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A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a Prefeitura de Caruaru, no Agreste pernambucano, assinaram convênio para realizar um monitoramento epidemiológico de variantes do vírus Sars-CoV-2 para melhor controle da pandemia da Covid-19 na região. Firmado na segunda-feira (31), o convênio tem duração de seis meses, com início imediato.

Por meio da ação, será possível monitorar novas variantes do vírus Sars-CoV-2 B.1.1.7 (variante Reino Unido), P.1 (variante Manaus), B.1.1.33 (todos os países), B.1.351 (variante África do Sul), B.1.525 (combina mutações das variantes do Brasil, África do Sul e Reino Unido), B.1.617, B.1.617.1 e B.1.617.3 (variantes Índia) em pacientes de Caruaru.

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A UFPE afirma que esse trabalho também vai contribuir para a formação de um biorrepositório de amostras biológicas, que poderá ser usado em futuros estudos sobre a Covid-19.

Além deste convênio entre UFPE e Prefeitura de Caruaru, a Universidade está direcionando o apoio da pesquisa “Diversidade Genômica de Cepas de Sars-CoV-2 Isoladas de Portadores de Covid-19 do Estado de Pernambuco”, coordenada pelo Laboratório de Bioinformática e Biologia Evolutiva (Labbe) do Departamento de Genética da UFPE e apoiada pelo Ministério Público do Trabalho em Pernambuco (MPT-PE).

Essa parceria é responsável pela identificação de 16 novas cepas do vírus no estado. E diante da emergência em que o município de Caruaru e o Agreste se encontram, serão direcionados ainda mais esforços para a busca de novas cepas na região.

A Prefeitura de Caruaru já começou o envio das amostras de pacientes da rede pública de saúde para a UFPE, que já iniciou o monitoramento das novas variantes e o sequenciamento para identificação de novas cepas do vírus na região.

Empresas distribuidoras de gás oxigênio em Pernambuco enviaram uma carta aberta alertando para um risco acentuado de crise no abastecimento do insumo no estado. Os distribuidores pedem uma maior produção de oxigênio nas fabricantes e que sejam diminuídas as cargas de oxigênio para fim industrial, com redirecionamento para fins medicinais.

Assinam a carta cerca de 20 distribuidores responsáveis por recolher os cilindros de oxigênio nas fábricas e entregarem em unidades de saúde em cidades de pequeno e médio porte em Pernambuco. A carta aberta é direcionada ao Governo de Pernambuco, Presidência da República, prefeitos, deputados e à população. 

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Segundo o advogado Flávio Fernando Gomes Dutra de Oliveira, que representa as distribuidoras, algumas delas registraram o triplo da demanda nos últimos 40 dias. “Eu trabalho representando as distribuidoras há uns dez anos e nunca vi uma empresa vir com o caminhão, chegar na indústria e não ter todos os cilindros abastecidos. Hoje a empresa deixa os cilindros e vem pegar em três dias. E às vezes não consegue abastecer todos”, diz.

O advogado diz que é a primeira vez desde o início da pandemia que esses empresários se reúnem para escrever uma carta aberta, o que denotaria a situação crítica no estado. “Eles solicitam que o governo interaja junto com os fabricantes no sentido de aumentar a produção e sanar as dificuldades”, reforça Flávio Fernando.

Nesta sexta-feira (28), o presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems-PE), José Edson de Souza, que também é secretário de Saúde de Gravatá, informou que dez cidades do interior relataram que há risco de ficarem sem oxigênio para os pacientes de Covid-19. São elas: Pesqueira, Sanharó, Cupira, Panelas, Carpina, São Bento do Una, Taquaritinga do Norte, João Alfredo, Belo Jardim e Lajedo.

Segundo o secretário, as cidades de Pesqueira e João Alfredo já estão avançadas para receber os cilindros. As demais cidades têm estoque até o próximo sábado (29). "Essas cidades estão correndo atrás com a Secretaria Estadual de Saúde para regularizar essas entregas ou conseguir algum paliativo", afirma ao LeiaJá. Alguns locais, por fazerem fronteira com a Paraíba, estão conseguindo insumo com o estado vizinho. Os municípios de Venturosa, Pesqueira, João Alfredo e Taquaritinga do Norte transferiram pacientes alegando risco de falta de oxigênio.

Ainda segundo José Edson, nas últimas duas semanas os municípios do interior de Pernambuco passaram a ter uma demanda de oxigênio cinco vezes maior. "Essa é a pior situação de todos os tempos desde o início da pandemia", diz. Ele afirma que há oxigênio suficiente nas fornecedoras, mas a maior dificuldade é a logística na distribuição.

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que tem mantido contato permanente com os municípios e prestado apoio àqueles que estão formalizando solicitações. Após reuniões, 149 concentradores de oxigênio foram disponibilizados para 44 cidades. Segundo a pasta, Lajedo não fez solicitação formal.

A secretaria ressaltou que a Central de Regulação Hospitalar vem atuando para fazer o encaminhamento de pacientes de unidades municipais de menor porte para serviços de referência da rede estadual. Conforme a nota, não há risco de desabastecimento sistêmico em Pernambuco, que possui plantas industriais responsáveis pelo abastecimento do gás medicinal para outros estados do Nordeste.

"No momento, o que se nota é um problema de logística no reabastecimento dos cilindros de O2 de algumas cidades", informa. O Governo de Pernambuco enviou ofício ao Ministério da Saúde solicitando apoio, com o encaminhamento de 500 concentradores e mil cilindros de oxigênio, além de testes de antígeno e reforço na investigação genômica no Estado. "Contudo, até o momento, não há retorno da solicitação por parte do Governo Federal", finaliza a nota.

