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O engenheiro de 43 anos e morador do bairro de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, que agrediu verbalmente o fiscal da Vigilância Sanitária Flávio Graça no último sábado (4), durante uma operação de fiscalização da prefeitura para impedir aglomerações em um restaurante na Barra da Tijuca, recebeu o auxílio emergencial de R$ 600 do Governo Federal para pessoas desempregadas por conta da pandemia.

A informação é do jornal O Globo, que teve acesso a dados do Portal de Transparência da Controladoria-Geral da União (CGU) e constatou que o engenheiro, cujo nome não foi revelado, recebeu a primeira parcela da ajuda em maio. Até o momento não constam informações sobre o recebimento de mais parcelas. 

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A agressão ao fiscal foi cometida pelo engenheiro, juntamente com sua esposa, na noite de sábado (4). Durante a ação de fiscalização, que foi registrada por equipes de reportagem, o casal insistia em realizar irregularidades e atacou Flávio Graça, médico-veterinário que conduzia a operação e deu orientações quanto à necessidade de distanciamento, uma vez que o decreto municipal estabelece distância mínima de dois metros entre as mesas nos estabelecimentos. 

“Cadê a sua trena? Eu quero saber como você mediu as pessoas” disse o homem irritado. Ao ser chamado de “cidadão” pelo fiscal, a esposa resolveu intervir. “Cidadão, não. Engenheiro civil formado e melhor que você”, disse ela a Flávio, que além de veterinário é mestre e doutor pela Universidade Federal Rural do Rio (UFRRJ). 

Ainda durante a discussão, o homem questionou ao fiscal se ele não iria “falar com seu chefe”, dando a entender que pagava seu salário, e sua esposa interrompeu a conversa, afirmando “a gente paga você, filho”.

Em entrevista ao jornal O Globo, o fiscal Flávio Graça alegou não ter se abalado com as agressões sofridas e relatou também momentos em que a dupla agiu com violência não somente contra ele, mas também com jornalistas que estavam no local. “Aquelas agressões não me atingiram, porque ali estou representando o estado para proteger a vida deles. Mas quando um deles chegou com o celular perto do nariz do repórter e iria agredi-lo, eu disse que, se ele encostasse no jornalista, eu iria dar voz de prisão e levá-lo para a delegacia”, disse ele.

Demissão

A mulher flagrada agredindo o fiscal da vigilância sanitária tem 39 anos e é engenheira química com especialização em administração de empresas. Ela trabalhava na empresa de transmissão de energia Taesa, mas após a repercussão negativa do caso, foi demitida. A empresa confirmou a informação por meio de nota na qual afirmou que “compartilha a indignação da sociedade”. Confira a nota na íntegra: 

“A Taesa é uma companhia comprometida com a segurança e a saúde não apenas de seus empregados, mas também com o bem-estar de toda a sociedade. Desde o início da pandemia da Covid-19, a Taesa implementou inúmeras iniciativas para proteger a saúde de seus profissionais e seus familiares, como o home-office para 100% do seu quadro administrativo, e a adoção de diversas outras medidas de proteção para as equipes que operam em campo.

A companhia não compactua com qualquer comportamento que coloque em risco a saúde de outras pessoas ou com atitudes que desrespeitem o trabalho e a dignidade de profissionais que atuam na prevenção e no controle da pandemia.

A Taesa tomou conhecimento do envolvimento de uma de suas empregadas em um caso de desrespeito às leis que visam reduzir o risco de contágio pelo novo coronavírus e compartilha a indignação da sociedade em relação a este lamentável episódio, sobretudo em um momento no qual o número de casos da doença segue em alta no Brasil e no mundo.

A Taesa ressalta que segue respeitando o isolamento e as mais rigorosas regras de prevenção ao coronavírus e que a empregada em questão desrespeitou a política vigente na empresa. Diante dos fatos expostos, a Taesa decidiu por sua imediata demissão”.

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A cena registrada em reportagem do Fantástico da TV Globo que mostra um casal agredindo verbalmente o superintendente de educação e projetos de Vigilância Sanitária do Rio do Janeiro, Flávio Graça, foi além da repercussão nas redes sociais e culminou na demissão da mulher. Ele agia em bares que descumpriam o decreto estadual contra a Covid-19 quando ouviu a seguinte frase: "Cidadão não, engenheiro civil, formado, melhor do que você". 

A reportagem registrava bares e pessoas na Barra da Tijuca Zona Oeste do Rio de Janeiro que descumpriam normas sanitárias de proteção contra a Covid-19 e mostrava abordagem dos funcionários do estado responsáveis pela fiscalização. 

Por conta da frase que repercutiu negativamente desde o domingo (5), a empresa em que a engenharia química de 39 anos trabalhava, a energia Taesa, anunciou a demissão da funcionária e chamou o caso de "lamentável episódio". A Taesa ainda citou a grave crise sanitária para justificar a decisão. 

O presidente da Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa), José Ragone, disse que a companhia está atenta a oportunidades tanto no mercado secundário quanto na elaboração de novos projetos. A empresa já analisa, informou, a possibilidade de participar do leilão de linha de transmissão de Belo Monte, previsto para 7 de fevereiro. A Taesa deverá participar do processo em parceria com a Alupar, em um consórcio com 50% de participação de cada empresa. Ragone pondera, no entanto, que essa formação pode mudar até a data do leilão.

O edital do leilão de Belo Monte será submetido à avaliação da diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em reunião extraordinária agendada para a próxima quinta-feira, 18. O edital deve ser divulgado cinco ou seis dias depois, segundo a diretoria da Aneel.

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Dois dias antes, a Aneel deve analisar o WACC que ditará as condições dos leilões de transmissão de 2014. Ragone acredita que o leilão de Belo Monte, agendado previamente para este mês, foi postergado para fevereiro de 2014 justamente para considerar o novo cálculo.

O leilão também já deve considerar uma nova condição de custos e riscos dos projetos brasileiros, já evidentes nos últimos leilões de transmissão. No certame de hoje, o deságio médio ficou em 5,64%, o que reflete uma "nova realidade" de deságios, segundo avaliação do diretor da Aneel, Edvaldo Santana.

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