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O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta manhã vários instrumentos de mudanças e novas políticas para o país, que fazem parte das ações de 100 dias de governo, celebrados nesta quinta-feira (11) em cerimônia no Palácio do Planalto. Entre eles, o que estabelece o 13º para o Bolsa Família, a Política Nacional de Alfabetização e a revogação de colegiados com a participação da sociedade civil no âmbito da administração pública federal.

Bolsonaro agradeceu à sua equipe o empenho nesses dias e reafirmou os compromissos do governo em trabalhar “com foco na valorização da família, nos valores cristãos, para uma educação de qualidade e sem viés ideológico”.

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“Estamos buscando alavancar nossa economia com geração de emprego e renda, com desburocratização do Estado brasileiro, com aperfeiçoamento do pacto federativo, com um governo transparente e com critérios técnicos, com austeridade dos gastos públicos, sem com foco no melhor para o cidadão brasileiro”, disse.

Bolsonaro destacou o cumprimento de metas para esses 100 dias nas áreas social, de infraestrutura, econômica, institucional e ambiental, e o empenho do governo em aprovara a nova Previdência, “que tem especial papel no equilíbrio das contas públicas e futuros investimentos”. “Tivemos um intenso ritmo de trabalho nos 100 dias governo e continuamos empenhados nas melhores práticas de governança do Estado para que tenhamos uma nação mais justa, próspera e inovadora”, disse.

O presidente Michel Temer disse nesta terça-feira (6) acreditar na possibilidade de que o governo consiga, ao final do ano, diminuir em cerca de R$ 20 bilhões o déficit do setor público, atualmente estimado em R$ 159 bilhões.

Diante dessa possibilidade, Temer vê com sua equipe a possibilidade de usar parte desses recursos, futuramente, na área social. 

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“Quero ver se faço uma readequação dos valores que remanesceram. Vocês sabem que temos um déficit estimado de R$ 159 bilhões para este ano. É possível que remanesçam uns R$ 20 bilhões. Ou seja, é possível que o déficit nem se atinja o valor do teto”, disse o presidente durante cerimônia de entrega de 321 carros e 208 micro-ônibus para a Rede de Proteção Social Básica e Especial. "Por isso chamamos [os ministérios do] Planejamento e Fazenda para dizer que vamos pegar alguns milhões e vamos dedicar a esses ônibus", disse ao acenar com a possibilidade de ampliar os R$ 72,9 milhões usados para a aquisição desses veículos. 

Após a cerimônia, Temer reafirmou a jornalistas o que disse durante o discurso. “Não é improvável que o déficit seja muito menor, e sendo menor, evidentemente isso facilita para o orçamento do ano que vem e, quem sabe, consigamos utilizar alguns valores na área social. Não sei o valor exato [da redução do déficit]. Sei que ele não será de R$ 159 bilhões”. 

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social, 456 municípios poderão ser beneficiados com os cerca de 500 veículos a serem entregues. Esses municípios atendem 2,9 milhões de famílias – o que corresponde a um potencial de 9 milhões de pessoas a serem contempladas. 

Segundo o ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame, com os novos veículos - obtidos por meio do Sistema Único de Assistência Social (Suas) - as prefeituras terão condições de ampliar a mobilidade e a acessibilidade de usuários do serviço, bem como facilitará o trabalho das “equipes que trabalham, dia a dia na linha de frente da batalha de combate à pobreza, aliviando o sofrimento das pessoas”.

“Quem vive a assistência social diariamente sabe da importância desses veículos”, acrescentou o ministro.

Sob críticas de que sua gestão representaria um "retrocesso" nas políticas sociais dos governos dos antecessores Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, o presidente Michel Temer promoveu uma série de alterações em programas petistas logo depois de ser efetivado no Palácio do Planalto, em agosto do ano passado. No discurso oficial, o Planalto alegou que era necessário fazer "ajustes" para tornar as iniciativas das gestões petistas mais eficientes.

No mês passado, o governo repaginou o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), considerado por Dilma um dos seus "xodós". Na tentativa de construir uma agenda positiva para a sua gestão, o governo Temer anunciou a liberação de R$ 850 milhões para realizar ações no Pronatec.

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A partir deste ano, o programa de cursos de educação profissional e tecnológica terá novos indicadores de monitoramento e avaliação. Além disso, o Ministério da Educação anunciou que vai dar prioridade à oferta de cursos técnicos que sejam realizados simultaneamente ao ensino médio regular para alunos de escolas públicas.

Pente-fino

O Bolsa Família, uma das principais plataformas eleitorais de Dilma e Lula, também passou por ajustes na gestão Temer. O Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA) realizou um pente-fino com base no cruzamento de dados do governo, levando ao cancelamento de contratos do programa onde havia suspeita de que a renda per capita fosse superior ao teto exigido para ingresso e permanência no Bolsa Família. Foram encontradas irregularidades em 1,1 milhão de benefícios.

Temer também lançou um programa de revitalização de R$ 1,2 bilhão da Bacia do Rio São Francisco intitulado Novo Chico, que inclui recuperação de áreas, controle de processos erosivos e a implementação de técnicas de irrigação mais modernas. A transposição e a recuperação do rio foram uma das principais bandeiras da campanha à reeleição de Dilma, impulsionando seu desempenho no Nordeste.

