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Manuela D'Ávila (PCdoB), candidata a vice-presidente da chapa de Fernando Haddad, buscou apresentar o candidato petista como alguém "capaz de lidar com a divergência", após ter sido questionada sobre qual seria a sua reação em caso de impeachment de Haddad, se assumiria o governo ou renunciaria em solidariedade ao companheiro de chapa.

"Haddad é o homem certo para governar o País, com desenvolvimento com combate à desigualdade. Representamos a retomada do investimento público. Haddad tem tranquilidade e capacidade para lidar com a divergência", disse a vice em debate entre vices na corrida presidencial organizado por UOL, Folha de S.Paulo e SBT.

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"Como enfrentar crises com truculência, com ódio? Tratando mulheres e homens diferentes, negros e brancos diferentes? Não dá", afirmou, numa clara referência ao candidato Jair Bolsonaro (PSL)

Antes de responder à pergunta sobre um possível impeachment de Haddad, Manuela chegou a se referir ao questionamento como uma piada, mas se corrigiu logo em seguida. "Achei a piada, quer dizer, a pergunta, engraçadíssima", afirmou a vice de Haddad, que reiterou na sua resposta que não há hipótese de impeachment em um novo governo petista.

Manuela também comentou a última pesquisa Ibope, que foi divulgada na segunda-feira, dia 1º, e mostrou estagnação de Haddad com 21%, enquanto Jair Bolsonaro subiu 4 pontos, para 31%. Segundo ela, "as pesquisas sempre mostram oscilação".

"O que estamos vendo é que o segundo turno terá muita competição. A primeira disputa se dará entre tomar um rumo democrático ou não, se um projeto de país com desenvolvimento e justiça social, ou um projeto que trata homens e mulheres diferentes, negros e brancos diferentes", ressaltou.

A vice de Haddad também reforçou a narrativa petista de que os governos do PT foram os que mais fortaleceram os instrumentos de combate à corrupção e acrescentou que, se o partido voltar ao poder, serão criados mecanismos para também evitar a corrupção. Apesar disso, ela afirmou que a Lava Jato tem abusos. "Não há um brasileiro que não perceba motivação política do juiz Sergio Moro", declarou.

Em debate entre vices na corrida presidencial, a candidata Ana Amélia (PP), da chapa de Geraldo Alckmin (PSDB), buscou emplacar a candidatura tucana como a terceira via de uma disputa que tem como líderes das pesquisas de intenção de voto Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).

"Geraldo Alckmin é a terceira via, pelo seu poder moderador, pela convergência ao centro", disse a vice do tucano, em debate organizado por UOL, Folha de S.Paulo e SBT. "Os desafios para 2019 são gigantescos e, sem essa capacidade de articulação de Alckmin, o que nos espera é uma situação bastante complicada", disse Ana Amélia.

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A declaração da vice de Alckmin, posicionando o ex-governador como a terceira via, vai na contramão do histórico do PSDB em disputas presidenciais. Desde 1994, o partido tem polarizado com PT, sempre ficando em primeiro ou segundo lugar.

Ana Amélia evitou falar em um cenário de segundo turno sem a presença do tucano, apesar do candidato não ter conseguido se aproximar da segunda colocação, hoje ocupada por Haddad. Ela minimizou as pesquisas e considerou que a campanha ainda está em aberto.

"O segundo turno não está definido, só será definido no dia 7 de outubro. Não trabalhamos com essa hipótese estar fora do segundo turno. Se as pesquisas definissem a eleição, nós apenas consultaríamos Datafolha e Ibope", disse a candidata a vice, após ter questionada sobre quem a chapa apoiaria em um eventual segundo turno entre Haddad e Bolsonaro.

A vice de Alckmin, que pouco falou sobre Bolsonaro, preferiu mirar seus ataques no PT. Após a vice de Haddad, Manuela D'Ávila, afirmar que o juiz Sergio Moro tem motivações políticas, Ana Amélia disse que esta afirmação era preocupante, porque coloca em risco as investigações em caso de vitória do PT. "Eu temo pelo futuro da Lava Jato, a depender do resultado da eleição", disse a ex-senadora.

Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) validou nesta sexta-feira (31) o pedido de registro de candidatura de Geraldo Alckmin, do PSDB, à Presidência da República nas eleições de outubro. A senadora Ana Amélia (PP-RS) completa a chapa como candidata a vice-presidente.

Durante a sessão, os ministros rejeitaram impugnação feita pela candidatura de Henrique Meirelles (MDB),que questionava supostas irregularidades na ata da convenção que definiu a coligação para lançar Alckmin à Presidência.

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Candidato da coligação PSDB, PTB, PP, PR, DEM, SD, PPS, PRB e PSD, quatro vezes governador de São Paulo, Alckmin é um dos fundadores do PSDB. Formado em medicina pela Universidade de Taubaté (SP), começou a carreira política em 1972, em Pindamonhangaba, sua cidade natal, onde foi eleito vereador, presidente da Câmara dos Vereadores e prefeito.

Em 1982, foi eleito deputado estadual. Participou da Assembleia Nacional Constituinte de 1986, antes de chegar ao governo de São Paulo em 2001, como vice do governador Mário Covas. Aos 65 anos, vai disputar pela segunda vez a eleição presidencial. Declarou patrimônio de R$ 1,4 milhão.

O primeiro turno das eleições será realizado no dia 7 de outubro. De acordo com o TSE, mais de 27,6 mil candidatos a presidente, governador, senador e deputado federal, estadual e distrital vão disputar os votos de 147,3 milhões de eleitores brasileiros. 

A senadora Ana Amélia (PP-RS) confirmou sua participação na convenção do PSDB amanhã em Brasília e divulgou nesta sexta-feira, 3, um vídeo nas redes sociais sobre sua participação como vice na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB-SP) na disputa pela Presidência da República. "Não foi uma decisão fácil tive a coragem de abrir mão de um mandato à reeleição ao Senado quase certa para um resultado eleitoral incerto", diz a senadora no vídeo.

Ontem, a senadora disse que sua participação na chapa de Alckmin dependia ainda de arranjos dos partidos, principalmente no Rio Grande do Sul. O até então pré-candidato ao governo do Estado, o deputado federal Luiz Carlos Heinze (PP) teria de abrir mão da disputa e apoiar o tucano Eduardo Leite (PSDB), ex-prefeito de Pelotas. Com isso, Heinze ocuparia a vaga de Ana Amélia na disputa pelo Senado. Essa situação, no entanto, segue indefinida e o PP realiza sua convenção estadual amanhã no Rio Grande do Sul.

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Gaúcha de Lagoa Vermelha, Ana Amélia Lemos, de 73 anos, deixou em 2010 o jornalismo para disputar uma vaga no Senado pelo PP. Foi eleita com 29,54% dos votos, ficando com a segunda vaga. No Senado, votou a favor da PEC do Teto de Gastos e da reforma trabalhista. A parlamentar aceitou nesta quinta-feira, 2, o convite para ser a vice na chapa do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB).

Em 2014, apoiou o nome de Aécio Neves à Presidência, mas votou agora pelo afastamento do senador. Em abril deste ano, trocou acusações com a senadora Gleisi Hoffmann, após a petista gravar um vídeo para a emissora de TV do Catar Al-Jazeera pedindo campanha pela liberdade do ex-presidente Lula.

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Disse que "esperava que a convocação não fosse pedido para o Exército islâmico atuar no Brasil", o que gerou críticas de organizações de cultura árabe. Ainda este ano, ela elogiou cidades gaúchas "que botaram para correr" a caravana promovida por Lula a cidades do Estado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, confirmou, em entrevista ao programa Central das Eleições, da GloboNews, que a senadora Ana Amélia (PP-RS) comporá sua chapa como candidata a vice. "Ana Amélia aceitou. Foi um gesto importante. Ela abriu mão de sua reeleição ao Senado para vir conosco nessa caminhada", disse o ex-governador de São Paulo na noite desta quinta-feira, 2.

Alckmin elogiou a nova companheira de chapa, dizendo que ela foi escolhida por vários anos como uma das melhores parlamentares do Congresso. "A vice dos sonhos é Ana Amélia, e eu consegui."

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O candidato ainda disse que a decisão sobre a vice já está pacificada com os outros partidos do Centrão (SD, DEM, PR, PRB e PP). "O Centrão nos delegou essa decisão."

A senadora Ana Amélia (PP-RS) disse nesta quinta-feira, 2, em rápida entrevista concedida no Senado, que está disposta a ser vice na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB-SP), mas condicionou a decisão ao acerto entre os dois partidos em âmbito nacional e no seu estado natal, o Rio Grande do Sul. Embora tenha mostrado disponibilidade, a senadora disse que a parceria não está sacramentada.

Cuidadosa nas declarações, Ana Amélia evitou afirmar que aceita o convite do tucano. "A decisão caberá a Alckmin e ao presidente do partido (PP)", desconversou, dizendo que "entre hoje e amanhã" deve ser feito o anúncio oficial. Tudo ainda depende de decisões sobre coligações para disputas de governos estaduais, segundo ela.

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Uma das questões é a situação no Rio Grande do Sul. Com os novos arranjos, estaria em jogo o candidato Luiz Carlos Heinze (PP) deixar de concorrer ao governo do Rio Grande do Sul para apoiar o candidato tucano ao cargo, Eduardo Leite. Neste cenário, Heinze sairia para o Senado. Há outras questões também para serem resolvidas entre os dois partidos.

"Se for definido em todos os seus detalhes, então vou me posicionar em relação ao convite que Geraldo Alckmin fez a mim", disse Ana Amélia. "Vou aguardar para que eu possa tomar uma decisão com segurança", disse.

Segundo a senadora, Alckmin esteve em sua casa ontem, às 18h, e eles conversaram por cerca de 40 minutos. "Ele fez várias ponderações a mim e tivemos uma conversa muito franca", disse. Ela admitiu que também houve um apelo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para que ela aceitasse ser vice e também do senador Tasso Jereissati (PSDB).

"Tive problema com a minha pressão arterial, mas a política foi muito maior para que eu aceitasse", disse a senadora. Mais cedo ela disse que falaria com seu médico para tomar a decisão já que teve um problema de hipertensão em viagem ao Rio Grande do Sul na semana passada e chegou ficar internada por uma noite.

Sobre as divergências internas do PP, Ana Amélia disse que o presidente do partido, Ciro Nogueira, deu a liberdade a Geraldo Alckmin para ele tomasse sua decisão.

A Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) pode votar nesta quarta-feira (20), em reunião a partir das 9h, o Projeto de Lei do Senado (PLS 206/2012) que isenta hotéis e motéis do pagamento de direitos autorais.

A regra valeria apenas para músicas e audiovisuais executados nos quartos dos hóspedes. A autora da proposta é a senadora Ana Amélia (PP-RS). O relator, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), é favorável ao texto, com emendas.

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Da Agência Senado

 

A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), classificou como xenófobas as críticas da senadora Ana Amélia (PP-RS) ao vídeo que gravou para a rede de televisão Al Jazeera. Ana Amélia afirmou que Gleisi poderia ter violado a Lei de Segurança Nacional por supostamente ter provocado "atos de hostilidade" contra o Brasil ao pedir apoio para a campanha de libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na emissora árabe.

O artigo oitavo da Lei de Segurança Nacional diz que seria crime "entrar em entendimento ou negociação com governo ou grupo estrangeiro, ou seus agentes, para provocar guerra ou atos de hostilidade contra o Brasil".

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No plenário, Ana Amélia fez duras críticas ao vídeo da petista, que classificou como grave, e disse que "espera que essa convocação não seja um pedido para o Exército islâmico atuar no Brasil". "Essa hostilidade pode estar entendida aí exatamente aquilo que a gente suspeita que possa ter sido o objetivo dessa manifestação publicada nesta semana pela TV Al Jazeera, com sede no Catar e com grande repercussão e influência no mundo árabe", insinuou a senadora gaúcha.

Pelo Twitter, e depois em discurso no plenário, Gleisi reforçou que deu entrevistas praticamente idênticas para redes de televisão de países como França, Inglaterra e Espanha, porém apenas a emissora árabe gerou reações negativas por parte de Ana Amélia. "O incômodo dessa senadora do Rio Grande do Sul não foi com o conteúdo da minha fala, e sim a emissora com quem falei."

A presidente do PT disse ainda que a indignação de Ana Amélia representa um "desvio de caráter", fruto de "ignorância, xenofobia e má-fé" com o povo árabe. "Essa mesma senadora incentivou violência contra caravana de Lula, quando disse que era para erguer o relho", reagiu Gleisi.

A senadora Ana Amélia (PP-RS) disse nesta quarta-feira (28), no Plenário do Senado, que condena qualquer tipo de violência e que não pode ser usada como bode expiatório dos ataques contra a caravana do ex-presidente Lula no Sul do país.

Ana Amélia disse que usou uma ´força de expressão` e que estava em uma convenção de seu partido, quando falou sobre os atos de manifestantes contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a turnê feita Rio Grande do Sul na semana passada.

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— Foi isso. Força de expressão! Então eu sou julgada para ser bode expiatório deles, mas não serei. Estou sendo julgada pelos eleitores do Rio Grande do Sul, pela sociedade brasileira que acompanha o meu desempenho nesta Casa — afirmou. 

Ana Amélia apontou ainda que os episódios de violência refletem a insatisfação da população com os governos petistas, “que quebraram o país”.

— Condeno qualquer tipo de violência. Acho que tiros não podem nem devem ser dados em ninguém. Nem no meu adversário nem no meu aliado.  A minha coligação é com a sociedade brasileira, que me conhece. Eu não preciso dar explicações a quem quer me transformar em bode expiratório para os seus problemas — reiterou.

Da Agência Senado

Integrantes do Movimento dos Sem-Terra (MST) invadiram, na madrugada desta quinta-feira (8), a fazenda Saco de Bom Jesus, em Formosa, interior de Goiás, ligada à senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS). A Polícia Militar confirma a invasão, mas não tem ainda o total de ocupantes. O MST alega que a propriedade é improdutiva e não foi integralmente declarada à Justiça. A senadora informou que a fazenda já foi vendida e que a invasão é uma retaliação pelo seu voto a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

De acordo com o MST, a ocupação visa denunciar a falta de produtividade da área de 1.909 hectares, que teria 600 cabeças de gado, lotação inferior à necessária para atingir os índices de produtividade exigidos pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O índice de 0,31 cabeças por hectare seria muito baixo "para quem diz representar o moderno modelo do agronegócio", segundo nota do MST. O movimento informou ter pedido ao Incra a vistoria da área em 2014. Ainda segundo o movimento, parte da fazenda não foi declarada pela senadora à Justiça Eleitoral.

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Vendida

Em nota, a senadora Ana Amélia informou que a fazenda Saco de Bom Jesus foi vendida em 2014 e o processo de transferência ao novo proprietário está em fase de conclusão. "Essa propriedade rural fazia parte de um espólio no qual eu e as filhas do meu marido, Octávio Cardoso, falecido em 2011, éramos herdeiras. A venda ocorreu em agosto de 2014, conforme registro no Cartório do 2º Tabelionato de Notas, em Itumbiara (GO), e foi declarada no imposto de renda de todos os herdeiros na declaração seguinte, como determina a lei."

Ainda segundo a senadora, a área já havia sido alvo de outras denúncias "caluniosas" por parte do mesmo grupo na campanha eleitoral de 2014, no Rio Grande do Sul, e o Procurador-Geral da República determinou o arquivamento pela improcedência da denúncia. "Lamento que seja uma retaliação do MST pelo meu voto favorável ao impeachment. Esta é uma reação antidemocrática por não aceitarem a decisão tomada pelo Senado Federal", afirmou. O Incra informou que o imóvel já foi vistoriado e está em processo de verificação da cadeia dominial para a conclusão do laudo.

Ao responder os primeiros questionamentos no Senado Federal, a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) afirmou, nesta segunda-feira (29), que não tem um “apreço egoísta” pelo mandato e ressaltou, mais uma vez, que se não houver provas de crime de responsabilidade o impeachment “é golpe sim”. As declarações da petista foram em resposta a senadora Ana Amélia (PP-RS) que pontuou a presença de Dilma no Senado como um reconhecimento da legitimidade do processo de impeachment. 

“Sua presença aqui legitima o julgamento e derruba a narrativa em fazer referência a golpe. O verdadeiro golpe foi a milhões de brasileiros que ficaram desempregados ou sem o Fies e o Prouni”, salientou a progressista. “Não estamos julgando a sua biografia, seu passado, que eu respeito, mas as ações do seu governo. Que tem direta ou indiretamente suas digitais. O crime de responsabilidade detalhado não deixa margem a duvida”, acrescentou a senadora, dizendo que a responsabilidade sobre a política econômica da gestão era a presidente.

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Em contrapartida, Dilma disse que a responsabilidade dela com a economia do país foi concedida pelos 54 milhões de votos que recebeu. “Compareço ao Senado porque é um espaço democrático que tem que ser preservado e só tem uma forma, de se defender quando se trata de golpe parlamentar: abrir o diálogo, acreditar na discussão e sistematicamente lutar neste espaço político”, cravou, retomando o exemplo de que a democracia seria uma árvore e o país estava diante de um golpe de estado parlamentar e não militar, como em 1964. 

A presidente também pontuou não questionar o rito, mas a justeza do impeachment. “Não basta um rito correto, mas um conteúdo justo. Aqueles que não gostam que o nome seja golpe querem encobrir um fato. O que se esta fazendo é encobrindo uma tentativa de tirar um governo que chegou pelas urnas por um governo que não teve voto e está implantando um programa que não foi eleito. Este processo se constitui em uma eleição indireta, saibam que não tenho um apreço egoísta pelo meu mandato”, argumentou, deixando claro que seu maior desejo é que “a democracia saia ilesa deste processo”.

Antes de Ana Amélia, a primeira senadora a interpelar a presidente foi a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB). Apesar de peemdebista, a parlamentar é aliada da petista e durante os cinco minutos de fala não formulou diretamente perguntas, mas apresentou um balanço do que executou durante a gestão de Dilma na pasta de Agricultura. 

“A senhora é a presidente que mais atenção deu ao agronegócio brasileiro, uma atenção que se traduziu em muitas ações. O Plano Safra antes do seu governo era elaborado pelo ministério da Fazenda e o da Agricultura era um simples coadjuvante. A senhora elevou o ministério da Agricultura para o primeiro escalão do ministério, agindo diretamente no Plano Safra... Hoje chamam as subvenções cinicamente de pedaladas. O Plano Safra e suas subvenções foram criados pelo presidente [Fernando] Collor e só agora virou crime?”, indagou ironizando. Sem perguntas diretas, a ex-ministra pediu para que Dilma discorresse sobre a possibilidade de ser vítima de uma “injustiça”.

A senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS) foi oficializada nesta sexta-feira, 27, como candidata ao governo do Rio Grande do Sul na coligação que também tem o PSDB, o Solidariedade e o PRB. A convenção estadual do PP reuniu, na Assembleia Legislativa do Estado, centenas de correligionários e representantes das legendas aliadas, entre eles o candidato a vice-governador, Cassiá Carpes (SDD). Mais cedo, a senadora esteve nas convenções estaduais do PSDB e do Solidariedade, realizadas também na capital gaúcha.

Em todos os locais onde passou, Ana Amélia fez discursos destacando a "esperança", que será o lema de sua campanha, e falou da importância de fazer uma campanha municipalizada, com a força de todas as regiões do RS. Também lembrou a festa em Porto Alegre que marcou o lançamento de seu nome como pré-candidata, há cerca de um mês, e que teve a presença do tucano Aécio Neves.

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Apesar de Ana Amélia reafirmar e exaltar o apoio ao candidato do PSDB à Presidência da República, a participação direta de Aécio na campanha da gaúcha está em risco. Na manhã de hoje, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou o pedido de liminar para suspender a decisão do Partido Progressista que aprovou, na quarta-feira, 25, o apoio da legenda à reeleição da presidente Dilma Rousseff. Os diretórios do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais, que defendem a neutralidade do PP na disputa presidencial, haviam recorrido ao TSE na tentativa de sustar os efeitos da decisão do partido de se aliar ao PT.

Ana Amélia reconheceu que, sem a neutralidade, será mais complicado que os Estados tenham o direito de usar a imagem dos candidatos que apoiam em suas propagandas de campanha. "Vamos ter que respeitar a lei. É uma situação que também vive o PMDB, porque o diretório nacional apoia a Dilma e aqui eles apoiam o Eduardo Campos (PSB). Nós estamos na mesma situação, e talvez possamos discutir em conjunto o que fazer", disse em evento em Porto Alegre hoje de manhã.

Senado

A convenção estadual do PP serviu para confirmar o deputado estadual Cassiá Carpes (SDD) como vice na chapa majoritária e também para acabar com o suspense em torno do tome do candidato ao Senado. Como o PSDB não conseguiu chegar a um consenso sobre o nome que concorreria, Ana Amélia acabou indicando a empresária Simone Leite (PP), vice-presidente da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul), que concorrerá a um cargo público pela primeira vez.

A vaga da chapa ao Senado é considerada "café com leite" nos bastidores do PP. O partido não tem a pretensão de ganhar esta disputa, tendo em vista as fortes candidaturas de Olívio Dutra (PT), Lasier Martins (PDT) e Beto Albuquerque (PSB). Os progressistas preferem se concentrar na corrida pelo Palácio Piratini, e por isso foi tão difícil convencer um nome que tem uma trajetória política consolidada a se aventurar na campanha pelo Senado. O deputado federal Nelson Marchezan Júnior (PSDB), por exemplo, negou o convite, com medo de perder seu eleitorado. Preferiu tentar novamente uma cadeira na Câmara.

Inconformada com o resultado da convenção nacional do PP, a senadora Ana Amélia, candidata ao governo do Rio Grande do Sul, anunciou na tarde desta quarta-feira, 25, que vai entrar com um recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para anular a deliberação do partido. Em votação rápida nesta manhã, foi delegado à Executiva Nacional o direito de deliberar sobre a aliança para a sucessão presidencial. Minutos depois, o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), informou que o colegiado havia confirmado o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Para a senadora, a convenção apontava uma tendência majoritária favorável a uma resolução pela neutralidade do PP. Ana Amélia era uma das líderes do grupo de dissidentes que pedia que a sigla continuasse neutra na sucessão presidencial, como aconteceu nas últimas três eleições. "Estou extremamente desolada com o que aconteceu", afirmou.

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Ana Amélia observou que, durante o evento, dois livros foram disponibilizados para a votação: um para os convencionais e outro para os membros da Executiva. A senadora conta que muitos membros da Executiva, que não participaram na sequência da reunião à portas fechadas com Nogueira, acabaram assinando o livro de presença na reunião da Executiva sem se dar conta. "É tudo muito bem urdido", reclamou.

A candidata ao governo gaúcho diz que a resolução permitindo que os diretórios regionais façam alianças independentemente da orientação nacional e com outros candidatos à Presidência da República é "para inglês ver". "Isso não tem eficácia, é ilegal. Eu não poderei colocar na minha propaganda o meu candidato, que é o Aécio Neves. Qual é a coerência e o objetivo de fazer essa deliberação simbólica? Não tem efeito legal", apontou.

A ação judicial questionando a legitimidade do resultado da convenção está sendo elaborada pela assessoria jurídica da senadora. Os advogados também já pediram a transcrição da gravação do evento.

Em nota divulgada nesta tarde, o PP diz que só os diretórios de Minas Gerais e Rio Grande do Sul eram contrários à aliança nacional com o PT. Nas contas dos dissidentes, no entanto, pelo menos sete diretórios (Santa Catarina, Amazonas, Ceará, Goiás, Rio de Janeiro, além de Minas e Rio Grande do Sul) eram favoráveis à neutralidade do partido."A forma como a imposição foi tentada sobre os convencionais é preocupante. O que está atrás disso?", questionou a senadora.

A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) relatou, durante audiência pública, nesta quinta-feira (27), no Senado, uma série de problemas que ocorrem com as interrupções de energia elétrica. A queda de produtividade da lavoura, a falta de material para movimentação de grãos, e os prejuízos com a falta de refrigeração para produtos estocados foram alguns dos pontos levantados pelos parlamentares. 

“A situação está se agravando por falta de investimentos nas linhas de transmissão, pois não basta produzir energia, se não se leva essa energia ao consumidor. E por problemas de manutenção das linhas existentes”, frisou a senadora Ana Amélia (PP-RS), que sugeriu a realização do debate.

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Para o representante da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), Cristiano Palavro, a expansão de atividades, como irrigação e beneficiamento de produtos, já estaria comprometida por falta de energia elétrica.

“Apesar de existir crédito do governo federal para incentivo a pivôs centrais e armazéns, os projetos ficam parados nas instituições financeiras, aguardando a liberação de carga elétrica por parte das concessionárias, o que gera imensa estagnação dessas atividades e prejuízos à economia do país como um todo”, disse.

Além da perda de produção, os agricultores enfrentam problemas pela queima dos equipamentos, decorrente de oscilações na rede quando do retorno do fornecimento de energia elétrica após os apagões. “Quem é que indeniza?”, questionou Ana Amélia, ao observar que ao prejuízo com o equipamento danificado se soma à perda de produção.

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