Tópicos | transporte rodoviário

O transporte rodoviário de carga tem novo piso mínimo de frete. A tabela com os valores específicos foi publicada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), no Diário Oficial da União desta quarta-feira (3).

Conforme diz a nota técnica que antecedeu a portaria, a Lei nº 13.703/2018 determina que, quando ocorrer no mercado nacional oscilação no preço do óleo diesel superior a 10% (para mais ou para menos), uma nova norma com pisos mínimos deverá ser publicada pela agência do setor.

##RECOMENDA##

Essa equação considera alguns coeficientes relativos aos custos de deslocamento, de carga e de descarga. Tais custos contemplam tanto custos operacionais como mercadológicos. Entre os elementos considerados estão os de aquisição do veículo, preço do óleo diesel, pneus e salário dos motoristas. O atual reajuste não inclui o IPCA, segundo a ANTT.

A tabela apresenta os novos pisos mínimos para os mais diversos tipos de frete – diferenciados por tipo de carga, coeficiente de custo e número de eixos carregados. O cálculo apresentado na nota técnica leva em consideração o resultado de um levantamento de preços feito pela Agência Nacional do Petróleo, tendo como período observado o relativo a 22 e 27 de fevereiro, quando o valor médio do diesel S10 aumentou de R$ 3,663 para R$ 4,25.

Em termos percentuais, esse aumento equivale a 16,03%. Percentual acima dos 10% usados como espécie de gatilho para a revisão da tabela, pela agência.

O custo do transporte rodoviário no Brasil superou, em janeiro deste ano, o frete cobrado pelas empresas em 12,9%, mostra pesquisa feita nesta quinta-feira, 28, pela NTC&Logística com 300 companhias do segmento, durante a realização do Conselho Nacional de Custos, Tarifas e Mercado, o Conet. A diferença é menor do que a observada em janeiro do ano passado, de 14,11%, mas superior à verificada em agosto, de 10,14%. O levantamento é realizado duas vezes por ano.

Segundo Lauro Valdivia, assessor técnico da NTC&Logística, o aumento da diferença na comparação com agosto se deve a uma combinação de vários fatores mencionados pelos empresários, mas destacou três deles: a elevação do preço do combustível, a alta dos salários dos funcionários e a menor demanda por transporte de carga, como consequência da recessão.

##RECOMENDA##

Com o custo superior ao frete cobrado, as empresas se veem obrigadas a tomar algumas medidas para conseguir se manter no mercado. "Por exemplo, o setor demora alguns anos para trocar seus caminhões. O dinheiro que elas usariam para comprar novos caminhões acaba sendo utilizado para bancar esse prejuízo. Com isso, a idade média da frota vai aumentando", explicou Valdivia.

Para 2016, ele espera um novo aumento da diferença entre o frete e o custo, mas de forma mais gradual. "As empresas já estão se adaptando à nova situação da economia e há uma expectativa de que o PIB não caia tanto quanto caiu em 2015", afirmou.

Durante o Conet, a NTC apresentou também estudo sobre a variação média do INCT-F e do INCT-L (Índice Nacional do Custo do Transporte de Carga - Fracionada e Lotação). Enquanto o primeiro aumentou 9,46% em 2015, o segundo subiu 9,01%. Entre os principais insumos, o óleo diesel teve aumento de 13,49% nos últimos 12 meses e o salário de motoristas teve alta de 9%.

Depois de conseguirem a aprovação, pelo Congresso, de uma reformulação no sistema de licitação de linhas de ônibus interestaduais no País, empresas fabricantes destes veículos e companhias transportadoras de passageiros preparam para os próximos dias uma força-tarefa para pressionar a presidente Dilma Rousseff a não vetar a proposta.

As reuniões devem começar na próxima semana, quando dirigentes de montadoras de ônibus pedirão audiência com os ministros Mauro Borges, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), e César Borges, dos Transportes. "É um assunto que os produtores estão buscando há muito tempo", resume José Martins, vice-presidente da Marcopolo e à frente da Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus (Fabus).

##RECOMENDA##

Na quarta-feira, 28, a Câmara dos Deputados aprovou emenda incluída em uma Medida Provisória que modifica a delegação do serviço de transporte terrestre interestadual de passageiros do sistema de permissão para autorização. O principal objetivo é acabar com uma disputa judicial que se arrasta desde 2008 e que tem prejudicado encomendas dos fabricantes. Agora, a presidente Dilma tem até 15 dias úteis para sancionar ou vetar o dispositivo e o governo deverá conviver até lá com pressões do setor.

Pelo novo regime, a transportadora que cumprir requisitos estabelecidos pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para um determinado trecho poderá encaminhar o pedido ao órgão regulador e ser autorizada a operá-lo, sem processo licitatório. Atualmente, no modelo de concessão, os lotes para operação de linhas foram licitados por um período de 15 anos, com prazos e tarifas fixados em contrato. As concessões atuais, no entanto, venceram em 2008 e o novo leilão que o governo tentou promover no final do ano passado foi questionado pelas empresas na Justiça.

Prazo

Desde então, as linhas passaram a operar via autorizações especiais que, pela emenda aprovada pelo Congresso, deverão ser extintas pela ANTT em até um ano, prazo que poderá ser prorrogado pela agência ou pelo Ministério dos Transportes. "A pior coisa para o setor produtor é a indefinição", afirma Paulo Porto Lima, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiro (Abrati).

A pressão das empresas é explicada pela resistências na área técnica do governo. A escolha de concessionários pelo sistema de autorização já foi utilizada no passado e era um processo pouco transparente, altamente discricionário. Por isso, há quem veja a volta dessa modalidade como um retrocesso institucional. Uma das atribuições da ANTT, ao ser criada, era justamente licitar novamente as linhas de ônibus por meio de concorrência.

A ideia dos empresários, porém, ganhou apoio dentro do governo. À frente, está o MDIC, que vê nesse processo uma possibilidade de fortalecer a produção industrial num momento em que o Produto Interno Bruto (PIB) do País está fraco. Segundo o IBGE, a economia nacional expandiu apenas 0,2% nos três primeiros meses do ano, com queda da indústria no período. Diante disso, os técnicos da ANTT avaliam se é possível retornar ao sistema de autorizações, mas de uma forma "regrada". Eles procuram uma fórmula que não seja uma volta ao passado e que ofereça maior transparência.

O Congresso incluiu uma emenda em uma Medida Provisória modificando o atual sistema de licitação de linhas de transporte rodoviário interestadual no País. A delegação desse serviço, pelo texto, passará da rígida modalidade de permissão para autorização, na expectativa de trazer mais competitividade ao setor. O texto, que originalmente tratava de incentivos ao setor automotivo no regime Inovar-Auto, foi enviado para sanção da presidente Dilma Rousseff, que tem prazo de 15 dias úteis para decidir se veta ou mantém a alteração.

As novas regras também vão valer para o transporte terrestre internacional e visam acabar com uma disputa judicial que desde 2008 tem prejudicado encomendas no setor.

##RECOMENDA##

A operação dessas linhas se dá hoje pelo modelo de permissão, em que os lotes foram licitados com prazos e tarifas fixados em contrato. Com a emenda, agregada ao texto quando a Medida Provisória tramitou no Senado Federal, a ideia é flexibilizar o modelo, de modo que transportadora de passageiro que cumprir os requisitos estabelecidos para um determinado trecho poderá encaminhar solicitação à Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) e ser autorizada a operá-lo. Nessa modalidade, o órgão regulador não estabelece a tarifa e a ideia é que mais players entrem no mercado, na esperança de que os preços sejam reduzidos.

A emenda também prevê um período de transição de cinco anos entre a atual e a nova sistemática, quando a ANTT poderá fixar tarifas máximas para os serviços prestados.

Justiça

As modificações propostas também visam solucionar um problema de judicialização das linhas atuais, o que traz insegurança ao mercado e afeta as encomendas às fabricantes de ônibus. Isso porque as permissões de operação das linhas estão vencidas desde 2008 e o leilão que o governo tentou promover no final do ano passado foi questionado pelas empresas na Justiça.

Desde então, as linhas passaram a ser concedidas via autorizações especiais pelo judiciário. O texto da Medida Provisória estabelece que essas autorizações especiais serão extintas pela ANTT em até um ano, prazo que pode ser prorrogado pela agência reguladora ou pelo Ministério dos Transportes.

"Existe uma judicialização muito grande e no regime de permissão atual cerca de 75% das concessões estão sub judice", disse ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o relator da proposta, deputado Gabriel Guimarães (PT-MG).

O parlamentar argumenta que os regimes de permissão e concessão, como praticados nos últimos anos, "já se mostraram inadequados e de difícil operacionalização, porque suas naturezas implicam regras incompatíveis com a dinamicidade do setor, engessando, portanto, as ações tanto do setor público, como das empresas operadoras".

O governo brasileiro divulgou uma série de medidas que devem ser observadas por países vizinhos durante a Copa de 2014 no transporte rodoviário internacional de passageiros. As regras foram discutidas durante reunião multilateral realizada em Foz do Iguaçu (PR), no dia 20 de março, entre a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e delegações da Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai.

Conforme explicou a agência reguladora, todas as regras de trânsito em vigor no Brasil devem ser obedecidas durante o Mundial, como a proibição de vidros espelhados em veículos e a tolerância zero para ingestão de álcool por condutores. Já a habilitação estrangeira é aceita no Brasil, desde que esteja no prazo de validade e seja indicada qual categoria de veículo o condutor está habilitado.

##RECOMENDA##

Dentre os assuntos abordados na reunião com as delegações, a ANTT destacou tópicos como a fiscalização nas fronteiras, autorização para o transporte ocasional em circuito fechado e intercâmbio de informações entre países, além de multas e transporte particular.

O acordo também contemplou a possibilidade de flexibilização de viagens extras nos serviços regulares de transporte internacional de passageiros. Sobre o assunto, a ANTT se comprometeu a analisar sugestões de ampliação nas frequências de viagens atualmente existentes.

Fretados - O veiculo a ser utilizado no transporte fretado será o ônibus, sendo vedado o transporte em veículo tipo van, a exceção dos casos de transporte na tríplice fronteira e do transporte particular. Neste caso, será necessário apresentar autorização do proprietário para uso de terceiros, documentos que comprovem a propriedade do veículo ou contrato de locação.

No caso de ingresso de produtos vegetais e animais, isso só poderá ocorrer com a devida certificação sanitária, conforme regras do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por sua vez, recomenda que os passageiros que necessitem de medicamentos para uso próprio portem receituário médico.

Além disso, a delegação brasileira apresentou um modelo para envio de informações, que deve conter o nome da empresa, placa do veículo, origem, data de saída, ponto de fronteira, destino, data de retorno, roteiro (pontos intermediários) e número de passageiros.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou, nesta quarta-feira, 2, por meio de resolução, o reajuste de 6,981% na tarifa dos serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros.

A decisão está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira, 2, e não se aplica ao transporte rodoviário interestadual e internacional semiurbano de passageiros e seus serviços diferenciados. Os novos valores entram em vigor na quinta-feira, 3.

##RECOMENDA##

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando