Tópicos | 2002

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), em Brasília (DF), manteve a sentença da Justiça Federal no Pará que condenou a Rede Brasil Amazônia de Televisão (RBA) e Wladimir Afonso da Costa Rabelo a pagar, cada um, indenização no valor de R$ 50 mil por danos morais coletivos pela exibição de imagens de uma criança falecida.

A decisão foi noticiada pelo TRF1 na última sexta-feira (15). O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou a ação em 2005, após o programa Comando Geral, apresentado e veiculado pelos respectivos réus, ter exibido as imagens.

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Na apelação, a RBA alegou não ter praticado ato ilícito, afirmando que possui o dever de informar os espectadores, e pediu a nulidade da sentença, por acreditar que caracterizava violação de liberdade de imprensa. Entretanto, para a 6ª Turma do TRF1, a veiculação de imagens de restos mortais de criança vítima de atropelamento de maneira sensacionalista e desnecessária ao fato que se pretendia noticiar configura abuso à liberdade de expressão e viola o disposto no artigo 221, inciso IV, da Constituição Federal, ocasionando danos morais coletivos.

O relator do caso compreendeu, ainda, que houve ato ilícito por parte de Wladimir Costa, que comandava o noticiário, por poder impedir a apresentação das imagens chocantes, mas optou por exibi-las, mesmo sendo desnecessárias para a informação que pretendia repassar aos seus espectadores. Assim, também, a RBA praticou ato ilícito, já que, na condição de contratante do primeiro réu, é responsável objetivamente pelos atos por ele praticados na consecução dos serviços contratados.

O relator do processo no TRF-1 assegurou que a notícia poderia ter sido transmitida de maneira diferente, sem precisar mostrar os restos mortais da vítima. “Era suficiente a filmagem da mãe da falecida em momento de desespero, com o corpo da vítima coberto ao fundo. O que importava realmente informar era o descaso das autoridades públicas e a imprudência do motorista responsável pelo acidente, sendo bastantes para tanto as entrevistas com as pessoas que se encontravam no local.”

O TRF1 também ressaltou a competência do MPF para atuar no caso, pois trata-se da promoção da ação civil pública no intuito de proteger os interesses de natureza difusa, além de existir interesse federal na fiscalização do conteúdo do que é exibido pela emissora. A legitimidade do órgão havia sido contestada pelos réus.

A indenização fixada em R$ 50 mil não sofreu alteração, apesar de o MPF ter pedido que o valor fosse maior. O tribunal reiterou que esse é o valor compatível com parâmetros jurisprudenciais.

Relembre o caso – Em 2002, uma criança de 11 anos foi morta em um acidente de trânsito. O fato foi noticiado no programa Comando Geral, que tinha como apresentador Wladimir Costa e era transmitido pela emissora RBA. As imagens exibidas na matéria mostravam, de maneira aproximada e nitidamente, os restos mortais da criança.

A reportagem foi exibida pelo programa no dia 11 de dezembro daquele ano e reprisada no dia seguinte, na mesma emissora.

O caso fez o MPF entrar na Justiça Federal no Pará com ação civil pública contra a emissora e o apresentador. Em 2009, a sentença parcialmente procedente condenou cada um dos réus a pagar indenização de R$ 50 mil por danos morais difusos.

Da assessoria do MPF

A atriz Patrícia Pillar se posicionou, em entrevista publicada pelo Globo neste domingo (25), sobre a polêmica declaração dada pelo então candidato à Presidência da República Ciro Gomes em 2002. Na ocasião, o político - então casado com Patrícia - afirmou que o papel dela na campanha era 'dormir com o candidato'.

A fala de Ciro atingiu em cheio sua pretensão ao planalto. Agora, em 2018, ele é novamente pré-candidato a presidente e, 16 anos depois, continua a dar explicações sobre a declaração infeliz.

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"Convivi 17 anos com ele e ele nunca foi machista", afirmou Patrícia Pillar. Ela diz que a pergunta era feita repetidamente ao candidato de forma provocativa: "Ele já tinha respondido que eu era sua companheira, que conversávamos sobre tudo, porque era isso mesmo, compartilhávamos um projeto de Brasil. Mas aí perdeu a paciência e deu aquela resposta infeliz", completa a atriz.

Ela ainda garante que, apesar de o 'panoramar ainda estar indefinido', "Não há a menor chance de o meu voto não ser dele". Na entrevista, Patrícia conta que Ciro Gomes pediu desculpas imediatamente pelo que disse, e que o 'compreendeu imediatamente' e desculpou o político.

A atriz está gravando a série 'Onde nascem os fortes', que será exibida na Globo.

Convocado como testemunha de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-mandatário Fernando Henrique Cardoso prestou depoimento hoje (12) à Polícia Federal e alegou que a compra de caças suecos foi decidida durante o seu governo (1995-2002).

Em videoconferência, FHC disse que a negociação não foi concluída para não "onerar" o próximo presidente, mas que a escolha já tinha sido feita. O depoimento acontece como parte do processo em que Lula é acusado de ter feito tráfico de influência na compra de caças para a Força Aérea Brasileira e na edição de uma medida provisória que instituía benefícios fiscais para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

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A medida provisória foi editada por FHC em 1999 e prorrogada pelo petista. Além disso, durante seu mandato, o tucano fez o programa FX sobre os caças. Logo depois, Lula rebatizou o projeto de FX2. "No meu período de governo já havia uma demanda da força área que renovássemos a frota. No final de um longo processo, eu me lembro que a Aeronáutica era favorável pelos caças suecos.

Como já estávamos se aproximando do fim do meu mandato, não quis fazer uma compra, que seria paga pelo governo seguinte", disse o ex-presidente, durante o depoimento.

Segundo FHC, a Força Aérea escolheu os caças de modelo Gripen sueco porque eles poderiam transferir tecnologia para o Brasil, que em longo prazo poderia produzir as aeronaves.

Na mesma audiência, o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, que ficou à frente da pasta durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, também prestou depoimento.

Cardozo falou sobre a suposta influência de Lula sobre Dilma no caso dos caças suecos. De acordo com o ex-ministro, ela nunca cedeu a algum tipo de situação que não fosse estritamente republicana".

"A presidente Dilma tinha uma característica de não permitir opiniões de gerenciamento político, inclusive regia muito mal quando alguém tentava dizer alguma coisa do ponto de vista político. Razão pela qual em várias vezes diziam que ela não tinha habilidade política", afirmou. 

A apreciação do recurso impetrado pela deputada federal Luciana Santos (PCdoB), sobre a rejeição das contas da Prefeitura de Olinda em 2002, quando ela administrava a gestão, foi adiada para a próxima quarta-feira (27). O processo estava na pauta de julgamentos do Tribunal de Contas do Estado (TCE) desta quarta (20), mas foi retirado pelo relator Marcos Nóbrega, instantes antes da sessão iniciar. 

De acordo com informações do órgão, Nóbrega justificou a retirada da pauta alegando ter dúvidas sobre itens do processo. Entre as irregularidades que ocasionaram a rejeição das contas está o não cumprimento da norma constitucional que destina 25% do orçamento municipal para a educação.

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A prestação de constas da comunista foi rejeitada em 2010 e, desde então, vem tendo a decisão final protelada por recursos e pedidos de vista. Caso o recurso não seja acatado, a deputada federal pode ficar inelegível. Luciana Santos tem o nome cotado para voltar a disputa pela Prefeitura de Olinda este ano. 

 

O índice de satisfação do usuário referente a 2012, divulgado hoje (6) pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), mostra uma piora na avaliação dos serviços prestados pelas concessionárias, em comparação com a última pesquisa feita em 2002. A nota dada pelos clientes ao serviço de telefonia celular pós pago foi 53,7 (em uma escala de 0 – muito insatisfeito – a 100 – muito satisfeito), ante a nota de 71,4 dada em 2002.

Para o serviço de telefonia celular pré pago, a nota foi 60, na pequisa atual, e 77,5 em 2002. De acordo com a Anatel, a partir da nota 62,5 o usuário pode ser considerado satisfeito com o serviço.

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Em relação à telefonia fixa residencial, a nota foi 58,9 contra 72,1 da em 2002 . A telefonia fixa não residencial recebeu avaliação 60, ante a nota 77,5 dada pelos usuários há dez anos.

O serviço de telefonia pública (orelhões) foi o pior avaliado: recebeu nota 19,4, muito abaixo da avaliação de 2002 (44,6). Já o serviço de TV por assinatura via satélite foi um dos melhores avaliados: obteve nota 72,2, melhor que na avaliação de 2002 (71,6).

A TV por assinatura via rádio recebeu nota 60,7, ante 72 da pesquisa de 2002. A TV por assinatura a cabo foi avaliado com a nota 56,5 ante nota de 68,2 em 2002. A pesquisa foi feita com base em cerca de 200 mil entrevistas 

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