Cartão Reforma

Em um aceno às camadas mais baixas da população, o Planalto também anunciou a implantação do Cartão Reforma, programa que bancará até R$ 5 mil em materiais de construção para a reforma de moradias, que será subsidiada pelo Tesouro Nacional.

O programa, que vai começar a ser implantado neste ano, deverá beneficiar cerca de 100 mil famílias e vai ter um orçamento de R$ 500 milhões, de acordo com o governo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de promover ajustes em programas da administração petista, o Planalto prepara neste semestre o anúncio de uma série de iniciativas na área social para lançar e consolidar marcas próprias do governo Michel Temer.

Em um esforço para reverter os baixos índices de popularidade do presidente, o roteiro traçado pelo governo prevê a divulgação de um plano de inclusão produtiva para beneficiários do Bolsa Família, a criação de centros de acolhimento para crianças com microcefalia e a apresentação de um programa nacional de alfabetização. "A cara da agenda social vai ser a garantia dos direitos, uma cara jovem", disse ao Estado o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra.

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Além de buscar uma identidade própria para o governo na área social, a ofensiva de Temer servirá de contraponto ao noticiário político, marcado pelos desdobramentos das delações de executivos e ex-diretores da Odebrecht na Operação Lava Jato e pelas investigações do processo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode levar à cassação da sua chapa e de Dilma Rousseff.

Uma das principais apostas do governo no primeiro semestre é o lançamento de um plano de inclusão produtiva para atendidos pelo Bolsa Família, com investimento previsto de R$ 100 milhões neste ano. O programa deveria ter sido lançado no ano passado, mas foi adiado por causa das articulações do governo com diferentes atores na finalização das propostas.

O programa deverá distribuir prêmios de R$ 100 mil a R$ 1 milhão às prefeituras cujos municípios apresentem a maior proporção de beneficiários que sejam emancipados do programa. A ideia é mobilizar os prefeitos, que ganharão diplomas das mãos de Temer.

O plano prevê ainda que os cursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) combinem as aulas com as demandas locais. Dentro da iniciativa, deverá ser criado um fundo de aval para o microcrédito, possibilitando que pessoas em condição de pobreza consigam crédito para montar o próprio negócio a juros baixos.

O Programa Criança Feliz, que tem a primeira-dama Marcela Temer como embaixadora, será turbinado. O orçamento previsto para o projeto em 2017 é de R$ 350 milhões, ante R$ 21 milhões investidos no ano passado. O governo prevê que até o fim do ano 2 mil municípios tenham aderido ao programa voltado para a primeira infância.

Nas próximas semanas, o Planalto também deverá lançar um programa de alfabetização e outro para a formação de professores. A União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e a Confederação Nacional de Municípios (CNM) serão consultadas para a finalização das propostas.

Educação

O Planalto espera pela aprovação no Congresso da polêmica medida provisória da reforma do ensino médio. "Não gosto de falar muito de marcas, porque acho que um dos erros do governo anterior foi se preocupar com marcas, e com pouca eficiência das políticas públicas", afirmou o ministro da Educação, Mendonça Filho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Para acelerar a economia neste ano eleitoral, a presidente Dilma Rousseff quer proteger da tesourada no Orçamento, que pode atingir R$ 70 bilhões, os programas que assegurem o emprego e, consequentemente, o consumo dos brasileiros. Até segunda-feira, Dilma quer finalizar a maratona de reuniões, iniciada ontem com cada um de seus ministros, para eleger prioridades e definir quais programas poderão ser adiados.

A estratégia tem como objetivo facilitar o trabalho da equipe econômica na hora de bloquear recursos para conseguir atingir a meta de resultado das contas públicas, sem que haja impacto no crescimento. O desejo do governo é de uma expansão do PIB de algo entre 4% e 5% este ano. Dilma começou a "sabatina" com os ministros da área social, para sinalizar a prioridade do governo.

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Na avaliação dos técnicos, o governo precisa investir mais, liderando um movimento a ser seguido pelo setor privado. Por isso, a intenção é de que a tesoura não atinja esse grupo de despesas.

Na Esplanada, a expectativa é que Dilma retome a prática de quando era ministra da Casa Civil e avalie cada programa em detalhe. Ela pretende reverter o que ocorreu no ano passado, quando muitos gastos em obras não saíram do papel por problemas de gestão. Dessa forma, os investimentos acabaram registrando um encolhimento em relação a 2010. No global, foram R$ 41,9 bilhões em 2011, ante R$ 44,7 bilhões no ano eleitoral de 2010, segundo o site Contas Abertas.

A "faxina" que atingiu o Ministério dos Transportes, segundo maior orçamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), é um exemplo. A área, que tinha R$ 17,1 bilhões para gastar, encerrou o ano com desembolsos de R$ 12,8 bilhões, sendo que R$ 6,8 bilhões eram restos contratados no governo Lula.

Outra causa para o desempenho modesto dos investimentos foi a mudança de governo. "Em 2010, os investimentos bombaram porque estávamos concluindo o PAC 1", explicou um assessor. "Em 2011, começou o PAC 2 e leva algum tempo até que os empreendimentos ganhem velocidade." Ele acrescentou que em 2012 já será possível ver um desempenho mais forte do PAC.

Uma terceira explicação é que os investimentos caíram porque houve uma espécie de controle informal na boca do caixa. Para fechar as contas, o Tesouro teria segurado o dinheiro, embora os ministérios possuíssem autorização para gastá-lo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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