Nas redes sociais, o deputado federal Túlio Gadêlha (PDT) disse ter tratado da situação de desabastecimento no Agreste de Pernambuco com o general Ridauto Fernandes, coordenador de logística do Ministério da Saúde. De acordo com o parlamentar, durante a conversa o general recebeu uma mensagem do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, tratando da situação. "É tempo de unir forças e se antecipar à crise para evitar que o pior aconteça", escreveu Gadêlha. 

Na noite desta sexta-feira, em nota enviada à imprensa, o Governo do Estado reforçou sua alegação de que não existe risco de falta de oxigênio hospitalar. “Eu gostaria de deixar bem claro que não há falta de oxigênio nas 66 unidades de saúde do Governo de Pernambuco, tampouco nas unidades de referência para atendimento dos casos de Covid na rede estadual. O abastecimento desse e de outros insumos para os hospitais estaduais está assegurado pela empresa fornecedora de gases hospitalares para o nosso sistema de saúde. Temos registrados, sim, casos de municípios que, em suas unidades próprias, estão tendo dificuldade em repor seus estoques. Muitos desses municípios possuem contratos com empresas de pequeno porte que não estão conseguindo atender o aumento da demanda”, disse o secretário estadual de Saúde, André Longo.

Pernambuco é conhecido em todo o país - e em boa parte do mundo - como um grande exportador de boa música. Dos ritmos mais tradicionais aos mais contemporâneos, é possível encontrar no Estado vários representantes que fazem valer sua fama de ‘grande celeiro cultural’. São artistas que estão espalhados pelos mais de 98 mil quilômetros de extensão de terras pernambucanas, provando que não é preciso estar na capital para produzir bons trabalhos. 

Do interior pernambucano não param de sair artistas inquietos e criativos que com muito trabalho e persistência conseguem superar dificuldades das mais diversas ordens. Nomes como Ciel Santos, de Bezerros; Bella Kahun, de Garanhuns; Neto Sales e a banda Hanagorik, esses dois últimos de Surubim, são apenas alguns dos exemplos da multiplicidade de cenas e artistas que integram essa seara. 

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Não à toa, os exemplos citados acima vêm todos de uma região específica do Estado, o Agreste, que vem renovando sua musicalidade e escoando, cada vez mais, talentos que em nada deixam a dever a qualquer um que porventura esteja mais próximo dos grandes centros.

"O interior tem, força, tem voz, e tem muita gente produzindo, é difícil mas não é impossivel". Luanda Luá - Foto: Divulgação

Luanda Luá é uma dessas artistas que conhece bem a cena do Agreste. No ‘corre’ há 18 anos, a artista que começou a cantar na igreja, ainda criança, é fruto direto da influência musical da cidade onde foi criada, Surubim. Motivada pela Hanagorik, que, segundo ela,  “foi inspiração para todos os jovens roqueiros da época” por lá, Luanda formou, em 2003, a Mennarca HC, banda de punk rock e hardcore. Porém, inquieta dentro de seus anseios artísticos e pessoais, iniciou em 2021 um projeto solo, pelo qual já lançou o primeiro EP, C.O.R.P.O. 

Em sua música, Luanda imprime parte de sua vivência enquanto mulher, gorda, e cria do interior. Desconstruindo estereótipos e rompendo com o senso comum, ela aprendeu na lida a conviver com eventuais impedimentos à sua arte. “No interior, basta você ser diferente que já tem preconceito. Ainda mais, você sendo mulher, cantando em banda de rock, cantando gutural, eu venho carregando esse preconceito desde o comecinho da Mennarca. Mas essa nova geração é muito acolhedora, me sinto bem acolhida com os jovens, bem mais do que com os mais velhos. A gente vai conquistando aos poucos”. 

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Além de já ter aprendido a lidar com tais percalços, a pedrense criada em Surubim também já conhece bem parte do caminho das pedras para manter um trabalho artístico sendo e estando no interior. Além de lidar com a já natural dificuldade de se viver de arte no Brasil, profissionais como ela precisam enfrentar ainda algumas limitações impostas pelas distâncias geográficas.

No entanto, Luanda revela um dos trunfos dos artistas do interior: “coletividade”. “Os artistas se ajudam, a gente termina virando um grande coletivo que as pessoas nem imaginam que esteja trabalhando em rede. Um vai indicando outro, vai ajudando, trocando ideia, é muito importante esse trabalho de rede. Não sei se nos grandes centros existe isso tão bem amarrado; não está tão bem amarrado porque não tem estrutura financeira , mas a vontade tem demais”. 

Essa coletividade também é mencionada por Yannara, nascida e criada em Surubim. Cantora, compositora, bailarina, coreógrafa, atriz, produtora e diretora dos próprios trabalhos, ela decidiu abraçar de vez a música, no início da pandemia, e em 2021 lançou o primeiro álbum, Força Motriz. “Querendo ou não, a gente compartilha do mesmo pensamento, somos todos interioranos, então já cria-se um apoio mútuo, de lutar junto porque aqui grande parte dos artistas se conhece; a gente frequenta o Reduto Coletivo e a gente faz muita troca, tem esse espaço de fortalecimento”, disse em entrevista ao LeiaJá

"Quando a gente escreve sobre a gente, não tem como não levar as referências, porque se é inteiro, se é real, é nosso, não tem como" , Yannara -  Foto: Divulgação.

Em sua música, Yannara traz parte das vivências de uma mulher nascida na zona rural do Agreste e criada em um bairro periférico de Surubim - conhecido como Rua do Açude e que ela carinhosamente chama de “RDA”. Como Luanda, ela também precisou enfrentar alguns olhares tortos, mas, otimista, afirma que o eventual conservadorismo relegado ao público do interior está ficando cada vez menor. “Desde meu trabalho com dança, meus trabalhos sempre ‘causaram’. A gente tá numa cidade do interior, querendo ou não as demandas, o que a gente recebe, o que é consumido, acho que é um pouco menor do que tem nas cidades maiores, então isso acaba limitando a visão, o pensamento ou a aceitação do diálogo. Mas acho que Surubim tem passado por uma fase de boas aceitações, até porque é uma cidade que tem uma movimentação artística por causa do Sesc, a gente sempre movimentou a arte na cidade, então acho que a galera tá se abrindo mais”. 

Transitando pelas culturas pop, hip hop e, claro, popular, Yannara quer, com sua música, dialogar com as mais diferentes pessoas, sobretudo mulheres e público LGBTQIA+, mostrando que no interior existem vivências que precisam ser conhecidas e reconhecidas. A despeito das dificuldades, sejam elas geográficas, pandêmicas ou as já bem conhecidas de qualquer artista independente em qualquer ponto desse país, a pernambucana está empenhada em levar à frente a sua voz “interiorana”, sendo mais uma das várias representantes que movem esse caldeirão de arte e cultura. “A gente tem uma luta, tem uma luta nossa. De alguma forma essa luta acrescenta em alguma coisa, nos dá mais força e impulso”.

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Em coletiva de imprensa on-line promovida pelo Governo de Pernambuco na tarde desta quinta-feira (27), o secretário de Saúde, André Longo, cobrou do Ministério da Saúde doses extra de vacinas contra a Covid-19 e testes de antígenos para investigar a presença da variante indiana do vírus, chamada de B.1.617, no Agreste do Estado. A região vive semanas dramáticas com a rápida aceleração do número de contaminações do novo coronavírus, com longas filas de espera por leitos de UTI.

De acordo com Longo, na semana epidemiológica de número 20, que se encerrou no último sábado, os números de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) e de solicitação de leitos subiram em todo o Estado e, de forma mais agressiva, no Agreste. “Agora temos uma situação que requer muita atenção na primeira macrorregião de Saúde [que compreende a Região Metropolitana do Recife] e de alerta máximo no Agreste. Para se ter uma ideia, registramos na segunda macrorregião de Saúde um aumento de 35% em uma semana e de 55% em quinze dias nas solicitações de UTI. Nesse mesmo período, o crescimento de solicitações em todo o estado foi de 15% e 18%, respectivamente, em uma semana e quinze dias”, informou o secretário.

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Segundo Longo, os números justificam a suspeita de que o Agreste esteja experienciando seu primeiro contato com uma nova variante. “A velocidade extraordinária com que a gente viu a onda de novas demandas por leitos na região do agreste chamou muita atenção para a circulação de uma nova variante. Não significa que seja a variante indiana, mas aqui em Pernambuco, como todos sabemos, nas últimas análises amostrais de sequenciamento genético, predominava a variante P1 amazônica”, comentou.

Longo criticou ainda a lentidão do governo federal para repassar os testes rápidos de antígenos para as unidades federativas. “Solicitamos ao Ministério da Saúde, que tem mais de 3 milhões de testes lá e inclusive disponibilizou 600 mil testes para o Maranhão, o envio imediato de 200 mil testes que queremos concentrar na região do Agreste, nos municípios mais acometidos pela onda de contaminação”, colocou Longo.

Em ligação direta para o ministro Marcelo Queiroga, o secretário expôs a alta de casos da região. "Falei por telefone com o ministro Queiroga sobre a necessidade de uma vigilância genômica mais ágil e mais rápida, já que o Brasil ainda peca na avaliação dessas variantes através do sequenciamento genético [...] Também procuramos o Lika [Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami] aqui do estado para que pudesse nos dar suporte, bem como com a Fiocruz, para poder agilizar o sequenciamento genético de amostras recentes aqui do estado”, completou Longo.

A aceleração exponencial dos índices da Covid-19 no Agreste de Pernambuco intensificou a suspeita do surgimento de uma nova variante do vírus na região. As UTIs estão lotadas com pacientes graves e uma quarentena rígida foi instituída nos municípios, mas não atende todo o Estado. Em entrevista ao LeiaJá, a vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Bernadete Perez, considera que a descoordenação das autoridades sanitárias locais amplia as chances de uma nova cepa brasileira.

"As variantes aconteceram nos lugares em que a epidemia estava francamente em descontrole e Pernambuco têm sido um verdadeiro laboratório a céu aberto do vírus. Nossa situação é de calamidade! Ninguém suporta mais tanto sofrimento, famílias desfeitas, mortes evitáveis, comunidades morrendo", alerta a sanitarista, que discorda do formato restritivo desigual decretado até o próximo dia 6.

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Para a médica, as medidas são insuficientes e tardias, pois "Pernambuco precisa de uma medida restritiva rigorosa de, pelo menos, 14 dias, e a gente tá defendendo de 21 dias de lockdown no estado. Os alertas são fracos, as pessoas circulam e nem se protegem".

Do ponto de vista sanitário, há tempos a condição crítica já deveria ter sido respondida com um novo lockdown. Entretanto, conforme a vice-presidente, interesses além da Saúde dos pernambucanos podem explicar a postura do Governo do estado.

“Ao que parece, nada tem relação com a vida das pessoas e muito tem relação com a proteção dos empresários em Pernambuco. É o que nos parece quando a gente vê esse plano de restrição do Estado, que é absolutamente insuficiente, paradoxal e contraditório com a situação epidemiológica", afirma.

Pouco se sabe sobre as cepas já identificadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas "é possível que existam outras tantas variantes ainda não descobertas a nível mundial", pontua Perez.

Ela cobra pela vigilância genômica dos casos suspeitos e agilidade na vacinação, pois a mutação pode influenciar na eficácia dos imunizantes e fazer com que o vírus evolua para uma forma mais transmissível e letal. "A única proteção que a gente tem hoje é a capacidade de reação individual do organismo de cada um, porque a gente não tem uma política de enfrentamento à pandemia pelas autoridades sanitárias", critica.

Além de desaprovar a forma como Pernambuco enfrenta a pandemia, vale destacar que a população precisa apoiar tanto as restrições, quanto as normas de proteção, como uso adequado de máscara, higienização das mãos e distanciamento social. "Quanto mais infectados e replicação viral a gente tem, maior probabilidade de mutações levando a novas cepas e novas variantes com características que a gente não sabe qual é", adverte.

A resposta do Governo

Questionado pelo LeiaJá sobre o andamento da investigação dessa possível variante que circula pelo Agreste, o Governo de Pernambuco se restringiu a informar que vem “atuando para fazer o sequenciamento genômico de amostras de pacientes confirmados para a Covid-19 para verificar as possíveis variantes em circulação”.

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Na manhã desta quarta-feira (26), o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e a Polícia Militar (PMPE) cumprem dez mandados de busca e apreensão na Prefeitura de Águas Belas, no Agreste, em uma empresa e outros endereços do município. A operação investiga fraudes na contratação de obras de infraestrutura.

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Além da Prefeitura e da empresa suspeita - que não teve o nome repassado -, os mandados são cumpridos contra oito pessoas físicas. As autoridades não apontaram o prejuízo causado pelo suposto esquema.

O coordenador do Grupo de Atuação Especializada de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), George Pessoa, explica que celulares e documentos de contratos firmados pela gestão e da empresa investigada já foram apreendidos para a continuidade das investigações.

 

Uma videoconferência nesta terça-feira (25) reuniu o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), o presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), José Patriota, e prefeitos do Agreste. O objetivo do encontro foi expor o quadro de solicitações vinculado às ocorrências por Covid-19 na região, que apresenta alta recente e contínua de casos da doença. No momento, também foram solicitadas novas vagas de retaguarda nos serviços municipais de saúde. Por essa razão, a macrorregião deve ser a única no estado a enfrentar quarentena rígida, com restrições em todos os dias da semana, decisão que foi apoiada pelos gestores municipais.

De acordo com José Patriota, os prefeitos apoiam as medidas restritivas do governo e concordam que o momento exige endurecimento de regras. “Fazemos um apelo a todos os segmentos para que, em defesa da vida, possamos ficar esses 15 dias de forma remota e sem aglomerações. Estamos vivendo um momento difícil, onde os números mostram o dobro do que já aconteceu. Precisamos da compreensão e cooperação de todos”, observou o presidente da Amupe.

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Ainda durante a reunião, Paulo Câmara anunciou que solicitou ao Ministério da Saúde mais testes de antígeno, concentradores de oxigênio e uma investigação sobre as novas variantes da Covid-19 nas amostras coletadas no Agreste. “Ontem, enviamos um ofício ao ministro da Saúde que, inclusive, já nos respondeu que está tomando as providências. Pedimos um amplo processo de testagem em toda a região Agreste para verificarmos se há uma nova variante em circulação. Algumas amostras coletadas já foram para laboratórios e, nos próximos dias teremos essas informações”, afirmou o governador.

E continuou: “O que está acontecendo no Agreste, neste momento, é uma alta transmissão. E, em virtude disso, um crescimento exponencial da procura por leitos de enfermaria e, principalmente, de UTI. Estamos trabalhando na abertura de mais leitos, na busca de medidas restritivas que possam diminuir a velocidade de transmissão do vírus e, evidentemente, fazendo com que a vacinação aconteça dentro dos parâmetros do Plano Nacional de Imunização”.

A reunião também contou com a presença da vice-governadora Luciana Santos e dos secretários estaduais André Longo (Saúde), Alexandre Rebelo (Planejamento e Gestão) e Antonio de Pádua (Defesa Social), além do procurador-geral do Ministério Público de Pernambuco, Paulo Augusto, e de 55 gestores municipais, entre prefeitos e secretários.

Além de decidir qual estratégia política conduzirá o Brasil por mais quatro anos, 2022 também será decisivo para as candidaturas ao governo do Estado. No pleito pernambucano, Marília Arraes, deputada federal pelo Partido dos Trabalhadores (PT), e a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, do Partido Social Democracia Brasileira (PSDB), surgem como alternativas antagônicas, mas que têm em comum a ampliação do espaço de poder feminino na política.

Apesar da imprevisibilidade do jogo político partidário, tudo indica que existe a possibilidade  do atual governador do Estado, Paulo Câmara (PSB), passar o posto no Palácio das Princesas para a primeira mulher a ocupar o cargo. Marília Arraes, que enfrentou o atual prefeito João Campos (PSB) nas urnas durante as últimas eleições municipais, e Raquel Lyra, primeira prefeita eleita e reeleita por Caruaru, são dois nomes relevantes no cenário nacional. Para a cientista política Raíssa Dias, “o avanço de pautas ligadas à mulher, em ambas as candidaturas, pode encontrar um ambiente político muito frutífero”.

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Mulheres na política em Pernambuco

“A participação das mulheres na política pernambucana é crescente e apresenta tendências animadoras, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido até que se chegue a uma representação da realidade”, destaca. Já o também cientista político e produtor de podcasts sobre o tema, Caio Santos, pontua as diferenças entre as candidaturas da petista e da tucana: “Tanto Marília Arraes quanto Raquel Lyra se fortaleceram no último pleito municipal. Contudo, Arraes enfrenta um ruído com a base do partido, enquanto que Lyra leva certa vantagem por ser muito forte no Agreste do estado e também por se aliar a diversas lideranças do interior”.

No tocante ao atual cenário político pernambucano, com ênfase na Assembleia Legislativa do Estado (Alepe), a bancada feminina é a maior da história do Parlamento. São 11 cadeiras ocupadas por mulheres, o dobro do que fora conquistado em 2014, totalizando o crescimento de mais de 20% com relação ao número anterior, percentual acima da média nacional das Assembleias Legislativas, que é de 15%. Apesar disso, quando comparado ao  número total de 49 deputados estaduais, apenas 5,39% são parlamentares mulheres. Com relação a isso, Raíssa Dias destaca o que classifica como resultado de uma cultura partidária que “prioriza a alocação de recursos e interesses em campanhas masculinas”.

“As duas possíveis candidatas ao governo, Marília e Raquel, fizeram parte do PSB, que tem dominado o cenário político de Pernambuco. Ambas saíram do partido, além de divergências fundamentais, por falta de espaço para suas futuras candidaturas. Agora, as duas representam oposição ao partido majoritariamente masculino, em espectros diferentes. As mulheres não são, nem nunca serão ‘só’ um mais nome ou ‘só’ mais um voto, e a projeção das próximas eleições para o governo de Pernambuco pode representar um importante passo para a corrente transformação dessa cultura”, finaliza a cientista política.

Representação e polarização política

De acordo com os dados do último censo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a população feminina pernambucana corresponde a 51,9% do total. Desta maneira, faz ainda mais sentido que o debate sobre igualdade de gênero na política se amplie, proporcionando o crescimento de iniciativas efetivas para que todas as mulheres, independente de raça, orientação sexual, classe e ocupação, tenham seus direitos assegurados.

Segundo a socióloga e doutoranda em Antropologia, Carolina Lins, também “é necessário fazer uma distinção entre representação feminina e representação feminista”. “Para isso, há um exemplo emblemático na Câmara Municipal do Recife. Em 2016, a candidata conservadora Michele Collins (PP) foi eleita vereadora mais votada do Recife. Já em 2020, Dani Portela (PSOL), candidata declaradamente feminista, conquistou a posição anteriormente ocupada por Michele. Ambas foram eleitas com um expressivo número de votos, mas estão comprometidas com pautas diametralmente opostas. É possível dizer que Michele representa pautas ligadas às mulheres? Sim. A algumas mulheres, sim. Mas não podemos afirmar que a vereadora conservadora representa pautas feministas. Portanto, ainda que o pleito de 2022 venha a ser disputado entre duas mulheres, é preciso ter cautela quanto ao tipo de representatividade feminina e/ou feminista que devemos esperar” explica.

Sobre a clássica polarização entre PT e PSDB, partidos representados por Arraes e Lyra, a cientista social ainda destaca pontos importantes. “Seria raso reduzir uma disputa eleitoral entre duas mulheres, envolvidas há anos na política, a apenas isso. Não tenho dúvidas de que, caso venham a disputar o segundo turno eleitoral, tanto Marília Arraes quanto Raquel Lyra, apresentarão propostas pertinentes para a construção de seus respectivos mandatos. De todo modo, considero positivo o fato de ambas pertencerem a partidos políticos que, por vezes, chegam a ser opostos, uma vez que, oposição e contraste também compõem o nosso sistema político e, desde que respeitadas as regras do jogo democrático, têm muito a contribuir”, acrescenta.

 

Em fiscalização pelos cumprimento das regras contra a pandemia da Covid-19 em Pernambuco, o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-PE) encerrou uma partida de futebol e interditou uma lanchonete no Agreste. A blitz dessa quinta-feira (20) percorreu os municípios de Santa Cruz do Capibaribe, Garanhuns, Gravatá, Toritama, Cachoeirinha e Bezerros.

Já passava das 20h quando uma equipe do órgão verificou que ocorria uma partida de futebol com mais de 20 pessoas no Clube Real Independente, no bairro de Duque de Caxias, em Toritama. Após autuar o estabelecimento, o Procon-PE apenas dispersou os presentes.

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Em Bezerros, no bairro de São Sebastião, o Café Brasil funcionava com diversas irregularidades, como clientes sem máscara de proteção e atendimento após o limite de abertura. Além disso, o local não constava com registros de mérito para liberação, informa a entidade, que também autuou e interditou a lanchonete.

No Centro de Cachoeirinha, os bares da Paulista e o da Galega e Família também foram notificados pela fiscalização por atender consumidores fora do prazo estipulado. De acordo com o Procon-PE, 59 estabelecimentos já foram visitados na região.

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Mais uma semana epidemiológica em Pernambuco está preocupando o governo do Estado, principalmente os registrados no Agreste. "A situação ainda é grave e precisamos ter um reforço nos cuidados porque dias, ainda bastante difíceis, estão por vir, especialmente nas próximas três semanas", diz o secretário estadual de Saúde, André Longo.

Nesta terça-feira (20), Pernambuco registrou mais de três mil casos da Covid-19, pelo terceiro dia consecutivo. Com a atualização, Pernambuco ultrapassou a marca de 450 mil casos confirmados do novo coronavírus. São 452.721 confirmações, com 43.163 casos graves e 409.558 leves.

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O secretário assegurou que o Governo de Pernambuco está atento e monitorando de forma permanente os indicadores da doença. "Ao menor sinal de aceleração fora do padrão habitual da sazonalidade, não hesitaremos em tomar medidas mais restritivas, como adotamos nesta semana na região do Agreste", explica.

Na análise da semana epidemiológica 19, o Estado teve um aumento de 4% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), em relação a semana 18. Quando comparado com a semana 17, os casos diminuíram 1%, o que, segundo André Longo, indica oscilação característica de um momento de platô em níveis elevados. 

Leitos

As solicitações por leitos em Pernambuco cresceram 3% das UTIs e 9% nos leitos das enfermarias. Quando analisado só o Agreste do Estado, além do aumento de 40% nas solicitações por leitos registrados na semana passada, nesta semana a região teve um aumento de 15% nas solicitações.

Para se ter uma ideia da situação delicada vivida no Agreste, enquanto nas outras regiões de Pernambuco os casos de SRAG tiveram queda ou oscilações abaixo de 5%, no Agreste o aumento dos casos da Covid-19 foi acima dos 10%. "O que configura ainda uma aceleração que precisa ser contida com as medidas que estão sendo adotadas", assegura o secretário estadual de Saúde.  

As medidas restritivas vigentes no Estado de Pernambuco, que se encerrariam no dia 23 de maio, vão ser prorrogadas por mais 15 dias, ou seja, até o dia 6 de junho. "Essas medidas são extremamente necessárias para que a gente possa conter o avanço da pandemia aqui no nosso Estado", explica Ana Paula Vilaça, Secretária Executiva de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco.

A secretária reforça que o plano de convivência com a Covid-19 pode ser revisto a qualquer momento, dependendo da evolução dos números da saúde no Estado. As determinações são pontuais, de acordo com a evolução da pandemia em cada região. 

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Desde a última terça-feira (19), por exemplo, 53 municípios que compõem a macrorregião II, que compreende a quarta e a quinta GERES, o Agreste pernambucano convive com medidas mais restritivas e severas, por conta da aceleração dos casos do novo coronavírus na região. 

Nestes locais, o comércio, serviços e outras atividades só podem funcionar durante a semana até às 18h - nos finais de semana apenas atividades essenciais podem funcionar. Essas medidas têm validade até o dia 31 de maio.

Fora do Agreste, o comércio de praia continua permitido, de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h, permanecendo proibido aos finais de semana. As atividades econômicas e sociais podem funcionar até às 20h, com duração máxima de 10h por dia. 

Nos finais de semana, se começar o funcionamento às 9h, deve encerrar o expediente às 18h, podendo finalizar às 19h, se começar às 10h - sempre obedecendo o limite máximo de oito horas de duração nos fins de semana. Festas e shows continuam proibidos em Pernambuco.

As visitas familiares em cadeias públicas e unidades prisionais de 18 municípios da região Agreste estão suspensas até 31 de maio. A medida ocorre em razão do crescente número de casos confirmados de Covid-19 na região e a elevada ocupação dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTIs) em Pernambuco.

Segundo a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), a restrição visa resguardar os policiais penais, pessoas privadas de liberdade, familiares e população em geral. "Peço a compreensão dos familiares e daqueles que estão no cárcere, pois é uma hora que temos que fazer sacrifícios", afirmou o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico.

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Os municípios incluídos na portaria são Agrestina, Altinho, Bezerros, Bom Conselho, Cachoeirinha, Camocim de São Felix, Canhotinho, Caruaru, Garanhuns, Gravatá, Lajedo, Limoeiro, Pesqueira, Riacho das Almas, Saloá, Santa Cruz do Capibaribe, São Joaquim do Monte e Tacaimbó.

Visitas virtuais

As visitas virtuais da família seguem disponíveis nas 23 unidades prisionais do Estado. As comunicações online foram implantadas em maio de 2020. Segundo a Seres, as visitas acontecem de segunda a sexta-feira em uma sala reservada com supervisão de um servidor da unidade prisional. Já foram realizados 56.670 encontros.

Funase

A Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) também determinou a suspensão das visitas presenciais em três unidades socioeducatvias na região. As medidas valem para o Centro de Internação Provisória (Cenip) e para o Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) situados em Caruaru e para o Case/Cenip Garanhuns, unidade que realiza, de forma integrada, atendimentos de internação e de internação provisória. Cerca de 170 adolescentes e jovens estão nessas instalações.

 

Em cumprimento às medidas restritivas implementadas em 53 municípios do Agreste de Pernambuco, a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), determinou a suspensão das visitas presenciais em três unidades socioeducativas situadas na região. 

A decisão vale até 31 de maio e segue o período de vigência do Decreto Estadual 50.724/2021, que trata do assunto. O objetivo é evitar a propagação do novo coronavírus nos espaços de privação ou restrição de liberdade, resguardando a saúde dos adolescentes e jovens atendidos e dos servidores da instituição.

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As medidas valem para o Centro de Internação Provisória (Cenip) e para o Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) situados em Caruaru e para o Case/Cenip Garanhuns, unidade que realiza, de forma integrada, atendimentos de internação e de internação provisória. Cerca de 170 adolescentes e jovens estão nessas instalações. 

