Tópicos | aeroportos

Maurício Quintella, ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, disse hoje (29) que o governo pretende assinar até 27 de julho os contratos dos aeroportos concedidos à iniciativa privada. Segundo ele, além dos quatro aeroportos, Fortaleza, Salvador, Florianópolis e Porto Alegre, em 2018 devem ocorrer novas concessões.

Após a assinatura dos contratos, as concessionárias terão três meses de operação em conjunto com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), para depois assumirem os empreendimentos definitivamente.

##RECOMENDA##

De acordo com o ministro, os empresários se mostraram confiantes, apesar da crise pela qual passa o país.  “Não tivemos, durante a reunião, nenhum relato de preocupação pelos empresários. Estão eufóricos por terem arrematado esses aeroportos”, disse Quintella.

 

 

O governo dá os retoques finais em uma nova lista de aeroportos a serem oferecidos em concessão. O secretário de Aviação Civil, Dario Lopes, informou nesta terça-feira (16) que a lista deverá ser concluída até o final do mês.

"O programa de concessões não vai parar", afirmou ele, ao final de uma audiência pública na Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados que discutiu o fechamento de uma ponte próxima ao aeroporto de Guarulhos.

##RECOMENDA##

Sem entrar em detalhes, Lopes disse que está em fase final uma proposta de um novo modelo de concessão, com alternativas mais amplas a serem oferecidas às concessionárias. Ele não revelou se a nova leva se limitará a aeroportos de capitais ou se contemplará também os aeroportos regionais.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) reajustou os tetos das tarifas dos aeroportos de Galeão (RJ) e de Confins (MG), conforme decisões publicadas no Diário Oficial da União (DOU). O aumento abrange as taxas de embarque, conexão, pouso, permanência, armazenagem e capatazia.

Com o reajuste, a taxa de embarque doméstico no Galeão custará R$ 29,41 e a do internacional, R$ 52,09.

##RECOMENDA##

Em Confins, essas taxas passaram para R$ 29,13 e R$ 51,58, respectivamente. As novas tarifas poderão ser praticadas pelas concessionárias daqui a 30 dias.

A decisão da Infraero de fazer licitações de áreas e serviços nos aeroportos recém-leiloados ou que estão nos planos do governo para conceder à iniciativa privada causou mal-estar com o Ministério dos Transportes. Preocupado com o programa de concessão e descontente com as decisões da estatal, que não consultou o ministério em relação às licitações, o governo decidiu rever algumas decisões.

Segundo fontes do governo, as licitações de áreas comerciais nos aeroportos concedidos devem ser suspensas e as concessões de terminais de carga serão canceladas. Nessa lista, estão áreas de armazenamento nos aeroportos de Goiânia (GO) e Curitiba (PR). Nesta terça-feira, 4, a Infraero publicou em sua página na internet o adiamento da licitação de uma área para exploração comercial e armazenamento de cargas nacionais e internacionais no Aeroporto de Recife - terminal que está na lista do governo para um futuro leilão de concessão.

##RECOMENDA##

A postura da Infraero em relação às licitações tem sido questionada na área jurídica do ministério, onde há uma representação contra a empresa, já que o entendimento é de que essa é uma competência da União, e não da estatal. Os desentendimentos entre o ministério e a Infraero refletem, na verdade, segundo fontes, uma disputa política entre alas distintas do Partido da República (PR), responsável pelas indicações na pasta.

Prazos

Em relação aos aeroportos concedidos em março - Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), Salvador (BA) e Fortaleza (CE) -, as licitações feitas recentemente ou programadas pela Infraero incluem áreas destinadas a escritório de importação e exportação de cargas no Aeroporto de Porto Alegre; hangar e locadora de veículos em Florianópolis; e postos de abastecimento de aeronaves em Fortaleza, além de serviços variados, como restaurantes, lojas de roupas e de artesanato.

Os prazos de licitações variam conforme o negócio, mas há contratos de 5 anos e 10 anos, como o caso do hangar de Florianópolis e dos escritórios de Porto Alegre. Para um integrante do governo, a estatal não deveria fazer esse tipo de licitação neste momento, já que os aeroportos serão transferidos em breve para a iniciativa privada, que pode ter outros planos para áreas e serviços prestados. "A Infraero faz as licitações e depois o novo operador é que fica com o mico na mão", disse uma fonte do governo.

De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), ao assinar o contrato, as vencedoras terão de assumir todos os contratos firmados pela Infraero, incluindo aqueles licitados após o leilão. "A concessionária poderá assumir os contratos e mantê-los nas condições que tiverem sido firmados, ou rescindi-los, nas condições estabelecidas no contrato", destacou a agência, em nota.

Procurado, o Ministério dos Transportes afirmou que avalia com a estatal todos os contratos relacionados aos aeroportos concedidos. "A Infraero está fazendo um levantamento dos contratos firmados em cada um dos quatro terminais."

Apesar disso, a Infraero afirmou em nota que "as licitações foram realizadas nos termos previstos pela lei, para os aeroportos que administra, e em concordância ao processo de reestruturação e sustentabilidade da empresa". Afirmou ainda que não há registro de órgão de governo contrário ao procedimento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, anunciou que os aeroportos de Goiânia, Recife e Vitória deverão fazer parte de uma nova oferta para a concessão de dez novos terminais da Infraero para a iniciativa privada. A oferta ainda está em estudo e deve ocorrer apenas em 2018. O ministro também confirmou que os aeroportos de Congonhas em São Paulo, Santos Dumont no Rio de Janeiro, Curitiba e Manaus continuarão sob o guarda-chuva da Infraero.

Ao deixar evento organizado pelo Council of the Americas, Dyogo Oliveira disse que o governo estuda "uma extensa lista" de aeroportos para uma nova oferta de terminais à iniciativa privada. Entre os nomes em estudo, o ministro mencionou que os aeroportos de Goiânia, Recife e Vitória poderão ser concedidos à iniciativa privada - a exemplo da bem sucedida concessão dos terminais de Porto Alegre, Florianópolis, Salvador e Fortaleza realizada recentemente.

##RECOMENDA##

Dyogo Oliveira também confirmou informação antecipada pelo Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) de que a Infraero continuará responsável por Congonhas, Santos Dumont, Curitiba e Manaus. Segundo o ministro, ainda está em estudo qual será o plano de negócios dessa "Nova Infraero" e o governo trabalha com a possibilidade de uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) dessa nova companhia ou uma operação de fusão e aquisição (M&A).

O modelo do negócio será decidido após contratação de assessoria financeira para esse plano e avaliação do valor dessa empresa.

Os aeroportos de Porto Alegre, Salvador, Florianópolis e Fortaleza serão concedidos nesta quinta-feira (16) à iniciativa privada, em leilão realizado na BM&FBovespa. Os vencedores serão as empresas ou consórcios que oferecerem o maior valor de outorga.

Um mesmo grupo econômico poderá vencer a disputa por mais de um aeroporto, desde que não estejam na mesma região geográfica, e os concessionários atuais poderão participar da disputa. Os quatro terminais respondem por 11,6% dos passageiros que circulam no país, por 12,6% das cargas e por 8,6% das aeronaves do tráfego aéreo brasileiro.

##RECOMENDA##

O governo espera arrecadar pelo menos R$ 3 bilhões em outorgas com a concessão dos aeroportos, e a previsão é de que sejam investidos R$ 6,613 bilhões nos quatro terminais. Nesta rodada, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) não será sócia dos aeroportos.

Na última segunda-feira (13), o secretário especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Adalberto Santos de Vasconcelos, disse que o governo não trabalha com a hipótese de algum aeroporto não ter interessados. Segundo ele, o governo não espera grandes ágios sobre o valor mínimo inicial do leilão dos quatro aeroportos.

Melhorias

As empresas que vencerem o leilão terão que investir na ampliação dos terminais de passageiros, dos pátios de aeronaves e de estacionamentos. No aeroporto de Salvador, há exigência de construção de uma nova pista de pouso e decolagem e, no de Florianópolis, será preciso construir um novo terminal de passageiros e um estacionamento.

As concessionárias também deverão fazer melhorias imediatas nos terminais, como a revitalização e atualização de sinalizações e de sistema de iluminação, oferecimento de internet gratuita de alta velocidade, além de melhorias de banheiros e fraldários, sistemas de climatização, escadas e esteiras rolantes.

O prazo de concessão dos editais será de 25 anos para o aeroporto de Porto Alegre e de 30 anos para os demais.

Atualmente, alguns aeroportos do país já estão concedidos à iniciativa privada, como os terminais de Brasília, Guarulhos (SP), Viracopos (Campinas), Galeão (RJ) e Confins (MG).

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou hoje (14) que já recorreu da decisão liminar da Justiça Federal em São Paulo que proibiu as companhias aéreas de começarem a cobrar pelo despacho de bagagens. “A Anac informa que respeita as instituições e está adotando as providências necessárias para garantir os benefícios que a Agência acredita que as novas regras oferecem a toda a sociedade brasileira”, diz em nota.

O recurso foi encaminhado pela Advocacia-Geral da União (AGU) ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3). Ontem, a 22ª Vara Cível da Justiça Federal, em São Paulo, atendeu a um pedido do Ministério Público Federal (MPF) e concedeu uma decisão suspendendo os efeitos da norma, que foi autorizada pela Resolução 400, de 13 de dezembro de 2016.

##RECOMENDA##

No recurso, a AGU argumenta que a liminar é uma intromissão do Judiciário em uma área que cabe à Anac regular, tendo como consequência a insegurança jurídica e a grave lesão à ordem pública. Em nota divulgada nesta terça-feira, o órgão defende que a medida “tem como objetivo incentivar a liberdade de escolha do consumidor e, consequentemente, a concorrência entre as companhias aéreas”.

O MPF, por outro lado, argumenta que “a cobrança fere os direitos do consumidor e levará à piora dos serviços mais baratos prestados pelas empresas”.

Novas regras

Apesar da decisão judicial sobre a cobrança de bagagem, as demais regras aprovadas pela Anac para o transporte aéreo estão valendo a partir de hoje. No momento, estão mantidas as franquias de bagagens despachada, de 23 quilos para voos domésticos e para a América Latina e de duas peças de 32kg para os demais voos internacionais. Também permanece o limite de 5 quilos para a bagagem de mão.

Na avaliação da Anac, as novas normas buscam aproximar o Brasil das melhores práticas internacionais, “trazendo novos estímulos para a competição entre as empresas aéreas, com mais opções de preços aos passageiros e seus diferentes perfis”.

A agência também informou que no dia 10 de março a Justiça Federal do Ceará julgou improcedente um pedido de suspensão da norma por entender que a resolução beneficia os consumidores, não fere o Código Civil, o Código de Defesa do Consumidor nem a Constituição Federal.

Empresas

A Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear) disse que lamenta a decisão da Justiça. “Esta medida, anacrônica, cria insegurança jurídica para o setor aéreo e vai na contramão das práticas adotadas no mundo inteiro, onde a livre concorrência permitiu uma aviação de maior qualidade e menor preço”, informou a entidade.

Segundo a Abear, as novas regras aprovadas pela Anac iriam complementar o cenário de mudanças na aviação civil brasileira, que começou em 2002, com a liberação dos preços dos bilhetes, e proporcionou uma queda de mais de 50% nos valores das passagens. A associação diz que acredita que a decisão será revertida.

Pelo menos três grupos apresentaram proposta para participar do leilão de concessão dos aeroportos de Porto Alegre, Florianópolis, Salvador e Fortaleza, que ocorre quinta-feira (16), na BM&FBovespa. Na disputa, que representará investimentos da ordem de R$ 6 bilhões, estão grandes nomes internacionais, como a francesa Vinci Airport e a alemã Fraport. Os grupos nacionais, como Pátria, Vinci Partners e CCR, desistiram do certame.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou com fontes do governo que, no total, foram apresentadas oito propostas. Um dos aeroportos recebeu três propostas; outros dois receberam duas propostas cada; e um aeroporto recebeu apenas uma proposta. Isso significa que todos os aeroportos receberam lances das empresas.

##RECOMENDA##

As propostas foram entregues entre às 9 e 16 horas desta segunda-feira (13) na sede da Bolsa, no centro da capital paulista. A maior surpresa veio do fundo de investimento Pátria, que havia se unido com a alemã AviAlliance. Até então, o consórcio era visto como um dos concorrentes mais fortes do leilão.

O grupo chegou à Bolsa no início da tarde com, pelo menos, meia dúzia de pacotes e caixas e permaneceu na recepção até por volta de 15h30. Em seguida, todos se credenciaram no balcão dedicado aos candidatos ao leilão e subiram com todo o material. Depois disso, saíram pelas portas dos fundos da Bolsa. No início da noite, uma nota oficial do Pátria informava que a empresa não havia apresentado proposta para nenhum dos quatro aeroportos.

Outra que desistiu da disputa foi a CCR, que no último leilão arrematou o Aeroporto de Confins. Segundo o diretor de novos negócios da empresa, Leonardo Vianna, até sexta-feira o grupo avaliava a possibilidade de participar ou não do leilão. "Com a nossa experiência em Confins, avaliamos que os valores de capex (investimentos) estavam subavaliados", explicou o executivo.

Ele acrescentou ainda que a defasagem nos estudos de demanda atrapalharam a participação da empresa. Com a crise econômica, a movimentação de passageiros nos aeroportos teve uma queda representativa, que prejudicou no cálculo de uma proposta, completou Vianna. "Também há uma dificuldade de financiamento, já que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) vai financiar um porcentual menor da concessão."

Para completar a lista de desistentes, a brasileira Vinci Partners rompeu a parceria com a suíça Zurich Airport e ficou de fora da disputa. As espanholas Aena e OHL também não vão participar do leilão, apesar de terem estudado os quatro aeroportos. Um terceiro grupo que entregou proposta pelos aeroportos não foi identificado. A suspeita é que seja a Corporación América, sócia da Inframérica, que administra os aeroportos de Brasília e Natal, ou a Zurich, sozinha.

No governo, o baixo número de propostas já era esperado. Mas havia expectativa de que pudessem aparecer mais grupos para disputar o leilão. Segundo uma fonte em Brasília, o número de propostas reflete bem o cenário, com alguns ativos bons e outros nem tanto. Isso, combinado a uma série de questões que ainda continuam pendentes de uma solução no setor, como o Aeroporto do Galeão e vários reequilíbrios que não foram resolvidos. "É um aumento do risco pela gestão ineficiente", diz uma fonte do governo.

Vexame

Entre os especialistas que acompanharam todo o processo de licitação, a presença de apenas três grupos representa "o primeiro vexame" do governo Temer na área de infraestrutura. "Três é muito pouco. O ágio deve ser mínimo, se houver", afirmou um advogado que trabalhou com operadores.

O leilão vai reforçar o caixa do Tesouro, já que uma parte da outorga terá de ser paga à vista (25% do preço mínimo mais ágio). No mínimo, o governo federal, que vive grave crise fiscal, pode arrecadar cerca de R$ 750 milhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Se for bem sucedido como esperam os técnicos envolvidos em sua preparação, o leilão de concessão dos aeroportos de Fortaleza, Salvador, Florianópolis e Porto Alegre poderá aplacar as críticas que já começam a surgir dentro do próprio governo sobre a velocidade do programa. A área econômica, que luta para fechar as contas públicas deste ano dentro da meta, gostaria que os recursos dos leilões ingressassem mais rapidamente no caixa do Tesouro.

"Projetos de infraestrutura têm um período longo de maturação", justificou um auxiliar do ministro Moreira Franco, responsável pelo Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). E, ao contrário do que ocorria no governo anterior, a ordem agora é agir sem açodamento.

##RECOMENDA##

O leilão dos aeroportos, por exemplo, poderia ter sido marcado para dezembro de 2016, 30 dias após a publicação do edital. Porém, explicou o técnico, o governo optou por marcar para março para dar mais tempo para as empresas, sobretudo as estrangeiras, se prepararem.

Da mesma forma, há uma carteira de usinas hidrelétricas a serem leiloadas que gerariam taxas de outorga de R$ 11 bilhões à União. Mas o PPI as colocou em compasso de espera porque há disputa judicial em torno de alguns projetos. A decisão foi resolver esse imbróglio antes de avançar.

"Não adianta sair anunciando uma lista de projetos, envolvendo bilhões de reais, se eles não acontecem", pondera um técnico. "Não vamos ficar aqui fazendo planos de power point que depois não saem do papel."

Além de seguir seu ritmo sem se pautar pela necessidade de gerar receitas, o programa de concessões de Temer mudou a destinação de R$ 25 bilhões em taxas de outorga que serão cobrados das cinco concessionárias de ferrovias que terão seus contratos renovados antecipadamente. Tradicionalmente, esses recursos iriam para o Tesouro Nacional e ajudariam a fortalecer o resultado primário. Porém, o governo planeja usar o dinheiro integralmente para construir novas ferrovias.

A lista de empreendimentos já está pronta e engloba, por exemplo, o Ferroanel de São Paulo e um novo acesso para a Baixada Santista. Também está prevista uma ligação ferroviária para o Porto de Açu, que será o principal para os projetos do pré-sal. Outro projeto na lista é uma linha de Água Boa, no leste de Mato Grosso, até Campinorte (GO), onde se interligará com a Norte-sul.

Portos

Além dos aeroportos, estão programados para este mês os leilões de dois terminais no porto de Santarém, no dia 23. Também estão programadas licitações para contratar estudos que embasarão a concessão de seis empresas estaduais de saneamento: Casal (AL), Caesa (AP), Caema (MA), Cosanpa (PA), Compesa (PE) e Deso (SE). E, até o dia 31, será aberta uma consulta pública para a concessão das BRs 364 e 365 entre Goiás e Minas Gerais. Por isso, os técnicos insistem que o programa não está devagar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O primeiro leilão de concessão da era Temer deve ter uma cara bem diferente das disputas verificadas nos governos Lula e Dilma Rousseff. Com as grandes construtoras penduradas na Lava Jato e sem a presença da Infraero, a licitação dos aeroportos de Salvador (BA), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS) e Florianópolis (SC), marcada para quinta-feira (16), deve ser protagonizada pelas companhias internacionais e fundos de investimentos.

A lista de candidatos às concessões é ampla. Entre as operadoras estrangeiras de aeroportos, estão as espanholas AviAlliance, Aena e OHL, a suíça Zurich, a argentina Corporación América, a alemã Fraport e a francesa Vinci. Do lado brasileiro, surgem grandes fundos como Pátria e Vinci Partners, a empresa de infraestrutura CCR e algumas construtoras, como a CR Almeida.

##RECOMENDA##

Na semana passada, a maioria delas estava debruçada sobre planilhas para traçar as estratégias e definir se vão ou não participar da disputa. Apesar de terem de entregar as propostas hoje na BM&F Bovespa, na sexta-feira algumas ainda tentavam ter aprovação dos acionistas para entrar no leilão e outras trabalhavam em acordos com construtores caso vençam a concessão.

Fontes ouvidas pela reportagem afirmam que a tendência é que as estrangeiras participem da licitação em parceria com empresas ou fundos brasileiros. É o modelo seguido pela AviAlliance, que se uniu ao Pátria, e pela Zurich, com a Vinci Partners. No mercado, também se cogitava a parceria entre a Fraport e a CR Almeida. Mas algumas podem entrar sozinhas, como a Corporación América, que administra os aeroportos de Brasília e de Natal.

Ao contrário do que ocorreu nas concessões passadas, protagonizadas pelas grandes construtoras, agora boa parte das empreiteiras não deve entrar como investidora, mas apenas no consórcio construtor. Para alguns grupos, a escolha da empresa que vai tocar as obras deve ficar para um segundo momento, depois da disputa. Mas, para reduzir os riscos, empresas estrangeiras têm preferido fechar acordos antes de entregar a proposta. Segundo fontes, Racional e Queiroz Galvão estavam entre as candidatas para tocar as obras de alguns grupos.

Apesar da quantidade de interessados que estudaram os quatro aeroportos, ninguém garante que o leilão será competitivo nem se terá ágios elevados como nas concessões passadas (Guarulhos, 373%; Brasília, 673%; Viracopos, 159%; Galeão, 294%; e Confins, 66%). Em todos esses aeroportos, havia participação direta ou indireta de construtoras.

Competição

"Esse leilão está mais justo. Pode não ter ágio (como no passado), mas terá pretendente", afirma o sócio da BF Capital, Renato Sucupira, que fez os estudos de viabilidade dos quatro aeroportos que vão a leilão (dois foram selecionados pelo governo). Em Brasília, o clima também é de cautela. Fontes do governo acreditam que o leilão terá interessado, mas não descartam a possibilidade de algum lote dar vazio, ou seja, não ter interessado.

De fato, a preocupação aumentou na sexta-feira, quando a espanhola OHL, com um grupo coreano (KAC), desistiu de participar do leilão. Um dos entraves, que também pode afastar a presença da CCR, é a questão da defasagem de demanda. Os estudos do governo são de 2015. Mas, no ano passado, o volume de passageiros caiu 19% em Salvador, 13% em Fortaleza, 9% em Porto Alegre e 5% em Florianópolis, afirmam fontes que estão acompanhando os estudos. Isso atrapalha a elaboração da proposta, diz um candidato ao leilão.

Por outro lado, houve correções em relação ao processo anterior. A Infraero, que nos últimos leilões teve participação compulsória de 49% em todos os aeroportos, foi excluída das concessões. Essa foi uma medida para tentar atrair investidor estrangeiro já que as grandes construtoras, que lideraram os consórcios vencedores dos leilões passados, não têm capacidade financeira para entrar na disputa. Além disso, houve melhora nas condições de pagamento das outorgas, afirmou outro candidato à licitação.

Estrangeiros

Segundo especialistas, a expectativa é que os aeroportos do Nordeste tenham mais competição. Uma das explicações é a maior proximidade com a Europa e a possibilidade de trazer voos internacionais diretos para Salvador e Fortaleza. "O apelo comercial é maior, já que esses terminais têm maior capacidade de trazer estrangeiros", disse uma fonte. De qualquer forma, alguns aeroportos também têm problemas delicados que afetam as decisões dos investidores.

Em Salvador, por exemplo, a construção da segunda pista terá de ser feito em uma área de dunas, o que significa ter problemas com órgãos ambientais. O edital tentou resolver a questão, dizendo que se não for possível construir haverá um reequilíbrio econômico para retirar as obrigações do concessionário. "Mas é um fator de insegurança", disse uma empresa interessada no leilão. A extensão da pista de Porto Alegre também sofre algumas restrições, já que há uma invasão na área.

Para o governo, o leilão desta semana pode dar fôlego novo à economia, que vem de dois anos de recessão. De acordo com o edital de licitação, os quatro aeroportos vão exigir investimentos de R$ 6,61 bilhões durante o período de concessão. Além disso, o leilão vai reforçar o caixa do Tesouro, já que uma parte da outorga terá de ser paga à vista (25% do preço mínimo mais ágio). No mínimo, o governo federal, que vive grave crise fiscal, pode arrecadar cerca de R$ 750 milhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na próxima quinta-feira (16), serão definidos, por meio de leilão, os novos administradores privados dos aeroportos de Porto Alegre, Salvador, Florianópolis e Fortaleza. O governo espera arrecadar pelo menos R$ 3 bilhões em outorgas com a concessão dos aeroportos, e a previsão é que sejam investidos R$ 6,613 bilhões nos quatro terminais. Nesta rodada, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) não será sócia dos aeroportos.

As empresas que vencerem o leilão terão que investir em ampliação dos terminais de passageiros, dos pátios de aeronaves e de estacionamentos. No aeroporto de Salvador, há exigência de construção de uma nova pista de pouso e decolagem e, no de Florianópolis, será preciso construir um novo terminal de passageiros e um estacionamento.

##RECOMENDA##

As concessionárias também deverão fazer melhorias imediatas nos terminais, como revitalização e atualização de sinalizações e de sistema de iluminação, oferecimento de internet gratuita de alta velocidade, além de melhorias de banheiros e fraldários, sistemas de climatização, escadas e esteiras rolantes. Fixadas em contrato, as tarifas de embarque continuarão com o valor vigente hoje.

O leilão dos quatro aeroportos ocorrerá simultaneamente, e o vencedor será aquele que oferecer o maior valor de outorga. Um mesmo grupo econômico poderá vencer a disputa por mais de um aeroporto, desde que não estejam na mesma região geográfica. Não haverá restrições à participação dos concessionários atuais. As empresas vencedoras do leilão terão de pagar 25% do valor da outorga à vista, além do ágio. O restante será pago ao longo da concessão.

Para participar do leilão, a empresa terá de comprovar operação por pelo menos cinco anos em aeroporto com ao menos 9 milhões de passageiros, para os terminais de Salvador e de Porto Alegre, 7 milhões para o de Fortaleza e 4 milhões para o de Florianópolis. O prazo de concessão dos editais será 25 anos para o aeroporto de Porto Alegre e 30 anos para os demais.

Um sindicato que representa equipes de terra de aeroportos pediu aos associados que voltem a paralisar atividades nos dois aeroportos de Berlim, na Alemanha, e alertou que as paradas podem levar a atrasos e cancelamentos de voos.

Segundo o sindicato, a greve começará na segunda-feira às 4h do horário local (0h de Brasília) e terminará na terça-feira às 5h do horário local (1h de Brasília) nos aeroportos de Tegel e Schoenefeld na capital alemã.

##RECOMENDA##

O sindicato representa cerca de 2 mil funcionários de aeroportos e informou neste domingo (12) que os trabalhadores exigem salários mais altos e melhores condições de trabalho.

Funcionários de aeroportos entraram em greve na sexta-feira para pressionar por suas demandas, e centenas de voos foram cancelados. Fonte: Associated Press.

O governo e a concessionária Rio Galeão estão próximos de fechar acordo para permitir a continuidade do negócio, afetado pela recessão econômica e pela falta de financiamento, por causa da Operação Lava Jato.

A solução passa pelo pagamento antecipado de um volume "significativo" da taxa de outorga, segundo fonte. Isso só será possível porque a parte da Odebrecht Transport no negócio será vendida.

##RECOMENDA##

Após o pagamento antecipado, a concessionária ganhará alguns anos nos quais as parcelas ficariam menores ou até haveria uma carência. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O pedido feito pela Infraero para ampliar a aviação comercial, com jatos, no Aeroporto da Pampulha, na capital mineira, poderá derrubar as receitas da BH Airport, concessionária que administra o aeroporto de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com uma nota técnica do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, obtida pelo jornal O Estado de S. Paulo, dependendo do cenário, a retomada poderá representar queda que varia de 8,5% a 51% da receita de Confins.

Os planos da estatal de ampliar os voos comerciais em Pampulha - que atualmente tem limitações para operar aeronaves a jato com até 75 assentos - começaram em 2015, mas ganharam força nos últimos meses como uma das principais estratégias de reestruturação financeira da empresa. No início de janeiro, a empresa protocolou no ministério um ofício onde apresenta dados sobre a expansão das operações no aeroporto de Belo Horizonte. No documento, ela explica que a retomada dos voos regulares em Pampulha tem o objetivo de "explorar a infraestrutura disponível, atender à demanda de mercado e promover a auto sustentabilidade do aeroporto e da Infraero".

##RECOMENDA##

Do outro lado, no entanto, está a concessionária BH Aiport (formada pelo grupo CCR, pela operadora Zurich Airport e pela própria Infraero), que venceu, em 2013, o leilão de concessão de Confins, com 66% de ágio. "Isso (a reativação de Pampulha) preocupa muito os acionistas privados, pois não estava na regra do jogo. Quando o leilão foi feito havia um acordo entre os governos federal e estadual de que a vocação de Pampulha era aviação geral e executiva", diz o presidente da BH Airport, Paulo Rangel.

Segundo ele, a empresa tem trabalhado para transformar Confins num hub de voos domésticos para abastecer os voos internacionais. "Toda malha seria afetada pela decisão de Pampulha, incluindo as conexões."

Competidores

De acordo com a nota técnica, os dois aeroportos têm a mesma área de influência e disputam a mesma demanda. "Conforme a bibliografia, a região apresentaria ineficiência nas operações em um cenário de operação plena dos dois aeroportos em concorrência, visto que haveria excesso de capacidade instalada, serviços replicados e custos relacionados à operação de ambos os aeroportos", destaca trecho da nota técnica.

O documento aponta ainda uma assimetria regulatória nociva à concorrência. A Infraero, por exemplo, tem imunidade tributária e os aeroportos concedidos, não. Além disso, as concessionárias têm de pagar outorga pela concessão. Nos cenários traçados na nota técnica, os profissionais do ministério consideram uma ampliação de Pampulha para 1,16 milhão de passageiros ano e para 2,2 milhões - o que exigiria investimentos por parte da Infraero na infraestrutura do aeroporto. Hoje o aeroporto faz 118 mil passageiros por ano.

Procurada, a Infraero afirma que desconhece a nota técnica e diz que o assunto está em análise entre a empresa e outros setores envolvidos no ministério visando sempre à tomada de decisão adequada quanto à operação do Aeroporto da Pampulha. O ministério não respondeu. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O movimento nos aeroportos do País ainda é tranquilo nesta terça-feira de carnaval, segundo monitoramento da Infraero. Na última hora, apenas três voos apresentavam atraso: um em Brasília (DF), outro em Montes Claros (MG) e mais um em Salvador (BA). Desde o início do dia, 20 operações foram realizadas fora do horário previsto, 3,1% do total de 642 voos programados.

Ainda segundo a Infraero, 49 operações foram canceladas até agora. Os terminais Santos Dumont, no Rio, e de Fortaleza (CE) apresentam a maior quantidade de cancelamentos, ambos com nove.

##RECOMENDA##

Os aeroportos do País registram movimentação tranquila na manhã desta segunda-feira de carnaval. Na última hora, a Infraero não registrou nenhum voo atrasado. Desde o início do dia até as 10 horas, apenas três operações ficaram fora do horário previsto, o que corresponde a apenas 0,9% dos 345 voos programados. Outros 47 foram cancelados.

De acordo com a Infraero, os atrasos até o momento foram observados nos aeroportos de Goiânia (GO), Marabá (PA) e Uberaba (MG). Dentre os terminais com mais voos cancelados, estão os de Fortaleza, com 11, e o de Santos Dumont, no Rio, com oito.

##RECOMENDA##

Os quatro aeroportos que serão oferecidos à iniciativa privada em março perderam 3,15 milhões de passageiros no ano passado. Juntos, Salvador, Fortaleza, Florianópolis e Porto Alegre encerraram 2016 com quase 4 milhões de passageiros menos do que as estimativas iniciais que constam do edital da licitação. Ou seja, serão privatizados "devendo" movimento. Apesar da reclamação, o governo diz que há interesse pelos aeroportos e não mudará o processo. O secretário de Aviação Civil, Dario Rais Lopes, reconhece, porém, que o ágio tende a ser pequeno.

A crise econômica reverberou com ainda mais força no setor aéreo. Com a recessão, empresas cortaram viagens corporativas e famílias têm reavaliado planos de férias. O resultado desse rearranjo é visto nos aeroportos: o número de passageiros caiu 7,5% em relação a 2015, ritmo duas vezes maior que a contração da economia. Assim, o setor perdeu 7 milhões de passageiros - o dobro da população do Uruguai - e, para minimizar perdas, 65 aviões foram devolvidos pelas companhias aéreas.

##RECOMENDA##

"É a economia. Os aeroportos sofrem conforme a atividade econômica da região", diz o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas, Eduardo Sanovicz. "Tivemos queda de quase 45% nos passageiros corporativos, que respondem por 65% do movimento. Entre as famílias, a insegurança com o futuro diminui as viagens a lazer", explica.

Os quatro aeroportos que serão privatizados, contudo, sofreram um pouco mais. Enquanto o mercado caiu 7,5%, Salvador, Fortaleza, Florianópolis e Porto Alegre perderam 11,9% de passageiros. Só o terminal da capital baiana teve queda de 17,5% em 2016. Lá, cerca de 30 voos diários foram extintos nos últimos dois anos.

Sem mudança

Esse cenário nada positivo não fará o governo rever as condições estabelecidas no edital do leilão dos quatro aeroportos, marcado para 16 de março. "Não vemos sinais de grandes problemas. Não é o momento mais promissor em termos macroeconômicos, mas esses aeroportos são uma possibilidade de lucro para os investidores", afirmou o secretário de Aviação Civil. Lopes diz que o governo tem sido procurado por interessadas no Brasil e exterior e ressalta que o número de passageiros citado no edital é apenas referência e não compõe uma "promessa" de tráfego em cada terminal.

Mas o secretário reconhece que os números exuberantes vistos em leilões passados não se repetirão. "Nossa expectativa não é de grandes ágios. Não vivemos mais momento de bonança", diz Lopes. Além da crise, o secretário nota que o modelo desse leilão - que prevê pagamento do ágio à vista - também pressiona preços para baixo.

Entre os interessados, a principal preocupação tem sido a solução para o problema financeiro dos aeroportos já concedidos à iniciativa privada, principalmente o Galeão, no Rio de Janeiro. O consórcio que administra o terminal carioca, controlado pela construtora Odebrecht e a Changi de Cingapura, já está inadimplente com os pagamentos da outorga de R$ 19 bilhões - valor que teve ágio de 294% sobre o lance mínimo.

O secretário indica que a saída para os terminais já concedidos não virá rápido. "Não haverá solução customizada para cada aeroporto. É melhor esperar e ter uma solução ampla do que correr para resolver o problema de um consórcio."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Único grande aeroporto brasileiro com crescimento do número de passageiros nos últimos anos, Congonhas terá aumento na capacidade de voos e não deverá ser privatizado. O secretário de Aviação Civil, Dario Rais Lopes, disse ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que o governo vai manter o aeroporto paulistano dentro de uma "Nova Infraero" que teria capital aberto e também administrará Santos Dumont (no Rio), Curitiba e Manaus.

Enquanto prepara a nova empresa, o governo iniciou processo para elevar o número de operações em Congonhas em uma solução semelhante à usada em terminais antigos dos EUA.

##RECOMENDA##

Considerado a "joia da coroa" da aviação comercial no Brasil pela localização central, o aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, deverá ser o principal ativo de uma nova subsidiária de gestão de aeroportos em estudo no governo. Segundo o secretário de Aviação Civil, essa nova empresa ligada à atual Infraero ficaria responsável pela gestão dos aeroportos de Congonhas, Santos-Dumont, Curitiba e Manaus. A subsidiária seria aberta ao investimento privado, já que teria capital aberto.

"Não podemos abrir mão de gerir alguns terminais e não podemos deixar drenar essas receitas", disse, ao rechaçar a hipótese de privatizar esses aeroportos. Localizados próximos ao centro das duas metrópoles brasileiras, os aeroportos centrais de São Paulo e Rio de Janeiro são considerados os mais rentáveis do sistema Infraero. Em Manaus, há atrativo pela grande movimentação de cargas. "Não trabalhamos com a possibilidade de concessão desses quatro aeroportos."

Ampliação. Diante desse plano, o governo estuda ampliar a capacidade de Congonhas. "Estamos concluindo o processo administrativo para que Congonhas receba a certificação de aeroportos antigos", explicou o secretário de Aviação Civil. O governo já tem conversado com a Agência dos Estados Unidos de Comércio e Desenvolvimento (USTDA) sobre o tema e quer usar a mesma solução adotada nos aeroportos LaGuardia, de Nova York, e Ronald Reagan, em Washington.

Nos EUA, houve readequação dos parâmetros geométricos para aumentar o número máximo de pousos e decolagens dos dois aeroportos. Esses terminais têm características comparáveis com o aeroporto paulistano: abriram comercialmente na década de 1940, estão no meio da zona urbana e não são os maiores aeroportos da região metropolitana.

Mesmo com a ampliação, Dario Rais Lopes diz que "não há condições" para devolver a Congonhas a capacidade recorde, quando o aeroporto chegou a operar com até 52 e 54 movimentos por hora - os chamados "slots". Para ele, o número deve subir para patamar entre 40 e 45 movimentos por hora. Hoje, é de 33 movimentos por hora.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A reação da população norte-americana, que compareceu em massa e de forma espontânea, nesse fim de semana, a vários aeroportos dos Estados Unidos para protestar contra a ordem executiva que suspendeu o programa de acolhimento de refugiados colocou o governo do presidente Donald Trump na defensiva. A medida também proibiu viagens ao país de pessoas originárias de sete países de maioria muçulmana. Trump está pressionado por um número crescente de parlamentares do Partido Republicano, agremiação partidária pela qual se elegeu, pedindo mudanças urgentes na ordem executiva.

No exterior, administradores de aeroportos e operadores de linhas aéreas - responsáveis pelo gerenciamento de vários voos com destino aos Estados Unidos - estão reclamando das contradições e da falta de clareza da medida aprovada pelo presidente.

##RECOMENDA##

Menos de 24 horas depois de o governo ter informado que os portadores do Green Card (documento que dá direito a emprego legal nos Estados Unidos) também estavam sujeitos ao rigor da ordem executiva, assessores de Donald Trump desmentiram essa informação. Em entrevista, o chefe de gabinete da Casa Branca, Reince Priebus, disse que a medida "não afeta" os detentores do Green Card.

Aeroportos

Nesse domingo (29), em vários aeroportos norte-americanos, passageiros voltaram a ser detidos em salas de imigração, provocando caos nas áreas onde ficam os funcionários e pânico em familiares que aguardavam o desembarque. Advogados de instituições de direitos humanos compareceram também aos aeroportos para tentar libertar as pessoas detidas. No aeroporto John F. kennedy, em Nova York, a ação de muitos advogados foi dificultada pela falta de informações sobre o número de pessoas detidas.

"Simplesmente não sabemos quantas pessoas existem e onde estão", disse Lee Gelernt, vice-diretor do Projeto de Direitos dos Imigrantes da União Americana de Liberdades Civis.

Numa tentativa de acalmar as críticas que vem recebendo por ter assinado a ordem executiva, o presidente Donald Trump divulgou nesse domingo (29) uma declaração em que diz que a proibição não diz respeito à religião. "Para ser claro, esta não é uma proibição aos muçulmanos, como a mídia está falsamente informando", disse Trump. "Isto não é sobre religião, isto é sobre terror e [sobre] manter nosso país seguro."

Republicanos

Ontem, republicanos criticaram o plano de Trump sobe refugiados e imigrantes. Um dos críticos foi o senador pelo estado de Tennessee, Lamar Alexander. Ele disse que, embora não seja uma medida de caráter explicitamente religioso, a ordem executiva de Trump "é inconsistente com o caráter americano". Os congressistas republicanos também se queixaram de que não foram consultados pelo presidente antes de a medida ser aprovada.

O ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira, disse hoje (11) que o governo estuda incluir os aeroportos de Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ) no programa de concessões à iniciativa privada.

“As discussões dentro do governo são para a ampliação do programa de concessão. Congonhas e Santos Dumont estão na lista de discussão, juntamente a outros aeroportos”, adiantou o ministro após reunião do Núcleo de Infraestrutura, no Palácio do Planalto.

##RECOMENDA##

Além de aeroportos, mais trechos de rodovias e projetos de saneamento também deverão ser leiloados, segundo Oliveira.

Em março, o governo vai licitar a administração de quatro aeroportos: Fortaleza, Porto Alegre, Salvador e Florianópolis. A previsão é arrecadar no mínimo R$ 3 bilhões em outorgas com a concessão dos quatro terminais.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando