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Por Élida Maria e Giselly Santos
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Pisando em solo pernambucano com pouco mais de uma hora de atraso, a presidente Dilma Rousseff (PT) fechou as visitas ao Estado em 2013, nesta terça-feira (17), passando pela Refinaria Abreu e Lima e o Estaleiro do Atlântico Sul, ambos em Ipojuca. Acompanhada por uma reforçada comitiva da base do governo, a gestora não afastou a participação socialista no local, como a presença do governador Eduardo Campos, o prefeito do Recife, Geraldo Julio e o secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar.
A primeira parada da presidente foi para vistoriar as obras da Refinaria Abreu e Lima onde foi ovacionada pelos trabalhadores que estavam no local aguardando sua chegada. No momento era possível ouvir coros de frases como “Dilma, Dilma, Dilma...” e “esta é a presidente que o país merece”. Exalando simpatia, Dilma não cessou de mandar beijos e após o discurso desceu do palanque para tirar fotos e assinar as camisas dos operários, quebrando o protocolo e já preparando o terreno para 2014, enquanto Campos ficou deslocado e sem muito assédio.
A Refinaria Abreu e Lima, que terá a primeira etapa entregue até novembro de 2014, está com 83,1% das obras concluídas. A unidade deverá processar cerca de 230 mil barris diários após a conclusão. “Nós com esta Refinaria estamos dando mais um passo para que o nosso país seja um grande transformador de petróleo. Esta refinaria que vocês construíram é a maior do Brasil, produtora de diesel”, ressaltou.
Já durante a cerimônia de conclusão da plataforma P-62, no Estaleiro Atlântico Sul, Campos e Dilma procuraram manter as aparências. Também recepcionada de forma positiva pelos operários, ela mais uma vez se mostrou descontraída e atendeu o chamado do público presente.
No primeiro discurso público, primeiro com os dois líderes políticos após ruptura do PSB com o PT, ambos tentaram ser cordiais, no entanto, não deixaram de soltar discretas farpas. Com o tom de candidatura à presidência, Eduardo criticou a desigualdade no desenvolvimento local – em comparação ao nacional – pontuando o baixo crescimento econômico e a dificuldade de ascensão do nordestino.
“Para nós parece que a porta, que nos leva ao caminho do trabalho e da cidadania, está sempre com uma banda fechada. A gente tem que ser sempre mais capaz do que os outros, temos que trabalhar mais do que os outros, temos que ter mais fé do que os outros. A gente tem que perseverar mais do que outros para atravessar o nosso caminho da sobrevivência e da melhoria de vida”, cravou o socialista.
Investimentos - Dilma por sua vez, pontuou as ações do Governo Federal, como o programa Mais Médicos, por exemplo, e anunciou um conjunto de ações voltadas para a mobilidade urbana no Estado. Foi anunciada pela presidente a liberação de R$ 2,9 bilhões em mobilidade para Pernambuco com a parceria do governo estadual e municipal. O valor será investido na construção de dois VLT’s, sendo um do Centro a Boa Viagem, na Zona Sul do Recife e o outro na Avenida Norte. Outras novidades foram a elaboração de corredores de ônibus nas avenidas Recife, Domingos Ferreira, Beberibe, Mascarenhas de Moraes e a Abdias de Carvalho e a criação do Arco Metropolitano.
Diferentemente da primeira aparição dos dois juntos, na Refinaria Abreu e Lima, Eduardo e Dilma já tinham se acostumado com a ideia de voltar a dividir os holofotes, e apesar das críticas direcionadas um contra o outro, souberam maquiar bem o relacionamento no final, tanto é, que ao término da cerimônia de entrega saíram juntos e sorridentes do local, marcando a terceira e última visita presidencial em Pernambuco no ano de 2013.
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