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Nesta quinta-feira (14), a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) - Metrorec relatou que um ato de vandalismo interrompeu uma das linhas do Metrô do Recife. De acordo com a nota enviada pela companhia, um objeto metálico foi arremessado nos trilhos, quando o vagão estava passando entre as estações de Coqueiral e Camaragibe, causando um curto circuito no vagão. 

A empresa informou também que apenas uma das linhas, sentido Recife/Camaragibe, está funcionando e que não existe previsão para normalização do serviço. Confira a nota da Companhia na íntegra:

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“Mais um ato de vandalismo foi registrado na linha centro do Metrô do Recife, por volta do meio-dia de hoje (14). Um objeto metálico foi arremessado causando um curto - circuito, desta forma, deixou o sistema em via única sentido Camaragibe. As demais linhas operam normalmente.

Equipes da manutenção e segurança já estão no local para o levantamento dos danos causados e ainda sem previsão de normalidade.” 

O vereador Raul Jungmann (PPS) irá denunciar a Secretaria de Defesa Social (SDS) por coerção a um membro do Movimento Passe Livre. A iniciativa será oficializada junto ao promotor dos Direitos Humanos do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Maxwell Vignoli, a partir das 13h30.

A denúncia de Jungmann diz respeito ao inquérito aberto pela delegada Patrícia Domingues para criminalizar os militantes do movimento Passe Livre, o que na opinião do vereador é um ato de coerção.

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De acordo com o vereador, um membro do Movimento, identificado apenas como "Cristiano", está sendo acusado sem provas de ser mentor intelectual de um incêndio a um ônibus, em uma manifestação de rua, e ainda por formação de quadrilha. 

Os jogos do último final de semana, entre Sport e São Caetano e Santa Cruz e Betim, deixaram um saldo de 102 ônibus depredados. As destruição ocorreu antes e depois das partidas. Esses atos de vandalismo em dias de jogo tem se tornado recorrente, e quando as três grandes equipes de Pernambuco jogam dentro de casa é sinônimo de preocupações para as empresas de transporte de passageiros do estado.

E como forma de tentar conscientizar os torcedores, os ônibus que foram depredados circularam nessa segunda-feira (4) com um adesivo com a frase “Este veículo foi depredado por vândalos”. O Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros em Pernambuco (Urbana-PE) informou, através de nota à imprensa, que a ação é um apelo aos torcedores e usuários do transporte público em geral.

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De acordo com o Sindicato, os danos causados aos coletivos foram reparados antes que os ônibus entrassem em operação por questões de segurança e o adesivo serviu apenas para identificar o carro. A Urbana-PE entende que as ações são praticadas por uma minoria que causa estragos não só materiais para o sistema, mas prejudicam toda a operação do transporte público, impedindo, muitas vezes, que alguns veículos circulem no dia seguinte aos jogos, provocando atrasos ou fazendo com que os veículos viajem com avarias.

Com informações da assessoria

 

Nesta sexta-feira (1º), durante um pronunciamento, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse acreditar que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, deva tomar medidas para coibir a ação dos manifestantes mascarados, conhecidos como Black Blocs, que estão reproduzindo cenas de vandalismo pelo país em protestos. O senador comparou o vandalismo dos Black Blocs com os terroristas da Al-Qaeda, que provocaram a queda das torres gêmeas de Nova Iorque, em 11 de setembro de 2001, após sequestrarem dois aviões comerciais.

Segundo o peemedebista, um fato semelhante ao de Nova Iorque poderia ter acontecido, em São Paulo, na última segunda-feira (28), quando um grupo bloqueou a saída norte da rodovia Fernão Dias, que liga São Paulo a Minas Gerais, invadiu veículos parados no trânsito, queimou ônibus e caminhões e dirigiu perigosamente um caminhão-tanque, carregado com 30 mil litros de combustível.

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"Era uma perigosa, letal imprudência cometida a bordo de um veículo tanque para transporte de 30 mil litros de combustível. Se não tivesse sido parado por policiais, mais adiante, e apeado de lá, o grupo do caminhão-tanque poderia ter continuado sua rota ameaçadora", relatou Simon.

Intrigado com a passividade da polícia diante do vandalismo dos mascarados, o senador disse que alguns atribuem ao governo a passividade diante do grupo para esvaziar as manifestações de rua, que perderam o apoio da sociedade, na opinião do senador, desde que os Black Blocs invadiram as ruas. "Surpreendentemente, a polícia do Governo deixa esses absurdos acontecerem. Dizem alguns: deixa esses absurdos acontecerem porque, se não fosse essa loucura desses mascarados fazendo o que estão fazendo na rua, os jovens estariam na rua, discutindo a Petrobras, discutindo o Banco do Brasil e discutindo tantas outras coisas", concluiu.

*Com informações da Agência Senado

A brasileira ativista do Greenpeace Ana Paula Maciel, de 31 anos, foi comunicada nesta quinta-feira (31, pela Justiça da Rússia da acusação de vandalismo pelos atos de protesto dos quais participou numa plataforma petrolífera no país. Ana Paula está detida há dois meses. Ainda não há informação sobre quais ações serão tomadas pela defesa. A pena pode chegar a 7 anos de reclusão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo da Rússia informou nesta quarta-feira que alterou as acusações de pirataria contra a tripulação do navio Arctic Sunrise, do Greenpeace. Agora, os ativistas são acusados de "vandalismo", crime cuja punição é mais branda.

"As ações dos envolvidos no caso criminal foram reclassificadas para a acusação de vandalismo", disse o porta-voz do Comissão Investigativa, Vladimir Markin, à agência de notícias RIA Novosti.

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Vinte e oito ativistas, dentre eles a brasileira Ana Paula Maciel, e dois jornalistas foram presos em setembro no Oceano Ártico, durante um protesto contra a exploração de petróleo. O Greenpeace nega que os ativistas tenham cometido algum crime durante o protesto de 18 de setembro em uma plataforma da Gazprom. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta quinta-feira (17) os manifestantes mascarados que têm promovido atos de vandalismo durante manifestações pelo país. Ele esteve no Rio à noite, para o lançamento do "Mapa Estratégico do Comércio 2014-2020" pela Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ), no hotel Copacabana Palace, na zona sul da cidade.

Em discurso que durou uma hora e meia, o ex-presidente advertiu para os perigos da desqualificação da política, que ele considera uma ameaça à democracia. Lula não se referiu nominalmente aos black blocs, como é chamado esse grupo de mascarados que promovem depredações, mas afirmou que é necessário fazer um debate sobre as mudanças no país. "Fiz muito movimento de rua, mas nunca coloquei uma máscara porque nunca tive vergonha do que fiz", afirmou.

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"Sabe uma coisa que me assusta? É a facilidade que as pessoas têm para falar mal da política. Nunca neguem a política. Esses que seguem trabalhando contra a política decerto não têm noção de que não existe saída fora da política. Quando não tem isso, vem o fascismo, o nazismo, a ditadura. Então, a política é essencial", continuou. "Acho que não devemos ter medo do debate. A sociedade foi para a rua, ótimo. Ninguém era mais eloquente do que Hitler. Precisamos fazer tudo o que tem de ser feito neste país de forma democrática", concluiu.

Lula afirmou que em 1978 era "ignorante" por dizer que não era político, não gostava de política nem de quem gostava de política. O ex-presidente citou a frequência de manifestações no Rio e elogiou o governador Sérgio Cabral (PMDB). Segundo Lula, nunca foram feitas tantas obras no Estado do Rio como durante o atual governo.

O ex-presidente também fez um balanço otimista dos últimos dez anos de governo, citando números que mostram crescimento econômico e expansão de serviços públicos. "Não tem país com tantas obras licitadas como tem aqui. Falo de boca cheia. Aqueles que duvidarem deste país vão quebrar a cara. Este país só não dará certo se o azedume prevalecer na análise política e as pessoas não acreditarem em sua capacidade".

O discurso do ex-presidente foi repleto de piadas e brincadeiras. Ele exortou a plateia, composta por muitos empresários do comércio, a ser otimista com o país e ter uma atitude semelhante àquela que ele e outros integrantes tiveram em Copenhague quando o Rio foi anunciado sede da Olimpíada de 2016.

JOÃO PESSOA (PB) - Uma agência do Bradesco, no bairro de Mangabeira, Zona Sul de João Pessoa, foi alvo de vandalismo nesta terça-feira (08). Segundo funcionários, fezes foram colocadas no local impedindo a permanência das pessoas em razão do mau cheiro.

O presidente do Sindicato dos Bancários, Marcos Henriques, garantiu não saber quem foi o autor e afirmou que este pode ter sido um ato contra os grevistas. “Nós não trabalhamos com este tipo de expediente, então alguém pode ter feito isto para jogar a população contra os bancários”, declarou.

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Marcos ainda falou que não irá investigar sobre a autoria do vandalismo. “O Sindicato repudia este tipo de atitude, mas também não nos interessa quem fez, temos mais o que fazer que ficar perdendo tempo com isso”, afirma. Os funcionários usaram pó de café para disfarçar o odor. Não há pistas sobre os vândalos.

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Quando as três grandes equipes de Pernambuco jogam dentro de casa é sinônimo de preocupações para as empresas de transporte de passageiros de Pernambuco. No último final de semana, alguns torcedores deixaram rastros de vandalismo que foi sentido por muito dos usuários da Região Metropolitana do Recife. Segundo a Urbana-PE, 104 veículos foram depredados, sendo 365 o total de avarias. Deles, um teve 22 assentos arrancados e 26 janelas quebradas.

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A Urbana-PE (Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros em Pernambuco) entende que as ações são praticadas por uma minoria que causa estragos não só materiais para o sistema, mas prejudicam a operação do transporte público, comumente impedindo que alguns veículos circulem no dia seguinte, provocando atrasos ou fazendo com que ônibus viajem sem janelas e alçapões, principais itens quebrados. 

 

A Ordem dos Advogados do Brasil - Pernambuco (OAB-PE) divulgou nota nessa sexta-feira (23) onde reafirma sua posição em defesa do "direito constitucional de livre manifestação e de liberdade de expressão, de forma ordenada e pacífica, a exemplo do ocorrido em junho passado".

Na nota, a Seccional Pernambuco condena os atos de vandalismo registrados na última quarta-feira (21), que levou a Secretaria de Defesa Social a declarar tolerância zero. O documento diz ainda que "diante dos acontecimentos, que aflige a sociedade, a OAB-PE volta a conclamar, ao diálogo, as principais instituições que se mobilizam para os protestos no Recife, a fim de que se institua um fórum permanente, onde as pautas dos manifestantes pacíficos seja objeto de debate e discussão".

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A bancada da oposição da Câmara de Vereadores do Recife se manifestou nesta sexta-feira (23), por meio de nota, sobre a manifestação ocorrida na capital pernambucana na última quarta-feira (21). No texto, os parlamentares afirmam apoiar as revindicações referentes à instalação Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Público e à implantação do passe livre, mas repudiam atos de vandalismo.

Confiram o documento na íntegra:

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“A bancada de oposição na Câmara Municipal do Recife, diante do ocorrido nas manifestações da quarta feira passada, vem a público declarar o seguinte;

Apoiamos, desde o primeiro momento, a CPI da Caixa Preta dos Transportes e a proposta do Passe Livre - ressalvando a necessidade de sua ampla discussão.

Temos na Frente de Luta Pelo Transporte Público um parceiro legítimo e democrático na busca de um transporte público de qualidade e para todos os recifenses.

Entretanto, condenamos com veemência e repudiamos os atos de vandalismo e desrespeito que atentam contra democracia, a exemplo da depredação de patrimônio público - Casa de José Mariano, estações de bike, vitrais do cinema São Luiz e coletivos de passageiros com crianças e idosos, homens, mulheres e trabalhadores em seu interior, numa flagrante violação dos direitos humanos.

Com igual ênfase, condenamos toda e qualquer violência e repressão policial contra manifestações de cidadãos que, nas ruas e praças, reivindiquem os seus direitos, tais como serviços públicos de melhor qualidade.

Por fim, entendemos que o Legislativo Municipal deve permanecer aberto ao diálogo e à mediação, pois esse é um papel essencial e mandamento dos representantes do povo recifense. E conclamamos a todos para a retomada das negociações que nos levem ao que desejamos: um transporte público de qualidade e para todos.

 Raul Jungmann (PPS)

Líder da Bancada de Oposição na Câmara Municipal do Recife

Priscila Krause (DEM)

André Régis (PSDB)

 Wanderson Florêncio (PSDB)"

As depredações realizadas por vândalos na última quarta-feira (21), no Centro do Recife, foram comentadas pelo líder da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Daniel Coelho (PSDB). Para o tucano, nada justifica a violência e a destruição do patrimônio público. 

O parlamentar destacou que a atitude dos manifestantes fez com que o movimento por um transporte de qualidade no Estado desse um passo para trás. Ele ressaltou ser legítimo lutar pelo passe livre e por passagens baratas, mas disse que não há argumento que justifique a depredação dos bens públicos.

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Para o tucano, o movimento perdeu a capacidade de articulação, sendo necessário que os movimentos sociais reflitam sobre os atos violentos que não têm o apoio da sociedade. Ele também disse ter visto cerca de 50 jovens manchando uma manifestação que poderia ter terminado de forma pacífica.

O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), atribuiu a opositores políticos o início do confronto entre manifestantes e policiais militares do Batalhão de Choque nas imediações do Palácio Guanabara, sede do governo estadual, na noite desta quinta-feira (11), após as manifestações do Dia Nacional de Lutas.

"Qualquer ação de vandalismo não deve ser tida como fato normal. Não é assim que se faz oposição. Não é atacando as pessoas e o palácio que se faz oposição", disse o governador.

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Quando foi indagado se considerava ser alvo de mais críticas do que outros governadores, Cabral insistiu: "Essa oposição que veio para cá não respeita o jogo democrático, não respeita o debate, não respeita o diálogo."

Sobre a violência da PM, cujas bombas de gás atingiram moradores e até o setor de emergência da Casa de Saúde Pinheiro Machado, onde manifestantes se refugiaram, Cabral limitou-se a dizer que "qualquer excesso, seja da polícia ou desses que vêm para cá atacar, deve ser repudiado".

A PM usou ainda um caminhão pipa com jatos de água e o blindado conhecido como Caveirão para dispersar manifestantes. Em nota, a corporação afirmou que "um grupo infiltrado entre os manifestantes arremessou um coquetel molotov em direção ao palácio e morteiros foram arremessados contra a tropa, que reagiu". Um policial foi ferido na cabeça por uma pedrada e um manifestante sofreu traumatismo craniano ao ser atingido por uma bala de borracha.

O governador conversou com repórteres após cerimônia no Palácio Guanabara. Ao deixar o local, o secretário de Direitos Humanos, Zaqueu Teixeira, não quis comentar a ação da PM na véspera. "Prefiro não avaliar a ação. Não tenho de pressupor nada. Nosso papel é cobrar apuração. Havendo excessos, que possam ser identificados."

O diretor executivo da Anistia Internacional no Brasil, Atila Roque, que estava no local, afirmou que "o vandalismo de alguns não pode ter como resposta o vandalismo policial".

Roque afirmou que a PM "pareceu atuar mais uma vez movida apenas pelo desejo de reprimir os manifestantes com uso absolutamente abusivo e desproporcional da força" e cobrou do governador e do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, que "interrompam o ciclo de violência".

"O comando precisa enviar uma clara mensagem de contenção para a tropa", disse Roque. "O que vimos foi a polícia perseguir manifestantes pelas ruas, encurralando grupos de pessoas que se afastavam dos protestos." O diretor da entidade disse que a depredação de patrimônio é "lamentável, mas não justifica a resposta desproporcional e generalizada da polícia". As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Três homens foram presos na noite desta quarta-feira (26), na Avenida Cruz Cabugá, área central do Recife. De acordo com informações de policiais militares, eles depredaram um ônibus que passava pelo local cheio de passageiros. As informações dos soldados dão conta de que indivíduos estavam infiltrados no protesto realizado hoje.

Os nomes dos acusados não foram revelados. O trio foi levado para a Delegacia de Plantão de Santo Amaro, também no centro da cidade. Segundo o motorista do coletivo, que pediu a nossa reportagem para não ser identificado, mesmo implorando que os homens não cometessem vandalismo, os envolvidos jogaram pedras e quase feriram os passageiros. “Eles não queriam saber se haviam crianças, idosos e pai de famílias dentro do ônibus”, completou o motorista.

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Algumas pessoas que estavam no coletivo também seguiram para a delegacia. Os rapazes não quiseram se posicionar diante do fato e, neste momento, aguardam ser ouvidos na delegacia.

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Um grupo de manifestantes, que foi apreendido na tarde desta quarta-feira (26) durante o protesto, ainda se encontra na delegacia do bairro de Santo Amaro, na área central do Recife, local onde foram levados. Segundo os policiais, os protestantes apreendidos estavam se aproveitando da manifestação para cometer atos de vandalismo e desacato às autoridades.

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No local, outros protestantes aguardam a liberação do grupo, que de acordo com eles, são: Crislayne Farias da Silva, Igor Alves Calado, de 28 anos e Lara de Oliveira, 22. Os manifestantes também relatam que alguns policiais responsáveis pela segurança da mobilização estavam sem identificação.

Já o sargento Ubiratan da Cipmoto defendeu os militares: "a gente não pode divulgar o procedimento de identificação (dos policiais). O problema é que eles (manifestantes) querem colocar ordem na gente (policiais)", argumentou. Os policiais ainda afirmaram que há manifestantes portando explosivos e depredando o patrimônio público no Recife.

Segundo o tenente Dantas da Cipmoto, um dos três manifestantes presos, Igor, estava depredando o patrimônio público e ao ser abordado pela polícia, tentou agredir um dos agentes. "Por isso foi preciso tomar uma atitude mais rigorosa (prisão)", disse. O tenente, também negou que te os soldados estivessem sem identificação.

A todo o momento, chegam populares para tentar negociar a soltura dos manifestantes. Pelas redes sociais, jovens propõem fazer vigília na noite desta quinta em frente à delegacia.





*Com informações de Nathan Santos























 

Vândalos e manifestantes depredaram 15 ônibus e atearam fogo a outros dois na Rodoviária do Plano Piloto, na zona central de Brasília. O quebra-quebra teve início depois que os ônibus pararam de circular por causa de um protesto de rodoviários. Os manifestantes também depredaram lojas e equipamentos do terminal.

O bloqueio teve início por volta das 15h. No início, poucos policiais militares faziam a patrulha do local. Por volta de 19hs, começou a depredação. O batalhão de choque foi chamado, que chegou a jogar bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta. De acordo com o sindicato dos rodoviários, quem teria incentivado os protestos seriam empresas que perderam uma licitação recente.

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A manifestação acontece quatro dias antes de entrarem em operação os 50 primeiros ônibus das empresas que venceram a licitação do transporte público no DF. No meio da tarde, alguns motoristas disseram que só iriam liberar a rodoviária se o governo abrisse negociação. Informações do setor dão conta que cerca de 8 mil rodoviários trabalham para os grupos que não vão mais operar no transporte do DF.

Manifestantes que participaram de invasão da Prefeitura na noite dessa terça-feira, 18, prometem mais quebra-quebra nas próximas manifestações. Um estudante de 18 anos, que estava entre os que atiravam pedras no Edifício Matarazzo, afirma que esse é o único jeito de ser ouvido. "Se não ouvir a gente, se não prestar atenção na gente, vai ter muito mais.", disse.

"A Dilma foi contra a ditadura. Foi presa. Procura lá na ficha dela os roubos que ela fez. Por que a gente não pode fazer isso?", disse. De acordo com ele, a tarifa é apenas a "faísca" de tudo que vem acontecendo. Entre os partidários do quebra-quebra como instrumento político, há punks e pichadores, entre outros grupos. Os gritos de guerra deles são "Sem moralismo, sem moralismo" e "Se não quebrar não vai rolar".

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Um grupo maior e menos agressivo, porém, se arrisca para tentar conter a depredação. O corretor de imóveis Gustavo Klis, de 26 anos, foi agredido para impedir que a bandeira do Brasil fosse queimada, como aconteceu com as da cidade e do Estado de São Paulo. "Nós estivemos seis atos defendendo essa bandeira. É uma hipocrisia queimá-la agora", afirma.

Vestido de Super-homem, o artista plástico William Steadille, de 18 anos, fez parte de uma corrente humana para impedir que a porta dos fundos da Prefeitura fosse arrombada com um poste. "Não é de violência que o Brasil precisa. É de voz, de um grito. Isso não é um grito, é uma lesão", ele afirma.

Até o empresário Oscar Maroni, dono da boate Bahamas, foi até o local para dar apoio ao grupo que tentava invadir o prédio do Executivo municipal. "Isso aqui é o novo povo deixando de agir como gado", disse.

Um vendedor de churrasco não se importou com o fato de a Tropa de Choque e manifestantes estarem prestes a entrar em confronto. "Não penso nada disso. Mas já vendi vários churrascos", disse, pouco antes de ter de se retirar devido às bombas de gás jogadas pelos policiais.

A Secretaria de Estado da Segurança Pública informou na manhã desta quarta-feira (19), que identificou o rapaz com rosto encoberto que deu início ao tumulto na região central da cidade na noite dessa terça (18). O Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) obteve, na Justiça, mandado de prisão temporária para o rapaz, que ainda não foi detido.

O rapaz iniciou a depredação do Edifício Matarazzo, sede da Prefeitura, que teve início no começo da manifestação organizada pelo Movimento Passe Livre que saiu da Praça da Sé e, por três caminhos diferentes, chegou à Avenida Paulista, onde virou uma festa.

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Quem ficou no centro, além de tentar invadir a Prefeitura, ateou fogo em veículos, destruiu uma agência bancária e invadiu e saqueou diversas lojas do centro, deixando um rastro de destruição. A ação forçou uma reação da Tropa de Choque da polícia, três horas após o início do tumulto, que iniciou as prisões.

Segundo balanço da secretaria, ao todo foram presas 63 pessoas por causa do ato contra a Prefeitura e pelos saques e incêndios iniciados posteriormente. Eles estão divididos em cinco delegacias: 16 foram para o 1º DP (Liberdade), 1 está no 2º DP (Bom Retiro), 1 está no 3º DP (Campos Elíseos), 30 estão no 8º DP (Brás) e 15 foram levados para o 78º DP

A Polícia Militar deverá agir com mais rigor para impedir atos de vandalismo e saques durante os próximos protestos que forem realizados em São Paulo, prometeu o governador Geraldo Alckmin (PSDB) nesta quarta-feira, 19. O governador disse que as atitudes violentas na manifestação da noite dessa terça, 18, foram tomadas por uma pequena parte das pessoas que estavam nas ruas. Segundo ele, 63 suspeitos foram detidos por "saque ou baderna".

"Damos todo o apoio à manifestação, que é legítima, pacífica, ordeira. Por outro lado, não é possível tolerar a ação de vândalos, de uma minoria que (na noite de terça) depredou patrimônio público e privado, fez saques e pôs em risco a vida da população", afirmou Alckmin em Barueri, na Grande São Paulo, durante a divulgação de investimentos para tratamento de esgoto na Região Metropolitana.

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O governador declarou que as lideranças do Movimento Passe Livre, um dos organizadores dos protestos contra o aumento nas tarifas do transporte público, devem se posicionar sobre os atos de vandalismo. "Liderança impõe responsabilidade. Esses jovens líderes devem condenar essas ações de vandalismo e baderna." Alckmin voltou a dizer que seu governo está "aberto ao diálogo" com os manifestantes.

Durante a entrevista coletiva, o governador respondeu a três perguntas sobre a manifestação e evitou dizer se a polícia demorou a intervir na noite de terça e se deixou o centro da cidade abandonado enquanto aconteciam saques e depredações.

Embora diga que pode negociar com os manifestantes, Alckmin lembrou que o reajuste é necessário devido à inflação e afirmou que, assim como a Prefeitura, adiou para junho o aumento, previsto para o início do ano. Além disso, de acordo com o governador, 10% das viagens são gratuitas, 12% são pagas pela metade por estudantes e 38% são bancadas por empregadores, o que dificultaria a redução do valor.

Uma onda de protestos tem sido vista por todo o Brasil nos últimos dias. Os motivos noticiados são vários e vão desde o aumento das tarifas do transporte público, em São Paulo, até os gastos exorbitantes feitos nas obras dos estádios que estão recebendo os jogos da Copa das Confederações, mas, que não tem apresentado resultados satisfatórios aos que tem comparecido aos eventos.

Antes de discutirmos os motivos que têm levado a população às ruas em vários estados do País, é preciso entender o que é um protesto. A Constituição Federal cita que “todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente (artigo 5º, inciso XVI).

Sabemos que o Brasil não é uma ditadura e dessa forma, a população tem direito a realizar protestos de forma pacifica, sem que estes destruam o patrimônio público ou incitem a violência. Fatos que não estão sendo respeitados, nem pelos manifestantes e nem pela polícia. O que temos visto são dezenas de ônibus depredados, pessoas feridas, e aqui podemos incluir os profissionais que participam da cobertura desses protestos, e verdadeiros campos de guerra se formando nos centros das cidades.

Apesar de todo avanço tecnológico e da utilização das redes sociais para realização de inúmeros protestos, não esperávamos que os protestos acontecessem apenas através das redes. Contudo, ir às ruas, com placas, faixas e rostos pintados, é protestar. Depredar ônibus, quebrar vitrines, atirar pedras e bombas, é vandalismo. Da mesma forma, se o protesto é realizado de forma pacífica, cabe a polícia acompanhar as manifestações, sem interferir de forma violenta, colocando em risco a vida de inúmeras pessoas.

E é durante a realização de um evento de porte mundial que o Brasil é notícia nos principais veículos da imprensa mundial de forma negativa. Da mesma forma, brasileiros espalhados pelo mundo também tem realizado protestos de apoio aos manifestantes daqui. Vale ressaltar que, fora do Brasil, todas as manifestações estão acontecendo de forma pacifica.

Caros leitores, foi nas ruas do país, com passeatas e comícios realizados de forma organizada e pacifica que os brasileiros conseguiram acelerar o fim do Regime Militar. Da mesma forma, com os estudantes nas ruas, cartazes e gritos que Fernando Collor deixou a presidência da República por escândalos de corrupção. Tudo sem as imagens de guerra que temos acompanhado.

É temeroso ver que novas mobilizações estão marcadas em várias cidades do país e faz-se imprescindível que o poder político reavalie as ordens dadas às forças de segurança e que, assim, apenas os atos de depredação e vandalismo sejam coibidos, jamais ferindo o direito de se reunir e se manifestar.

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