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Na manhã desta terça-feira (17), técnicos e auxiliares de enfermagem que prestam serviço no Hospital da Mulher do Recife paralisaram as atividades. Os profissionais estão reunidos em frente ao ambulatório para cobrar pelo pagamento do salário de dezembro do ano passado.

O líder do Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (Satenpe), Francis Herbert, disse que conversou com a secretária de Saúde do Recife, Luciana Albuquerque, e foi informado que os recursos serão enviados à direção da unidade até o meio-dia. Caso o valor não seja repassado, os profissionais devem bloquear o trânsito da BR-101.

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Em nota, a secretaria (Sesau) confirmou a versão do representante sindical. "A Secretaria de Saúde do Recife informa que os salários dos funcionários do Hospital da Mulher do Recife Dra. Mercês Pontes Cunha serão regularizados ainda nesta terça-feira (17)", informou o órgão.

"Vamos iniciar nosso movimento e queremos respostas plausíveis. Os profissionais já começaram a descer, vamos sim paralisar nossas atividades em até 70%. Meio-dia e esse dinheiro não tiver na conta conforme combinei com a secretária, nós vamos interditar o trânsito na BR-101. Não tem outra saída gente, é queimar pneus dos dois lados, tanto na Avenida Recife quanto na BR-101. É a única maneira de fazer com que esses gestores acordem e respeitem a enfermagem", afirmou o representante da categoria.

Enfermeiros e técnicos de enfermagem protestam na área central do Recife contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu a lei que criou o piso salarial da categoria. A concentração começou por volta das 8h na Praça do Derby e os manifestantes saíram em caminhada pela Avenida Agamenon Magalhães por volta das 10h.

Segundo o Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (SATENPE), a categoria suspendeu parcialmente suas atividades, mantendo apenas os serviços essenciais. O SATENPE aponta que diaristas, ambulatório, PSF, UBS, clínicas, Cirurgias eletivas e todos os demais procedimentos eletivos estão totalmente suspensos nas unidades de saúde do setor público e privado. A única exceção é a vacinação da Covid-19 que continua normalmente. No entanto, urgência, emergência, SAMU, bloco cirúrgico, UTI funcionam com 50% da capacidade.

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A mobilização em defesa do piso salarial é nacional e a paralisação, conforme informado pelo Fórum Nacional de Enfermagem (FNE) por meio de sua conta oficial no Instagram, foi determinada na segunda-feira (12). "O objetivo da Paralisação de Advertência é defender a implementação da Lei 14.434/22 e pressionar o Congresso Nacional e o governo federal para que garantam as fontes de custeio do piso salarial da Enfermagem. Os profissionais da categoria exigem respeito e a imediata solução para o pagamento do piso", aponta o FNE.

Gilmar Júnior, presidente licenciado do Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (Coren-PE), destacou que a manifestação não é um ataque ao STF, mas uma reivindicação de que haja harmonia entre o Executivo, Legislativo e Judiciário. 

"Nós exigimos dos três [poderes] respeito pela enfermagem. Nós exigimos que as fontes de custeio para pagar o piso sejam providenciadas com celeridade porque o piso é lei, é constitucional e a enfermagem não suporta nem um dia mais de escravidão e de salários vexatórios no Brasil".

Gilmar assevera que se não houver celeridade ao processo, muito provavelmente os sindicatos farão uma greve nacional da categoria. Francis Herbert, presidente do Satenpe, assegura que os profissionais da saúde estão lutando para que o STF arquive a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) que suspendeu o piso pelos próximos 60 dias. "Nós queremos que a vontade política aconteça para que esses profissionais, que se dedicam diuturnamente à sociedade, possam ter dignidade e um salário justo no bolso". 

Herbert destaca que o sindicato espera que, ainda hoje, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, apresente as fontes de custeio do piso salarial. "Caso não, a enfermagem vai entrar em greve por tempo indeterminado". 

Profissionais lutam por melhoria salarial. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá Imagens

Barroso suspende o piso

No dia quatro deste mês, o ministro Luís Roberto Barroso suspendeu o piso salarial nacional da enfermagem e deu prazo de 60 dias para entes públicos e privados da área da saúde esclarecerem o impacto financeiro, os riscos para empregabilidade no setor e eventual redução na qualidade dos serviços.

Barroso considerou mais adequado, diante dos dados apresentados até o momento, que o piso não entre em vigor até esses esclarecimentos. Isso porque o ministro viu risco concreto de piora na prestação do serviço de saúde principalmente nos hospitais públicos, Santas Casas e hospitais ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS), já que os envolvidos apontaram possibilidade de demissão em massa e de redução da oferta de leitos.

Sobre o piso

A norma estabeleceu piso salarial de R$ 4.750 para os enfermeiros; 70% desse valor aos técnicos de enfermagem; e 50% aos auxiliares de enfermagem e parteiras. Pelo texto, o piso nacional vale para contratados sob o regime da CLT e para servidores das três esferas - União, Estados e Municípios -, inclusive autarquias e fundações.

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O Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta terça-feira (8), foi escolhido pela categoria da enfermagem pernambucana para reivindicar pautas que já perduram décadas: melhores salários e condições de trabalho. Aproximadamente 1.500 pessoas caminharam pelo Centro do Recife, rumo à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), no fim da manhã.

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O foco se deu ao Projeto de Lei 2564/2020, de autoria do senador Fabiano Contarato (REDE-ES) e que institui piso salarial para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiras. A categoria exige que autoridades pernambucanas apoiem o projeto, com urgência, na esfera federal. O texto do PL, aprovado no Senado, aguarda encaminhamento do presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL), para votação.

“Sabemos que foi nesta data que mulheres trabalhadoras foram vítimas da sociedade, porque não queriam reconhecer os direitos que elas reivindicavam. Elas terminaram pagando com a vida. De certa forma, vemos isso acontecer com a enfermagem”, explica ao LeiaJá Cleice Xavier de Moraes (vídeo abaixo), de 46 anos, técnica de enfermagem e diretora do Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (Satenpe).

Em Pernambuco, onde técnicos de enfermagem do primeiro nível recebem subsalário (proposta base de R$ 774 e sem reajuste há mais de uma década), outras caminhadas deram apoio à causa. Houve concentrações em Caruaru, Palmares, Afogados da Ingazeira, Serra Talhada, Parnamirim, Salgueiro, Cabrobó, Pesqueira, Garanhuns e Petrolina.

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Após a chegada do grupo à Alepe, representantes das entidades foram recebidos pelo presidente da Casa, o deputado Eriberto Medeiros (PP), para entregar um documento que solicita ao Legislativo a inclusão dos cerca de 10 mil profissionais, que são contratados, no Projeto de Lei Estadual 1.341/2020, que também prevê o reajuste salarial de servidores.

“É sub-humano vivermos em cima de um salário base de R$ 774, se uma cesta básica hoje é no valor de R$ 1.100. A gente não vive, estamos sobrevivendo e tentando nos virar de várias formas, para tentar garantir no mínimo o pão de cada dia. Somos uma categoria sofrida, apesar de estarmos presentes em todos os momentos da vida do ser humano, seja ele de qualquer âmbito da sociedade”, afirmou Eliade Avelino Pinto, de 42 anos, técnica de enfermagem e militante, atuante do Hospital Getúlio Vargas.

Caso aprovado na íntegra, o PL 2564/2020 traria a remuneração de R$ 4.750 para jornada de 30 horas semanais para enfermeiros, de R$ 3.325 para técnicos de enfermagem e de R$ 2.375 para auxiliares de enfermagem e parteiras.

De acordo com o presidente do Satenpe, Francis Herbert, Pernambuco possui cerca de 120 mil trabalhadores, entre Auxiliares e Técnicos de Enfermagem e Enfermeiros, distribuídos nos setores público, privado e filantrópico. Desse número, mais de 84 mil são da enfermagem de nível médio e 80% do contingente é formado por mulheres.

"A enfermagem vai às ruas novamente para dizer à sociedade e aos representantes da Câmara Federal que basta esperar. A enfermagem jamais faltou com o povo brasileiro e conta com os parlamentares para que não faltem com a enfermagem. São mais de 20 anos de luta por dignidade, respeito e salário decente. A sociedade reconhece que é justo e necessário a aprovação do piso nacional da categoria", completou.

A iniciativa foi promovida pelo Fórum da Enfermagem Pernambucana, composto pelo Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (Satenpe), Sindicato dos Enfermeiros no Estado de Pernambuco (Seepe), Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (Coren-PE) e Associação Brasileira de Enfermagem - seção Pernambuco (Aben-PE).

Nesta quarta-feira (30), o deputado federal Túlio Gadelha (PDT) participou do ato em defesa do piso salarial da enfermagem, promovido pela categoria, em frente ao Hospital da Restauração, localizado na área central do Recife.

O parlamentar afirmou que está lutando junto com os enfermeiros, técnicos, auxiliares de enfermagem e parteiras do Estado pela aprovação do projeto de lei 2564, que tramita no Senado, que pode estabelecer o piso salarial e a jornada de 30 horas semanais desses profissionais da saúde. 

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“É uma vergonha que a enfermagem precise parar no momento de pandemia, mas essa culpa não é dos enfermeiros. Essa culpa é do senador Rodrigo Pacheco. Essa culpa não somos nós que carregamos. Essa culpa é do senado”, discursou. 

O pedetista ainda salientou a importância das categorias. "A gente vive um momento muito difícil no Brasil. Um momento onde a pandemia já levou mais de meio milhão de vidas por conta de um governo genocida. O que seria do povo brasileiro se não fosse a enfermagem?”, indagou.

A morte de duas técnicas de enfermagem do Hospital Getúlio Vargas (HGV), no Recife, pela Covid-19 tem apavorado a categoria. Profissionais da linha de frente têm convivido com o estresse e o adoecimento mental enquanto o número de casos do novo coronavírus continua a subir em Pernambuco. 

Mônica Nascimento, de 49 anos, é técnica de enfermagem do HGV. Era amiga há mais de 25 anos de Ana Cristina Tomé, uma das técnicas que faleceram no último sábado (4) e cujo diagnóstico do novo coronavírus foi confirmado nesta segunda-feira (6). Mônica está de licença, mas se preocupa com o retorno ao trabalho. “Estou sem condições psicológicas nenhuma de trabalhar. A morte da minha amiga me abalou muito”, conta.

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Quem também está de licença é Elisângela Patrícia Ferreira, técnica de enfermagem do Hospital da Restauração (HR), no centro do Recife, que foi diagnosticada com transtorno depressivo, transtorno de pânico e estresse. Ela diz que seu quadro de saúde  se agravou após descobrir que teria apenas três máscaras para trabalhar 12 horas. "Cheguei no plantão e encontrei minha colega desesperada chorando porque agora seriam só três máscaras. Fui conversar com a chefe do setor, falar do desespero da colega, que eu não tinha condições de trabalhar daquele jeito, mas ela disse que não podia fazer nada.” Elisângela é mãe de um menino de 11 anos com cardiopatia e teme levar a doença para casa. Mesmo relatando a condição do seu filho, ela não conseguiu nem ao menos ser transferida para um setor mais tranquilo do hospital. “Meu desespero foi tão grande que eu não conseguia assimilar as coisas direito. Fui procurar um médico para conseguir um laudo e pedi no telefone que o rapaz do consultório digitasse  o endereço porque as palavras não estavam se juntando na minha cabeça”, diz. 

Elisângela recebeu um laudo liberando ela do trabalho por 45 dias. "Eu estou em isolamento por amor ao meu filho. Se eu morrer ele vai ficar com quem? A chefe do setor disse que pode chegar o momento de não ter máscara para se proteger e a gente ter que ir mesmo assim. Ela disse que estamos numa guerra. Eu disse a ela 'numa guerra o soldado não vai desarmado'.”

A reclamação de racionamento de EPIs é geral na categoria. Viviane Paula, que é representante dos técnicos de enfermagem e profissional do HGV, diz que a categoria tem recebido apenas duas máscaras por plantão na unidade. “Meu plantão seria ontem à noite [domingo], mas não tive condições de trabalhar. Eu fiquei com palpitação. Estava muito agoniada. Não teria condições de me responsabilizar pelos pacientes e isso está acontecendo com várias pessoas”, diz.

A técnica de enfermagem Renata Marques era do mesmo setor de Ana Cristina Tomé no HGV. “O clima no hospital é de tensão. Todas nós estamos com medo. São quatro noites que não durmo”, comenta. Renata diz que não tem tirado a máscara nem no seu horário de repouso por medo de ser infectada. 

O secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, destacou na tarde desta segunda-feira (6) que os hospitais contam com núcleos de apoio psicossocial e que o governo vai garantir o afastamento daqueles profissionais que adoecerem durante o período. Questionado sobre as denúncias de baixo repasse de material, ele negou que estejam sendo entregues só duas máscaras por plantão. Segundo o secretário, o funcionário pode pegar quatro desses itens. 

Longo afirmou que Pernambuco tem conseguido fazer aquisição dos insumos médicos e que mais de 1,2 milhão de itens como máscara, luva e capote foram enviados para 52 unidades da rede de saúde. Na última semana, foram recebidas 150 mil unidades de máscaras N95. Dessas, 50 mil estão sendo distribuídas hoje. Mais um milhão desse tipo de máscara foi adquirido pelo Estado, que aguarda a entrega pelo fornecedor, e outras 80 mil chegarão por meio da Justiça Federal. "Elas desempenhavam suas funções com louvor", disse o secretário sobre as técnicas do HGV que faleceram.

O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) criou, no último mês, uma Rede de Apoio e Acolhimento em Saúde Mental para profissionais da unidade hospitalar que estão atuando no enfrentamento ao novo coronavírus. Serão oferecidos atendimentos psicológico e psiquiátrico, além de práticas integrativas e complementares em saúde, como sessões de reiki, biomagnetismo, entre outras. Nem a Secretaria Estadual de Saúde e nem a Secretaria de Saúde do Recife informaram ter projeto semelhante.

Diante da pandemia causada pelo novo coronavírus, o Sistema Hapvida anunicou, nesta segunda-feira (6), que está com mais de 500 vagas temporárias de emprego abertas em diversas regiões do Brasil. As oportunidades são para enfermeiros e técnicos de enfermagem para área assistencial. 

Para participar da seleção, os candidatos que desejam se candidatar para as vagas no Recife devem enviar currículo para o e-mail: hapvagas@hapvida.com.br, já para os interessados que moram em outro Estado, basta acessar o site da unidade e conferir a lista de  e-mails para cada região. 

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As inscrições seguem abertas até a próxima quarta-feira (8). Além disso, na descrição do e-mail os participantes devem informar o nome da vaga para qual deseja concorrer.

“Além de dar mais oportunidade de emprego às pessoas, o Hapvida acredita que, com uma equipe assistencial engajada, poderemos superar esse momento difícil”, comenta  Marcos Peixinho, Diretor Executivo de Recursos Humanos do Sistema Hapvida.

No final da manhã desta quarta (20), técnicos de enfermagem de hospitais públicos de Pernambuco fizeram uma manifestação no Centro do Recife. A categoria reclama de defasagem salarial, falta de material de trabalho e erros primários na gestão das unidades de saúde, o que segundo os manifestantes, estaria causando desperdício de insumos essenciais para o atendimento aos pacientes.

Segundo Monte Zuma Pinto (foto à direita), funcionário do Hospital da Restauração, os profissionais da área estão recebendo salários inferiores à cargos de nível fundamental. "Nós temos um governo que não liga para a saúde. O salário de um técnico de enfermagem com 28 anos de serviço está R$ 1.054. É um absurdo", disse.

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Ele ainda falou sobre a falta de alguns materiais e desperdício de outros, causado por má administração. "Falta gaze, falta luva, falta fralda, todo dia falta alguma coisa. Eles dizem que compram, mas nunca chega e quando chega já está faltando outra coisa. Os técnicos estão tendo que jogar soro fora porque o governo se recusou a comprar os frascos de 10ml e 100ml. Dizem que é mais barato comprar o de 500ml, mas quando o médico receita 200ml, por exemplo, temos que jogar outros 300ml fora", relatou.

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Na visão de Monte Zuma, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) não tem a mesma importância dos hospitais, mas estão recebendo mais verba. "As UPAS são lavagem de dinheiro. Eles fecham após atender 90 pacientes, enquanto a gente só fecha depois do último paciente. Mesmo assim, o Hospital da Restauração recebe R$ 9 milhões por mês enquanto a UPA de Olinda recebe R$ 32 milhões, por exemplo. Mesmo eles não tendo a alta complexidade que o HR tem", afirmou.

Apesar de barulhento, o protesto não reuniu uma grande quantidade de pessoas no Centro. Para os manifestantes, a baixa adesão não tem importância. "Tá pequeno. Mas em 1993 começou com 4 pessoas na porta do HR e terminou com 64 dias de paralisação de toda a categoria", lembrou Monte Zuma Pinto.

Contactada pelo LeiaJá, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) rebateu as afirmações do técnico de enfermagem ouvido pela reportagem durante a manifestação. Segundo a SES, a informação sobre o custeio das unidades é "totalmente infundada".

"Importante destacar que quando os dados das unidades de administração direta são divulgados não são incluídos a principal despesa hospitalar: os gastos com a folha de pagamento, que representam cerca de 50% a 60% dos custos totais de uma unidade de saúde. Além disso, também não constam os valores gastos com alguns tipos de insumos, como energia elétrica, telefone, material de informática, alimentação, limpeza e segurança, que ficam sob responsabilidade da Secretaria Estadual de Saúde (SES)", diz ainda a nota.

Por fim, a SES afirma que nesta gestão houve a "maior convocação da história da saúde de Pernambuco", com 5,4 mil profissionais concursados, sendo mais 3 mil de técnicos de enfermagem contratados. 

Enquanto isso, no Recife - Os médicos da rede municipal realizam uma paralisação de advertência de 72 horas em todos os serviços eletivos, ambulatórios e postos vinculados ao Estratégia de Saúde da Família (ESF), nesta quarta (20), quinta (21) e sexta (22). O atendimento nas emergências, urgências e maternidade do município será mantido normalmente.

“A medida visa sensibilizar a gestão municipal para a necessidade de um olhar cuidadoso e urgente para a resolução e melhorias de dificuldades recorrentes como a falta de segurança em toda a rede, déficit de profissionais, precariedade das estruturas físicas, além da recomposição de perdas salariais da categoria”, destacou o diretor do Sindicato dos Médicos (Simepe), Valber Steffano.

Além do reajuste salarial de 6%, a classe pede mais segurança nas unidades de saúde, valorização da preceptoria (profissional que orienta e supervisiona um médico em formação) e melhores condições de trabalho. Uma nova assembleia está marcada para o dia 26 de setembro, às 14h, na Associação Médica (AMPE), bairro da Boa Vista, no Recife.

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Técnicos de enfermagem dos hospitais de Pernambuco estão fazendo mais um protesto nesta terça-feira (18). Desta vez, os profissionais estão concentrados no Hospital da Restauração (HR), no bairro do Derby, fechando frequentemente o sentido Boa Viagem da Avenida Agamenon Magalhães.

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A manifestação pede que sejam pagos os salários de maio, junho e julho dos prestadores de serviço dos extras, ou seja, que não possuem vínculo empregatício com o Governo do Estado. Além disso, os manifestantes aproveitaram para relatar o descaso nas unidades. “Está faltando gase, fixador adesivo para acesso venoso e eles estão falando para a gente não usar esparadrapo, porque tem pouco”, revelou o técnico Fábio Martins.

A categoria analisa sair em passeata até o Palácio do Campo das Princesas. O grupo já fez este mesmo roteiro no final de julho, mas agora contam com o apoio do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem. “Estamos esperando dois ônibus com técnicos vindos de Goiana para analisarmos. Mas vamos protocolar uma denúncia no Ministério Público do Trabalho para que intervenham nessa situação dos salários e a essas contratações. Ao nosso entender, o Governo está fazendo contratações ilegais e cabe agora o Ministério Público intervir e apurar. Se for de direito, com certeza o Estado vai ser obrigado a regularizar esses trabalhadores”, detalha a coordenadora jurídica do sindicato, Mírcia Ferreira.

O grupo alega que cerca de 80% dos profissionais de enfermagem de Pernambuco são plantonistas extras, que cobrem o déficit dos estatutários. Cerca de 800 a 1000 técnicos estariam sendo prejudicados com a situação. Como por exemplo, a técnica de enfermagem Andreia Cristina Souza da Silva, que há seis anos trabalha no Hospital Agamenon Magalhães. “Eu já fui despejada com meus dois filhos, estou morando de favor e meu marido sofreu um AVC. Quem está me dando comida são os colegas, que ajudam com R$ 50 ou uma cesta básica. Também me tiraram da escala quando comecei a fazer paralisações. Estou sendo perseguida porque estou lutando”, acusa.

Segundo a profissional de saúde Ana Paula Ramos Freitas, as respostas do Governo estão frequentemente mudando. "Primeiro eles prometeram que ia ser regularizado em cinco dias. Depois falamos com o secretário de finanças que também prometeu que a situação seria regularizada. Mas na última sexta, o secretário Marcelo Canuto (Casa Civil) disse que o Estado está sem dinheiro mas que ia conversar para chegar numa definição disso tudo", aponta Ana Paula. Segundo a coordenadora jurídica Mírcia, durante a manifestação de hoje, a Secretaria de Saúde entrou em contato. "Parece que o Governo gosta quando o trabalhador para", frisou.

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Enfermeiros e técnicos de enfermagem realizam uma manifestação na manhã desta quinta-feira (30). Os profissionais cobram o pagamento dos extras de maio, junho e julho, que ainda não foram depositados. Participam do ato trabalhadores dos hospitais Barão de Lucena, Restauração (HR), Getúlio Vargas (HGV), Otávio de Freitas, Agamenon Magalhães e Geral de Areias.

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A categoria se concentrou em frente ao HR, chegando a fechar o sentido Boa Viagem da Avenida Agamenon Magalhães. De lá, o grupo saiu em passeata até o Palácio do Governo, no centro do Recife.

Segundo o servidor público de saúde Fernando Lemos, o Estado precisa tomar alguma medida. “A gente entende que é preciso uma mão de obra de alta qualificação e o Governo está substituindo agora por plantões extras e não paga os plantões, não faz concurso público e nem contrata pessoal”, critica.

Lemos disse ainda que as diretorias dos hospitais apontam que o cenário de crise estaria prejudicando a quitação das dívidas. “A diretora do Hospital Agamenon Magalhães disse que podíamos sair que ela conseguiria um quadro novo”, acusou Lemos. Uma das manifestantes disse também que os profissionais estão sendo intimidados, ameaçados de ficarem fora das escalas, se participarem dos protestos.

Por volta das 12h, cinco representantes foram convocados para uma reunião no Palácio. A categoria pretende apresentar uma lista de reivindicações, que envolvem ainda os pedidos de regularização de data fixa de pagamento, aumento do valor do plantão extra e garantia contra represálias.

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Cerca de 50 profissionais de saúde – enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares - estão neste momento na Avenida Agamenon Magalhães, no sentido Olinda, bloqueando a passagem de veículos. Entre os pedidos, está a redução de carga horária para 30 horas semanais.

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A categoria aproveita o protesto para apoiar o ato médico em prol da Revalida, além de solicitar que exista um concurso público estadual para contratação de novos profissionais da área, e afirmam que há mais de 10 anos que não existem essas provas.

O enfermeiro Gilmar Júnior afirma que a categoria só sairá da via depois das 20h. "É uma vergonha o tratamento que o Estado dá aos enfermeiros. Este é a terceira movimentação da categoria e já estamos organizando a quarta, mas sem data para acontecer", comunicou o funcionário público.

Durante o protesto, um motoqueiro tentou furar o bloqueio, mas foi impedido pelos manifestantes.

Com informações de Moriael Bandeira

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