Tópicos | Cáucaso

O Papa Francisco viajou nesta sexta-feira (30) como peregrino da paz para a Geórgia e o Azerbaijão, no Cáucaso, três meses depois de visitar a Armênia, para promover o diálogo e a reconciliação naquela região, marcada por divisões.

O pontífice deve desembarcar às 15H00 locais (8H00 de Brasília) à capital da Geórgia, Tbilisi, onde será recebido pelo presidente Giorgi Margvelashvili. Esta é a 16ª viagem de Francisco ao exterior, com uma primeira etapa de um dia e meio na Geórgia, de onde viajará no domingo para o Azerbaijão.

A nova peregrinação do papa argentino a esta região entre a Europa e a Ásia "é uma viagem claramente de paz, portador de uma mensagem de reconciliação para toda a região", disse à imprensa o porta-voz do Vaticano, o jornalista americano Greg Burke.

O papa escolheu como lema de sua viagem "Pax vobis" (Paz a você), como um apelo à pacificação do mundo e em particular desta região. Os dois países têm poucos católicos, mas enquanto na Geórgia a maioria da população é cristã, com 54% de ortodoxos, no Azerbaijão a maioria é muçulmana, com 63% de xiitas e 33% de sunitas, de acordo com o Vaticano.

Durante a viagem a Geórgia, Francisco se reunirá com o patriarca da igreja ortodoxa do país, Elias II, no palácio do patriarcado. O tema do ecumenismo, da união entre os cristãos, muito importante para Francisco, será vital na viagem.

No domingo 2 de outubro, o pontífice viajará a Baku, capital do Azerbaijão. Ele se encontrará com a comunidade salesiana e se reunirá com o presidente Ilham Aliyev.

Francisco visitará a pequena comunidade católica do Azerbaijão, de 570 pessoas, com sete padres, em uma população de nove milhões.

Europa, Ásia Central e o Cáucaso erradicaram em 2015 a malária, doença que estas regiões já haviam vencido uma primeira vez mas que retornaram nos anos 1990, anunciou a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Nestas áreas, que correspondem à "região Europa" da OMS, o número de casos autóctones (transmitidos localmente e não importados por pacientes procedentes de outros países) caiu de 90.712 casos a zero no espaço de 20 anos.

##RECOMENDA##

A malária, doença que provoca febre, dor de cabeça, tremores e vômitos, afetou 214 milhões de pessoas no mundo e matou 438.000 pessoas em 2015, segundo a agência da ONU. 

"Os anos de 2011 e 2012 viram um ressurgir da malária, na Geórgia (casos isolados) e na Grécia e Turquia (epidemias localizadas) pela importação de países onde a doença é endêmica (Afeganistão, Índia e Paquistão)", explicou a OMS. "Este ressurgimento foi contido e em 2014 a transmissão autóctone estava confinada ao Tadjiquistão", recordou a organização.

Esta é a segunda vez que Europa, Ásia Central e Cáucaso vencem a doença. Até o fim da Segunda Guerra Mundial, a malária era endêmica em quase todo o sul do continente europeu, de Portugal a Grécia, até que os avanços na área da saúde conseguiram erradicá-la da região. O último caso foi registrado na Iugoslávia em 1974.

Mas nos anos 80 e 90, a doença retornou, acompanhando os refugiados que escapavam das guerras no Afeganistão e Iraque. Atualmente, a doença potencialmente fatal provocada pela picada de um mosquito afeta principalmente a África Subsaariana, onde em 2015 foram registrados 72% dos casos e 88% das mortes por malária.

Na região das Américas, as taxas de mortalidade por malária caíram 72% desde o ano 2000.

O aborto seletivo de meninas, um fenômeno geralmente associado à Ásia, também afeta certos países da Europa Oriental e do Cáucaso, onde o desequilíbrio de nascimentos supera, por vezes, o da Índia, indica um relatório do Instituto Francês de Estudos Demográficos (INED).

Segundo este estudo, a proporção de sexo masculino ('sex ratio') nos nascimentos se situa entre 110 e 117 meninos para cada 100 meninas no sul do Cáucaso (Azerbaijão, Armênia, Geórgia) e no oeste dos Balcãs, em particular na Albânia.

Considera-se que este número é desproporcional se superar 105 meninos para cada 100 meninas.

"Em três países caucasianos, a proporção aumentou nos anos 1990 e alcança níveis superiores às estimativas atuais para toda a Índia", país em que a prática do aborto seletivo continua gerando um sério problema demográfico, afirma o INED.

Segundo o relatório, o desequilíbrio mais grave é registrado no Azerbaijão, com uma proporção de 117, o que converte este país no segundo do mundo, depois da China, em diferença de sexos no nascimento.

No oeste dos Balcãs, incluindo Albânia, Kosovo e Montenegro, os níveis de desequilíbrio observados são menores, cerca de 110-111 nascimentos masculinos para cada 100 femininos. Mas, segundo o INED, "sua regularidade no decorrer dos anos atesta a realidade do desequilíbrio".

O Instituto afirma que este fenômeno foi descrito pela primeira vez há dez anos, sem nenhuma reação dos países envolvidos. "A persistência dos valores tradicionais patriarcais continua sendo o eixo da preferência pelos nascimentos masculinos nesta região", comenta.

Estes países da Europa Oriental passaram por mudanças sociais e políticas importantes desde 1991, com o desmantelamento do sistema socialista, os conflitos e a transformação rápida das condições de vida.

Segundo o INED, as estruturas patriarcais "sobreviveram às décadas comunistas e se viram reforçadas pela queda do regime. A crise que se seguiu acarretou uma retirada rápida do Estado" e "a estrutura familiar apareceu então como a instituição social mais sólida".

"A baixa recente da fecundidade e o surgimento de uma oferta moderna de serviços de saúde (...) reforçaram o desejo de seleção pré-natal em função do sexo".

No entanto, o INED não explica o fato de que não há desequilíbrio entre sexos no nascimento em países vizinhos dos apontados que viveram uma história similar e têm valores patriarcais comparáveis.

[@#video#@]

Dois carros-bomba explodiram nesta segunda-feira (20), no Daguestão República do Cáucaso Russo, perto da Chechênia. Deixaram pelo menos 8 mortos e segundo uma fonte dos serviços de ordem do Daguestão, cerca de 15 pessoas ficaram feridas. As bombas teriam sido acionadas à distância, de acordo com a agência o primeiro carro explodiu sem fazer vítimas e poucos minutos depois no momento que os policiais chegavam ao local houve a segunda explosão.

##RECOMENDA##

O atentado aconteceu perto da Sede dos Oficiais de Justiça da Capital Regional Mahatchkala, segundo a agência Interfax todos os funcionários do serviço foram retirados do local. O Daguestão é alvo regular de ataques reivindicados pela rebelião islâmica que se estendeu da Chechênia para todo Cáucaso. 

O Partido Republicano da Armênia, do presidente Serge Sarkisian, venceu as eleições parlamentares do domingo e obteve uma maioria no Parlamento, informaram nesta segunda-feira as autoridades eleitorais do país. O partido governista elegeu pelo menos 68 dos 131 deputados, obtendo assim uma maioria simples. No Parlamento que deixa o poder, o Partido Republicano não tinha maioria simples e dependia do seu aliado Armênia Próspera para governar. O partido Congresso Nacional Armênio, da oposição, ficou em terceiro lugar. Na legislatura que deixa os cargos, o governo tinha 62 das 131 cadeiras.

As eleições parlamentares foram vistas como um teste para as eleições presidenciais que acontecerão no próximo ano e nas quais Sarkisian tentará a reeleição.

##RECOMENDA##

"A Armênia merece o reconhecimento por suas reformas eleitorais e seu ambiente político aberto e pacífico, mas nessa disputa várias partes fracassaram frequentemente em cumprir a lei e as autoridades eleitorais não conseguiram fazer com que ela fosse cumprida", disse François-Xavier de Donnea, parlamentar belga que chefiou a missão observadora da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa. Alguns observadores europeus reportaram "interferências" dos partidos nas salas de votações, segundo uma matéria publicada na página da OSCE.

A OSCE pediu ao governo armênio que melhore a organização dos sufrágios antes da eleição presidencial de 2013. O Congresso Nacional Armênio, do líder da oposição Levon Ter-Petrossian, ficou em um distante terceiro lugar. Ter-Petrossian não fez nenhuma declaração após as eleições. Em 2008, após as eleições presidenciais, a oposição acusou o governo de fraude eleitoral. Os protestos ficaram violentos e choques com a polícia deixaram pelo menos 10 mortos e 250 feridos.

O governo de Sarkisian tem laços próximos tanto com a Rússia, que tem base militar na Armênia, quanto com o Ocidente, em parte por causa da enorme diáspora de armênios na Europa e nas Américas. Milhões de armênios vivem no exterior, grande parte na vizinha Geórgia, Rússia, França e Estados Unidos.

As informações são da Associated Press.

Doze pessoas foram mortas e mais de 20 ficaram feridas na noite desta quinta-feira, após duas explosões terem atingido um posto policial na periferia da capital da república russa do Daguestão, Makhachkala. "Doze pessoas foram mortas, incluídos três civis, bem como três empregados do Ministério das Situações de Emergências da Rússia. Todas as outras vítimas fatais eram policiais" disse um porta-voz do Ministério do Interior do Daguestão, Vyacheslav Gasanov. O Daguestão é um república russa no Cáucaso que enfrenta a violência sectária.

Gasanov disse que as explosões ocorreram em um intervalo de 15 minutos. Segundo ele, os incidentes estão sob investigação. A agência estatal russa de notícias RIA Novosti disse que pelo menos 17 pessoas ficaram feridas nas explosões.

##RECOMENDA##

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

A Casa Branca informou, nesta segunda-feira (30), que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, confirmou o apoio dos EUA à soberania territorial da Geórgia, em linha com as fronteiras reconhecidas pela comunidade internacional. Isso foi uma alusão direta aos territórios da Ossétia do Sul e da Abkházia, que até 2008 faziam parte da Geórgia mas que então, com a apoio da Rússia, declararam a independência, após sofrerem um ataque do exército georgiano.

Obama fez a declaração em reunião com o presidente da Geórgia, Mikhail Saakashvili, na qual ambos discutiram a possibilidade de firmarem um tratado de livre-comércio entre os dois países. Obama deu a declaração em momento de tensão com a Rússia por causa da Síria.

##RECOMENDA##

Em 2008, após um ataque do exército georgiano, tropas russas saíram em socorro dos seus aliados na Ossétia do Sul e na Abkházia e quase avançaram até Tbilisi, capital da Geórgia. A União Europeia negociou então um cessar-fogo. Na época os EUA eram presididos por George W. Bush, que declarou apoio à Geórgia.

As informações são da Dow Jones.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando