de deportações e marchas forçadas, que começaram em 1915 com os oficiais otomanos preocupados que cristãos armênios ficariam do lado da Rússia, sua inimiga na Primeira Guerra Mundial.

O acontecimento é amplamente visto pelos historiadores como um genocídio, mas a Turquia moderna, sucessora do Império Otomano, rejeita com veemência a acusação, dizendo que os mortos foram vítimas de guerra civil. Na véspera do centenário, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, insistiu que os ancestrais de seu país nunca cometeram genocídio.

O presidente russo, Vladimir Putin, o presidente francês, François Hollande, e outros

líderes participaram da cerimônia no complexo memorial na capital da Armênia, Yerevan.

"Nunca vamos esquecer a tragédia que este povo passou", disse Hollande. A França possui uma comunidade armênia considerável.

O presidente russo, Vladimir Putin, usou seu discurso para alertar sobre os perigos do

nacionalismo, bem como a "Russofobia", em um momento em que o Ocidente se volta para a Ucrânia.

No início deste mês, a Turquia retirou seus embaixadores de Viena e do Vaticano, após a Áustria e o Papa Francisco descreverem as mortes como genocídio.

O presidente armênio, Serge Sarkisian, expressou a esperança de que os últimos passos para

reconhecer o massacre como genocídio vai ajudar a "dissipar as trevas de 100 anos de negação".

Sarkisian fez uma saudação na Praça Taksim para honrar os mortos, chamando-os de "pessoas fortes que estão fazendo algo importante para a sua pátria". Fonte: Associated Press.

O primeiro-ministro da Turquia, Ahmet Davutoglu, enviou hoje condolências aos descendentes dos armênios mortos há 100 anos pelos turco-otomanos. Segundo ele, a Turquia compartilha dessa dor. Davutoglu ainda anunciou que será realizado um evento no Patriarcado Armênio em Istambul para lembrar as vítimas.

A mensagem conciliadora foi enviada dias antes dos eventos que marcarão o centenário do episódio, em 24 de abril. Davutoglu não disse, porém, que as mortes foram um genocídio, além de criticar os esforços para pressionar o governo turco a reconhecer que isso ocorreu. "Reduzir isso a uma única palavra, para jogar toda a responsabilidade sobre a nação turca", disse, "e combinar isso com um discurso de ódio é legal e moralmente problemático".

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Os armênios realizam uma campanha por um maior reconhecimento de que as mortes foram um genocídio, enquanto a Turquia busca evitar que mais países reconheçam esse massacre oficialmente como genocídio.

Historiadores estimam que até 1,5 milhão de armênios foram mortos por turco-otomanos na época da Primeira Guerra Mundial. Pesquisadores em geral se referem ao caso como o primeiro genocídio do século 20. A Turquia, porém, diz que o número de mortos foi exagerado e que havia uma guerra civil e outros distúrbios.

Na semana passada, o papa Francisco se referiu ao caso como "genocídio", gerando uma resposta furiosa da Turquia, que convocou de volta seu embaixador no Vaticano, em protesto. O Parlamento alemão deve usar o termo genocídio em resolução sobre o tema nesta sexta-feira. Na semana passada, o Parlamento Europeu aprovou uma resolução para marcar "o centenário do genocídio armênio". Fonte: Associated Press.

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A XV edição da Feira Nacional de Negócios e Artesanato (Fenearte) começou na última quarta-feira (2) no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda. O evento tem 11 dias de duração e reúne mais de cinco mil expositores. São 29 mil metros quadrados divididos em espaços temáticos. Os ingressos custam R$ 10 e R$ 5, de segunda a quinta, e R$ 12 e R$ 6, de sexta a domingo.

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A temática deste ano do evento é Mamulengos: a arte da alegria. Exposições e desfiles foram feitos inspirados no tema. Já no espaço Alto do Moura, são exibidas peças de barro confeccionas por 180 artesãos de Caruaru, cuja temática é a Copa do Mundo. O futebol também pode ser assistido por quem estiver na feira. Dois telões localizados no mezanino e na praça de alimentação, além de TVs, transmitem os jogos da Copa do Mundo. Todos os estados brasileiros têm representantes, além de 40 países. Armênia, Chipre, Maldivas e Serra Leoa são os mais novos expositores da feira.

Aline Korkmaz é a expositora da Armênia deste ano. É o sexto ano que expõe na Fenearte, mas, nos outros, ficava responsável pela Turquia. O esposo dela é turco e os dois têm uma importadora em São Paulo, que vende mercadorias para todo o País. Aline veio este ano com uma expectativa menor em relação aos outros anos devido à Copa do Mundo: “Em relação aos outros anos, noto uma queda de 40% nas vendas”, explicou. A expositora trouxe lenços, saias feitas de sári, que podem ser transformadas em diversos modelos, além de vestidos.  Os preços variam entre R$ 20 e R$ 85.

Já Alimohammed, natural da Kashimir, na Índia, expõe pela quinta vez.  Atualmente, mora em Curitiba, mas representa a República das Maldivas. “Das outras vezes, eu vinha representando a Índia; mas, neste ano, venho pelas Maldivas, trazendo almofadas, colchas...” Além desses itens, toalhas de mesa também fazem parte do estande. Todas as peças são feitas à mão, bordadas com materiais como miçangas, fios de pratas, lantejoulas, em seda, algodão, poliéster e lã. Alimohammed também participa de feiras de artesanato em todo o país e diz que a Fenearte é a melhor feira para o expositor: "O público daqui sempre procura peças novas e essa é uma boa oportunidade para as vendas, além de ela ser a maior do país", conclui. 

O acesso ao estacionamento do Centro de Convenções é feito apenas pela Avenida Agamenon Magalhães e a saída pela Avenida Professor Andrade Bezerra. São 1.300 vagas neste espaço, mais 500 na Fábrica Tacaruna. O shopping Tacaruna disponibiliza vans gratuitas, de 15 em 15 minutos, partindo do estacionamento e levando até o Centro de Convenções. A visitas ocorrem de segunda a quinta, das 14h às 22h30, e de sexta a domingo, das 10h às 22h30. 

Serviço

XV Fenearte

2 a 12 de julho

Centro de Convenções de Pernambuco - Complexo de Salgadinho, s/n

De segunda a quinta l das 14h às 22h 

R$ 10 e R$ 5 (meia)

De sexta a domingo l das 10h às 22h 

R$ 12 e R$ 6 (meia)

O Partido Republicano da Armênia, do presidente Serge Sarkisian, venceu as eleições parlamentares do domingo e obteve uma maioria no Parlamento, informaram nesta segunda-feira as autoridades eleitorais do país. O partido governista elegeu pelo menos 68 dos 131 deputados, obtendo assim uma maioria simples. No Parlamento que deixa o poder, o Partido Republicano não tinha maioria simples e dependia do seu aliado Armênia Próspera para governar. O partido Congresso Nacional Armênio, da oposição, ficou em terceiro lugar. Na legislatura que deixa os cargos, o governo tinha 62 das 131 cadeiras.

As eleições parlamentares foram vistas como um teste para as eleições presidenciais que acontecerão no próximo ano e nas quais Sarkisian tentará a reeleição.

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"A Armênia merece o reconhecimento por suas reformas eleitorais e seu ambiente político aberto e pacífico, mas nessa disputa várias partes fracassaram frequentemente em cumprir a lei e as autoridades eleitorais não conseguiram fazer com que ela fosse cumprida", disse François-Xavier de Donnea, parlamentar belga que chefiou a missão observadora da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa. Alguns observadores europeus reportaram "interferências" dos partidos nas salas de votações, segundo uma matéria publicada na página da OSCE.

A OSCE pediu ao governo armênio que melhore a organização dos sufrágios antes da eleição presidencial de 2013. O Congresso Nacional Armênio, do líder da oposição Levon Ter-Petrossian, ficou em um distante terceiro lugar. Ter-Petrossian não fez nenhuma declaração após as eleições. Em 2008, após as eleições presidenciais, a oposição acusou o governo de fraude eleitoral. Os protestos ficaram violentos e choques com a polícia deixaram pelo menos 10 mortos e 250 feridos.

O governo de Sarkisian tem laços próximos tanto com a Rússia, que tem base militar na Armênia, quanto com o Ocidente, em parte por causa da enorme diáspora de armênios na Europa e nas Américas. Milhões de armênios vivem no exterior, grande parte na vizinha Geórgia, Rússia, França e Estados Unidos.

As informações são da Associated Press.

Mais de 140 pessoas ficaram feridas nesta sexta-feira quando balões de gás explodiram durante um concerto do partido governista em Erivan, capital da Armênia, dias antes das eleições parlamentares, marcadas para domingo.

O Ministério de Assuntos Emergenciais disse que 144 pessoas sofreram queimaduras quando um grande número de pequenos balões explodiram repentinamente durante o concerto, realizado pelo partido do presidente Serzh Sarkisian na praça central de Erivan.

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Imagens postadas em sites armênios mostraram partidários celebrando com grandes quantidades de balões, seguidas por cenas caóticas do que aconteceu depois, com pessoas gritando em meio à confusão.

Os balões estavam decorados com o slogan de campanha do partido governista: "vamos acreditar na mudança".

"Todas as vítimas tiveram ferimentos leves ou medianos. Agora, os médicos tentam recuperá-las do choque", disse o ministro da Saúde Harutiun Kushkian aos jornalistas.

Ainda não há informações sobre o que causou a explosão dos balões.

Os armênios vãos às no domingo para escolher os 131 integrantes da Assembleia Nacional. Trata-se do maior teste desta ex-república soviética desde a eleição presidencial de 2008, quando manifestações de rua se transformaram em confrontos entre a polícia antidistúrbio e partidários da oposição que deixaram dez mortos.

Pesquisas de opinião indicam que o partido do presidente Serzh Sarkisian, o Republicano - que atualmente tem a maioria parlamentar - está à frente de seu aliado de coalizão - o Armênia Próspera, liderado pelo magnata milionário e ex-lutador de braço Gagik Tsarukian. Partidos de oposição aparecem bem atrás nos levantamentos. As informações são da Dow Jones.

Um subcomitê do Senado da França rechaçou nesta quarta-feira um projeto de lei defendido pelo governo que tornará crime a negação do genocídio dos armênios em 1915 pela Turquia otomana, ao declarar que existe a possibilidade de que essa lei, se aprovada, seja inconstitucional. A Comissão de Leis do Senado rechaçou o projeto com 23 votos contrários, nove favoráveis e oito abstenções. A Comissão argumentou que se esse projeto virar lei poderá ferir a liberdade de expressão. Foi a primeira derrota para o governo e o partido conservador União para um Movimento Popular (UMP), do presidente Nicolas Sarkozy, que defende a criminalização da negação do genocídio dos armênios.

Em dezembro, a Assembléia Nacional, a câmara baixa do Parlamento francês, transformou em lei o projeto que criminaliza a negação do genocídio dos armênios pela Turquia. Mesmo após o comitê ter rechaçado o projeto, ele será debatido no Senado na próxima segunda-feira e existe a chance de que seja votado e aprovado. A oposição socialista, no passado, aprovou a criminalização da negação do genocídio dos armênios.

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A aprovação pela Assembleia enfureceu a Turquia, que nega que tenha ocorrido um genocídio dos armênios durante o final do período otomano em 1915. A Turquia afirma que as vítimas civis armênias foram mortas durante a I Guerra Mundial (1914-1918) e que os números foram inflados. A Turquia também argumenta que milhares de civis turcos foram mortos nas brutais guerras que aconteceram na Anatólia e no Oriente Médio, durante e logo após a I Guerra Mundial.

O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, acusou a França de "genocídio" contra os argelinos durante a Guerra da Argélia, que aconteceu de meados dos anos 1950 até 1961. Segundo a Turquia, a França matou milhares de argelinos, até que foi forçada a dar a independência à Argélia.

Historiadores dizem que as perseguições aos armênios em 1915, que incluíram deportações e marchas forçadas de civis armênios da Anatólia para a Síria e o Iraque, deixaram pelo menos 1,5 milhão de pessoas mortas e configuraram o primeiro genocídio do século 20 . Até hoje a Turquia e a Armênia não possuem relações diplomáticas normais por causa da questão. A França tem uma população de cerca de 500 mil pessoas de origem armênia, descendentes de sobreviventes do genocídio.

A França reconheceu formalmente o genocídio dos armênios em 2001, mas não prevê penalidades para quem negá-lo. O projeto de lei, se aprovado, estabelece pena de até um ano de prisão e uma multa de £ 45 mil (US$ 59 mil) para quem negar ou "minimizar" as mortes dos armênios. A lei equipara o genocídio sofrido pelos armênios ao Holocausto, ou genocídio sofrido pelos judeus europeus nas mãos do nazi-fascismo entre 1939 e 1945.

As informações são da Associated Press.

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