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Na semana passada, o noticiário nacional foi tomado por um novo escândalo de corrupção. Dessa vez, envolvendo um Senador da República, Vice-Líder do Governo. Pela sua gravidade - já que se tratava de recursos desviados do combate à pandemia, e pela sua feição tragicômica – já queo dinheiro estava escondido na cueca, o caso foi amplamente comentado pela grande imprensa e “viralizou” nas redes sociais, causando extrema perplexidadee muito deboche. Um caso eloquente quando se reflete sobre a natureza humana. Um exemplo do quanto um homo sapiens pode ser pequeno, desprezível, ridículo.

Pois bem. Na mesma semana, aqui, no Hospital Universitário Oswaldo Cruz, uma adolescente transplantada de fígado há sete anos, foi internada com complicações sistêmicas e recebeu o diagnóstico clínico de Covid. O caso era grave. Já no início do seu atendimento, apresentou parada respiratória sem que houvesse nas proximidades equipamentos de ventilação manual ou mecânica. Então, um jovem cirurgião da minha equipe de transplante, sem vacilar um minuto sequer, iniciou imediatamente as manobras de ressuscitação por meio de respiração boca a boca. Os procedimentos surtiram efeito, a menina foi levada à UTI, se recuperou e recebeu alta três dias depois. Um exemplo também eloquente. Do quanto um homo sapiens pode ser grande, destemido, heroico.

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O médico, que prefere o anonimato, não tinha tido infecção pelo Covid ainda. Portanto, sabia que não estava imunizado e que a severidade da doença tende a ser proporcional à carga infectante, provavelmente altíssima nessa forma de contágio. Aguarda o final do período habitual de incubação do vírus para saber se terá ou não a doença e, caso tenha, com que nível de gravidade. Mas está tranquilo. Sentindo muita paz interior. Paz divina. Transcendental. Um sentimento certamente desconhecido por parte de Sua Excelência o Senador.

Cláudio Lacerda – cmlacerda1@hotmail.com

Cirurgião. Professor da UPE e da Uninassau.

Vice-líder do governo na Câmara Federal, o deputado Silvio Costa (PTdoB) rebateu, nesta sexta-feira (4), o posicionamento do PSB em oficializar a postura oposicionista à gestão do PT no mesmo dia em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi o principal foco da Operação Lava Jato. Para o parlamentar, o anúncio do segmento é de “muito cinismo e cara de pau” já que a legenda esteve no leque de alianças durante os dois governos de Lula e também teve o nome de líderes, como Eduardo Campos e o senador Fernando Bezerra Coelho, citados por delatores da Lava Jato. 

“Comportamento oportunista e covarde do PSB. Eles não têm ética nem moral para agredir a presidente Dilma e o presidente Lula. Todo o Brasil sabe que Pernambuco lamentavelmente é um dos epicentros da Lava Jato, por causa do PSB. É muito cinismo e muita cara de pau neste momento querer dar lição de ética no Brasil”, cravou, durante a coletiva de imprensa convocada pelo PT estadual. 

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Costa acusou o governador e vice-presidente nacional da sigla socialista, Paulo Câmara, de ingratidão e insinuou que se Campos estivesse vivo não assinaria a nota divulgada hoje pela legenda. “Acredito que o ex-governador Eduardo Campos não iria assinar uma nota desta. Todo mundo sabe que desde o primeiro mandato do PSB, em 2007, foi o presidente Lula que alavancou o desenvolvimento de Pernambuco”, lembrou. “Nunca vi tamanha ingratidão numa vida pública”, acrescentou. 

Dilma convidou Lula para ser ministro

Sobre a condução coercitiva do ex-presidente para depor na sala da Polícia Federal no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, o vice-líder do governo contou detalhes sobre a participação de Lula nos empreendimentos do Guarujá e no Atibaia. Além disso, o deputado afirmou que uma das provas da inocência de Lula é a negativa dele ao convite da presidente Dilma Rousseff (PT) para ser ministro de estado. 

“No ano passado, antes de Michel Temer ser convidado para a articulação política do governo, Dilma insistiu para ele o presidente Lula fosse para o governo e virasse ministro dela. Primeiro, se o presidente Lula tivesse alguém link, alguma esfinge que o ligasse a Lava Jato aceitaria ser ministro para ganhar imunidade e ter foro privilegiado, ele não aceitou o pedido de Dilma. O segundo ponto, eu confio, eu confio, eu confio no presidente Lula. Ele é um homem digno”, bradou dizendo que o tríplex no Guarujá não pertence ao petista.

Para Costa, “não tem juiz no Brasil que prove que aquele prédio é do presidente Lula”. Ele também questionou a “inércia da Justiça e de setores da imprensa” diante das acusações que surgem contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador Aécio Neves, ambos do PSDB. Sob a ótica dele, “há uma seletividade” entre quem deve passar por processos ou não. 

“Não custava nada fazer um convite ou uma convocação normal para depor. Mês passado ele foi depor em Brasília para a Zelotes. O que custava? A ausência dele em São Paulo?”, questionou. 

O deputado disse ainda que Lula deve sair mais forte destas investidas contra ele. “É na dificuldade que a alma cresce. Algo está me dizendo que este era o momento de entrar para o PT”, brincou. “Lula vai sair muito maior deste processo”, acrescentou. 

Confira as declarações de Silvio Costa:

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Prestes a desembarcar no Recife, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) pediu aos membros do movimento Direita Pernambuco - adeptos ao deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) - que evitem embates com o vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, Silvio Costa (PSC), que chegará a capital pernambucana no mesmo voo que eles. 

"O deputado Silvio Costa chegará no mesmo voo que nós. Peço encarecidamente que o ignorem. Sem hostilidade nem vaias, ele vai adorar se conseguir chamar a atenção e ter espaço para nos taxar de violentos e etc. É capaz de taxar os próprios nordestinos de 'nordestinofóbicos'", diz uma publicação no grupo "Bolsonaro em Recife". 

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Bolsonaro vem ao estado para participar de uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), nesta sexta (6), sobre a conjuntura política nacional e o estatuto do desarmamento. O encontro, marcado para às 8h30, está sendo articulado pelo deputado estadual Joel da Harpa (PROS). 

Defensor ferrenho da gestão da presidente Dilma Rousseff, apesar de compor um partido majoritariamente de oposição, o deputado federal Silvio Serafim Costa (PSC) concedeu uma entrevista exclusiva ao Portal LeiaJá. Vice-líder da bancada governista da Câmara dos Deputados, o pernambucano avaliou a conjuntura nacional e pontuou que “90% da oposição tem agido com irresponsabilidade” diante das estratégias da gestão para melhorar o atual quadro político e econômico.   

Além disso, durante a conversa com a nossa reportagem, ele admitiu que as medidas do ajuste fiscal são consequências, por exemplo, das desonerações concedidas durante o primeiro mandato da petista. No entanto, o deputado encarou com otimismo a votação da CPMF no Congresso e pontuou que esta “é a única saída” mais uma vez. 

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Confira a entrevista completa:

LeiaJá - Desde 1992, o senhor cumpre cargos eletivos. Como avalia o cenário político e econômico atual?

Silvio Costa (SC) - A economia mundial tem um movimento ondulatório. Observe que, por exemplo, a China já cresceu 12% ao ano e agora a previsão é de crescer 7%. No primeiro mandato da presidente Dilma, a Europa passou por uma crise terrível. Neste momento, o Brasil está passando por um problema de fluxo de caixa e isso acontece porque no primeiro mandato, em função da crise nos EUA e na Europa, ela [Dilma] fez uma política para manter o emprego e estimular o consumo. Desonerou a folha e o IPI, deixando de entrar nos cofres da União R$ 100 bilhões. A oposição, para fazer demagogia, junto com parte do governo, acabou com a CPMF [em 2007]. O Brasil perdeu mais R$ 60 bilhões. Então só de uma pancada, no primeiro mandato, deixaram de entrar nos cofres públicos R$ 160 bilhões, por isso a presidente Dilma está sinalizando agora a necessidade de votar o ajuste fiscal. Quem tem responsabilidade pública, evidentemente, tem que votar a favor do ajuste fiscal. Pois o mandado do presidente da República é finito, dura quatro anos, mas o país não tem prazo. O país é muito maior do que qualquer mandato de presidente. 

LJ - Essas medidas do ajuste fiscal vão ajudar na retomada do crescimento do país?

SC - Para fechar a conta do país precisamos de um incremento de R$ 60 bilhões. Como é que você consegue resolver o problema de fluxo de caixa? De duas formas: ou cortando custos ou aumentando tributos. A presidente Dilma está cortando custos, por exemplo, ao mexer no Sistema S; está tentando diminuir o número de cargos comissionados e ministérios, questão sem grande relevância no impacto financeiro; e ela não teve outro caminho, lamentavelmente, a não ser a recriação da CPMF. É claro que ninguém gosta de pagar imposto, agora não tem outro caminho para que o país se equilibre financeiramente e retome sua capacidade de investimento. A presidente precisa que o Congresso Nacional tenha um choque de realidade, não siga pelo corporativismo, e aprove essas medidas. 

LJ - Membros da oposição e do governo estão em embate com relação à recriação da CPMF. De que forma a liderança governista vai atuar para conquistar a aprovação de medidas polêmicas essa?

SC - Essa questão me dá a oportunidade de cobrar a coerência da oposição. Primeiro vamos para o PSB, partido do governador de Pernambuco [Paulo Câmara], que disse votar contra a CPMF, mas em Pernambuco aumenta impostos. Então qual é o PSB que o povo tem que acreditar: o de Pernambuco ou o nacional? Segundo, foi o PSDB e o DEM que, durante um momento de dificuldade, criaram a CPMF. Então, qual é o discurso agora deles para não recriar? Quando eles criaram lá atrás não tinha outro caminho a não ser esse. É evidente que a gente sabe que haverá uma dificuldade de aprovar, mas não tenho dúvidas que iremos, pois as pessoas precisam entender que, lamentavelmente, não tem outro caminho. Sei que será um placar duro, por ser uma PEC e a presidente estar mandando como um imposto para poder dividir com os estados e os municípios. E o correto é isso, porque eles também estão com dificuldade. Espero que os governadores e prefeitos ajudem nisso, peçam aos seus deputados. Tem que parar com a arenga e rinha política para pensar no país, no presente e no futuro. 

LJ - A oposição não está pensando na população?

SC - Veja só, 90% da oposição brasileira têm agido de forma irresponsável. Lamentavelmente, eles têm trabalhado contra o país. Mas alguns setores responsáveis da oposição, como [os senadores] José Serra e Aloysio Nunes, já começam a dizer claramente que nós não podemos complicar a vida do Brasil. O país está precisando que a oposição pare de fazer demagogia, pare de ter a fala fácil, desarme o palanque e pense no Brasil. O Serra disse, por exemplo, que não era bom votar os vetos [presidenciais]. A derrubada dos vetos quebraria o país. Eles não podem ter raiva da presidente a ponto de prejudicar o presente o futuro do país. 

LJ - Acredita que a presidente Dilma poderá recuperar a popularidade nacional e a boa avaliação do governo? 

SC - Sou um otimista de plantão e lhe digo que agora no segundo semestre a questão de desemprego vai começar a diminuir. Em dezembro, sempre tem a questão do décimo terceiro e o setor terciário, de serviço, sempre contrata a mais. Na crise, tem alguns setores, por exemplo, onde o emprego cresce. O turismo... Como o dólar está alto, as pessoas não viajam para o exterior, então estimula o turismo interno, com muitos vetores de emprego. Nós vamos ter um processo de desformalização da economia, ou seja, vão surgir muitos empregos informais no turismo, no comércio, gente que perdeu o emprego formando uma empresa pequena. A minha preocupação é com a indústria, sobretudo, a civil. As pessoas estão com medo de comprar imóveis e o construtor não vai ofertar emprego. 

LJ - Apesar do seu otimismo, no último fim de semana a oposição comemorou a conquista de 1 milhão de assinaturas para o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). O senhor acredita que essa mobilização popular, acrescida à pressão da oposição, poderá inflamar o assunto no Congresso Nacional?

SC - Modéstia à parte, eu fiz um discurso criticando a oposição que foram mais de 20 milhões de acessos na internet e nem por isso fiz espuma. A oposição consegue 1 milhão de assinaturas na internet e quer fazer disso uma grande bandeira. O Brasil tem 200 milhões de habitantes. Eles não vão derrubar a presidente Dilma. Em setembro de 1999, o então presidente Fernando Henrique Cardoso tinha 8% nas pesquisas, era o tempo da campanha Fora FHC, e mesmo assim ele terminou o mandato. Eles sabem que a presidente Dilma não vai renunciar e que não há impedimentos jurídicos. Quem pede impeachment, neste momento, está trabalhando contra o país e sendo irresponsável. Só cabe impeachment quando o presidente comete um erro no mandato em exercício. Ela não cometeu nenhum erro, nem cometerá. 

LJ - Dentro do PSC, sua postura crítica é condenada por alguns parlamentares, como o deputado Marcos Feliciano. Ele inclusive pediu sua expulsão da legenda. Como é o seu convívio dentro do PSC nacional?

SC - Quando entrei no PSC, procurei o pastor Everaldo e disse para ele que voto no PT desde 1989, sempre fui admirador do presidente Lula e das políticas adotadas por ele. Disse também que não tem comparação, do ponto de vista social, o governo do PT com as gestões tucanas. Expliquei tudo isso e ele entendeu. Pouco tempo depois, decidiu ser candidato a Presidência da república, mas já sabia das minhas posições. Quando me reelegi, fui convidado pelo ministro Aloizio Mercadante para ser vice-líder do governo, comuniquei ao pastor e ele disse que não tinha dificuldade. Lamentavelmente, somos 13 deputados e 12 estão na oposição, mas eu respeito demais o meu partido. 

LJ - Em um âmbito mais local, o senhor é presidente estadual do PSC. Como a legenda tem se preparado para disputar as eleições de 2016?

SC - O projeto do PSC, que está se estruturando, é ter candidatos a prefeitos em pelo menos 40 municípios pernambucanos.  

LJ - E no Recife, como deve ser a disposição do partido?

SC - Defendo que no próximo ano a oposição tenha várias candidaturas. Nós temos pesquisas internas sinalizando que o Recife está querendo mudar de prefeito. O vento que soprará aí é o da mudança. O PSB está no poder desde 2006 quando Eduardo se elegeu, pois a gestão deles [Geraldo Julio e Paulo Câmara] se confundem. Prevejo que já há uma fadiga de material com relação ao PSB. 

LJ - O PSC apoiaria uma candidatura de Silvio Costa Filho a Prefeitura do Recife?

SC - Pelo que eu sei, o deputado Silvio Costa Filho é candidato a deputado federal em 2018. É esse o planejamento dele. É evidente que a atuação dele na Alepe tem dado muita musculatura política à história dele. Mas se, eventualmente, essa candidatura for colocada pelo PTB, o PSC vai apoiar com certeza. Essa discussão ainda não está instalada. O momento é de não falar sobre 2016.

LJ - Como o senhor avalia a gestão do PSB em Pernambuco?

SC - Respeitando o posicionamento da oposição, nunca falei sobre a gestão em Pernambuco, mas acho que o Paulo Câmara sinceramente vendeu um estado que não existia. Vendeu que o estado tinha saúde financeira, que tínhamos capacidade de investimento, a educação e a saúde estavam uma maravilha. Mas o que estamos vendo hoje? Pagamentos atrasados e adiados. O estado sem a capacidade de investimento e no lugar dele assumir a culpa, ele terceiriza. Quer dizer que o Estado vive uma situação ruim por conta da presidente Dilma Rousseff, o que não é verdade. Essas turbulências em Pernambuco não são de responsabilidade da União. Esse discurso dele é falacioso.

Vice-líder da bancada do governo na Câmara dos Deputados, Silvio Costa (PSC), pediu, nesta sexta-feira (17), que o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB- RJ) se afastasse da presidência da Casa. A solicitação aconteceu logo após o peemedebista anunciar o rompimento com o Governo Federal e pontuar que a partir de agora faria oposição à presidente Dilma Rousseff (PT). 

Em conversa com o Portal LeiaJá, Costa observou ainda que vai consultar uma equipe de advogados para ver se é cabível um pedido de impeachment, caso Cunha se recuse a deixar o cargo. “Pedi o afastamento dele da presidência em nome da ética, acho que ele não tem condições morais. Quando tem qualquer denúncia com ministros do Estado, a Câmara pede que eles se afastem, então nós devemos fazer isso com o presidente da Câmara também”, cravou o deputado.

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“Estou indo consultar uma equipe de advogados para ver se cabe impeachment”, acrescentou o vice-líder. Indagado sobre o impacto que isso traria para o Legislativo, Costa foi direto. “Ele agora vai fazer às claras o que já estava fazendo às escondidas”, disparou. “Eu sempre soube que ele não tinha condições morais de ser presidente, por isso não votei nele. Conheço o estilo de Eduardo Cunha”, admite o pernambucano. 

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