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O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação civil pública para que a Justiça Federal obrigue a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) e a Companhia de Eletricidade da Bahia (Coelba) ao pagamento de indenização aos indígenas da etnia Truká pela invasão de suas terras, no município de Cabrobó, no Sertão de Pernambuco. para implantação de linhas de transmissão sem consulta à comunidade. O MPF destaca que a implantação das torres de alta tensão trouxe inúmeros prejuízos à comunidade Truká.

Na ação, o procurador da República Rodolfo Lopes também requer que os indígenas sejam indenizados por dano moral coletivo, bem como que sejam reparados os danos materiais e imateriais causados. As linhas de transmissão foram instaladas na década de 1990, sendo de propriedade da Chesf, com operação e manutenção pela Coelba.

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Ao longo dos anos, no decorrer do inquérito civil instaurado em 2002 para apurar a situação, foram realizadas diversas reuniões e estudos e firmado termo de ajustamento de conduta com a fixação de valor para a reparação dos danos. No entanto, o documento não foi assinado pela Chesf nem pela Fundação Nacional do Índio (Funai), que também é alvo da ação, junto com o Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Segundo o MPF, a Chesf reiterou, em reunião realizada em setembro de 2020, que não concorda com a celebração de qualquer acordo com as comunidades afetadas.

A ação aponta que, além de serem submetidos aos riscos do empreendimento, os Truká tiveram parte da terra inutilizada para a realização de suas atividades rotineiras. Indígenas relataram que houve significativa redução de plantas da natureza local, algumas delas medicinais. O procurador da República diz que a falta de consulta à comunidade desrespeita direito garantido por convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

O MPF afirma que as empresas que invadiram a terra Truká não possuíam licença ambiental válida e regularmente expedida pelo Ibama e que, mesmo depois de todo o tempo decorrido, deixaram de adotar as providências necessárias para sanar a irregularidade. De acordo com a ação, se o processo de licenciamento ambiental tivesse seguido o curso correto, o Ibama deveria ter requisitado informações à Funai sobre o empreendimento. Porém, como a Funai tomou conhecimento da construção por meio dos próprios indígenas, caberia à fundação provocar o Ibama para informar sobre as irregularidades e solicitar detalhes sobre o processo de licenciamento.

Valores

O MPF requer que a Chesf e a Coelba sejam condenadas ao pagamento de R$ 20,9 milhões por dano moral coletivo, R$ 10,4 milhões por danos materiais e R$ 4,5 milhões de indenização em favor dos Truká. Para reparar os danos imateriais, foi solicitado pedido formal de desculpas às comunidades afetadas, em cerimônia a ser realizada na própria terra indígena, com publicação nos sites oficiais da Chesf e da Coelba. O órgão também pede que a Justiça Federal determine que Chesf e Coelba, no prazo de 30 dias, providenciem a regularização do licenciamento ambiental e que Funai e Ibama comprovem as medidas que lhe competem para o andamento do licenciamento.

Após meses de trocas de acusações, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seu rival democrata na disputa pela Casa Branca, Joe Biden, enfrentam-se nesta terça-feira (29) no primeiro debate de uma campanha que ocorre sob alta tensão.

A 35 dias das eleições nos Estados Unidos, milhões de pessoas assistirão ao confronto verbal entre o presidente republicano, de 74 anos, e o ex-vice-presidente democrata, de 77. Embora o impacto nas eleições seja limitado, esses encontros marcam o ritmo da campanha desde o primeiro encontro televisionado entre John F. Kennedy e Richard Nixon, há 60 anos.

"Estou ansioso pelo debate", disse o presidente às vésperas do encontro que acontece em Cleveland, Ohio, um dos estados considerados "pendulares" - ou seja, mudam sua preferência (republicano, ou democrata) de uma eleição para outra. Em 2016, a vitória foi de Trump.

Biden lidera as pesquisas no estado, assim como a média nacional, conforme elaborado pelo site RealClearPolitics, que lhe confere uma vantagem de 49,7% contra os 42,9% do presidente.

O embate de uma hora e meia terá início às 21h locais (22h em Brasília) e será moderado pelo jornalista do canal conservador Fox News, Chris Wallace. Devido à pandemia, o tradicional aperto de mãos inicial foi suspenso.

Com as eleições se aproximando, Trump teme se tornar o primeiro presidente em 25 anos a não conseguir um segundo mandato, repetindo o feito de seu colega republicano George H. W. Bush, derrotado por Bill Clinton em 1992.

A pandemia, que deixou mais de 204.762 mortos no país, a nomeação de uma juíza conservadora para a Suprema Corte, o debate sobre o racismo, o equilíbrio da carreira dos dois candidatos e as dúvidas plantadas por Trump sobre a integridade do eleições são alguns dos temas em jogo.

- "Perdas crônicas" -

E o acréscimo de última hora: revelações do jornal "The New York Times" apontam que Trump pagou apenas US$ 750 em impostos federais em 2016, ano em que ganhou a presidência.

A notícia exclusiva do jornal caiu como uma bomba na véspera do debate. A matéria indica ainda que as empresas de Trump sofrem "perdas crônicas", o que pode minar sua imagem como um poderoso empresário.

Trump também perdeu seu principal trunfo político nos últimos meses: uma gestão da economia que levou o desemprego ao nível mais baixo em décadas, atingindo 3,5% em fevereiro, mas foi pulverizado pela pandemia que destruiu milhões de empregos.

A gestão da emergência sanitária também não lhe é favorável, mas Trump - que foi um apresentador de televisão popular antes de entrar na política - consegue ultrapassar obstáculos com os mesmos artifícios usados para ganhar a eleição em 2016: de surpresa em surpresa e quebrando códigos estabelecidos.

Do lado de Biden, os democratas apostam que a experiência do veterano ex-senador lhe dará a vitória em sua terceira tentativa de chegar à Casa Branca. "Calmo, firme, forte, resiliente", diz sua esposa, Jill Biden.

- "Obstáculos no registro de eleitores" -

Nessas eleições, há um número recorde de latinos qualificados para votar, cerca de 32 milhões, o que representa 13,3% do total. A expectativa da diretora de Participação Cívica do Fundo Educacional NALEO, Juliana Cabrales, é, porém, que menos da metade votará.

"A pandemia está criando obstáculos para o recenseamento eleitoral", disse Cabrales à AFP, explicando que os registros muitas vezes aconteciam em reuniões e eventos, afetados pelas restrições.

Entre os latinos, a vantagem de Biden é clara, com 65% de apoio, contra 36% do presidente republicano. Já na Flórida, um estado importante com 29 votos eleitorais, a liderança do ex-vice-presidente é estreita: 48,7% contra 47,4% de Trump, de acordo com o RealClearPolitics.

E, entre os latinos da Flórida, é Trump quem leva vantagem com 50% contra 46% de Biden, devido ao forte apoio dos cubanos, que celebram o discurso anticomunista do presidente, revelou uma pesquisa da rede NBC News.

Os outros dois debates presidenciais estão programados para 15 e 22 de outubro em Miami, Flórida, e em Nashville, Tennessee, respectivamente. O vice-presidente Mike Pence se encontrará com a companheira de chapa de Biden, a senadora Kamala Harris, em 7 de outubro, em Salt Lake City, Utah.

Um bicho-preguiça foi resgatado de uma torre de alta tensão na BR-232, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR), na segunda-feira (31). Participaram do resgate equipes da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) e da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe).

Após ser retirado, o mamífero foi encaminhado ao Centro de Triagem de Animais Silvestres de Pernambuco (Cetas Tangara), unidade da CPRH. Lá, ele tem recebido cuidados dos veterinários.

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Segundo a CPRH, o animal não recebeu descarga elétrica. Também não houve queimaduras porque a Celpe havia desligado o sistema para realizar serviços de manutenção na rede.

Apesar de não sofrer choque elétrico, o bicho-preguiça chegou ao Cetas Tangara muito debilitado. O animal tem problemas respiratórios sérios, mas já foi medicado. A CPRH não informou por quanto tempo o animal deve seguir sob cuidados médicos.

Uma falha no disjuntor de alta tensão causou um apagão em parte do Campus Recife da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no início da noite desta sexta-feira (17). O lado afetado vai do Centro de Ciências da Saúde (CCS) até o Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA).

De acordo com a assessoria de comunicação da UFPE, uma equipe de técnicos já está tentando resolver o problema. Sobre a realização ou não das aulas nesta noite, a assessoria informa que a decisão cabe às coordenações de cada curso. 

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