Nesses dois municípios, a Funase também dispõe de Casas de Semiliberdade (Casem), mas esses espaços normalmente já não recebem visitas de familiares de socioeducandos porque, nesse regime de atendimento, os adolescentes têm direito de passar fins de semana e feriados em suas residências.

Em outras 12 unidades da Funase, as visitas presenciais seguem liberadas nesse período, mas com observância às restrições e cuidados que já estavam em vigor. A presidente da Funase, Nadja Alencar, aponta que na Região Metropolitana, na Zona da Mata e no Sertão, só é liberado o acesso de um visitante por socioeducando, em dias e horários acertados pela equipe técnica de referência e pela direção de cada unidade junto às famílias. 

O uso de máscaras é obrigatório não só na entrada, mas também dentro das unidades, por adolescentes, servidores e familiares.

Um vaqueiro alagoano, identificado como “Tanda”, morreu após ser arrastado e pisoteado por um boi em Paranatama, Agreste de Pernambuco, durante uma vaquejada. O caso aconteceu no sábado (15), na 5° edição do evento “Grande Vaquejada do Parque e Haras Paraná”.

De acordo com o vídeo da TV Vaquejada, que transmitia o evento durante o ocorrido, a situação teve início quando a luva do vaqueiro ficou presa na cauda do boi e, em seguida, a vítima foi arrastada. Ele ainda chegou a ser socorrido e levado para um hospital da região, mas não resistiu.

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Por meio de nota, a Polícia Civil afirmou estar investigando um homicídio ocorrido também na vaquejada, mas que vitimou um homem de 30 anos durante a madrugada de domingo (16). Ao LeiaJá, a Polícia informou não ter registros sobre o pisoteamento.

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A partir desta terça-feira (18), o Agreste pernambucano e municípios adjacentes passam por um novo período com medidas restritivas mais rígidas, em virtude da crescente dos casos de Covid-19 na região, que sobrecarrega hospitais e leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O novo decreto, anunciado pelo Governo de Pernambuco no sábado (15), será válido até o dia 31 de maio, totalizando 14 dias de restrições na 2ª Macrorregião de Saúde, que engloba a IV e V Geres, com sedes em Caruaru e Garanhuns, respectivamente. 53 municípios terão suas rotinas alteadas.

O documento foi aprovado pelo Comitê de Enfrentamento à Covid-19, após considerações sobre a nova leva de infecções. O governador do Estado, Paulo Câmara (PSB), confirmou situação emergencial.

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“Verificamos um aumento na velocidade do número de internações e de procura pelas instituições de saúde naquela região. Isso tem nos preocupado, pois todos nós sabemos que enquanto a vacinação não chegar a todos os pernambucanos, é necessário tomar medidas restritivas para diminuir a circulação do vírus. Precisamos cada vez mais trabalhar para salvar a vida dos pernambucanos. Serão 14 dias com essas novas medidas e vamos observar, ao longo desse período, as próximas etapas necessárias”, informou o governante.

Durante a semana, as atividades econômicas deverão ser encerradas às 18h. Nos finais de semana, apenas supermercados, feiras livres de produtos alimentícios, farmácias, padarias e postos de gasolina poderão abrir as portas. O Polo de Confecções deverá ficar fechado aos sábados, domingos e segundas.

Segundo o secretário de Saúde André Longo, os patamares de crescimento de demandas no Agreste superaram os 44%, enquanto no resto do estado, ficou na casa dos 9%. Os resultados são destoantes e preocupam as autoridades sanitárias.

Confira a lista dos 53 municípios com novas regras de convivência a partir desta terça

IV Geres - Sede em Caruaru

1. Agrestina

2. Alagoinha

3. Altinho

4. Barra de Guabiraba

5. Belo Jardim

6. Bezerros

7. Bonito

8. Brejo da Madre de Deus

9. Cachoeirinha

10. Camocim de São Félix

11. Caruaru 

12. Cupira

13. Frei Miguelinho

14. Gravatá

15. Ibirajuba

16. Jataúba

17. Jurema

18. Panelas

19. Pesqueira

20. Poção

21. Riacho das Almas

22. Sairé

23. Sanharó

24. Santa Cruz do Capibaribe

25. Santa Maria do Cambucá

26. São Bento do Una

27. São Caetano

28. São Joaquim do Monte

29. Tacaimbó

30. Taquaritinga do Norte

31. Toritama

32. Vertentes

V Geres - Sede em Garanhuns

33. Águas Belas

34. Angelim

35. Bom Conselho

36. Brejão

37. Calçado

38. Caetés

39. Canhotinho

40. Capoeiras

41. Correntes

42. Garanhuns

A Prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, encaminhou ofício para o governador Paulo Câmara, na tarde desta sexta-feira (14), solicitando a priorização de vacinas para o Agreste de Pernambuco. Em coletiva, o Estado anunciou a possibilidade de novas medidas restritivas nos municípios que compõem a IV e V Regionais de Saúde, com sedes em Caruaru e Garanhuns, diante do aumento das solicitações de leitos de UTI. 

“Medidas isoladas apenas em nossa região já nos mostraram que não são suficientes para avançarmos. O meio mais eficaz de combatermos o vírus é a vacina. Encaminhamos a solicitação ao Governo do Estado para priorização das vacinas nestas cidades da região Agreste. O que nós precisamos, realmente, é de vacina”, afirma a Prefeita Raquel Lyra.

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Uma nova remessa da Coronavac, com 42,4 mil vacinas contra o novo coronavírus, chegou a Pernambuco na manhã desta sexta-feira (14) em um voo da Azul Linhas Aéreas. O novo quantitativo ficará armazenado no Programa Estadual de Imunização (PNI-PE) e será destinado aos municípios que oficializarem a necessidade de segundas doses.

"Vamos reservar essa nova remessa para assegurar que os pernambucanos recebam a segunda dose. Apesar de estarmos progredindo na vacinação no Estado, ainda há instabilidade por parte do governo federal na distribuição dos imunizantes. Por isso, temos buscado eficientizar ao máximo as doses que recebemos”, afirmou o governador Paulo Câmara.

 

 Durante coletiva de imprensa realizada pela Secretaria Estadual de Saúde (Ses-PE) nesta quinta (13), o secretário André Longo informou que o governador Paulo Câmara solicitou à presidência da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) uma reunião com os municípios que integram a quarta e a quinta gerências de saúde. O governo do Estado vê com preocupação a alta de casos de Covid-19 no Agreste e analisa a possibilidade de adoção de medidas específicas na região.

De acordo com Longo, na comparação entre as semanas epidemiológicas de número 17 e 18, Pernambuco registrou 69 solicitações a mais por leitos de UTI. “Este aumento foi impactado fortemente pela situação da segunda macrorregião de Saúde, o Agreste, que é a região que mais nos preocupa atualmente. Nas duas últimas semanas, tivemos aumento de 9,3% quando comparamos uma semana e de 44,5% quando comparamos 15 dias na região, enquanto o crescimento na média do estado foi de 6,1% [na comparação entre semanas] e algo em torno de 13,8% quando comparamos 15 dias no estado inteiro”, comentou o secretário.

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Assim, segundo Longo, as redes de saúde da quarta e da quinta gerências regionais encontram-se bastante pressionadas. “Hoje, o governador Paulo Câmara solicitou à presidência da Amupe que nós marcássemos uma reunião amanhã, com os prefeitos da quarta e quinta região de saúde, para discutir essa situação e avaliar medidas. Essa reunião deverá ocorrer amanhã e informaremos posteriormente sobre as deliberações que serão tratadas”, concluiu.

Por ordem judicial, o prefeito e a vice de Águas Belas, cidade do Agreste de Pernambuco, tiveram os mandatos cassados por "abuso político e econômico" nas eleições de 2020. Na decisão expedida na quarta-feira (5), o juiz Rômulo Macedo Bastos também estipulou a multa individual de R$ 30 mil.

O prefeito Luiz Aroldo (PT) e Eniale de Codinho (PSD) vão recorrer da determinação. O magistrado também solicitou que a dupla fique inelegível até as eleições de 2028. Caso o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) confirme as cassações, ainda resta aos envolvidos recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília.

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Em comunicado, o PT diz que o gestor foi "vítima de injustiça" e aponta que "recebeu com surpresa a notícia da cassação do diploma do prefeito de Águas Belas, Luiz Aroldo, e da sua vice, Eniale de Codinho (PSD), cujos mandatos foram legitimamente conquistados nas urnas".

Na noite dessa quarta-feira (21), uma jovem, de 24 anos, foi arrastada para uma tubulação de drenagem após o pavimento da Rua Antônio Paulo Miranda, em Garanhuns, ceder. Ela ainda está desaparecida e equipes de resgate do Corpo de Bombeiros retomaram as buscas na manhã desta quinta (22).

A vítima, identificada como Nayara Melo, caiu na tubulação de drenagem por conta de uma cratera aberta com a força das chuvas, aponta a Prefeitura. Antes, ela aparece em um vídeo reclamando do buraco formado na rua. 

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A área não era considerada de risco pela Defesa Civil do município, que foi surpreendida pela intensidade da chuva, já que a Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac) havia previsto apenas chuvas fracas e moderadas, informa.

Em outro ponto da rua, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) ainda não havia recolocado o pavimento por conta de uma obra inconcluída para conter um vazamento de água. A Secretaria de Obras garante que a formação da cratera não tem relação com o serviço da Compesa.

Neste sábado (17), o delegado Anderson Liberato, de 32 anos, foi assassinado a tiros quando cumpria dois mandados de prisão contra um casal na cidade de Jataúba, no Agreste de Pernambuco. Segundo a médica Solange Ferreira, da Unidade Mista Ana Argemira Correia, o delegado não resistiu a três disparos de arma de fogo.

A Polícia Civil aponta que o suspeito que atirou contra Anderson foi baleado em seguida pelos policiais. "O casal foi preso pelo crime anterior (de homicídio) e também pelo homicídio do delegado, além da tentativa de homicídio dos policiais da equipe", explica a Polícia Civil.

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Segundo o G1, o suspeito que atirou no delegado, que não teve o nome revelado e foi morto na noite deste sábado (17), a tiros, enquanto estava sendo levado ao hospital na ambulância do Samu de Jataúba.

A Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (Adeppe) lançou nota de pesar. Veja na íntegra:

É com grande pesar que a Adeppe comunica o falecimento do Delegado titular do município de Brejo da Madre de Deus, Anderson Liberato, alvejado a tiros neste sábado (17) durante o cumprimento de um mandado de prisão no município de Jataúba.

Dr. Liberato deixou um inestimável legado de contribuição para a Polícia Civil de Pernambuco e de defesa da sociedade. Sua perda será lamentada por todos. A Adeppe transmite os votos de profundas condolências à família enlutada.

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