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Com público reduzido na Times Square, praias quase vazias no Rio de Janeiro e Champs-Élysées praticamente desertos em Paris, o mundo recebeu discretamente o ano de 2021, sob a sombra da pandemia da Covid-19.

Após meses de restrições por conta dessa contagiosa doença que deixou mais de 1,8 milhão de mortos em todo mundo, as novas ondas da pandemia obrigaram grande parte da população a acompanhar a festa do sofá em casa. Em Nova York, o bairro de Manhattan foi bloqueado, e as pessoas foram orientadas a acompanhar pela televisão os shows de estrelas como Jennifer Lopez e Gloria Gaynor que, aos 77 anos, cantou seu grande e antigo hit "I will survive".

Na Times Square, que a cada 31 de dezembro fica lotada de pessoas eufóricas à espera da "queda da bola" sob uma chuva de papel picado, a multidão foi substituída por profissionais da linha de frente no combate à covid-19, especialmente convidados e separados por cercas para garantir o distanciamento social.

"Este ano não pode ser pior do que o passado", disse Jordan Mann, uma atriz de 31 anos que passou a noite em casa com os companheiros com os quais mora. O prefeito Bill de Blassio disse que 2020 foi, "sem dúvida, o ano mais difícil da história de Nova York". E prometeu: "Em janeiro, vamos vacinar um milhão de nova-iorquinos".

Os Estados Unidos são o país com maior número de mortos no mundo. Ainda assim, o presidente eleito Joe Biden, que assumirá o cargo em três semanas, disse estar otimista. "Os Estados Unidos podem fazer qualquer coisa, e estou totalmente confiante de que voltaremos e ainda mais fortes", disse ele à rede ABC.

O Brasil, segundo país com mais óbitos pela pandemia, recebeu 2021 com sua emblemática praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, quase deserta em vez das milhões de pessoas que recebe normalmente todo o 31 de dezembro para celebrar o Ano Novo com banhos de mar e fogos de artifício.

A polícia impediu o acesso às praias do Rio e, à meia-noite, alguns fogos de artifício foram disparados. Também foram ouvidos panelaços de "Fora, Bolsonaro!", um presidente bastante criticado por minimizar uma pandemia que já matou cerca de 195.000 pessoas no Brasil.

Aplaudida por sua gestão do coronavírus, a Nova Zelândia deu as boas-vindas ao novo ano com multidões reunidas em Auckland para uma exibição de fogos de artifício.

Em Sydney, a maior cidade da Austrália, os fogos de artifício da véspera de Ano Novo iluminaram o porto com um show deslumbrante, mas com poucos espectadores.

"Acho que o mundo inteiro está olhando para 2021 como um novo começo", disse Karen Roberts, uma das poucas sortudas que puderam assistir aos fogos perto da famosa Opera House, de Sydney.

Mais um ano

Em Madri, os espanhóis comeram as 12 uvas com as baladas do famoso relógio da Puerta del Sol do sofá de suas casas, já que a famosa praça da capital espanhola estava completamente vazia nesta passagem de ano.

Não houve comemorações na cidade de Londres, como recomendado pelo governo, que pediu às pessoas que ficassem em casa para evitar a propagação do vírus com o slogan "Faça como se estivesse".

A cantora americana Patti Smith, de 74 anos, deu um show pelo YouTube em homenagem aos profissionais de saúde do Reino Unido mortos por covid-19. A transmissão ao vivo em um telão no Piccadilly Circus foi cancelada no último minuto, devido à pandemia.

Também não houve celebrações pela saída definitiva do Reino Unido da União Europeia, que se materializou às 23h GMT (20h em Brasília). Algumas dezenas de pessoas se reuniram na Praça do Parlamento, em Londres, para ouvir o Big Ben.

Champs-Élysées deserta

Em Paris, a Champs-Élysées estava vazia. Sob as árvores enfeitadas com luzes vermelhas, 20 policiais paravam os poucos veículos que circulavam por esta famosa avenida para verificar os certificados de viagem e multar os infratores.

Na noite de Ano Novo, a França teve um toque de recolher, vigiado, excepcionalmente, por 100.000 policiais e gendarmes.

Milhares de pessoas em Wuhan

Em Wuhan, a cidade chinesa onde o vírus foi detectado pela primeira vez no final de 2019, milhares de pessoas festejaram a chegada de 2021.

Em Hong Kong, apesar das restrições, alguns se aventuraram no Victoria Harbour para tirar selfies.

Na Rússia, o presidente Vladimir Putin reconheceu em seu discurso de Ano Novo que uma segunda onda do coronavírus atinge o país.

"Infelizmente, a epidemia não foi completamente interrompida. A luta contra a epidemia não para um minuto", disse ele.

Pouco antes, como todos os anos, algumas dezenas de pessoas mergulharam nas águas geladas do Lago Baikal, na Sibéria, com temperaturas de até -35ºC.

Roma sem fogos de artifício

Os romanos também assistiram de suas casas às festividades organizadas no Circo Máximo, o estádio mais antigo da cidade, embora a prefeitura tenha proibido os fogos de artifício e rojões que costumam ressoar na Cidade Eterna.

Em Dubai, milhares de pessoas assistiram a um show de fogos de artifício e iluminação a laser na Burj Khalifa, a torre mais alta do mundo, apesar do grande número de novos casos. Os participantes tiveram de usar máscara e se registrar com um código QR.

Assim como João Campos (PSB), novo prefeito do Recife que celebrou a chegada de 2021, Professor Lupércio (SD) acompanhou o réveillon esperançoso nesta sexta-feira (1º). Sob oração, o prefeito de Olinda, dando início ao seu segundo mandato, se mostrou otimista para os próximos 365 dias.

“Começando 2021 pedindo que Deus continue guiando cada passo das nossas vidas e abençoando toda a cidade de Olinda. Culto bastante abençoado aqui na Igreja CCMS. Muito obrigado pelas orações de todos. Feliz Ano Novo, gente!”, escreveu Lupércio no Instagram.

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Anderson Ferreira (PL), que comandará mais um mandato em Jaboatão dos Guararapes, cidade da Região Metropolitana do Recife (RMR), festejou a chegada de 2020 com uma mensagem à população. “Desejo a você e a sua família um feliz e próspero Ano Novo!”, desejou Ferreira.

O prefeito eleito do Recife, João Campos (PSB), ao lado de familiares, celebrou a chegada de 2021 nesta sexta-feira (1º). Junto ao novo ano, o gestor vive a expectativa de tomar, às 15h de hoje, posse do cargo de gestão da capital pernambucana.

“Começa um novo ano com 365 chances para fazermos melhor, cheios de esperança, com muita garra e saúde. Vamos juntos! Feliz Ano Novo!”, escreveu João. No post, há uma foto de integrantes da família, com destaque para a mãe Renata Campos.

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Também por meio do Instagram, o novo prefeito do Recife, que ocupará a vaga deixada por Geraldo Julio, celebrou a chegada de 2021 ao lado da namorada Tabata Amaral (PDT). “Que bom começar 2021 ao seu lado”, escreveu João.

A deputada também festejou o réveillon. “Um feliz e abençoado Ano Novo para todos nós! Que 2021 nos traga muita saúde, amor, paz e a esperança de dias melhores. E que ele nos encontre mais solidários e unidos!”, postou Tabata.

Devido a proliferação do novo coronavírus, as festas nas orlas do Pina e em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, tiveram que ser canceladas. Mas para não deixar passar de lado a chegada de 2021, a prefeitura do Recife promoveu um show de luzes no céu da cidade.

O espetáculo de iluminação, que contou com oito pontos de apoio, invadiu também as zonas Norte e Oeste da capital pernambucana, com intuito das pessoas aproveitarem o último dia de 2020 seguros dentro de suas casas. Como forma de substituir a tradicional queima fogos nas praias, por causa das aglomerações, as performances dos lasers foram embaladas através de uma trilha sonora pela Frei Caneca FM, executada na frequência 101.5 FM.

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Celebrando a entrada do ano novo, por volta das 23h55, a apresentação cheia de cor no céu do Recife, com também exibição de fogos silenciosos nos topos de alguns prédios, durou pouco menos de 30 minutos. Assim como a gestão recifense, as prefeituras de Olinda e Jaboatão dos Guararapes optaram em cancelar as festividades de réveillon.

As praias foram proibidas de executar o comércio de ambulantes e em quiosques, além de não ser permitido pelas autoridades municipais o uso de cadeiras, toldos, mesas e aparelhos de som nas áreas que foram estabelecidas as restrições.

Veja em imagens o show de luzes no céu do Recife:

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Aguardado por muita gente, o réveillon tem a responsabilidade de divertir aqueles que desejam fechar o ano com chave de ouro, mas só que em 2020 nada disso foi possível. Pensando em uma forma de frear o contágio do novo coronavírus, a prefeitura do Recife decidiu restringir o acesso às praias de Boa Viagem e Pina. 

Diferente dos anos anteriores, a orla de Boa Viagem, conhecida por atrair mais de um milhão de pessoas na noite do dia 31 de dezembro, vai encerrar o ano vazia. Em toda sua extensão, a praia passa longe do agito que costumava receber. Já no Pina, em Brasília Teimosa, a orla também está deserta, apenas ganhando o acolhimento da luz do luar e do barulho das ondas do mar, assim como em Piedade.

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A praia de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, mas precisamente nas imediações da igreja Nossa Senhora da Piedade, estava sem ninguém, recebendo só a atenção de policiais e guardas municipais. Os profissionais da segurança estiveram na área para barrar qualquer tipo de aglomeração que se formasse. Por causa dos altos índices de contaminação da Covid-19, as orlas voltam a funcionar normalmente a partir desta sexta-feira (1º).

Opiniões

Horas antes da virada de ano, alguns moradores de Boa Viagem passaram rápido no calçadão para se despedir de 2020. Sem aglomeração, turistas também resolveram dar uma passada na orla do bairro para receber 2021 com as energias recarregadas. Aproveitando a brisa do local com a família, a mineira Andréia Veloso, que está conhecendo a capital pernambucana pela primeira vez, ficou sabendo das medidas da prefeitura assim que chegou.

De acordo com ela, a decisão de restringir os festejos do réveillon na praia foi sensata. "Não conhecia o Recife. Ouvia falar muito bem da região, das praias, mas fiquei sabendo aqui que não haveria as celebrações. Eu não desanimei de vir pra cá. Achei a decisão correta", disse, em entrevista ao LeiaJá. Para a visitante Glaucia Santana, as ações de cancelamento dos eventos da cidade do Recife foram bastante radicais.

"Vim para o Recife com tanto entusiasmo, tanta vontade de passar o revéillon aqui, já que é tradicional, e me deparo com esse vazio na praia. Eu achei que as medidas deveriam ser mais flexíveis, tipo colocar algumas regras de distanciamento", explicou a empresária. Glaucia relatou também a dificuldade para se alimentar durante o horário do jantar em Boa Viagem: "Estamos morrendo de fome e os restaurantes todos fechados".

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Países do Pacífico já comemoram a chegada de 2021. Na Nova Zelândia, a comemoração da virada do ano ocorreu por volta das 8h no horário de Brasília. Fogos de artifício e aglomerações marcaram a virada de ano no local, considerado um dos melhores países que combateram à Covid-19.

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Na Austrália, as boas-vindas ao novo ano se deu às 10h de Brasília. O País manteve a queima de fogos de artifício, mas sem a presença do grande público por conta das restrições impostas pela pandemia da Covid-19.

Os habitantes de Kiribati e Samoa foram os primeiros a se despedir de 2020. Esses arquipélagos contam com uma população de pouco mais de 300 mil habitantes, que saudaram 2021 às 7h, no horário de Brasília. 

Responsável por cobrar o pedágio que dá acesso às praias do Litoral Sul de Pernambuco, a Rota do Atlântico divulgou o novo preço da tarifa, que deverá sofrer um aumento em janeiro de 2021. Até o dia 3, o valor pago para passar pelas vias administradas pela empresa será R$ 8,30, porém, a partir do dia 4, será reajustado para R$ 8,70.

Além disso, a concessionária informou que fará uma Operação Especial de Réveillon para evitar aglomeração na PE-009. A partir desta quarta-feira (30), até a próxima segunda (4), equipes extras estarão circulando para a arrecadação nos horários de maior fluxo.

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Operação Especial de Réveillon

Os grupos serão dividos em dois e terão auxílio de papa-filas para agilizar o pagamento antes da chegada a cabine. O primeiro atuará nos dias 31 de dezembro e 2 de janeiro, no acesso pela BR-101 em direção às praias. Já nos dias 1º, 3 e 4 de janeiro o reforço será no distrito de Nossa Senhora do Ó, em Ipojuca, sentido Recife. 

De acordo com a empresa, 95 mil veículos circularam pela PE-009 entre os dias 23 e 28 de dezembro. Segundo a estimativa, cerca de 120 mil veículos devem trafegar pela via para as festas de final de ano, principal acesso às praias de Porto de Galinhas, Serrambi e Carneiros. 

A partir do dia 1 de janeiro de 2021, Fred Amancio desixará de ser secretário de Educação e Esportes do Governo de Pernambuco para ser secretário de Educação da Prefeitura do Recife. O anúncio foi feito neste domingo (27), pelo prefeito eleito João Campos em seu perfil no Twitter.

“Nosso time começa a ser montado. A partir de janeiro, Fred Amâncio será o nosso secretário da Educação - que foi a minha grande prioridade como deputado e seguirá assim à frente da Prefeitura do Recife.Nos últimos seis anos, Fred vem comandando com destaque a Secretaria Estadual de Educação, sendo apontado por especialistas de todo o país como um dos melhores gestores estaduais da área no Brasil. Conto com Fred para avançar na qualidade da Educação do Recife, ajudando a aumentar as vagas em creches e a pensar num robusto programa para alfabetização das nossas crianças na idade certa”, escreveu João Campos.

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Confira o perfil de Fred Amancio no site do governo do estado de Pernambuco

Nascido em Paulo Afonso (BA), em 17 de julho de1969, Frederico da Costa Amancio é formado em Administração pela Universidade de Pernambuco e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, com pós graduação em Economia Aplicada à Gestão Fiscal, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo e, tem MBA em Gestão de Negócios em Petróleo e Gás, pela FGV do Rio de Janeiro. Em 1995, foi aprovado em concurso para auditor fiscal do Tesouro Estadual, lotado na Secretaria da Fazenda de Pernambuco (Sefaz).

Em 15 anos de atuação na Sefaz, exerceu diversas funções e cargos, como chefe de fiscalização de combustíveis, coordenador de planejamento e acompanhamento e, ainda, diretor de legislação e tributação. Em julho de 2008, Amancio integrou a equipe responsável pela aplicação de um novo modelo de gestão na saúde pública do Estado. Em dezembro daquele ano, assumiu o cargo de secretário-executivo de Coordenação-Geral. Em 31 de março de 2010, assumiu o comando da Secretaria Estadual de Saúde. Em 3 de janeiro de 2011 deixou o cargo de Secretário de Saúde para ocupar a vice-presidência do Porto de Suape. Fred Amancio também foi secretário de Desenvolvimento Econômico e presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape. Antes de assumir a Secretaria de Educação, cargo que ocupa atualmente, exerceu a função de secretário de Planejamento e Gestão.

A pandemia de Covid-19 afastou os estudantes de todos os níveis de ensino das salas de aula, substituindo o ensino presencial pelas aulas remotas (a distância) e, consequentemente, criando defasagens de aprendizado e no conteúdo programático do ano letivo de 2020. Mesmo com o início do processo de retorno às escolas acontecendo aos poucos no estado, muitas são as dúvidas e incertezas de pais, alunos e educadores pernambucanos a respeito de como será 2021, que ainda nem chegou, e já traz expectativas em torno das aulas, vacinas, do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e da reposição dos conteúdos que não foram concluídos neste ano. 

Segundo o secretário de Educação e Esportes de Pernambuco, Fred Amancio, o próximo ano contará ainda com aulas remotas, ensino híbrido com rodízio de alunos e protocolos de segurança contra o vírus a serem seguidos nas escolas durante todo o período do ciclo de ensino 2020/2021, que se encerrará no final do próximo ano. O ciclo englobará conteúdos do ano letivo e buscará suprir lacunas de aprendizado até o final de 2021. 

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Para esclarecer dúvidas a respeito do ensino nas escolas de Pernambuco no próximo ano, o LeiaJá entrevistou o secretário de Educação, abordando temas como rodízio de alunos, ensino híbrido, avaliações, ciclo de ensino e reposição de conteúdos, entre outros. Confira, a seguir, a entrevista completa: 

Atualmente, como está o calendário escolar no que se refere aos períodos de aulas, férias e retomada das aulas? 

Fred Amancio: Ainda não retomamos as aulas do fundamental, ainda não temos a autorização do Comitê de Enfrentamento à Covid. Na rede estadual a gente basicamente tem escolas de ensino médio e anos finais do ensino fundamental, a gente praticamente não tem escola de anos iniciais. Noronha foi uma exceção, nós retomamos primeiro inclusive a educação infantil, um caso específico.  

Não retomamos os anos finais, os estudantes continuam com aulas remotas, o que nós retomamos foi o ensino médio, mas dentro daquela filosofia que é uma decisão dos pais se deixa o menino menor de idade na retomada dos estudantes. Nós temos em média, no estado, 50% de retorno. Varia de escola para escola, turma para turma, ano para ano, mas em média a gente está estimando aí algo em torno de 50% dos estudantes que retomaram as suas atividades no sistema híbrido, variando um pouco de escola para escola por causa do cumprimento dos protocolos, e sistema de rodízio, enfim. 

O andamento dos conteúdos varia muitíssimo de escola para escola e até diria de estudante para estudante, porque algumas escolas conseguiram avançar mais, outras menos, e assim por diante. Nós trabalhamos com dois grandes sistemas, nós tivemos uma oferta de aulas na plataforma Educa PE, onde a gente tem todo dia aulas pela internet e pela TV, com um volume ‘x’ de aulas. Nem de longe é o que ele tem todo dia na escola, mas várias escolas nossas fizeram suas próprias plataformas de oferta de aula e essas conseguiram avançar bem mais. Dentro da rede têm situações que variam muito de escola para escola. Consequentemente as escolas têm estágios diferentes desse processo de retomada e reposição de aulas. Tem escolas que têm um número grande de estudantes da zona rural, aí teve que se adaptar melhor a isso e consequentemente teve menos oferta de aulas a distância, enfim, várias questões.

A gente tem grandes diretrizes, naturalmente a gente já sabia que isso ia acontecer,  ter situações diferentes entre escolas. A nossa diretriz dentro do processo é buscar trabalhar para ajudar a todos os estudantes para que eles possam ter o máximo possível de aulas, recuperar o máximo possível de conteúdos e reduzir os prejuízos de um momento tão complexo como esse. Não tem solução perfeita nem aqui e nem em nenhum lugar do mundo para esse contexto de pandemia, a gente teve que criar uma alternativa para poder atender a esse momento com todas as dificuldades aí envolvidas. 

A decisão que nós tomamos aqui no estado para o [ensino] público, entendendo essa diversidade e as dificuldades de vários estudantes, tomamos a decisão de adotar um sistema de ciclo, que é uma coisa prevista excepcionalmente na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e também referendado recentemente por pareceres do Conselho Nacional da Educação (CNE). A gente não vai ter o final do ano de 2020, na realidade vai tratar os dois anos como sendo um ano só. Mesmo esse período de férias não é que acabou o ano de 2020 e vai começar o ano de 2021 na prática, falando do ponto de vista do calendário escolar. A gente vai tratar como se fosse um ano só, inclusive do ponto de vista de avaliações, variando com a situação e nível de avanço de cada escola. 

Os estudantes terão uma pausa, até porque os professores precisam também do seu período de férias, como os estudantes, depois retomamos as aulas normalmente, nesse ciclo único 2020/2021, dentro da filosofia que no ano de 2021 a gente não só avançar nos conteúdos que seriam do ano escolar 2021, mas cada escola de acordo com a realidade de cada uma,  ajudar os estudante a recuperar aprendizagens que eventualmente não foram consolidadas em 2020, que vai acontecer em vários casos, tanto para escolas como um todo como em situações específicas de estudantes. 

A gente passou orientações para as escolas para que elas realizem uma avaliação diagnóstica com seus estudantes. Nem tanto para dar nota, mas para os professores entenderem a situação e programar que iria poder avançar neste ano. No mês de março a gente está programado para fazer uma grande avaliação diagnóstica da rede como um todo, independentemente do planejamento individual da escola. 2021 é o ano em que a gente vai buscar avançar mas recuperar muitas aprendizagens. Novamente, isso vai variar muito de escola para escola. 

Neste final de 2020, estamos com as aulas liberadas em todos os níveis de ensino, mas nas escolas públicas, as aulas do ensino infantil e fundamental ainda não foram retomadas. Há previsão de retorno ainda em 2020 ou tudo ficará para 2021? As escolas estão sendo estruturalmente preparadas para receber os estudantes?

Fred Amancio: Quando no meio do ano a gente começou a se preparar para poder iniciar em julho, fazer aquisição de itens para as escolas, fizemos esse trabalho para todas, seja as do ensino médio, que já retomamos, seja para o ensino fundamental, apenas não saiu ainda a autorização. Elas já estão prontas. A gente sugere uma fase de preparação da escola de 15 dias, mas não tem nada a ver com o físico, tem a ver que primeiro a gente faz uma etapa de fase preparatória, que é receber primeiro as equipes de limpeza, para poderem fazer uma limpeza geral da escola, para a gente poder passar orientações para as equipes administrativas, gestão da escola e terceirizados. 

A gente passa orientações, na semana seguinte voltam os professores para fazer o planejamento da retomada das aulas e na semana seguinte voltam os estudantes. A gente só precisa de 15 dias para fazer esse passo a passo de orientação, mas do ponto de vista de estrutura física, elas estão preparadas já há alguns meses, como aconteceu nas escolas do ensino médio.

Estou falando da rede estadual. Vai ter um outro desafio das redes municipais, que não é conosco. Vai variar, tem o desafio da transição, maior dificuldade dos municípios mesmo, de estrutura, transição de gestões, aí é um outro nível de desafio. Tudo que estou contando é sobre a rede estadual, porque o estado não manda nas redes municipais, ele só autoriza [o retorno] e as redes municipais vão decidir quando retomam. 

O comitê de enfrentamento tinha estabelecido a retomada do ensino médio nas redes pública e privada. Tivemos debates, questões judiciais que acabaram retardando, criando uma diferença de 15 dias entre a retomada da rede pública e da rede privada. Fizemos o início da retomada, depois [o comitê] autorizou a retomada da rede privada e estávamos prestes a iniciar a retomada da rede pública. 

Como a maior parte dos municípios estavam em fim de gestão, acabaram sinalizando, pelo menos essa foi a posição do presidente da Amupe [Associação Municipalista de Pernambuco], que a posição dos municípios é de não mais retomar esse ano. No caso da rede estadual é uma quantidade bem menor de estudantes porque a gente não tem anos iniciais, não tem educação infantil. Agora as redes municipais, independentemente da autorização, já anunciaram que não vão mais retomar esse ano. 

Como será o calendário desse ciclo para o ensino médio? E para os demais níveis, a partir da autorização para retomada das aulas?

Fred Amancio: Como eu disse, pode variar de escola para escola, de rede para rede. Está tendo aula, bem ou mal. Para efeito de carga horária é feita a contagem. Sobre datas, cada rede tem autonomia para estabelecer suas datas, seja privada, municipal ou estadual. A gente deve ter férias em janeiro, ter a data de retomada e seguir até o final do ano complementando carga horária e principalmente aprendizagem para chegar ao fim de 2021 tendo avançado nos conteúdos de 2020 e 2021.

Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo

As escolas avançaram, mas varia muito. A rede estadual tem diferença entre escolas, tem escolas particulares que avançaram quase integralmente. Dificuldade não tem a ver só com estrutura, tem gente com dificuldade. Na rede estadual, a gente só está observando o fator autorização, quando autorizar, no dia seguinte a gente retoma. 

Os municípios têm o desafio de estruturar as escolas, preparar as escolas e estão em final de gestão. Estamos com pouco mais de 100 prefeitos novos, então eu acho que tudo isso pesou no processo decisório dos municípios de deixar para o início do ano que vem. 

Quais são as maiores dificuldades a enfrentar na reposição dos conteúdos para você enquanto gestor, para estudantes e profissionais da educação nas redes pública e privada de ensino? 

Fred Amancio: Os professores tiveram que se reinventar, porque ninguém no mundo se preparou para ensino remoto em larga escala. Os primeiros meses foram muito difíceis, os professores foram se adaptando nesse processo. Nós demos cursos on-line sobre técnicas e ferramentas, e a gente percebe a evolução das escolas nas aulas a distância, mas ainda assim as melhores aulas para os estudantes são as aulas presenciais. 

Tem o desafio não apenas da preparação da escola, mas do dia a dia da escola no ponto de vista de manutenção dos protocolos. Você tem uma rotina diferente na escola, eu diria que durante um contexto de pandemia que vai perdurar durante todo o ano de 2021. É uma mudança cultural. A gente achou muito positivo ter começado o processo de retomada ainda em 2020, porque ela vai acontecer ao longo de 2021 inteiro. O próprio sistema híbrido com oferta de aulas presenciais e não-presenciais é um desafio para todas as escolas. É uma coisa muito nova, mas eu diria que tem avanços importantes de estrutura, do trabalho que é feito em si. 

Tanto professores como escolas evoluíram com relação a isso, mesmo a própria rede, além de ter criado plataformas a gente acabou criando estruturas diferenciadas. O local onde a gente transmite nossas aulas tem três estúdios diferentes permitindo diferentes configurações de aula, a gente tem agora um programa que não existia de oferta de internet gratuita para os estudantes, o Conecta Aí, muita coisa aconteceu, evoluímos muito, mas é um desafio muito grande. 

Os estudantes também estão se adaptando a mudar seu sistema de estudo e aprendizagem nesse processo. As pessoas diziam ‘ah, o grande desafio é a questão da estrutura das escolas’, estrutura é uma parte, talvez o maior desafio seja o dia a dia, a mudança cultural. Não é ter álcool em gel, é você usar. Não é você ter uma pia para lavar a mão, é você ter o hábito de lavar as mãos constantemente. Não é ser obrigatório o uso de máscara e dar máscara, como a gente deu a todos os estudantes, face shields e tudo o mais, e não ser utilizado. 

A mudança cultural no dia a dia da escola de utilizar isso, e que vai estar presente conosco, sem dúvida, durante muito tempo, é um desafio. Talvez a gente já ter começado e estar agora nesse trabalho de que isso faça parte do dia a dia das escolas sem dúvida é importante, mas um desafio sem dúvida alguma.

 Vamos viver esse contexto ao longo de todo o ano de 2021, acho que o estado tomou uma decisão acertada de iniciar o processo de retomada, porque muitos disseram “vamos começar o processo de retomada só no próximo ano com a vacina’. Nós aqui já saíamos disso, alguns talvez tivessem uma esperança que não tinha base científica, mas nós sabemos que não tem nem previsão de vacinação para os jovens e crianças, e não tem porque são o público menos atingido mesmo. Mas tem perspectiva de ao longo do primeiro semestre ter uma vacinação para os mais idosos, aqueles que têm comorbidades, mas as crianças não podem ficar tanto tempo fora da escola. Tem uma série de prejuízos, mesmo na Europa com a segunda onda, tem estabelecimentos que foram novamente fechados, mas a escola está aberta.

Atualmente, temos estudantes nas escolas e também alunos que seguem vendo aulas de casa. Como está sendo estruturado o ensino híbrido neste final de ano e como será no próximo ano? O modelo será utilizado durante todo o ciclo 2020/2021? 

Fred Amancio: Vai seguir até o final. É muito provável que no ano todo a gente não vai ter vacinação de crianças e jovens. As que são grupo de risco devem entrar em uma etapa anterior, mas para os demais é necessária essa oferta para dar tranquilidade aos pais. A tendência é ir crescendo o número de alunos em sala até ter todos os estudantes, mas minha expectativa é que isso vá ocorrer ao longo do ano. 

Variando de escola para escola, dependendo do número de estudantes no [ensino] presencial, pois vai precisar ter rodízio se voltarem muitos estudantes, para cumprir o protocolo. Para dar conta do conteúdo, tem que ter parte presencial e parte não presencial, mas isso varia muito de escola para escola.

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--> PE: rede estadual não reprovará estudantes em 2020

Vilões da inflação em 2020 e muito pressionados pelo dólar, os preços dos alimentos devem dar uma trégua para o bolso do brasileiro em 2021, especialmente a partir do segundo trimestre. Nessa época o ano, é despejada no mercado a safra de grãos, que promete bater novo recorde. O alívio no gasto com a comida não deve ser pequeno. Os alimentos responderam por dois terços da inflação deste ano acumulada em 12 meses até novembro de 4,3%, pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

A folga dos alimentos, no entanto, poderá comportar o novo foco de pressões esperado para a inflação em 2021. Ele deve vir de dois grupos que neste ano ficaram bem comportados por causa da pandemia: os serviços e os preços administrados, cujos reajustes precisam ser autorizados pelo governo.

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Com o isolamento social, a demanda por serviços despencou e impediu os aumentos. Por sua vez, os preços administrados, que incluem tarifas de transporte, combustíveis, planos de saúde, medicamentos, por exemplo, ficaram estacionados boa parte do ano. Só a energia elétrica voltou com força este mês, com a bandeira tarifária vermelha que cobra uma taxa extra de R$ 6,243 a cada 100 kWh.

"Não há espaço para os alimentos continuarem subindo em 2021", prevê o economista Heron do Carmo, professor sênior da FEA/USP e um dos maiores especialistas em inflação. A disparada dos alimentos neste ano ocorreu por conta da maxidesvalorização do câmbio combinada com a maior demanda no mercado interno e externo. "Juntaram duas coisas que nem sempre ocorriam ao mesmo tempo." Na sua avaliação, a perspectiva é que essa escalada não continue porque os alimentos já estão num patamar muito alto. Além disso, o câmbio começa a arrefecer.

Como a folga na inflação dada pelos alimentos será muito grande, quase de três pontos porcentuais, observa Heron, ela poderá acomodar pressões vindas de outros grupos de preços. Por isso, levando em conta as informações disponíveis até o momento, ele espera que o IPCA feche 2021 em torno de 3%. O último Boletim Focus do Banco Central mostra que o mercado espera uma inflação em 3,37% para o ano que vem.

"O problema será a trajetória da inflação ao longo de 2021", pondera o economista. Como a disparada dos alimento ocorreu a partir de setembro, a inflação acumulada em 12 meses deve atingir o pico e beirar ou até passar do teto da meta que é 5,25% para 2021 em maio, mas depois deve cair, prevê.

Outro especialista em inflação, o economista da LCA Consultores Fabio Romão, concorda com Heron. "A alimentação pode perder bastante força em 2021." No entanto, ele projeta um IPCA mais salgado para o próximo ano: 3,5% e com possibilidade de ser maior.

Romão alerta que os freios da inflação deste ano - os serviços e os preços administrados - devem jogar no sentido oposto em 2021. "Provavelmente os serviços vão acelerar com a recuperação da economia e os preços administrados também. Os papéis se invertem."

A alta acumulada nos bens industriais no atacado ao longo deste ano, em torno de 25%, é outro risco importante à inflação de 2021, na opinião de Romão. "É uma pressão grande de custo e, com o crescimento da economia, haverá espaço para repasse. Para 2021, ele espera um aumento 3,4% dos bens industriais no varejo, ante uma alta de 2,9% este ano. No entanto, o economista ressalva que o fim do auxílio emergencial e o desemprego elevado poderão mitigar essa pressão.

Herança. Para o economista Fabio Silveira, sócio da MacroSector Consultores, o que mais vai pesar na inflação de 2021 é exatamente essa herança de custos elevados de 2020 dos bens comercializáveis. "Os preços ao consumidor estão hoje aquém dos preços de equilíbrio porque as empresas, para sobreviver, estão contendo ao máximo os reajustes."

O movimento de repasse de custos herdados de 2021 deve, na opinião de Silveira, impulsionar os índices ao consumidor no primeiro semestre de 2021. Com isso, o IPCA deve fechar o ano que vem girando em torno de 4,3%. É meio ponto acima do centro da meta de 2021, de 3.75%.

Silveira acrescenta também como outro foco de pressão para o IPCA de 2021 a defasagem dos preços dos combustíveis, que hoje estão entre 10% a 12% abaixo das cotações no mercado internacional. "Não há como segurar preços de diesel e gasolina que estão rebaixados artificialmente pela Petrobrás", afirma.

Para o economista da Tendências Consultoria Integrada, Marcio Milan, o preço dos combustíveis e outros preços administrados são foco de preocupação da inflação de 2021. Neste ano, os administrados aumentaram 2,2% e a sua expectativa é de um avanço de 4,8% para o ano que vem. Isto é, mais que dobra o ritmo de alta.

Milan, que projeta aumento de 3,4% para a inflação geral de 2021, observa que entre os grupos do IPCA, o de preços administrados é o que mais deve avançar em relação a 2020 e responder por quase a metade (1,23 ponto porcentual) da inflação do ano que vem.

Entre os administrados, o economista destaca a pressão que deve vir da gasolina. "Com o cenário de recuperação da economia mundial, a expectativa é que o preço do petróleo volte a acelerar e tenha um repasse significativo para os combustíveis no varejo ao longo de 2021."

Fiscal

O economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, reconhece que a preocupação com a inflação de 2021 passa pela recuperação dos preços dos serviços e dos administrados. Mas, na sua opinião, o maior fator de risco a médio prazo para a inflação é a questão fiscal do País, se nenhuma mudança relevante for aprovada. "Existe a expectativa de uma ampla reforma, mas se ela for frustrada, isso deve manter o câmbio pressionado e pode afetar os preços em reais e a inflação." A MB Associados projeta um IPCA de 3,8% para o ano que vem.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Quero começar esta breve reflexão citando uma frase bastante conhecida do famoso físico Albert Eistein: “Loucura é querer resultados diferentes fazendo tudo exatamente igual”.

Todos nós concordamos que 2020 foi um ano bem atípico, completamente diferente dos outros últimos anos, que exigiu mudar a nossa forma de pensar e de agir perante tantos desafios. Foram meses de incertezas que nos levou a buscar alternativas e novos caminhos para obter os resultados esperados. 

E o que esperar de 2021?

Ser e Fazer Diferente!

Mas o que significa DIFERENTE? Nada mais é do que tudo aquilo que tem características não comuns aos outros ou às outras coisas. De fato, não foi nada comum o ano que passamos, foram tantas as dificuldades enfrentadas, vários percursos redirecionados, inúmeros obstáculos no caminho e muita mudança não prevista.

Diante de todo este contexto de incertezas procuramos nos adpatar e mudar as coisas que já fazíamos. Mas, e agora? O que fazer perante mais um ano que se aproxima e que certamente terá os seus prórios desafios? Entendo que devo ser e fazer coisas diferentes para marcar a diferença na vida das pessoas, onde quer que eu esteja, quer seja na família, no trabalho, na igreja, na política, na sociedade e em qualquer lugar do mundo.

De Frente para um ano Diferente! 

Aqui em Portugal eu não consigo distinguir bem a pronúncia destas palavras: DE FRENTE  e DIFERENTE. Para mim a sonorização é exatamente igual (para os portugueses é perceptível esta diferença). Ouvir de forma igual talvez até possa ajudar a pensar na similiraridade de seu significado para aplicar ao ano de 2021. Sim, é de frente que temos que receber um ano diferente. Encararmos todos os problemas que possam surgir, confrontarmos o que precisa ser mudado em nós e ao redor de nós,  enfrentarmos o inesperado com firmeza e lutarmos contra os mesmos erros, evitando as mesmas quedas. 

Assim, termino citando o Imperador Romano (121-180) Marco Aurélio: "A arte de viver é mais parecida com a luta do que com a dança, na medida em que está pronta para enfrentar tanto o inesperado como o imprevisto e não está preparada para cair".

Para um 2021 diferente, conte com a gente!

Cibelli Pinheiro - 23/12/2020 - Trabalho sem Fronteiras

Frente à 5ª semana de alta nos índices da Covid-19 em Pernambuco, a iminência da 'segunda onda' de infecções põe em xeque a estratégia das autoridades de controle e evidencia o descompromisso da população. A descoordenação na distribuição da vacina e a falta de colaboração, que mais uma vez deve ser corrompida nas festas de fim de ano, traz ares pessimistas para 2021, como explica a Vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Bernadete Perez, em entrevista ao LeiaJá.

A supervisora do Hospital das Clínicas, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), ratifica que a pandemia nunca esteve controlada, e sim, freada pelas medidas de distanciamento mais rígidas em maio. Contudo, a flexibilização considerada precoce e irresponsável, e a condução das campanhas eleitorais em uma situação de iminente colapso da rede de saúde projetam um futuro adverso. "Infelizmente, a gente tem que esperar o pior porque combinar essa pandemia arrastada, com o cansaço e com esse Governo Federal criminoso, que tem sido completamente ausente. Como não temos previsão para a chegada da vacina, janeiro com certeza estará pior", alerta Bernadete.

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O último boletim divulgado informa que o estado acumula 210.081 casos e 9.459 vítimas fatais. Independente da crescente, o horário do comércio foi estendido, setores considerados não-essenciais e bares são reincidentemente notificados por desrespeitar as regras do Plano de Convivência. Por outro lado, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) se orgulha de ainda ter 19% leitos de UTI disponíveis, no entanto tal relação é classificada 'perversa' pela especialista. "Eu discordo quando dizem 'se tiver UTI liberada, libera a flexibilização'. Isso é um absurdo. É como dizer 'eu sei que as pessoas vão se infectar, eu sei que em torno de 5% vão morrer'. Isso é muito perverso", criticou.

LeiaJáImagens/Arquivo

Um novo lockdown geral seria inviável, porém a flexibilização deva ser reavaliada, mesmo com o recuo no setor de eventos. "Restrição de mobilidade, rigidez no isolamento, distanciamento físico de pessoas, proteção social e políticas de controle e fiscalização de aglomerações", foram elencados pela médica, que lamenta a inversão de prioridades em relação às reaberturas. Para ela, a conquista de uma condição segura deveria privilegiar primeiro as escolas.

Em absoluta desaprovação, Bernadete repudia a narrativa tomada pelo presidente Jair Bolsonaro, que enfraquece o combate à Covid-19 e propaga a desconfiança quanto ao imunizante. "A mensagem é de completo abandono do povo brasileiro. O governo passa que é um problema menor e continua negando o impacto da pandemia. Se apega em kits mágicos ineficazes de medicamentos e negam a gravidade", assegurou.    

Na sua visão, o plano de imunização ao invés de comemorado, encontrará dificuldades para ser posto em prática por sua falta de planejamento. "Ao mesmo tempo que o presidente diz 'quanto antes a gente conseguir a imunidade coletiva, melhor'. Só que a imunidade coletiva sem vacina, que é o que eles tão fazendo, significa milhares de mortos", acrescentou. 

O portal Anime News Network divulgou na última segunda-feira (21), que o mangá "Os Cavaleiros do Zodíaco: Lost Canvas" (2006-2011) receberá um novo capítulo em 19 de janeiro de 2021, pela revista Champion RED. O anúncio foi feito junto ao cartaz de divulgação. Veja:

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Foto: Divulgação / Champion RED

Até o momento, não foram divulgados detalhes sobre a história do novo capítulo.

"Lost Canvas" é um spin off da série "Os Cavaleiros do Zodíaco" (1985-1990), escrito pela mangaká Shiori Teshirogi, e conta a história da primeira guerra santa, 243 anos antes dos eventos que ocorrem na obra principal de Masami Kurumada.

A história gira em torno do jovem Tenma, que se torna o cavaleiro de Pégasus, e de seus amigos Sasha e Alone, reencarnações dos deuses Atena e Hades, respectivamente. Personagens da série clássica, como os cavaleiros de ouro Dohko de Libra e Shion Áries, ambos com 18 anos, também participam da trama.

Em 2009, o mangá foi adaptado para anime e teve duas temporadas. A série pode ser acompanhada nos streaming Netflix e Crunchyroll.

A Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE-PE) informou, nesta terça-feira (22), que o prazo para realizar matrícula nas escolas da Rede Estadual termina no próximo dia 30 de dezembro. O cadastro deve ser realizado pela internet e é voltado para estudantes novatos dos ensinos médio e fundamental. As aulas têm início no dia 4 de fevereiro.

Entre os dias 4 e 15 de janeiro, os responsáveis pelo cadastrado devem efetivar a matrícula do estudante presencialmente na escola, inclusive com a entrega da documentação. Vale lembrar que as vagas não confirmadas retornarão para o sistema de cadastro e poderão ser preenchidas entre os dias 18 e 22 de janeiro. Os responsáveis pelo cadastro nesta fase devem efetivar as matrículas presencialmente nas escolas entre os dias 25 e 29 de janeiro, segundo informações da SEE-PE.

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Cadastro - Ao iniciar o cadastro, as informações deverão ser preenchidas até o final, pelos pais ou responsáveis, ou mesmo pelo próprio estudante, quando maior de 18 anos. São solicitadas informações como nome completo, data de nascimento, escola de origem, escola que pretende estudar com série e turno, nome do responsável com endereço e telefone para contato, além de RG e CPF. Estes dois últimos, para esta etapa, apesar de necessário, não são obrigatórios, devendo ser apresentados na efetivação da vaga. Ao final, será gerado um protocolo que é a confirmação da matrícula realizada. A numeração deve ser anotada ou impressa. Posteriormente, com este número de protocolo, o estudante se dirige à escola que se matriculou para entregar os documentos necessários e confirmar a matrícula.

Efetivação da matrícula - Para a confirmação da matrícula dos estudantes, os pais ou responsáveis devem apresentar os seguintes documentos: número da inscrição do Cadastro 2021, cópia da certidão de nascimento, original do histórico escolar ou declaração original da última escola em que estudou, comprovante de residência com CEP, cópia da carteira de vacinação, comprovante de tipo sanguíneo e fator RH e foto 3x4 recente.

As escolas dos municípios jurisdicionados à Gerência Regional de Educação Agreste Centro Norte, em Caruaru, foram selecionadas para integrar um projeto piloto de matrícula totalmente informatizado e contará com um processo de cadastro diferente dos demais municípios do Estado através do site www.minhamatricula.pe.gov.br.

De acordo com a SEE-PE, a ideia é oferecer um ambiente totalmente digital que otimize o processo de escolha das unidades de ensino, oferecendo perfis com as informações mais importantes das escolas a fim de que o estudante e sua família possam tomar a melhor decisão com base nos dados apresentados. O sistema vai captar todas as preferências e distribuir as vagas através de um algoritmo, permitindo que todos os estudantes tenham as mesmas chances de conseguir uma vaga nas escolas de sua preferência.

As inscrições na plataforma poderão ser feitas entre os dias 15 e 30 de dezembro (rodada principal). Entre os dias 5 e 9 de janeiro será feita a divulgação do aceite ou recusa das vagas reservadas e no dia 13  do mesmo mês sai o resultado para quem aceitou vaga com fila de espera. No mesmo dia serão iniciadas as inscrições da repescagem, voltada para quem recusou a vaga na rodada principal ou entrou depois. No dia 18 será anunciado o resultado da repescagem e a partir do dia 19 deve ser feita a efetivação da matrícula nas escolas.

A SEE-PE ressalta que é importante ficar atento a todo o processo de matrícula, pois o procedimento será totalmente on-line. A partir do momento que um cadastro é finalizado, aquela vaga não estará mais disponível. Os estudantes que quiserem trocar de escola após a finalização do cadastro no site Matrícula Rápida podem realizar o processo durante todo o período da matrícula através do campo “consulte sua inscrição”. A troca será permitida mediante disponibilidade de vagas, segundo informações da assessoria de imprensa do SEE-PE.

Para realizar a matrícula e auxiliar os que não possuem acesso à internet, será liberado o acesso em laboratórios de informática com internet em mais de 400 escolas. Vale salientar que as Escolas Técnicas Estaduais (ETEs) não estão inseridas neste processo, pois o ingresso nestas unidades é feito mediante inscrição e processo seletivo.

De acordo com a Secretaria de Educação do Estado, para o ano de 2021 foram ofertadas 161.636 vagas para estudantes novatos, das quais 95.590 já foram preenchidas por crianças e jovens oriundos das redes municipais em processo realizado ao longo do segundo semestre. Portanto, nesta etapa estão sendo ofertadas 66.046 vagas, sendo 9.264 distribuídas no Recife, 12.533 nos demais municípios da Região Metropolitana e 46.429 no interior, contemplando Zona da Mata, Agreste e Sertão. Do total de vagas disponíveis para 2021, 24.294 são para o Ensino Fundamental (anos finais) e 41.752 para o ensino médio. Está inclusa nestas vagas a Educação de Jovens e Adultos (EJA).

“A educação é uma grande prioridade do Governo de Pernambuco e nosso foco, além de oferecer uma escola atrativa para os estudantes, é não deixar nenhum jovem fora da sala de aula. As vagas ofertadas estão distribuídas em todos os municípios pernambucanos, de forma que este processo de cadastro de matrícula garanta às crianças e jovens pernambucanos o acesso à escola”, registra o secretário de Educação e Esportes, Fred Amancio, segundo informações da assessoria de impensa.

Na última quinta (17), o Governo de Pernambuco oficializou sua posição quanto à realização do Carnaval no ano de 2021. Em coletiva de imprensa realizada pelas redes sociais, o secretário de saúde do Estado, André Longo, anunciou a suspensão do ciclo carnavalesco em Pernambuco, no próximo ano, devido ao aumento dos números da pandemia do novo coronavírus em solo pernambucano. Na data do anúncio, o Estado contabilizava 203 mil diagnósticos de Covid-19 e 9.361 mortes pela doença. 

A decisão dos gestores pernambucanos, no entanto, não causou muita surpresa na população. Outros Estados brasileiros, com Carnavais tradicionais como o de Pernambuco, já haviam decidido pela não realização da festa em 2021, a exemplo da Bahia e Rio de Janeiro; bem como São Paulo e Brasília. O aumento nos números da pandemia e na ocupação de leitos nos hospitais locais, além da incerteza quanto à data da chegada da vacina contra a Covid no país também davam indicativos da suspensão dos festejos momescos. 

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Com a decisão assinada, resta agora aos fazedores de Carnaval se articularem para que o ano não seja totalmente perdido. Para esses profissionais, a festa representa muito mais do que folia, garantido-lhes o sustento da família e provisões para além do período carnavalesco. O Carnaval de Pernambuco é considerado o quinto maior do país em faturamento e, só no Recife, o ciclo momesco de 2020 rendeu ao município R$ 1, 4 milhão. 

Em entrevista ao LeiaJá, Rafael Nunes - presidente da Federação das Escolas de Samba de Pernambuco (FESAPE), da Liga Nordeste das Escolas de Samba, da Escola de Samba Pérola do Samba e ainda, vice-presidente da Federação Nacional das Escolas de Samba (Fenasamba)  -, disse concordar com a decisão do governo, que ele classifica como “racional”. O carnavalesco contou que a suspensão já era esperada dentro do seu segmento e que muitas agremiações nem se prepararam para 2021. 

No entanto, Nunes faz uma ressalva; ele acredita que o poder público deva abrir um diálogo com a cadeia produtiva do Carnaval na busca de soluções para aqueles que dependem da festa para faturar. “ O governo devia sentar com quem produz Carnaval aqui no estado para conversar. A Fesape tem um projeto pronto para as agremiações não serem totalmente penalizadas e poderem mover a economia da sua comunidade. A apresentação de lives com seu samba enredo, no YouTube, pro seu público poder prestigiar de forma segura, em casa, o que seria o desfile de cada escola na avenida. A gente tá esperando o novo governo (municipal) tomar posse pra gente apresentar essa saída para que os carnavalescos não fiquem parados durante o ano”, disse. 

Segundo o presidente da Fesape, a maioria das escolas de samba não se preparou durante o último ano para um possível Carnaval em 2021. Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquiivo

Esse diálogo com o poder público já vinha sendo solicitado por parte dos trabalhadores da cultura pernambucanos desde meados de 2020. Em agosto, o coletivo  Acorde - Levante Pela Música de PE, formado por músicos e produtores locais, publicou em suas redes sociais uma carta aberta sugerindo um debate com os gestores acerca do tema. Já em outubro, o coletivo, em nova carta aberta, sugeriu propostas para a realização segura do Carnaval 2021 e, nesta última quinta (17), após o anúncio oficial da suspensão do ciclo, o grupo voltou às redes para propor uma conversa a fim de criarem juntos soluções que “garantam trabalho e renda para as pessoas que fazem o Carnaval, e também sejam capazes de amenizar, no coração do folião, a falta que fará não estar nas ruas, brincando junto com a multidão”. 

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Para o presidente da Associação dos Maracatus de Baque Virado de Pernambuco (Amanpe), Fábio Sotero), a falta de abertura entre gestões e classe artística é um “desrespeito”. “ O Governo do Estado, através da Fundarpe e da Secretaria de Cultura, não nos deu nenhuma satisfação, em momento algum, em relação à nossas perdas. Porque eles não estão cancelando um simples evento, um simples lazer, eles estão cancelando ou suspendendo o ganha pão de milhares de trabalhadores da área da cultura que dependem exclusivamente do Carnaval. O que realmente o Governo do estado fez? Cancelou ou a suspendeu? A gente tá com essa dúvida”, diz frisando que nenhum grupo ou artista da classe foi consultado antes do aviso da suspensão - realizado, também, sem a presença de qualquer representante da pasta de Cultura.  

Fábio conta que dentro da categoria do Maracatu de Baque Virado, ou Maracatu Nação, diversas pessoas trabalham para que um desfile seja organizado. São costureiros, aderecistas, luthiers, fora os desfilantes que saem na corte e no batuque. Muitos desses dependem do apurado da festa para se manterem durante todo um ano.

Os impactos de não haver um Carnaval atingem diretamente o bolso dessas pessoas, mas também, o emocional. “É um período de no mínimo cinco, seis meses, várias pessoas convivendo, trabalhando em prol daquele instrumento, das fantasias; esse período que a gente ta aquartelado praticamente, sem atividade, a gente já tá de uma forma... Eu confesso que às vezes eu vou pra sede (da nação), porque eu não aguento ficar longe do pessoal”, diz o presidente que também dirige a Nação de Maracatu Aurora Africana. 

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Para o representante da Amanpe, é possível haver atividades seguras para marcar o Carnaval de 2021, ainda que de forma bastante diferente do tradicional. Ele diz que assim como as nações, várias ouras categorias de agremiações já estão pensando em alternativas para não ficarem parados durante um ano inteiro. Mas, para que os projetos possam sair do papel, deve-se haver espaço para tanto. “Isso a gente só pode fazer quando a  gente sentar com os gestores, eles são nossos principais clientes, são eles que nos contratam para as apresentações, a gente depende do aval deles, a gente precisa que eles nos entendam e cheguem a um determinado acordo. O Governo do Estado não fez absolutamente nada pelos trabalhadores da cultura em geral (durante a pandemia). O auxílio emergencial é do Governo Federal, o dinheiro tá vindo de lá, a Secretaria da Fultura e a Fundarpe não fizeram absolutamente nada para auxiliar, para dar uma ajuda aos trabalhadores da cultura.”

Trabahadores que dependem do Carnaval estão preocupados com a falta de trabalho e renda. Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

Diálogo e auxílio

Procurados pelo LeiaJá, a Fundarpe (Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco) e Secretaria de Cultura informaram que, atualmente, é a Secretária de Turismo e Lazer (Setur) o órgão à frente dos assuntos pertinentes ao Carnaval. A reportagem tentou estabelecer contato com a assessoria da Setur, porém, não obteve retorno até o fechamento desta matéria. O espaço está aberto para qualquer esclarecimento. 

Já as prefeituras do Recife e Olinda não responderam aos questionamentos enviados. No entanto, a reportagem apurou junto à fonte ligada à classe artística que já foram iniciadas discussões junto aos gestores olindenses bem como na última sexta (18), alguns representantes de agremiações estiveram na sede da Prefeitura do Recife para tratar do tema em uma reunião “bastante favorável”. 

Sem um plano federal convincente para vacinar os brasileiros, o governador Paulo Câmara (PSB) estendeu o estado de calamidade pública em Pernambuco até o fim de junho de 2021. A decisão foi publicada no Diário Oficial, nesta quinta-feira (17), um dia após o gestor participar da cerimônia de lançamento do plano nacional de imunização, em Brasília.

O decreto 49.959 alega a "inexistência de um cronograma definido de início e de conclusão do processo de imunização brasileira contra o coronavírus", como motivo para a manutenção das normas sanitárias e administrativas no estado.

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A determinação tem validade de 180 dias e vigora a partir do dia 1º. Antes, o primeiro decreto foi anunciado em março e renovado em setembro.

Nesta quarta (16), Pernambuco confirmou o agravamento da Covid-19 ao registrar 2.071 novos casos da infecção e 15 mortes. Desde o início das notificações em março, a região acumula 201.851 casos e 9.339 vítimas fatais.

Os senadores aprovaram o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2021 em uma votação simbólica. Com isso, o Congresso conclui a análise da proposta e enviará o texto para sanção do presidente da República, Jair Bolsonaro.

A aprovação tranquiliza o governo, afastando o risco de shutdown orçamentário a partir de janeiro. Deputados e senadores também aprovaram um crédito adicional de R$ 4,2 bilhões para viabilizar recursos a ministérios no Orçamento de 2020.

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Na manhã desta quarta-feira (16), o Ministério da Educação (MEC) realizou o lançamento do serviço de emissão de Diploma Digital e Portal Validador Nacional, que visa desburocratizar o processo de certificação do ensino superior. O evento foi realizado no auditório da sede do MEC, em Brasília, com transmissão ao vivo pelo YouTube do órgão.  

De acordo com o ministro da Educação, Milton Ribeiro, a primeira etapa consiste em implementar o serviços na rede federal de ensino. “A primeira etapa da implementação do diploma digital será concluída até o final de 2021, abrangendo todas as instituições federais de educação superior, sendo 69 universidades federais e 41 instituições da rede federal de educação profissional e tecnológica", afirmou o ministro em coletiva. Nesse sentido, a segunda etapa, que será nas instituições superiores privadas, ocorrerá até 2022. 

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Durante o evento, Milton explicou que a solução tecnológica tem o objetivo de auxiliar na verificação de autenticidade dos diplomas emitidos pelas Instituições de Ensino Superior (IES) em todo País. Os diplomas digitais terão a mesma validade que os emitidos em papel, com assinaturas e carimbos digitais, e serão armazenados na nuvem pelas IES e também pelo MEC.

Ainda de acordo com o ministro, em 2021 serão inaugurados dois novos ambientes eletrônicos, sendo um para validação de documentos emitidos pelas instituições de educação superior em seus sistemas acadêmicos e o outro para visualização de históricos acadêmicos. Ambas as soluções foram desenvolvidas pela RNP, vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia.

A ocasião contou com a presença do secretário de Educação Superior, Wagner Vilas Boas de Souza; do reitor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Valdiney Veloso Gouveia; e do diretor geral da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), Nelson Simões.  

IES com diplomas digitais

No Nordeste, as Universidades Federais da Paraíba e do Rio Grande no Norte serão as primeiras instituições a utilizar os serviços, conforme mencionado em coletiva. Para o reitor da UFPB, Valdiney Veloso Gouveia, a implementação do projeto representa um avanço para o Brasil. 

“Nós não estamos falando aqui sobre a substituição do papel para um dispositivo eletrônico, estamos falando de um avanço que o Brasil registra com esse diploma. O sistema digital representa o plano conceito de sustentabilidade econômica, ambiental e pessoal”, destacou o reitor da UFPB, que foi indicado ao cargo pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mesmo sem ser eleito por meio de votos

Por outro lado, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, salienta que a agilidade da implementação do serviço dependerá dos ajustes realizados pelas unidades federais de ensino, que serão de forma individualizada. Demais informações podem ser consultadas através das Instruções Normativas (IN), publicada pelo MEC.

Um dos traços mais particulares da cultura nacional é a quantidade de feriados e a forma enérgica de celebrar. Assim, o brasileiro sentiu e muito o ritmo de celebração em 2020, que foi um mural de tragédias históricas e do cancelamento de todos os feriados possíveis, em virtude da Covid-19. A sensação de ano interminável, porém, está para ir embora. O calendário do ano que se aproxima traz 13 feriados nacionais, dos quais três são pontos facultativos.

Desses feriados, três são feriadões que caem em uma segunda ou sexta-feira. Além disso, há também cinco feriados que caem em uma terça ou quinta-feira e que têm potencial para emendar com o fim de semana.

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O respiro já começa com o dia 1º de janeiro, que cai em uma sexta-feira e embala no fim de semana. O carnaval, uma das grandes incertezas de 2021, está previsto para o dia 16 de fevereiro, uma terça-feira, e é ponto facultativo, apesar de ser aderido pela maior parte dos municípios. Porém, muitas cidades já adiaram o Carnaval 2021 e estudam possibilidades de postergar a grande festa de fevereiro.

O feriado do Dia Mundial do Trabalho e do Natal são dois dos quatro que cairão em um fim de semana, mas que podem ser adiantados e formar um feriadão.

Na Câmara dos Deputados, dois projetos de lei (PL) tramitam com o intuito de alterar o calendário de feriados do ano, na tentativa de preservar e recuperar o turismo. São eles o PL 1222/20, de de autoria do deputado Alexandre Frota (PSDB-SP), que transforma a terça-feira de Carnaval em feriado nacional; e o PL 5129/20, de Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP-RJ), que torna o dia 3 de julho de 2021 (um sábado) em ponto facultativo em todo o Brasil, e transforma em feriado nacional os dias 5 e 6 de julho de 2021 (segunda e terça-feira).

Confira os feriados prolongados de 2021:

JANEIRO

1º de Janeiro - Ano Novo (Sexta-feira).

FEVEREIRO

16 de Fevereiro - Carnaval (Terça-feira), não é feriado nacional, mas é celebrado pela maior parte do país. Celebrações estão sendo adiadas em boa parte do Brasil.

ABRIL

2 de Abril - Paixão de Cristo ou Sexta-feira Santa.

4 de Abril - Páscoa (domingo).

21 de Abril - Tiradentes (quarta-feira).

MAIO

1º de Maio - Dia Mundial do Trabalho (sábado).

JUNHO

3 de Junho - Corpus Christi (quinta-feira), ponto facultativo.

SETEMBRO

7 de Setembro - Independência do Brasil (terça-feira).

OUTUBRO

12 de Outubro - Nossa Senhora Aparecida (terça-feira).

NOVEMBRO

2 de Novembro - Finados (terça-feira).

15 de Novembro - Proclamação da República (segunda-feira).

20 de novembro: Dia da Consciência Negra (sábado), feriado em ao menos 1.045 municípios do Brasil.

DEZEMBRO

25 de Dezembro - Natal (sábado).

*Para quem é de Recife-PE

6 de março - Data Magna (sábado)

16 de julho - Nossa Senhora do Carmo (sexta-feira).

8 de dezembro - Nossa Senhora da Conceição (quarta-feira)

 

O deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, disse, nesta segunda-feira (14), que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) será mesmo votada pelo Congresso na quarta-feira (16), permitindo ao governo executar 1/12 do Orçamento no início de 2021.

Segundo ele, a aprovação definitiva do orçamento deve acontecer entre o fim de fevereiro e o começo de março, já que a instalação da comissão do Orçamento só deve acontecer em fevereiro, após a eleição da presidência da Câmara e do Senado.

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Ao participar de fórum da consultoria Eurasia, Barros sustentou que a votação da LDO permitirá ao governo ter "vida normal" antes da aprovação orçamentária definitiva.

A sessão de votação da LDO na quarta-feira deve ser dividida em duas etapas: votação na Câmara dos Deputados às 10 horas, seguida pela apreciação no Senado, às 16 horas.

O parlamentar atribuiu à indefinição sobre a reeleição nas casas legislativas, que acabou não sendo autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), junto com as eleições municipais, o atraso na agenda de reformas.

Ao tratar da agenda da Câmara, Barros disse que existe a possibilidade de a reforma tributária - ou ao menos o projeto de criação da contribuição sobre bens e serviços - ser votada em primeiro turno ainda neste ano. Já em relação à reforma administrativa, ele descartou a votação até o fim da atual legislatura.

Durante o fórum, o deputado defendeu a manutenção da versão de reforma administrativa apresentada pelo governo.

Após classificar o Congresso como "reformista", e calcular em 380 deputados a base de apoio ao governo na Câmara, Barros considerou que a agenda de reformas deve evoluir sem dificuldades no ano que vem.

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