Tópicos | Tabu

Mirando quebra de tabus e uma estreia com o pé direito na temporada, o Santa Cruz entra em campo no próximo domingo (7), às 19h, diante do Altos, no Estádio Lindolfo Monteiro, em Teresina-PI. A Cobra Coral só pensa na vitória, o que lhe garantiria classificação à fase seguinte da Copa do Nordeste. Para isso, precisa fazer o que nunca fez contra a equipe piauiense: vencer.

A Cobra Coral terá que atuar longe de seus domínios por conta do Ranking da CBF, em que está atrás do adversário. Caso nenhuma equipe consiga marcar gols no tempo normal, o classificado será definido nas cobranças de pênaltis.

##RECOMENDA##

Ao todo, Santa e Altos já se enfrentaram em três ocasiões, com três vitórias do Jacaré. Nesses confrontos, a equipe das três cores não conseguiu marcar um gol sequer, enquanto os piauienses foram às redes quatro vezes vezes (os placres exatos podem ser conferidos abaixo).

Ciente da seriedade do confronto, o treinador Itamar Schülle vem tentando blindar o elenco e reforçar o foco na decisão. A equipe fez treinamentos fechados, enquanto os atletas não deram entrevistas durante a semana, exceto pelos recém-contratados Juan Tavares e William Assman.

Confrontos entre Santa Cruz x Altos

Altos 2 x 0 Santa Cruz (Nordestão) – 04/04/2021

Santa Cruz 0 x 1 Altos (Série C) – 10/07/2021

Altos 1 x 0 Santa Cruz (Série C) – 11/09/2021

O ápice do prazer sexual tem nesta segunda-feira (31) uma data marcante, pois é quando se comemora o Dia Mundial do Orgasmo. A pedagoga com especialização em sexologia clínica Claudia Petry, membro da Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana (Sbrash) e especialista em educação para a sexualidade pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), esclarece que nos homens, o orgasmo quase sempre vem acompanhado da ejaculação. “Mas orgasmo não significa ejacular. Há uma sensação física em que ocorrem contrações do assoalho pélvico, no momento do orgasmo”.

Claudia esclareceu que é mais comum para os homens terem orgasmo do que para as mulheres. Isso se explica porque os homens têm uma vantagem do ponto de vista anatômico, já que o órgão sexual masculino é muito mais externo do que interno. “O menino, quando vai crescendo, consegue ter fácil acesso ao pênis, enquanto para nós, mulheres, é um órgão completamente interno. A gente consegue sentir, mas não consegue ver”, detalha em entrevista à Agência Brasil.

##RECOMENDA##

Claudia Petry afirmou que, por uma questão social, o homem sempre foi muito mais estimulado a conhecer o próprio corpo, a se masturbar. Para a menina, isso sempre foi um tabu, uma coisa proibida, pecaminosa, por questões culturais e de educação.

“Esta condição, tanto social como anatômica, deixa o homem com vantagens para o seu orgasmo”.

A sexóloga clínica garantiu, entretanto, que todas as mulheres são capazes de sentir orgasmo. Mas precisa estar muito relaxada para que ele aconteça.

Segundo Claudia Petry, o homem pode chegar ao orgasmo e ter um novo orgasmo, embora isso demande tempo até que ele volte a ter o processo de ereção e atinja o ápice de prazer sexual. Já a mulher consegue ter múltiplos orgasmos se continuar a ser estimulada pelo parceiro ou continuar se estimulando. A especialista chamou a atenção que, nessa data em que se comemora o Dia Mundial do Orgasmo, é necessário também abordar a questão da “ditadura” do orgasmo, segundo a qual a mulher que não alcança a sensação do orgasmo não é normal. Destacou que muito melhor do que ter um orgasmo é ter uma satisfação física e emocional na relação íntima, seja consigo mesmo ou com uma parceria.

Benefícios

Entre os benefícios que o orgasmo traz para o corpo das pessoas, Claudia elencou a liberação do hormônio da felicidade, tonificação do assoalho pélvico porque acontecem contrações involuntárias, melhora do humor, diminuição da ansiedade, melhoria da intimidade e da parceria, sensação de prazer em vários aspectos na vida.

Apesar dos benefícios, algumas mulheres podem relatar dor de cabeça após o orgasmo. Quando isso ocorre, a orientação é procurar um médico que tenha um olhar para a sexualidade, para tentar entender o que está acontecendo. “É a área médica que vai ter esse olhar para tentar entender o porquê desse desconforto pós orgasmo”.

Ferramentas

Como o orgasmo é a resposta do índice de excitação sexual do ser humano, a mulher, principalmente, não deve ficar preocupada se vai ter ou não orgasmo, mas trocar pensamentos limitantes e ampliar a sensação corporal, o conhecimento sobre como seu corpo responde a estímulos externos. Claudia afirmou que uma boa ferramenta para a percepção do orgasmo são os vibradores, ou brinquedos eróticos. “Porque eles vêm para, justamente, colaborar com as mulheres. Porque nós temos muitas distrações cognitivas também. Por exemplo, você está no meio da relação sexual e se lembra do boleto que esqueceu de pagar. Nós, mulheres, temos muita dificuldade de nos concentrar na nossa sensação física. E o vibrador é um excelente recurso para que a gente se mantenha atenta ao corpo”.

Para a mulher, O Dia Mundial do Orgasmo, segundo a especialista, serve para que ela possa ter esse olhar sobre si própria e entender que pode gostar de sexo, que pode ter prazer e merece isso, ao mesmo tempo que faz a descoberta sobre o próprio corpo. Isso, contudo, é algo muito recente, em função do peso cultural e do machismo. 

Em sexologia clínica, existe a anorgasmia, que é uma disfunção sexual feminina. São mulheres que não conseguem chegar ao orgasmo. A especialista explica que dentro do protocolo, o primeiro passo para o tratamento da anorgasmia é que a mulher consiga ter um orgasmo sozinha porque, quando se está em uma interação com outra pessoa, as mulheres tendem a se preocupar mais em dar prazer para o outro do que em buscar ter prazer. A descoberta individual, a partir da erotização da mente, leva essa mulher a chegar ao orgasmo.

Beijo

De acordo com Dani Fontinele, terapeuta sexual e sexóloga clínica e membro da Associação Brasileira dos Profissionais de Saúde, Educação e Terapia Sexual (Abrasex), o beijo tem grande importância para que a mulher atinja o clímax. Estudo realizado pela Universidade de Barcelona aponta que o beijo estimula a liberação de quatro neurotransmissores que geram diversas reações na mulher: a dopamina e serotonina, que aumentam o prazer; a epinefrina, que aumenta a frequência cardíaca, o tônus muscular e o suor; e a ocitocina, que gera bem-estar, afeto e confiança. Também há liberação de outras substâncias, como a feniletilamina, que eleva o desejo sexual na mulher, principalmente quando se trata do primeiro beijo, mesmo em relações diferentes. Já o óxido nítrico, que relaxa os vasos sanguíneos, provoca aumento do fluxo de sangue e, em consequência, maior excitação e sensibilidade na região genital.

“O beijo não é apenas troca de saliva, mas envolve os cinco sentidos”, disse Dani à Agência Brasil. “Quando você beija alguém, está sentindo o gosto, o cheiro, tocando a pessoa, está vendo de perto. E a mulher fica muito mais envolvida nesse momento. Então, existe uma propensão maior dela estar aberta para o ato sexual, para esse orgasmo”.

A especialista diz que o beijo é uma coisa íntima, devido à troca de salivas, e importante para a preservação de uniões. “Casais que têm relacionamentos longevos, com uma vida sexual satisfatória, mesmo com a idade mantêm o toque físico, íntimo, e também o beijo”.

Prática

O orgasmo múltiplo se conquista com alguma prática. Ele é possível para todas as mulheres. Para que isso aconteça, a dica da sexóloga Dani Fontinele é mudar o estímulo. Por exemplo, se a mulher teve orgasmo com estímulo manual, deve começar a praticar com um vibrador. “Toda mulher é orgástica, ou seja, pode atingir o orgasmo”. A exceção são mulheres que tenham algum problema biológico, fisiológico ou hormonal. Para ter um orgasmo, Dani acentuou a necessidade de a mulher se conhecer, se tocar, sem esperar que “algum homem salvador venha e faça por ela”. O ideal é que a mulher se conheça, veja onde gosta de ser tocada e como gosta, para mostrar isso para o parceiro, detalha.

Dani insistiu que as mulheres procurem se conhecer. “Peguem um espelho e se olhem. Coloquem a mão, vejam como funciona, onde é sensível, onde não é”. Se a mulher não conseguir se olhar ou se tocar, deve procurar ajuda de um ginecologista ou terapeuta sexual.

Compartilhamento

A sexóloga Natali Gutierrez destaca que quando uma mulher conhece seu próprio corpo e entende o que faz ou não faz sentido quando o assunto é prazer, ela não se permite passar por encontros ruins ou sair com alguém que não faça aquilo que a satisfaz e que permite a ela ter orgasmos que a enchem de prazer.

O também sexólogo Renan de Paula comenta que, embora seja uma parte vital da experiência sexual humana, a importância do orgasmo ultrapassa o prazer físico, porque desempenha papel essencial na conexão emocional entre os parceiros e, também, na promoção do bem-estar geral e até na saúde física. Para Renan de Paula, o orgasmo não deve ser o único foco do encontro sexual, mas a ênfase deve estar na jornada de prazer compartilhado, e não apenas no destino.

No próximo sábado (21), o Santa Cruz inicia sua caminhada na fase de grupos da Copa do Nordeste. E será com uma visita com retrospecto ruim para os tricolores. O Vitória, adversário da estreia, nunca perdeu para os corais jogando em casa.

Se analisarmos apenas a Copa do Nordeste, são cinco jogos no Barradão, com o Vitória vencendo todos os confrontos. No retrospecto geral da competição, com disputas na Bahia e em Pernambuco, são 10 jogos com essas 5 vitórias do Leão, contra quatro vitórias do Santa Cruz e um empate (no Arruda).

##RECOMENDA##

No histórico de todos os confrontos entre as equipes, em Salvador, são 14 jogos, 12 vezes com o Vitória vencendo o jogo e dois empates que resultam nos únicos pontos conquistados pelo Santa Cruz longe do Recife. O último encontro entre os dois aconteceu pelo Nordestão de 2021, no Barradão, e deu o time rubro-negro por 2 x 0.

[@#video#@]

Depois de empatar com o Operário, na quinta-feira, o Sport se prepara para ir em busca dos três pontos contra o Vila Nova, na segunda-feira (18), na Ilha do Retiro. A favor do Leão, o fato de não perder para o time goiano há 18 anos e até de nunca ter sido derrotado em casa.

A última vitória do Vila Nova contra o Sport foi na Série B de 2004, por 2x1, em Goiânia. Além de última, essa também é a única vitória do Vila sobre o Leão. Historicamente, em 12 jogos, todos pela Série B, o Sport venceu seis partidas, empatou outras cinco e perdeu apenas uma.

##RECOMENDA##

O Sport treinou na reapresentação na manhã desta sexta-feira (15) em Curitiba. O vlube retorna, ainda hoje, para Recife para dar continuidade aos trabalhos.

Confira os placares dos 12 duelos entre os times:

2019 - Sport 0-0 Vila Nova

2019 - Vila Nova 0-2 Sport

2011 - Vila Nova 0-1 Sport

2011 - Sport 2-0 Vila Nova

2010 - Vila Nova 1-1 Sport

2010 - Sport 0-0 Vila Nova

2006 - Sport 3-0 Vila Nova

2006 - Vila Nova 1-1 Sport

2005 - Sport 5-2 Vila Nova

2004 - Vila Nova 2-1 Sport

2003 - Vila Nova 0-1 Sport

2002 - Sport 0-0 Vila Nova

Com estreia global no Disney+ nesta sexta-feira (11) e também exibido nos cinemas de alguns países, o mais recente filme da Pixar Studios aborda o que uma garota passa durante a puberdade com sua mãe superprotetora, mas com uma analogia ao quebrar o tabu sobre discutir a puberdade.

Mellin Lee, dublada por Rosalie Chiang, é uma aluna muito confiante que se destaca em todas as áreas, porém, uma noite, ela vai pra cama e acorda como um panda vermelho gigante. Dessa maneira, Mellin experimenta muitas das ocasiões pelas quais os adolescentes passam: aparecimento de novos pelos, alteração corporal, mudança de emoções, vergonha de sentimentos sexuais, entre outras demonstrações.

##RECOMENDA##

“É como a profecia que se realiza. O fato de ser tão chocante o primeiro filme a realmente falar sobre isso é provavelmente a razão pela qual não falamos sobre isso”, apontou a produtora, Lindsey Collins.

A atriz de “Killing Eve” e "Grey's Anatomy" Sandra Oh, que dubla a mãe superprotetora da protagonista, afirmou que é importante as crianças entenderem o que acontece durante a puberdade, ao invés de sofrerem em silêncio. “Uma amiga minha que viu este filme com seu filho de dez anos, de repente teve que ter uma conversa sobre sexualidade e o que as meninas passam”, disse Sandra. 

Por Camily Maciel

 

 

Antes do treino aberto ao público na manhã desta sexta-feira (26), Gustavo Florentín concedeu entrevista coletiva na Ilha do Retiro para falar sobre o confronto contra o São Paulo, sábado (27), fora de casa.

