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Nos Trendings Topics da tarde desta quinta-feira (31), a hashtag #Ódio e nojo, rememora a fala de um dos principais opositores da ditadura militar e presidente da Assembleia Nacional Constituinte, que inaugurou a Constituição de 1988, Ulysses Guimarães.  A ditadura militar que torturou e matou centenas e milhares de pessoas e instaurou censura e perseguição política no Brasil, completa 58 anos neste 31 de março. 

Ao promulgar a Constituição Federal de 1988, o ex-deputado Ulysses Guimarães exaltou ter “ódio e nojo” de quem apoiava a ditadura militar. “Traidor da Constituição é traidor da pátria. Traidor da Constituição, conhecemos o caminho maldito. Rasgar a Constituição, trancar as portas do parlamento, mandar patriotas para a cadeia, exílio, cemitério. Quando, após tantos anos de lutas e sacrifícios promulgamos, o estatuto do homem da liberdade e da democracia, bradamos por imposição de sua honra? Temos ódio à ditadura. Ódio e nojo”, ressaltou. 

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Políticos, jornalistas, pesquisadores da ciência e vários internautas exaltaram  ÓDIO E NOJO no Twitter nesta quinta-feira. 

A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) foi uma delas, que afirmou que os dias “de um fascista na presidência que exalta torturadores e a ditadura” estão contados. “Não vão reescrever a história. 1964 não foi “revolução”, foi um golpe vil e covarde”.

O líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AM) também comentou a data utilizando a #DitaduraNuncaMais. “Os que amam o autoritarismo e atacam a democracia não ficarão impunes. A história conta: não passarão”. 

O cientista Atila Lamarino lembrou que o Ministério da Ciência e da Tecnologia só foi criado em 1885, depois da #DitaduraNuncaMais. “Ódio e nojo de ditadura que tem ódio e nojo de ciência”. 

Por sua vez, o jornalista e ativista William de Lucca afirmou que “a esses está destinada a lata de lixo da história, o nosso profundo que separa os democratas e os autoritários”, sobre os traidores da pátria citados por Ulysses. 

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Em mensagem encaminhada ao Congresso Nacional, o presidente Michel Temer pediu a inscrição do nome de Ulysses Guimarães no Livro dos Heróis da Pátria. Caso estivesse vivo, o ex-deputado peemedebista, que foi presidente da Constituinte de 1988, completaria 100 anos nesta semana. A mensagem foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (7).

Guardado no Panteão da Pátria Tancredo Neves, localizado na Praça dos Três Poderes, em Brasília, o livro foi escrito em páginas de aço, contendo os nomes de 45 pessoas. Para ser incluído no livro, Ulysses Guimarães precisará ter seu nome aprovado por lei, a ser acatada pelas duas casas legislativas.

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Entre os 45 heróis que constam no livro estão o imperador Dom Pedro I, Getúlio Vargas, Tiradentes, Zumbi dos Palmares, Deodoro da Fonseca, Duque de Caxias, Santos Dumont, José Bonifácio de Andrada, Padre José de Anchieta, Heitor Villa-Lobos, Barão do Rio Branco, Chico Mendes, Marechal Rondon, Rui Barbosa e Leonel Brizola.

O livro faz também homenagens a heróis anônimos – caso dos chamados Soldados da Borracha, seringueiros recrutados para trabalhar na coleta de látex durante a Segunda Guerra Mundial, para ajudar nos esforços de combate ao nazismo.

Aliados do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), começaram uma articulação para tentar reelegê-lo para o comando da Casa em fevereiro de 2017. A estratégia é apresentar uma consulta à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), com base em pareceres de juristas, para saber se um presidente eleito para um mandato-tampão pode disputar a reeleição.

O entendimento vigente é de que um presidente da Câmara só pode tentar se reeleger caso haja uma eleição de deputado entre as disputas para a presidência da Casa. No entanto, aliados de Maia dizem que o regimento interno da Câmara abre uma brecha para uma interpretação de que essa regra só se aplica para presidentes eleitos para um mandato de dois anos, o que não é o caso de Maia, que exerce um mandato-tampão de oito meses.

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Maia foi eleito após a renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à presidência da Casa, em julho. Em 12 de setembro, o peemedebista teve seu mandato cassado por 450 votos a favor, dez contra e nove abstenções.

Técnicos da Câmara ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo afirmam que o regimento abre essa interpretação - o artigo 5.º diz que o presidente e os demais membros da Mesa Diretora serão eleitos "para mandato de dois anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente". Dessa forma, pode-se interpretar que a vedação valeria apenas para quem exerceu mandato de dois anos.

Questionado, Maia afirmou que alguns deputados da oposição querem que ele tente a reeleição na Casa. Ele disse, porém, que não tem interesse em disputar um segundo mandato. "Se eu fizer isso agora, vou atrapalhar o governo, atrapalhar a aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do teto (de gastos)", afirmou o presidente da Câmara. "Não quero disputar reeleição. Quero aprovar a PEC do teto. Marcar meu mandato pela travessia", declarou.

A ideia de aliados de Maia é repetir o que fez Ulysses Guimarães. Após cumprir mandato como presidente da Câmara entre 1985 e 1986, o peemedebista fez consulta à CCJ para saber se poderia se reeleger para o biênio seguinte (1987-1988). O argumento era de que entre uma legislatura e outra "zerava tudo", não se aplicando o impedimento à reeleição.

Histórico

A CCJ deu parecer favorável a Ulysses, que conseguiu se reeleger. Desde então, deputados passaram a poder disputar reeleição para presidente da Câmara, desde que haja uma disputa eleitoral no meio das duas escolhas internas. Foi graças a essa interpretação que o presidente Michel Temer (PMDB) conseguiu se eleger presidente da Câmara dos Deputados para o biênio 1999-2000, após ter cumprido um mandato entre 1997-1998.

O movimento pela reeleição de Maia tem como principais apoiadores seus aliados na oposição, que avalizaram a eleição dele como presidente para um mandato-tampão. Ainda não foi decidido, porém, nem quando nem quem apresentará a consulta à Comissão de Constituição e Justiça. A eleição de presidente da Câmara ocorre em fevereiro de 2017.

PSDB

A articulação dos aliados começou pouco tempo depois de Maia ser eleito e se intensificou após as eleições municipais, quando o PSDB teve um bom desempenho nas urnas, o que cacifou o partido na disputa pelo comando da Câmara. Para a oposição, não seria confortável PT, PCdoB e PDT apoiar um candidato tucano.

Além do PSDB, o chamado "Centrão", grupo formado por PP, PR, PSD, PTB, PSC e outros partidos e que acabou derrotado por Maia na última disputa pela presidência da Câmara, quer o comando da Casa.

Aliados de Maia lembram que, mesmo que conseguisse autorização jurídica para disputar reeleição no ano que vem, o presidente da Câmara teria de viabilizar politicamente sua candidatura. Na eleição de 2017, haverá renovação de outros cargos da Mesa Diretora que entram na negociação política do candidato a presidente.

Outras tentativas

Os ex-deputados federais João Paulo Cunha (PT-SP) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ) já tentaram aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para permitir que se reelegessem presidentes da Câmara. João Paulo tentou em 2004 e o peemedebista, no ano passado.

No entanto, os parlamentares não obtiveram sucesso na aprovação do projeto. Ambos tinham sido eleitos para um mandato de dois anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após uma série de adiamentos, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta quinta-feira (6) que o governo pretende enviar ainda em outubro a reforma da Previdência para o Congresso. "Deve chegar no Congresso ainda antes de nós termos concluído a votação da PEC 241 (Teto dos gastos) na Câmara. Presumivelmente agora em outubro", disse.

Após sucessivos adiamentos, o ministro disse que não gostaria de "fixar uma data", porque o presidente Michel Temer ainda quer discutir a proposta com as centrais sindicais, as confederações de empregadores e os líderes da base aliada. "Política tem o seu tempo", afirmou.

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As declarações do ministro foram dadas após participar de uma homenagem a Ulysses Guimarães, na Câmara de Deputados. Um dos fundadores do PMDB, o político completaria 100 anos nesta quinta-feira.

Citando o ex-presidente do partido, Padilha disse que o governo atual precisa de "coragem" para colocar em curso as reformas necessárias, como a da Previdência e o ajuste fiscal representado pela PEC que estabelece um teto para os gastos públicos.

"Tem algumas palavras que definem bem Ulysses, político tem que ter coragem. Hoje, quem faz política no Brasil tem que ter coragem de enfrentar o desafio que aí está. Precisa ter coragem para assumirmos o controle das contas públicas, ou elas ficarem incontroláveis para sempre.", disse.

O ministro se mostrou confiante de que os deputados irão aprovar a PEC do Teto na próxima semana. Segundo ele, a campanha publicitária que o governo lançou na TV e a atuação de convencimento dos parlamentares vai garantir uma votação expressiva. "Nós não podemos correr o risco, nós temos que ter responsabilidade máxima com o dinheiro do cidadão, não tem dinheiro público, quem paga a conta sempre é o cidadão", afirmou.

Além de Eduardo Campos, que faleceu nesta quarta-feira (13) em decorrência de um acidente aéreo, Ulysses Guimarães, em 1992, também foi vítima de uma tragédia parecida. Naquela ocasião, Ulysses morreu em um acidente de helicóptero no litoral ao largo de Angra dos Reis, sul do Rio de Janeiro. 

Outra coincidência desagradável é a relação entre a data da morte de Miguel Arraes e a de Eduardo Campos. Os dois políticos nordestinos faleceram no dia 13 de agosto, no caso de Arraes no ano de 2005.

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Primeiro livro do jornalista e colunista político Jorge Bastos Moreno, A História de Mora, chega às livrarias neste sábado (3), pela editora Rocco, e engloba uma série de episódios ocorridos em torno de um ícone da política brasileira no século 20: Ulysses Guimarães, figura central no processo de redemocratização do país após o longo período de governo militar. No livro, fatos decisivos da trajetória do deputado e constituinte são contados por um narrador especial, que a tudo vê com um olhar cheio de afeto e sentimento: dona Ida Malani de Almeida, a esposa de Ulysses, carinhosamente apelidada de Mora.

Sem pretensões à biografia, A história de Mora é resultado de uma série de reportagens publicadas no jornal O Globo ao longo de 2012, e nasceu da vontade de Moreno, que conviveu com o casal numa viagem à Ásia, de contar histórias de bastidores da vida de um dos mais importantes políticos brasileiros, em especial a saga da sua candidatura à Presidência da República, em 1989. Com linguagem coloquial e saborosa, além de fotografias, o livro sai simultaneamente em e-book, pelo selo Rocco Digital.

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Jorge Bastos Moreno autografa a obra no dia 5 de agosto, às 19h, na Livraria da Travessa do Shopping Leblon, no Rio de Janeiro. 

Serviço

A história de Mora – A saga de Ulysses Guimarães, de Jorge Bastos Moreno

352 páginas      

R$ 34,50

 

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