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O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), em Brasília (DF), manteve a sentença da Justiça Federal no Pará que condenou a Rede Brasil Amazônia de Televisão (RBA) e Wladimir Afonso da Costa Rabelo a pagar, cada um, indenização no valor de R$ 50 mil por danos morais coletivos pela exibição de imagens de uma criança falecida.

A decisão foi noticiada pelo TRF1 na última sexta-feira (15). O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou a ação em 2005, após o programa Comando Geral, apresentado e veiculado pelos respectivos réus, ter exibido as imagens.

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Na apelação, a RBA alegou não ter praticado ato ilícito, afirmando que possui o dever de informar os espectadores, e pediu a nulidade da sentença, por acreditar que caracterizava violação de liberdade de imprensa. Entretanto, para a 6ª Turma do TRF1, a veiculação de imagens de restos mortais de criança vítima de atropelamento de maneira sensacionalista e desnecessária ao fato que se pretendia noticiar configura abuso à liberdade de expressão e viola o disposto no artigo 221, inciso IV, da Constituição Federal, ocasionando danos morais coletivos.

O relator do caso compreendeu, ainda, que houve ato ilícito por parte de Wladimir Costa, que comandava o noticiário, por poder impedir a apresentação das imagens chocantes, mas optou por exibi-las, mesmo sendo desnecessárias para a informação que pretendia repassar aos seus espectadores. Assim, também, a RBA praticou ato ilícito, já que, na condição de contratante do primeiro réu, é responsável objetivamente pelos atos por ele praticados na consecução dos serviços contratados.

O relator do processo no TRF-1 assegurou que a notícia poderia ter sido transmitida de maneira diferente, sem precisar mostrar os restos mortais da vítima. “Era suficiente a filmagem da mãe da falecida em momento de desespero, com o corpo da vítima coberto ao fundo. O que importava realmente informar era o descaso das autoridades públicas e a imprudência do motorista responsável pelo acidente, sendo bastantes para tanto as entrevistas com as pessoas que se encontravam no local.”

O TRF1 também ressaltou a competência do MPF para atuar no caso, pois trata-se da promoção da ação civil pública no intuito de proteger os interesses de natureza difusa, além de existir interesse federal na fiscalização do conteúdo do que é exibido pela emissora. A legitimidade do órgão havia sido contestada pelos réus.

A indenização fixada em R$ 50 mil não sofreu alteração, apesar de o MPF ter pedido que o valor fosse maior. O tribunal reiterou que esse é o valor compatível com parâmetros jurisprudenciais.

Relembre o caso – Em 2002, uma criança de 11 anos foi morta em um acidente de trânsito. O fato foi noticiado no programa Comando Geral, que tinha como apresentador Wladimir Costa e era transmitido pela emissora RBA. As imagens exibidas na matéria mostravam, de maneira aproximada e nitidamente, os restos mortais da criança.

A reportagem foi exibida pelo programa no dia 11 de dezembro daquele ano e reprisada no dia seguinte, na mesma emissora.

O caso fez o MPF entrar na Justiça Federal no Pará com ação civil pública contra a emissora e o apresentador. Em 2009, a sentença parcialmente procedente condenou cada um dos réus a pagar indenização de R$ 50 mil por danos morais difusos.

Da assessoria do MPF

O deputado federal Wladimir Costa (SD-PA) teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA). Ele foi condenado, por unanimidade, por abuso de poder econômico e gastos ilícitos na campanha eleitoral de 2014. Ele pode recorrer da decisão, tomada nessa terça (19) pelo TRE-PA, junto ao Tribunal Superior Eleitoral.

Além da perda de mandato, a condenação também determina que o parlamentar fique inelegível por oito anos. Wladimir ficou conhecido como o deputado da tatuagem, por ter homenageado o presidente Michel Temer com a inscrição do nome do peemedebista no ombro antes da votação da denúncia contra ele na Câmara.

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No ano passado, ele já havia sido condenado pela Corte Eleitoral do Pará ao ser julgado pela arrecadação e gastos ilícitos na campanha eleitoral. Segundo o Ministério Público Eleitoral, Costa declarou ter gasto R$ 642.457,48 durante a campanha para a Câmara dos Deputados em 2014, mas deixou de declarar R$ 249.950. Ele recorreu da decisão e continuou no exercício do mandato.

Wladimir Costa exerce seu quarto mandato na Câmara e, além da defesa incisiva de Michel Temer, ele também se destacou em outros episódios. Na votação da admissibilidade do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, por exemplo, ele estourou um rojão de confetes durante seu discurso justificando que o governo do PT dava "um tiro de morte" no coração do povo brasileiro.

 

O deputado federal Wladimir Costa (SD-PA), que ganhou destaque após tatuar o nome de Michel Temer no braço, será processado pelo Conselho de Ética da Câmara. O parlamentar compartilhou a foto de uma adolescente, seminua, em um grupo de WhatsApp da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle. Na mensagem, o deputado identificou a garota como sendo filha da deputada Maria do Rosário (PT-RS).

Em fevereiro, a deputada chegou a emitir uma nota para alertar que sua filha estava sendo vítima de crimes virtuais por conta de seu posicionamento político e atuação no Partido dos Trabalhadores. Segundo a deputada, a adolescente de 16 anos teve fotos manipuladas e divulgadas em grupos. Nas imagens, a menina aparece com cigarros de maconha, quase sem roupas e com sinais de automutilação.

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Os deputados Jorge Solla (PT-BA) e Wadih Damous (PT-RJ) já declararam que vão protocolar denúncia contra Wladimir Costa e que vão colaborar com a representação. 

O deputado Wladimir Costa (SD-PA) divulgou uma nota nesta quinta-feira (10) criticando a denúncia de que ele teria assediado uma jornalista no dia da votação da admissibilidade da queixa contra o presidente Michel Temer (PMDB) de corrupção passiva. No texto, o parlamentar chama a acusação de “caluniosa” e enumera críticas contra a repórter Basília Rodrigues que, segundo o deputado, insistiu para que ele mostrasse a tatuagem temporária quem fez em homenagem a Temer. 

Para Costa, como é popularmente chamado, a jornalista fez uso “malicioso” de uma “frase simples solta no ar” e que ela já tinha a pretensão de acusá-lo de algo. Ao responder o pedido da repórter de ver a tatuagem no braço, o deputado disparou : “pra você, só se for o corpo inteiro”. Basilia detalhou o episódio em uma publicação nas redes sociais. Wladimir chamou o fato de “corriqueiro”, disse que o relato da repórter foi “cheios de mimimis”, “desnecessários” e  que não condiz “com a veracidade dos fatos”. 

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“O meu jeito sempre foi meio despojado e brincalhão no decorrer de todas as minhas entrevistas, no entanto, não há nada que desabone a minha conduta moral e ética, principalmente a algo correlacionado à assédio. Contudo, é inadmissível alguém vir em suas redes sociais e me chamar de idiota várias vezes no seu “Textão” [sic], por conta de algo de tal intensidade impessoal, corriqueiro, me ofendendo de maneira tão vulgar e caluniosa”, diz a nota.

No texto, Wladimir ainda questiona o profissionalismo da jornalista e dispara contra deputados que o acusaram e justifica que o fato se deu por uma espécie de exaustão após “dias e dias dentro de uma plenária em clima de guerra”. 

Assista ao texto na íntegra:

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A declaração de amor ao presidente Michel Temer na forma de uma tatuagem na pele do deputado Wladimir Costa (SD-PA), conforme se desconfiava, saiu com água e sabão. "Sumiu. Não existe mais", disse o parlamentar nesta quarta-feira, 9, quando procurado pela reportagem para responder sobre a representação do qual é alvo no Conselho de Ética da Câmara, por assédio a uma jornalista que pediu para ele mostrar a tatuagem.

Até então Costa jurava que era definitiva a homenagem ao presidente, feita no final de julho, pouco antes da votação da admissibilidade da denúncia contra o presidente na Câmara e que lhe ameaçava a permanência no cargo. Na ocasião, o deputado disse que havia pago R$ 1,2 mil pela tatuagem - definitiva, segundo ele. Chegou a dizer que tinha doído fazer o desenho: uma bandeira do Brasil e o nome "Temer" embaixo.

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Segundo o deputado, ele estava bêbado quando fez a "tatuagem". "Ele (tatuador) estava simulando que estava furando e não estava, porra. Ele estava simulando. E eu estava tomando cachaça com jambu, que é a nova moda no Pará, e não estava sentindo nada. Eu estava achando que estava (tatuando) e não estava", justificou.

Aos risos, o parlamentar disse que vai processar o tatuador. Mas, questionado se a fidelidade a Temer havia diluído com água e sabão, voltou a falar sério. "Não, não. Ali eu morro agarrado".

Confira a entrevista:

A tatuagem sumiu? Como assim? Não era definitiva?

Sumiu. Não existe mais. Vou pedir ressarcimento ao tatuador. Estou entrando agora com uma ação contra o tatuador porque ele vai ter que devolver meu dinheiro.

Então era mesmo de henna!

Pois é. Ele fez de henna e eu estava bêbado e não sabia.

Que história, hein?

Do c... (risos)

Mas o senhor chegou a dizer que doeu. Tatuagem de henna não dói.

Ele (tatuador) estava simulando que estava furando e não estava, p... Ele estava simulando. E eu estava tomando cachaça com jambu, que é a nova moda no Pará, e não estava sentindo nada. Eu estava achando que estava (tatuando) e não estava.

E a fidelidade a Temer, saiu com água e sabão também?

Não, não. Ali eu morro agarrado.

O PSB entrou nesta quarta-feira, 9, com uma representação contra o deputado Wladimir Costa (SD-PA) no Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro parlamentar, após suposto assédio contra uma jornalista. A ação foi encampada pelo deputado Júlio Delgado (PSB-MG).

Costa ganhou destaque nacional após declarar que votaria contra a denúncia apresentada contra o presidente Michel Temer e exibir uma tatuagem com o nome dele no ombro. Na semana passada, Temer jantou com deputados da base aliada na véspera da votação da Câmara. Na ocasião, a jornalista Basília Rodrigues, da rádio CBN, pediu que o deputado do SD do Pará mostrasse a marca feita em homenagem ao presidente, uma vez que havia dúvidas se o desenho era definitivo ou se tratava de uma tatuagem temporária.

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Na frente de outros repórteres e deputados, Costa respondeu: "Pra você, só se for o corpo inteiro". Em seguida, após ser perguntado, novamente, por Basília, o deputado do SD disse: "Eu tenho várias tatuagens no corpo inteiro, amor". Ela relatou o caso nas redes sociais e disse que, na ocasião, vários deputados pediram desculpas a ela e ficaram constrangidos com a resposta de Costa.

Após a repercussão do caso, o deputado paraense voltou a fazer ataques contra Basília no Facebook e disse que jamais poderia ser acusado de assédio, pois "basta ver as fotos da mesma e todos irão ver que ela foge totalmente dos padrões estéticos que, supostamente, despertaria algum tipo de desejo em alguém".

Na peça, o PSB alega que Costa "cometeu ataques morais e de flagrante desrespeito" contra a jornalista e destaca que ela se dedica há mais de dez anos a coberturas políticas e do Judiciário em Brasília. O partido também afirma que "a atitude vexaminosa e reprovável do deputado, além de ofensiva à profissional e cidadã Basília Rodrigues, expôs a Câmara dos Deputados e contribui para a deterioração da sua imagem institucional perante a sociedade, ocasionando uma quebra de confiança e credibilidade nas instituições democráticas".

De acordo com a legenda, Costa teve uma "postura jocosa e machista" e "praticou atos de discriminação de gênero contra a jornalista, evidenciando nítido machismo e misoginia, o que fere a ética e o decoro parlamentar". Na peça, a sigla pede para que a representação seja analisada "para aplicar punição cabível e na exata extensão das condutas praticadas pelo deputado".

Procurado, o deputado disse que a ação foi movida pela agremiação porque Delgado tem "problemas pessoais" contra ele. Segundo Costa, eles protagonizaram diversos embates tanto no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara como em outras comissão da Casa.

O deputado do SD também rechaça a acusação de que tenha assediado Basília. "Eu não tenho uma tatuagem, eu tenho várias, eu tenho sete tatuagens. O fato de dizer 'Pra você, eu mostro tudo' e ainda em tom de brincadeira... Eu não disse 'Pra você, eu fico nu, eu fico despido, eu fico pelado'. Eu não usei esses termos. Aí, não há quebra de decoro e muito menos assédio", disse.

O deputado Wladimir Costa (SD-PA), conhecido por ter feito uma tatuagem no ombro escrito "Temer", foi um dos parlamentares que foram recebidos nesta quinta-feira, 3, no gabinete do presidente Michel Temer "por 20 minutos", no dia seguinte à vitória do peemedebista na votação na Câmara que barrou a denúncia por corrupção passiva. Na saída, Wladimir Costa se contradisse ao afirmar que Temer "vai para o enfrentamento" e também "pacificar a base".

"Ele está muito entusiasmado, feliz, falou dos projetos do País, das reformas (...) que não vai se intimidar e que vai para o enfrentamento", afirmou.

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Durante a sessão na Câmara, o deputado foi flagrado pedindo "nudes" de uma mulher - uma jornalista, segundo ele - pelo WhatsApp, além de ter protagonizado um dos momentos de confusão na votação ao levar um pixuleco para o plenário. O boneco inflável com a caricatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acabou esvaziado pela mordida do deputado Paulo Teixeira (PT-SP).

Aos 53 anos, no quarto mandato na Câmara, Wlad, nome com o qual se tornou popular como vocalista de banda de tecnobrega e locutor de rádio em Belém, integrava a tropa de choque de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) quando, na última hora, diante da derrota certa, votou pela cassação do mandato do ex-presidente da Casa.

A linguagem coloquial do tempo de camelô e locutor de bancas do mercado Ver-o-Peso, em Belém, impulsionou Wlad a um posto de puxador de votos. Ganhou a primeira eleição com 160 mil votos, só perdendo para o então padrinho político, Jader Barbalho. Após desentendimentos, deixou o PMDB em 2014.

'Outsider'

Um parlamentar da bancada paraense na Câmara avalia que Wlad construiu uma carreira singular, apostando na figura de "outsider" da política. Composição de músicas em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré, festas de aparelhagem e distribuição de churrasquinhos nas favelas de Belém garantiram a popularidade, mas o deputado recorreu às mesmas fontes de financiamento de outros políticos nas eleições.

O frigorífico Mercúrio, da marca Mafripar, do pecuarista e industrial João Bueno, foi seu principal financiador privado. Em 2014, a empresa repassou R$ 170 mil para a campanha do deputado. Procurada, a companhia disse que comentaria ainda nesta semana a ajuda legal ao parlamentar.

Mas por causa de supostos recursos não contabilizados, Wlad teve problemas com a Justiça Eleitoral. Em 2016, o Tribunal Regional Eleitoral cassou seu mandato por caixa 2. Ele recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que ainda não julgou o caso.

Enquanto isso, o deputado coleciona atuações polêmicas na Câmara. Habituado ao discurso antipetista, na votação do impeachment de Dilma Rousseff na Câmara, em abril do ano passado, Wlad soltou, na tribuna, uma bomba de confetes usadas em aniversários.

Celular

Nesta quinta-feira, 3, o deputado tentou justificar a troca de mensagens pelo celular. Na versão de Wlad, a jornalista insistia para que ele tirasse a camisa e exibisse a sua tatuagem em plenário. O parlamentar teria respondido que se ela achava o pedido correto para uma profissional deveria, então, mostrar "o bumbum, as pernas, mostra tudo".

Após as declarações, já na saída do Planalto, Wlad deixou cair cédulas de dinheiro e brincou com a câmera da reportagem: "Deputado está tão pobre que só cai nota de R$ 50". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Conhecido nos últimos dias pela tatuagem em homenagem a Michel Temer, o deputado Wladimir Costa (SD-PA) fez um discurso inflamado em defesa do presidente da República. "Temer não vai apoiar safadezas porque é um governante decente", disse o parlamentar que foi o primeiro a discursar na sessão de debates que antecede a votação.

Na tribuna, o deputado disparou contra vários grupos. Costa criticou desde os institutos de pesquisa até a oposição. "O Ibope não tem moral", disse o deputado, ao comentar pesquisas de popularidade de Temer. "No Pará, eu digo que Temer tem aprovação de mais de 80%." Enquanto disparava contra a oposição, Costa defendeu que "quem é Temer até tatua o nome dele aqui no ombro". Costa foi um dos deputados beneficiados pela liberação de verbas pelo Palácio do Planalto para emendas parlamentares nas últimas semanas.

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O discurso inflamado do deputado gerou reação curiosa da oposição. Alguns parlamentares riram do comportamento de Costa enquanto outros pediam que o deputado do Pará exibisse a tatuagem famosa nos últimos dias. No plenário, alguns colegas faziam sinais com as mãos que imitava uma garrafa sendo bebida.

Em seguida, Mauro Pereira (PMDB-RS) também fez a defesa de Temer. Com discurso mais contido, o parlamentar gaúcho defendeu a reação da economia e defendeu que a manutenção do governo Michel Temer permitirá que o quadro melhore ainda mais nos próximos meses.

Um dos precursores da tatuagem de henna para o Brasil, o tatuador Frederick Nacimento, garantiu que a suposta homenagem que o deputado federal Wladimir Costa (SD), que teria tatuado no seu ombro o nome de Temer juntamente com a bandeira do Brasil, é de henna. A declaração foi feita durante entrevista ao Estadão. 

"Eu conheço uma tatuagem de longe. É só ver pela foto. Tem uma mancha na letra "r", um borrão. Não tem como ser de verdade. Acho que vocês nunca mais vão ver o deputado sem camisa", disse. 

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Frederick também negou que a tatuagem tenha sido feito em seu estúdio, já que o parlamentar afirmou que fez a "homenagem" em um local chamado "Mundo da Tatto". "Não, não fiz. Se esse senhor tiver divulgado em algum lugar nosso nome iremos procurá-lo e exigiremos uma retratação imediata", falou. 

Mais cedo, Wladimir justificou a polêmica decisão afirmando que era "admirador nato" de Temer. "Sou amigo dele há quase 16 anos. Nesse momento, que tentam derrubar ele a qualquer custo, é minha forma de mostrar que parceiro que é parceiro derrama até a última gota de sangue", chegou a dizer. 

Conhecido pelas polêmicas que lançou durante a votação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) a respeito da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), o deputado federal Wladimir Costa (SD-PA) decidiu marcar para sempre o apoio a Temer. O parlamentar fez uma tatuagem no ombro direito com o nome do presidente, a qual afirma ser permanente. "Paraense não é de se arrepender não", disse Costa. A tatuagem, finalizada na última sexta-feira (28), custou R$1.200 em seis vezes no cartão, disse o parlamentar.

"Cada um com suas paixões. Não tem gente que tatua Che Guevara, Fidel Castro, o presidente da Coreia? Todos falsos socialistas usando (relógio da marca) Rolex?", afirmou Wladimir Costa à reportagem.

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"Sou admirador nato (de Temer), sou amigo dele há quase 16 anos. Nesse momento, que tentam derrubar ele a qualquer custo, é minha forma de mostrar que parceiro que é parceiro derrama até a última gota de sangue".

Wladimir, que se diz "confiante na vitória do governo" na próxima quarta-feira, quando está prevista a votação sobre a denúncia, disse que pretende mostrar a tatuagem no plenário, após seu voto. "Até porque eu tenho um corpo belíssimo", disse.

Ainda segundo o parlamentar, "a dor valeu a pena" e até planeja fazer uma próxima, dessa vez na costela. "Quero escrever 'Temer, o único e verdadeiro estadista do Brasil'". O parlamentar disse, ainda, que sua mulher se emocionou ao ver o resultado. "Ela é fã de Temer. É formada em Direito e é grande leitora dos livros do presidente. Mas, se ela quiser tatuar o nome dele, eu não deixo".

O parlamentar disse que ainda não mostrou ao presidente sua homenagem. "Não fiz para ele, fiz para mim. Queria que a minha tatuagem fosse maior que a da Marcela (Temer, mulher do presidente, que tem uma tatuagem no pescoço com seu nome)", afirmou.

O deputado Wladimir Costa (SD-PA) chamou o relator da denúncia contra o presidente Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Sergio Zveiter (SD-PA), de "burro" e "incompetente" e classificou o parecer dele como "sofrido". Diante das ofensas, o presidente do colegiado, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), chegou a suspender o som do microfone de Costa por alguns minutos e pediu que ele respeitasse os outros parlamentares.

A fala também gerou um princípio de confusão na sessão entre outros deputados, que também foram criticados nominalmente por Costa. "Lavem a boca para falar mal do presidente Michel Temer", bradou Costa. Ao longo de sua fala, o parlamentar saiu em defesa do presidente e afirmou que a denúncia contra ele não apresenta "provas mínimas".

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A reunião do Conselho de Ética voltada para colher o depoimento do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi marcada por tumulto e gritaria envolvendo aliados de Cunha. Em determinado momento, a reunião chegou a ser interrompida, após um bate-boca iniciado pelo deputado Wladimir Costa (SD-PA), aliado de Cunha, ter atacado o deputado Julio Delgado (PSB-MG).

Costa, que é do mesmo partido do deputado Paulo da Força (SD-SP), defendeu Cunha, afirmando que não estava provado que o presidente afastado da Câmara mentiu na CPI da Petrobras sobre ter contas na Suíça, e que se o conselho tivesse que cassar Cunha também teria que cassar o mandato de Delgado (PSB-MG).

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“Se for tratar de mentira, o nobre e atuante parlamentar, falando que não recebeu dinheiro da UTC, que não recebeu dinheiro da Lava Jato”, disse Costa, que acusou Delgado de ter recebido R$ 100 mil reais, com base na delação do dono da empresa, Ricardo Pessoa. “”Se for realmente ter que cassar o Eduardo Cunha por mentir em CPI, vamos ter que cassar uma pessoa que eu não quero, eu antecipo”, emendou.

Houve tumulto, e o presidente do colegiado, José Carlos Araújo, pediu ordem e disse que o representado no colegiado é Cunha, e não Delgado. “Que moral o senhor vai ter para cobrar de alguém? Se eu fosse o senhor, alegava a sua suspeição, saía logo daqui para contratar um advogado”, continuou Costa. ”Olhe a sua trajetória aqui, quem é vossa excelência, é um absurdo ter que ouvir isso”, rebateu Delgado.

Após outros deputados terem questionado Cunha, Delgado tomou a palavra e se defendeu. “Eu não recebi dinheiro da UTC, reafirmo isso aqui. Não recebi dinheiro na minha conta”, disse, mostrando as prestação de contas de sua campanha.

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O deputado lembrou que a denúncia foi alvo de investigação da Polícia Federal e do Ministério Público, que pediu o arquivamento da investigação na última semana. “Fui alvo de uma investigação em que o titular foi o Ministério Público e pelo procurador, que acabaram pedindo o seu arquivamento”, disse. “É totalmente infundada essa tentativa de nos constranger a respeito de nossa conduta”, concluiu.

Antes, outro aliado de Cunha, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) também causou tumulto, após ter criticado os questionamentos do deputado Betinho Gomes (PSDB-PE). O deputado questionou Cunha sobre o fato de o Ministério Público da Suíça ter aberto investigação contra Cunha. “Diante do que informou o MP da Suíça, de que Cunha e sua mulher são donos de quatro contas no banco Julius Baer, não resta dúvida de que elas deveriam ser declaradas [no Imposto de Renda]”, disse.

O deputado Marun também disse que Cunha mentiu na CPI ao afirmar não conhecer o empresário, Fernando Soares, o baiano. Em depoimento no Conselho de Ética, Baiano disse ter entregue R$ 4 milhões no escritório de Cunha, fruto de propina envolvendo o esquema investigado na operação Lava Jato. “Ele [Baiano] fala claramente que entregou recursos de operação feitas na Petrobras, e que estão sendo investigados na Lava Jato”, disse Gomes. “Para mim, isso deixa claro que fica passível a conduta de falta de decoro parlamentar”, acrescentou.

A reunião foi interrompida por Marun, que contestou a fala de Gomes. “Eu não tenho a obrigação de escutar algo que eu não considero verdade”, disse. “Tem sim, deputado, o senhor tem que escutar com respeito o que os outros deputados falam”, rebateu Gomes.

Logo no começo da sessão, que começou às 9h37, o deputado Laerte Bessa (PR-DF) e Ivan Valente (PSOL-SP) trocaram ofensas. Apesar do incidente, a sessão continuou. Posteriormente, a assessoria de Ivan Valente disse que o deputado pediu ao relator esclarecimentos técnicos sobre truste quando foi xingado pelo deputado Laerte Bessa. Em resposta, Ivan Valente se dirigiu ao deputado com um "cala a boca, imbecil". O depoimento de Cunha segue no Conselho de Ética.

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