Na conversa, o treinador não fugiu do assunto quando o tema foi o tabu do Sport de nunca ter vencido o São Paulo no Morumbi. Gustavo citou que, em um papo com elenco, falou sobre a chance de quebrar a hegemonia paulista e mostrou confiança em um resultado positivo.

##RECOMENDA##

“Estamos convencidos que podemos, pela maneira que trabalhamos, pela maneira que eles estão se comportando nos treinos e nas conversas que estamos tendo. Podemos quebrar essa hegemonia e para isso temos que fazer sacrifícios, precisamos  estar concentrados do primeiro até o último minuto do jogo. Vai ser contra tudo e contra todos”, disse.

O treinador também explicou por que pediu para o treino desta sexta ser aberto ao público. “Eu gosto muito da torcida presente nos treinos. Se não tivesse protocolos e pandemia, ia ter vocês (imprensa), ia ter a torcida. Considero que tem que ter unidade entre a equipe e a torcida. A gente considera que os torcedores são um jogador a mais”, contou.

Segundo ele, dessa forma, a torcida enxerga o sacrifício e o esforço dos jogadores nos treinos para poder chegar bem no dia do jogo. Ele ressaltou que não fez o pedido por conta do mal momento da equipe e reforçou que esse sempre foi o seu desejo e que só não fazia por conta das normas sanitárias. O Sport já se encontra em São Paulo, pois seguiu viagem logo após o treino desta sexta.

A novela da Globo “Um lugar ao sol” quebrou um tabu histórico de 41 anos no capítulo que foi ao ar nessa quarta-feira (24). Em cena, Rebeca (Andrea Beltrão) surpreendeu os telespectadores ao parecer se masturbar, de forma apenas sugestiva, com caras e bocas delicadas e naturais.

Segundo o portal TV História, a última vez em que uma cena do tipo havia sido passada na televisão aberta foi há 41 anos, em 11 de agosto de 1980, na telenovela Coração Alado, também da Globo, escrita por Janete Clair.

##RECOMENDA##

Após a cena ser exibida em 1980, sumiu dos registros da emissora todas as cópias até do script, junto com a fita do capítulo 171 de Coração Alado.

Mulher também sente desejo

Quebrando o tabu, mais de 40 anos depois, “Um lugar ao sol” surpreendeu os telespectadores e segundo a autora da novela, essa foi a intenção. Em entrevista ao Gshow, Lícia Manso justificou que a intenção foi demonstrar que a atitude da personagem Rebeca é normal na vida das mulheres.

“Escrevi a cena porque mulheres também sentem prazer e desejo. Porque a sexualidade é parte da vida das mulheres, e não só dos homens. Minha intenção ao escrever a cena foi tirar do armário algo normal e saudável. Que a mulher possa explorar, conhecer o próprio corpo”, afirmou.

 

Diz respeito a quase 200 milhões de mulheres no mundo, mas é tabu há muito tempo. A endometriose, doença crônica relacionada à menstruação, está começando a ser levada a sério pelas autoridades, graças às vozes de muitas das afetadas.

Deambulação médica, medo e desamparo. Foi o que sentiu por muito tempo Lorena García, uma espanhola de 30 anos com endometriose, doença que atinge uma em cada dez mulheres no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Tudo começou há mais de dez anos, quando, de repente, García sentiu fortes dores durante a menstruação. Aí começou a jornada que a levou a visitar uma dúzia de médicos, muitos dos quais disseram que era normal.

"Os médicos olham para você de cima, tratam você como louca e às vezes até dizem que você está histérica... Foi um inferno. Eu me senti muito sozinha", explicou à AFP.

Essa doença é causada pela migração de células do endométrio, uma mucosa que reveste o interior do útero, para o exterior da cavidade uterina. Mas, ao se mover, essas células geram lesões, ou até cistos, que podem ser muito dolorosos e causar esterilidade.

- Começar "do zero" -

Até o momento, não existe um tratamento definitivo, por falta de pesquisas científicas, dizem vários especialistas à AFP.

"Durante séculos, pensou-se que era normal que as mulheres sofressem durante a menstruação, o que explica o atraso considerável que temos nessa doença", explicou à AFP a diretora-geral da World Endometriosis Society (WES), Lone Hummelshoj.

Em 1997, essa consultora fundou a Sociedade Dinamarquesa de Endometriose, projeto que permitiu ao país nórdico adotar, cinco anos depois e de forma pioneira, medidas de combate à enfermidade.

A iniciativa teve eco em outros países. A Austrália lançou um plano nacional em 2017, e a França lançou uma estratégia dois anos depois.

