Tópicos | abertura do diálogo

Com 12 dias de governo, o presidente em exercício Michel Temer (PMDB) afirmou, nesta terça-feira (24), que pretende revogar qualquer decisão que posteriormente considerar equivocada. De acordo com ele, a postura não é um reflexo da ausência de habilidades governamentais, mas a garantia do diálogo. 

“Já ouvi aqui ‘o Temer está muito fraco, coitadinho, não sabe governar’. Mas garanto que quanto perceber que houve um equívoco na fala ou na condução do governo reverei a posição. Se houver equívoco, consertá-lo-ei”, garantiu o peemedebista, durante o anúncio das medidas econômicas para amenizar a crise.

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“Isso é fruto do diálogo. Seremos o governo do diálogo”, completou ironizando, intrinsecamente, as criticas diante da gestão da presidente afastada Dilma Rousseff (PT). 

Entre as medidas tomadas pela gestão e que passaram por uma reavaliação, estão a extinção do Ministério da Cultura, que após protestos foi recriado, e a suspensão de programas educacionais como o ProUni e o Fies, revogada no mesmo dia

Os mais de R$ 900 milhões de cortes na máquina estadual devem impactar ainda mais os serviços públicos. A contenção vai atingir todas as secretarias estaduais e segundo o governador Paulo Câmara (PSB) a medida é necessária para “não desequilibrar” ainda mais as finanças. O Governo do Estado já cumpriu mais de R$ 300 milhões em cortes, uma nova leva deve ser efetuada até a primeira quinzena de setembro.

“Todos os secretários estão com os deveres de casa para fazer. Queremos preservar ao máximo os serviços ofertados à população, mas precisamos cortar porque o cenário econômico assim exige”, cravou ao participar da entrega do título de posse aos moradores da Ilha do Joaneiro, na noite dessa segunda-feira (25). “É um ano de muita restrição, onde as receitas caíram muito, o desemprego caiu demais e as despesas vieram com muita força. Então temos que nos preparar para esse novo tempo. Não podemos deixar o estado se desequilibrar”, acrescentou.

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Corroborando as projeções da presidente Dilma Rousseff (PT) de que 2016 será um ano difícil, o governador afirmou que os desafios econômicos e políticos para o próximo ano serão maiores do que os enfrentados neste. Segundo ele, o que pode dar uma esperança para a resolução dos problemas é a abertura da presidente para o diálogo e a liberação das operações de crédito internacionais sinalizada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

“Pernambuco tem uma solicitação [de operação de crédito] já feita, estamos aguardando a análise e o retorno para a gente poder discutir. Não queremos operações de crédito para 2015, a gente não conta com esse dinheiro mais. Queremos ter a oportunidade de nos programarmos com maior previsibilidade para 2016, pois os desafios de 2016 vão ser tão grandes quanto os de 2015”, analisou.  

Sobre a perspectiva da presidente, Câmara pontuou aos jornalistas que torce para que ele reverta o atual quadro. “As análises econômicas mostram isso [dificuldades] em virtude da crise econômica e da crise política. Torcemos para que a presidente possa resolver com muito dialogo, muita transparência, chamando as partes para conversar essa questão política. A questão econômica só será resolvida quando também tiver uma sinalização da questão política”, observou o governador.

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