O senador pernambucano Cristovam Buarque (PPS), que chegou a ser chamado por muitos de “golpista” por ter votado a favor do impeachment da então presidente Dilma Rousseff, começou a semana falando sobre um desejo: o de ser presidente do Brasil. Por meio do seu Facebook, ele compartilhou uma reportagem ao A TARDE, no qual conta que, caso conseguisse vencer o pleito, irá se dedicar para recuperar a confiança no Brasil.
No entanto, o PPS ainda não tem um candidato lançado. “Eu tenho vontade e sinto quase um constrangimento para ser [candidato] diante do quadro que o Brasil atravessa e dos discursos dos outros candidatos”, contou. O senador, durante a entrevista, falou que o presidente da legenda, Roberto Freire, afirmou que o PPS não está pronto para lançar um nome e destacou que não existe isso de pré-candidato. O diretório também decidiu, de acordo com ele, que quem achar que pode participar do pleito pode se lançar sem a “benção” da sigla.
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Cristovam Buarque, questionado se ele seria uma opção entra os pré-candidatos já postos Jair Bolsonaro (PSC) e Lula (PT), relembrou que já foi candidato contra Lula, Heloísa Helena e Alckmin em 2006. “Eu disputei com eles e tive 2,5% dos votos, o que justifica hoje eu ser candidato. Sinto uma obrigação e um desejo”, ressaltou também frisando que sente um “vazio” de propostas para o país.
“É preciso alguém que traga coesão e o primeiro item para retomá-la é um presidente que, desde o primeiro dia, faça com que os políticos deem exemplos de tal maneira que a população se sinta identificada, solidária com seus líderes. Isso se faz acabando com as mordomias, os privilégios; construindo um governo de transparência nas relações com o Legislativo e com o Judiciário; definindo prioridades responsáveis, sem demagogia. Além disso, o próximo presidente tem que trazer rumo. Não pode ser como o atual é, preocupado com o imediato. Embora duas coisas do Temer eu acho que acenam para um rumo: as reformas trabalhista e da previdência”, declarou.
Questionado sobre o que diria para convencer os eleitores a votar nele, Cristovam foi breve: “Eu vou me dedicar para recuperar a confiança no Brasil, que é um grande país, a partir de confiarem nos líderes desse país, entre os quais eu quero estar. E, pra mim, o caminho disso é retomar a coesão, definir um rumo e usar a educação do pobre tão boa quanto a educação do rico como sendo o melhor caminho para um Brasil que desejamos. Ganhei seu voto?”, indagou o senador.
Ele falou que não será candidato, caso o PPS não quiser, nem candidato a governador do Distrito Federal e nem vice-presidente. “Não tenho nem um pouquinho de predisposição de ser vice porque estou querendo levar um projeto. Vice não leva projeto”.