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A advogada e ex-esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Ana Cristina Valle, a mãe de Jair Renan, o filho 04, perdeu a nacionalidade brasileira. O ato foi registrado no Diário Oficial desta terça-feira (7), depois de um processo administrativo que iniciou no Ministério da Justiça no ano passado. 

“Declarar a perda da nacionalidade brasileira da pessoa abaixo relacionada por ter adquirido outra nacionalidade: Ana Cristina Siqueira Valle, nascida em 13 de maio de 1967, filha de José Candido Procopio da Silva Valle e Henriqueta Guimarães Siqueira Valle, por ter adquirido a nacionalidade norueguesa”, diz o documento. 

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De acordo com Juliana Dal Piva do Uol, Ana Cristina conseguiu a cidadania norueguesa entre 2009 e 2014. Em documentos obtidos pela coluna, a ex-esposa de Bolsonaro além de constar como cidadã norueguesa tem também o status de “residente”, num endereço registrado no País no dia 11 de abril de 2011. Pouco depois ela casou com o norueguês Jan Raymond Hansen. 

No entanto, o governo da Noruega não informa a data que ela teve a cidadania, pois é um dado considerado de informação pessoal. Pessoas próximas a ela dizem que o documento foi aprovado entre 2017 e 2018. 

Perda da nacionalidade

A Constituição brasileira prevê, no artigo 12, a perda da nacionalidade brasileira aos cidadãos que adquirirem outra nacionalidade. Há exceções como nos casos de “reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira”, o que é comum entre descendentes de italianos e permite manter a dupla nacionalidade. Mas isso só acontece por conta de uma lei italiana. 

“Imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em Estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis” também é uma outra exceção na legislação brasileira. 

 

A ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro (PL) e candidata a deputada distrital, Ana Cristina Valle (PP-DF), a mãe de Jair Renan, o filho 04 de Bolsonaro, movimentou R$ 93 milhões em operações financeiras entre março de 2019 e janeiro de 2022. Além disso, ela também realizou transações atípicas, segundo a Polícia Federal, após analisar um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). 

O documento foi utilizado para fundamentar um pedido à Justiça Federal para investigar uma transferência bancária realizada poe Ana Cristina na compra de uma mansão em Brasília avaliada em R$ 2,9 milhões. 

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Dos recursos movimentados pela ex-esposa do presidente da República, foram registradas transações que somaram R$ 4,2 milhões em crédito (entrada) e R$4,3 milhões em débitos (saída). O período das transações foi quando a candidata trabalhou como assessora do vereador Renan Marassi (PL), na Câmara de Vereadores de Resende (RJ), com remuneração de R$6,2 mil, e também como auxiliar parlamentar da deputada federal Celina Leão (PP-DF) em Brasília, com salário de R$8,1 mil.

A advogada deixou o cargo no Congresso em junho deste ano para concorrer a deputada distrital. De acordo com a PF, o fluxo financeiro da conta de Ana Cristina é incompatível com a sua principal fonte de renda. Sendo assim, os investigadores pediram autorização judicial para apurar como ela adquiriu um imóvel localizado numa região nobre de Brasília. 

Ao Globo, a candidata negou a movimentação financeira e apontou que o Coaf “mentiu e praticou fraude”. Ela também disse que vai pedir uma abertura de investigação contra o órgão. “Invadiram minha conta e quebraram meu sigilo bancário ilegalmente. Nada encontraram e falsificaram informações, enganando a todos. Nada existe e ainda desafio eles a mostrarem as comunicações financeiras de movimentações atípicas ou mesmo um simples extrato bancário com estes valores alegados por eles falsamente”, disse a ex-mulher do presidente ao Globo. 

Um cheque no valor de R$978 mil depositado na conta de Ana Cristina também foi considerado atípico pelo relatório financeiro do Coaf, que chegou a citar uma operação de crédito referente a um investimento de R$600 mil realizado pela mesma na bolsa de valores em outubro de 2020, e o resgate de R$300 mil de um plano de previdência.

A Polícia Federal apontou a suspeita de que Ana Cristina usou um laranja para contratar um financiamento bancário para adquirir uma mansão. “Há indícios de utilização de terceira pessoa interposta para obtenção de financiamento imobiliário. Tal conduta possui alcance típico de delito contra o sistema financeiro” detalharam os investigadores ao solicitar a instauração do inquérito.

Ana Cristina Valle, ex-esposa do presidente Jair Bolsonaro (PL) e candidata a deputada distrital pelo PP, declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que é dona de uma mansão no Lago Sul, Brasília, Distrito Federal, que - segundo ela -, está avaliada em R$ 829 mil.

Cristina havia falado no ano passado, em entrevista ao UOL, que não era proprietária do imóvel, que tinha alugado a mansão em meados de junho de 2021 e que pagava R$ 8 mil por mês para morar no local com o seu filho Jair Renan. 

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A reportagem mostrou que, segundo a escritura, o então proprietário do imóvel, Geraldo Antônio Machado, tinha comprado a casa por R$ 2,9 milhões, dias antes da ex-esposa de Bolsonaro se mudar. No entanto, foi revelado que o comprador da mansão milionária tinha uma realidade mais humilde e morava em uma casa modesta em Vicente Pires, Distrito Federal. 

Agora, pouco mais de um ano depois, Ana Cristina declara à Justiça Eleitoral ser dona do mesmo imóvel que havia negado ser proprietária. O que também chama a atenção é a diferença de valores. Machado havia comprado a casa por R$ 2,9 milhões, mas os corretores avaliaram a mesma em R$ 3,2 milhões. Ao TSE, Cristina declara que a mansão está avaliada em R$ 829 mil, uma grande diferença.

Segundo o Metrópoles, mesmo tendo declarado ser a atual dona da mansão, o nome da ex-esposa do presidente da República não consta nas certidões da casa registradas no 1º Ofício de Registro de Imóveis do Distrito Federal. Conforme mostram os papéis, Geraldo continua como único proprietário do imóvel de luxo. 

A ex-esposa de Jair Bolsonaro, Ana Cristina Valle comemorou o aniversário de 55 anos em um barco de luxo alugado por um empresário em Brasília, no último dia 13. Mãe de Renan Bolsonaro e ex-esposa do Presidente, ela se filiou ao PP e deve concorrer como deputada pelo Distrito Federal.

A embarcação que navegou o Lago Paranoá tem 400 m², dois andares e capacidade para 53 pessoas. Ela conta com espaço gourmet, pista de dança, varanda e dois quartos de casal.

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"Ela ficou super grata a ele", disse o assessor de Cristina, Diego Pupe.

De acordo com o Metrópoles, dois dias antes da festa, o empresário Francisco Willame Lendengues de Carvalho fez um Pix de R$ 3.500 em seu nome para Elaine Silva, proprietária do barco Blue Lake. O valor cobrado foi apenas o preço de custo do aluguel, já que normalmente se paga R$ 6 mil para aproveitar a embarcação. Ainda assim, Elaine Silva disse que desconhecia Carvalho e a aniversariante.

Carvalho é dono de duas empresas de ramos diferentes, que dividem a mesma sala comercial em Brasília. A Financial Invest Consultoria e Hospedagem na Internet e a Quality Representações Comerciais e Assessoria, que chega a atuar fora da função informada à Receita Federal no Nordeste.

“Conheci Cristina numa roda de amigos há um tempo. A gente tem amizade, não com muita intimidade, mas é amizade. A gente se encontra em restaurantes de vez em quando, mas não tenho nenhum tipo de negócio com ela. Ela me convidou para à festa, não fui, mas a presenteei com o pagamento do barco. Fiz isso em troca de nada”, afirmou Carvalho.

A advogada Ana Cristina Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro (PL), teria omitido em sua declaração do patrimônio enviada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma residência avaliada em mais de R$ 7 milhões (cerca de 13 milhões de coroas norueguesas) em seu nome na Noruega, país onde mora seu atual marido, o carpinteiro Jan Raymond Hansen. A informação é da revista Crusoé desta sexta-feira (11). 

Ana também é apontada como responsável por operar um esquema de desvio de salários de funcionários do gabinete do vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Ela disputou uma vaga à Câmara Federal em 2018, mas não foi eleita.  

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Em sua declaração de patrimônio enviada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2018, quando disputou a vaga no Congresso Nacional, a propriedade no exterior não constava entre seus bens. O TSE exige que os candidatos apresentem sua relação atual de bens contendo o valor declarado à Receita Federal. 

De acordo com a revista Crusoé, o imóvel - do qual Ana Cristina seria dona da metade - está registrado junto à Autoridade Norueguesa de Mapeamento (Kartverket, em norueguês) e fica localizado na cidade de Halden, no interior do país escandinavo. 

Como o imóvel não consta da lista encaminhada ao tribunal eleitoral, existe a suspeita de que ela também tenha escondido o patrimônio ao declarar o imposto de renda, o que configura crime de sonegação fiscal. Segundo o documento obtido pela Crusoé, a ex-mulher de Bolsonaro comprou a casa em fevereiro de 2013.  

Atualmente, ela mora numa mansão localizada no Lago Sul, região nobre de Brasília, junto com o filho Jair Renan Bolsonaro, o “04”. O imóvel está avaliado em cerca de R$ 3 milhões. 

Citadas em investigação do Ministério Público do Rio sobre suposta "rachadinha" no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), as empresas da segunda ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, Ana Cristina Valle, acumulam dívidas de R$ 325,5 mil com a União. Três CNPJs ligados a ela estão inscritos na dívida ativa por tributos que não foram pagos. São débitos previdenciários ou de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Também há multas trabalhistas e outras pendências tributárias.

As empresas de Ana Cristina são citadas em relatórios de inteligência financeira na investigação sobre suposta "rachadinha" (desvio de salários) de assessores de Carlos. Os documentos mostraram movimentações "atípicas" em suas contas. Em uma delas, a Valle Ana Consultoria e Serviços de Seguros, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) constatou saques fragmentados que ultrapassaram R$ 1 milhão.

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No levantamento feito pelo Estadão na lista de devedores, essa é a empresa que concentra a maior parte das dívidas registradas. São R$ 241,6 mil no total. Na Receita Federal, a Valle Ana consta como inapta desde outubro de 2018.

Os promotores obtiveram na Justiça, em maio deste ano, a quebra de sigilo bancário e fiscal dos investigados. A medida atingiu as empresas de Ana. No pedido enviado ao juiz Marcello Rubioli, eles citaram o relatório do Coaf que apontou possíveis atos suspeitos.

SAQUES

No caso da Valle Ana Consultoria e Serviços de Seguros, os promotores citaram à Justiça que os saques se deram de modo fragmentado, parecido com a tendência que também era observada na investigação que mira o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ). Foram 1.185 retiradas no CNPJ de Ana Cristina entre 2008, ano em que ela saiu do gabinete, e 2014. Uma média de pouco menos de R$ 1 mil por vez. Flávio já foi denunciado, com outros réus, por peculato, lavagem de dinheiro, organização criminosa e apropriação indébita.

O Coaf alertou que a empresa tem os saques em espécie como principal forma de saída de recursos, "dificultando a identificação da real utilização dos valores". O MP mostra que Ana tem 90% da sociedade da empresa, e os outros 10% pertencem a uma mulher que também empregou familiares no gabinete do Carlos. Por isso, as empresas entraram numa espécie de "subnúcleo" da investigação, vinculadas ao núcleo da família Valle.

Adriana Teixeira da Silva Machado teve a mãe, Luci Teixeira da Silva, nomeada no gabinete durante dois anos. E seu irmão, Luiz Claudio Teixeira da Silva, trabalhou para Flávio Bolsonaro. "Tais vínculos, associados à expressiva movimentação de dinheiro em espécie na conta da Valle Ana Consultoria, sugerem a possibilidade de que Ana Cristina Siqueira Valle possa ter indicado parentes de sua sócia para atuarem como ‘funcionários fantasmas’, de modo a viabilizar o desvio dos recursos públicos destinados à sua remuneração (...)", afirma o MP.

Em outro ponto, a Promotoria destaca que as movimentações financeiras nas empresas podem "reforçar a hipótese de que (os CNPJs) possam ter sido utilizadas para ocultação do desvio de recursos públicos oriundos do esquema de ‘rachadinha.’" Outras três empresas são citadas, mas de modo mais genérico.

DEPÓSITOS

Os relatórios do Coaf também apontam depósitos vultosos feitos por Ana Cristina na própria conta. Em março de 2011, ela depositou R$ 191,1 mil; quatro meses depois, mais R$ 341,1 mil.

O MP também investiga a atuação de Ana Cristina no mercado imobiliário enquanto esteve casada com Bolsonaro, com uso de dinheiro vivo e o pagamento de valores supostamente subfaturados. O MP cita essas ações no pedido de quebra de sigilo, junto com novos indícios descobertos por meio dos relatórios do Coaf.

Procurada, defesa de Ana Cristina Valle afirmou que não iria se manifestar. O Estadão não conseguiu contato com Adriana Teixeira.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) aprovou, na tarde desta quarta-feira (15), o requerimento de convocação de Ana Cristina Valle, ex-esposa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Segundo o senador Alessandro Vieira (Cidadania), Ana Cristina deve esclarecer a sua possível participação na atividade de lobistas que buscavam vantagens em nomeações e contratos. 

A ex-esposa de Bolsonaro teria atuado para beneficiar o lobista Marconny Faria, que presta depoimento nesta quarta-feira (15) à CPI. Ela teria tentado interferir na escolha do chefe da Defensoria Pública da União.

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Um ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), Marcelo Luiz Nogueira dos Santos, declarou ao portal Metrópoles e ao UOL que, durante o período no qual trabalhou no gabinete do filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), era obrigado a devolver mensalmente 80% de seu salário.

Além da quantia, Nogueira afirmou que entregava também uma porcentagem similar ao 13°, das férias, vale-alimentação e ainda restituição do imposto de renda. Segundo ele, a ex-esposa do presidente Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle, advogada, era a pessoa responsável por receber o dinheiro vivo. O esquema teria acontecido entre 2003 e 2007.

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Até 2004, por exemplo, o salário bruto do assessor chegava a R$ 1.791,79. A partir de um reajuste realizado em 2005, passou a ser R$ 4.253,69 e no ano seguinte alcançou a marca de R$ 4.466,37. No total, estima-se que Marcelo Luiz tenha recebido cerca de R$ 382,805 da Alerj, em valores corrigidos pela inflação da época.

Ao UOL, Nogueira informou que não era funcionário fantasma e que desempenhava funções no gabinete, a exemplo de atendimentos aos eleitores e outros trabalhos manuais. Desde o início, segundo a entrevista, a proposta de trabalho feita por Ana Cristina, que o conheceu através do intermédio de um namorado dele, deixava claro que o objetivo era devolver a maior parte do salário registrado em seu contracheque.

No mesmo período, Ana Cristina atuava também como chefe do gabinete de Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), em seu primeiro mandato na Câmara Municipal do Rio. Em entrevista, Nogueira afirmou que as mesmas condições foram impostas a funcionários de Carlos. “Tudo a mesma coisa”, disse ao UOL.

No mês de maio, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) chegou a autorizar a quebra de sigilo bancário e fiscal de Carlos, Ana Cristina e outros 25 assessores apontados como participantes do esquema de “rachadinhas”.

O sigilo bancário de Flávio Bolsonaro

Os saques feitos por Nogueira, no entanto, aparecem na quebra de sigilo bancário autorizada no âmbito das investigações de Flávio Bolsonaro. Só em 2007, conforme a jornalista Juliana Dal Piva, do UOL, o assessor realizou pelo menos 13 saques de mais de R$ 1 mil. As transações ocorriam dias após a data de pagamento da Alerj.

O relato feito por Marcelo Nogueira é semelhante ao processo que envolve Luiza Sousa Paes, outra ex-assessora de Flávio, nomeada em 2011. Em um acordo de colaboração firmado com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) no ano passado, Luiza disse que ficava com R$ 700 dos quase R$ 5 mil que recebia na suposta função.

A principal diferença, neste caso, é que Paes admitiu não ter trabalhado no gabinete oficialmente, sendo assim uma “funcionária fantasma”. Segundo ela, a quantia era entregue nas mãos de Fabrício Queiroz, apontado pela Justiça do Rio como um dos operadores do esquema. Esse é um dos principais elementos contra o atual senador na investigação sobre o gabinete dele.

As compras dos Bolsonaro

Ainda de acordo com as declarações do ex-assessor Marcelo Nogueira, que morou durante os últimos 5 anos com Ana Cristina, em Resende, no Sul do Rio de Janeiro, a ex-mulher de Bolsonaro era a principal responsável pelas compras realizadas pelo casal.

“Ela que comprava isso tudo. Tudo quem fazia era ela. Tudo quem comprava era ela. Ele mesmo nunca se envolveu muito. Ela tomava conta de tudo”, disse Nogueira ao UOL. No fim do casamento, Ana Cristina e Jair Bolsonaro acumulavam 14 imóveis, dos quais cinco foram comprados em dinheiro vivo, segundo o portal.

Marcelo Nogueira e Ana Cristina se desentenderam quando, segundo ele, a advogada o convidou para ir trabalhar em Brasília e não pagou os valores combinados anteriormente.  Nogueira considera ainda que Ana Cristina foi “praticamente” racista com ele. “Ela me viu como o quê? Só porque eu era preto”.

Ele afirmou ainda que pretende ingressar com uma ação na Justiça por danos morais contra a ex-mulher de Bolsonaro. Na semana passada, Ana Cristina se mudou para uma mansão avaliada em R$ 3,2 milhões no Lago Sul, região nobre de Brasília (DF).

Através de nota enviada ao UOL, a defesa do senador Flávio Bolsonaro afirmou que “o parlamentar desconhece supostas irregularidades que possam ter sido praticadas por ex-servidores da Alerj ou possíveis acertos financeiros que eventualmente tenham sido firmados entre esses profissionais”.

 

O filho mais novo do atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que se chama Jair Renan Bolsonaro, mudou-se para uma casa no Lago Sul de Brasília, bairro localizado em uma das áreas mais nobres e valorizadas do Distrito Federal. De acordo com informações da jornalista Juliana Dal Piva, do UOL, Renan está vivendo no imóvel avaliado em R$ 3,2 milhões, com a mãe, Ana Cristina Siqueira Valle.

Segundo Dal Piva, a família do presidente teria alugado a casa de um homem que comprou o imóvel por R$ 2,9 milhões - quase R$ 300 mil abaixo do valor estimado da residência -, no dia 31 de maio, poucos dias antes da mudança definitiva de Renan e Ana Cristina.

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O dono da casa, identificado como Geraldo Antônio Machado, vive em outra propriedade a 30 quilômetros do endereço, em um condomínio modesto, localizado na região administrativa de classe média da cidade. Ao UOL, Machado declarou que teve “que, infelizmente, alugar” a casa, porque não conseguiu finalizar negócios relacionados à venda de outras propriedades no local onde vive atualmente. Apesar disso, não foram localizadas outras propriedades no nome dele.

A investigação, que teve acesso aos dados da escritura do imóvel onde vive parte da família Bolsonaro, confirmou que o corretor comprou com “recursos próprios” a casa no Lago Sul. O valor de entrada teria sido de R$ 580 mil, com o restante, R$ 2,32 milhões, financiado pelo Banco de Brasília (BRB), mesma instituição que custeou a mansão do senador Flávio Bolsonaro (Patriota) este ano, no total de R$ 6 milhões.

Geraldo Antônio Machado não revelou à reportagem do UOL qual o valor do aluguel pago na casa. No entanto, a coluna apurou ainda que imóveis similares ao de Ana Cristina estão sendo alugados na mesma quadra por cerca de R$ 15 mil. A ex-esposa do presidente é advogada e atua como assessora da deputada federal Celina Leão (PP-DF), com o salário líquido fixado em R$ 6.200.  Renan Bolsonaro, por sua vez, inaugurou neste ano uma produtora de pequenos eventos.

Ana Cristina e as “rachadinhas”

Ana Cristina, que foi a segunda esposa de Jair Bolsonaro, é investigada devido ao tempo em que foi chefe de gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), entre 2001 e 2008. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) segue o rastro de uma rede de funcionários fantasmas que teria existido no gabinete de um dos filhos do presidente.

Em junho deste ano, o UOL chegou a revelar áudios da irmã de Ana Cristina, a fisiculturista Andrea Siqueira Valle, que confirmava o esquema das “rachadinhas”. Segundo o áudio, os funcionários ficavam apenas com 10% dos salários e precisavam devolver o restante para Carlos Bolsonaro.

Segunda ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle comprou no ano passado um apartamento pagando 35% do valor do imóvel, segundo avaliação do município. Em vez de desembolsar o R$ 1,2 milhão estipulado pela prefeitura para cálculo do Imposto de Transmissão sobre Bens Intervivos (ITBI) na transação, pagou R$ 420 mil.

O pagamento do valor mais baixo, isoladamente, não é irregular, mas investigadores apontam que a prática pode levar a indícios de lavagem de dinheiro por pagamentos "por fora" - principalmente se aparece conjugado a outros presumidos crimes. Ana Cristina é investigada desde o ano passado.

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Quando foi feita a transação, nove familiares de Ana Cristina já tinham sido alvo de quebras de sigilo na investigação que cita o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) por supostos peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A suspeita é de que eles recebiam sem trabalhar quando estiveram lotados no antigo gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio, e repassariam ilegalmente a maior parte de seus salários ao então deputado estadual. O parlamentar nega ter cometido ilegalidades. Ana Cristina não foi alvo de medidas cautelares nessa investigação.

No mesmo mês da compra do apartamento, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, Ana Cristina passou a ser investigada pelo Ministério Público do Rio, em apuração sobre o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), irmão de Flávio. Ela foi chefe de gabinete de Carlos no primeiro mandato dele na Câmara Municipal do Rio, iniciado em 2001, e ficou no cargo até se separar de Bolsonaro, oito anos depois. Eles têm um filho juntos, Jair Renan.

O apartamento foi comprado no dia 19 de julho de 2019. Obtida pelo Estadão, a escritura de compra e venda não detalha como o pagamento foi feito. Diz apenas que o valor de R$ 420 mil já havia sido entregue ao casal vendedor do imóvel e o dava por quitado. A reportagem entrou em contato com os antigos proprietários por e-mail e mensagens em redes sociais, mas não obteve resposta.

A Secretaria Municipal da Fazenda arbitrou um valor de R$ 1.194.191,30 para o imóvel. Sobre ele, incidiu o ITBI de 3% - R$ 35.825,74. Ana Cristina "economizou" R$ 774.191,30, equivalente a 64,8% do valor oficialmente apontado pelo município. Ninguém, porém, é obrigado a seguir essa avaliação, que é feita apenas para que o Fisco cobre o que acha justo para que o erário não perca dinheiro.

Hoje, Ana Cristina é chefe de gabinete de um vereador em Resende. Localizada às margens do Rio Paraíba do Sul, a cidade de 131 mil habitantes fica a mais de 160 quilômetros da Assembleia Legislativa e da Câmara Municipal do Rio, onde os familiares de Ana Cristina eram lotados. Em vários casos, eles nem emitiram crachá funcional das respectivas Casas Legislativas.

Saques

Com as quebras de sigilos bancário e fiscal, o MP constatou que os parentes de Ana Cristina sacaram 84% dos rendimentos no período em que estiveram lotados no gabinete de Flávio na Alerj. Promotores suspeitam que o esquema de recolhimento de salários era coordenado por Fabrício Queiroz, que cumpre em casa prisão preventiva, com a mulher, Márcia Aguiar, também presa.

O Estadão mostrou no dia 24 de setembro que, depois da separação, Bolsonaro e Ana Cristina venderam um terreno de 560 m² num condomínio em Resende. O negócio foi fechado em 2008 por R$ 38 mil, com o coronel da reserva Guilherme dos Santos Hudson, conhecido do presidente há mais de 40 anos e marido de uma tia de Ana Cristina. O coronel é investigado tanto no caso Flávio quanto na apuração sobre Carlos. Ana Cristina tem também duas salas comerciais, a casa em que vive a família, em Resende, no sul fluminense, e um terreno com a casa onde mora, na mesma região.

Procurado, o advogado de Ana Cristina, Magnum Cardoso, não respondeu até a conclusão desta edição.

A advogada Ana Cristina Valle, ex-mulher do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), disse neste sábado, 29, que "falou inverdades" ao afirmar à Justiça, em 2007, que ele ocultara patrimônio nas eleições de 2006 e tinha renda incompatível com seus ganhos como deputado federal e militar da reserva. Ela afirmou que agiu por mágoa da separação e que nunca sofreu agressões do ex.

"Eu falei inverdades. Não menti, mas falei coisas num estado de nervos", disse, ao participar de um ato de apoio ao candidato em Itatiaia, no Sul Fluminense, município vizinho a Resende, onde mora, nesta manhã.

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Segundo publicou a revista Veja, consta do processo de separação que Bolsonaro ocultou patrimônio da justiça eleitoral no pleito de 2006 - teria o equivalente a R$ 4 milhões à época mas declarou R$ 433.934 -, que roubou um cofre com joias e valores em espécie que pertenciam à ex e que agia com "desmedida agressividade" como marido. Sua renda então seria incompatível com seus ganhos (R $ 100 mil, ante dois proventos, de R$ 26,7 mil e R$ 8,6 mil).

Ao responder a jornalistas sobre a questão da renda dele, a ex-mulher declarou ser "tudo compatível": "É uma mentira minha. Nunca recebi pensão dele, só para o meu filho. Na hora (da separação) a gente quer dar uma cutucada no homem. Eu não tenho mais nada a falar, ele já disse no vídeo e na entrevista. Toda separação é difícil. Ambos os lados ficam magoados. Eu tenho temperamento forte. A gente não queria separar. Quando separa, dá umas cotoveladas, como ele diz".

Agressões

Sobre a informação de que ele era agressivo como marido, afirmou que nunca foi agredida por ele. "Jair é um bom pai e ex-marido. Falei besteira. Ninguém se casa querendo se separar. A única separação boa será a do PT", disse. Em relação ao cofre roubado, disse que o culpado foi um "rapaz que já foi preso".

Boa relação

Candidata a deputada federal pelo Podemos com o nome de Cristina Bolsonaro, ela sustenta que hoje tem uma boa relação com o ex-marido, e utiliza como credencial o relacionamento do passado.

Nas redes sociais, Cristina, que é mãe de Jair Renan, 4º filho de Bolsonaro (são cinco no total), se apresenta assim: "Sou Cristina Bolsonaro, ex-esposa do nosso candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro". Na quinta, ela compartilhou um comunicado que dizia: "Estou com o povo brasileiro e meu completo e incondicional apoio ao meu futuro presidente Jair Messias Bolsonaro. Caso eleita (...) vou ajudar nosso presidente Jair Bolsonaro a consolidar seus projetos e anseios".

Na quarta-feira, a advogada negou à reportagem do jornal O Estado de S. Paulo ter acusado o ex-marido de ameaçá-la de morte, como consta de um documento interno do Itamaraty revelado pela Folha de S.Paulo: "Numa separação sempre há tensões, mas jamais falei aquilo (de que havia ameaçada de morte), nem meu (atual) marido falou. Não faço ideia de como surgiu essa história", afirmou, em Resende.

Jair Renan nasceu em 1998. O casamento durou, no total, 16 anos. A separação foi em 2007 e, dois anos depois, Cristina foi morar na Noruega, onde se casou novamente.

Segundo publicou a Folha de S.Paulo, ela fugia de ameaça de morte de Bolsonaro. Ao jornal O Estado de S. Paulo, Cristina alegou na quarta-feira que apenas "quis mudar de ares". Neste sábado, ela voltou a afirmar que nunca foi ameaçada por Bolsonaro e que não falou ao Itamaraty sobre qualquer risco à época.

Ex-mulher do candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro, a advogada Ana Cristina Valle acusou o deputado federal de furtar o cofre de um banco, ocultar patrimônio, de receber pagamentos não declarados e de agressividade. As informações foram publicadas, nesta sexta-feira (28), pelo site da revista Veja. De acordo com a reportagem, uma ação aberta em 2008 na 1.ª Vara de Família do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro registra as acusações. 

O presidenciável, de acordo com Ana Cristina, furtou seu cofre numa agência do Banco do Brasil no centro do Rio, em outubro de 2007, e levou todo o conteúdo, incluindo joias avaliadas em R$ 600 mil, US$ 30 mil em espécie e mais R$ 200 mil também em dinheiro vivo. A reportagem aponta que os valores, hoje, totalizariam R$ 1,6 milhão.

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Ainda segundo a revista, no processo que tem mais de 500 páginas, a ex-mulher de Bolsonaro diz que ele ocultou patrimônio pessoal da Justiça Eleitoral em 2006, quando foi candidato a deputado federal. Na época, o candidato disse ter R$ 433,9 mil à Justiça Eleitoral, mas Ana Cristina apresentou uma relação de bens do ex-marido que citavam a propriedade de mais três casas, um apartamento, uma sala comercial e cinco lotes. 

A matéria também diz que Ana Cristina declarou no processo que Bolsonaro recebia "outros proventos" que faziam sua renda mensal chegar a cerca de R$ 100 mil, mesmo recebendo o salário de deputado de R$ 26,7 mil e, como militar da reserva, mais R$ 8,6 mil. 

Ana Cristina também diz na ação que resolveu se separar por causa do “comportamento explosivo” e da “desmedida agressividade” de Bolsonaro. O casamento deles durou dez anos e a separação foi oficializada em 2008.

À revista Veja, a advogada negou as acusações feitas naquele ano. “Quando você está magoado, fala coisas que não deveria”, afirmou. Internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo, para se recuperar de uma facada recebida durante agenda de campanha em Juiz de Fora (MG), Bolsonaro também não quis se manifestar, de acordo com a revista.

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