No Reino Unido, os casos graves de endometriose são tratados em centros especializados desde 2013.

Esses planos nacionais são a resposta para a libertação da voz das mulheres.

Na França, a ginecologista Chrysoula Zacharopoulou lançou uma primeira campanha de conscientização em 2016.

"Foi uma tarefa difícil porque partimos do zero. Tudo tinha que ser feito", recordou Zacharopoulou, agora responsável pela estratégia nacional.

Paralelamente, várias mulheres famosas começaram a falar sobre o assunto, como a estilista e autora de "It" Alexa Chung, ou a modelo Chrissy Teigen. Em março de 2018, a atriz de "Girls" Lena Dunham revelou que fez uma ablação do útero na esperança de acabar com anos de endometriose.

- "Sem trégua" -

O que a torna difícil de detectar e tratar é que existem várias formas de endometriose, desde as assintomáticas e relativamente dolorosas, até as extremamente graves.

É o caso de Anne (cujo nome foi alterado), uma francesa de 43 anos que, após oito operações, uma delas de ablação do útero, ainda não consegue ver o fim do túnel.

Enxaqueca, cansaço, dores pélvicas... A mulher, que se apoia em uma bengala, teve de desistir da carreira acadêmica e tem uma vida pessoal "quebrada" pela doença.

"A endometriose me destruiu. Desde o início da doença, não tenho tido trégua, tem sido ininterrupta. E os médicos ainda não sabem o que é, nem como me ajudar a melhorar", lamentou.

Nos piores momentos de crise, ela tem ideias suicidas. Um caso que não é único, segundo Caroline Law, pesquisadora da Universidade de Montfort (Leicester), que junto com outros cientistas dirigiu um estudo de referência sobre o impacto da doença na saúde mental das mulheres.

"Depressão, impotência, culpa pela ideia de não poder dar à luz... A doença tem consequências dramáticas na saúde mental da mulher", garante a especialista.

Apesar do domínio no campo, o Náutico não foi capaz de converter em gols as chances criadas na final do Campeonato Pernambucano que aconteceu neste domingo (23), nos Aflitos, contra o Sport. O 1x1 no tempo normal levou o duelo para a cobrança de grandes penalidades. Marquinhos perdeu a quarta cobrança e deixou para Kieza que decidir o título e por fim o tabu de 52 anos sem que o Náutico vencesse uma final sobre o Sport. Teve muita confusão após o apito final. Jogadores e comissão do Sport questionaram decisão do VAR que anulou defesa de Mailson por se adiantar na cobrança de Giovanny.

O jogo

##RECOMENDA##

Diferente do primeiro jogo, o equilíbrio marcou o início do duelo decisivo. O Sport preencheu o meio campo e marcou as investidas do Timbu. No ataque porém o Leão também criava pouco. A primeira chance do duelo nasceu aos 18. Mailson afastou mal uma bola cruzada na área que sobrou para Kieza encher o pé, mas Maidana, bem colocado, ‘defendeu’ com a cabeça. Em seguida foi a vez do Sport chegar com Zé Welison em chute de fora da area defendido por Alex Alves. 

A partir daí o Náutico foi se mostrando mais à vontade com a bola, mas ainda criava pouco. Além de alguns perigos em escanteios cobrados por Jean Carlos, o Timbu ainda criou em chute de Vinícius, salvo por Mailson. Já o Leão, não voltou a obrigar o goleiro Alvirrubro a trabalhar e a primeira etapa terminou com empate.

O segundo tempo voltou com o Náutico mais dominante e um Sport se defendendo, assim como na primeira parte. Mas as chances reais de gol não existiram até os 25 minutos. Hereda cruzou na cabeça de Kieza que acertou o travessão, no rebote Jean Carlos finalizou e novamente Maidana salvou o Leão. 

Mas aos 32 minutos, uma saída errada de Marcão permitiu que o Náutico pegasse a defesa do Sport desmontada e o artilheiro da competição Kieza  não perdoou e levou os Alvirrubros ao delírio com o gol. O Leão respondeu com Thiago Lopes da intermediária e se lançou ao ataque. E o empate veio na pressão do Rubro-negro que achou o atacante Mikael para empatar tudo no fim do jogo e levando tudo para a cobrança de grande penalidade. 

VAR age nas penalidades

Quem abriu as batidas foi Jean Carlos que fez o seu. Depois veio Maidana para o Sport e também marcou. Vinicius também converteu sua cobrança para o Timbu, assim como o Rubro negro Mikael. Hereda quase perdeu, mas conseguiu manter o Alvirrubro na frente, mas Tréllez empatou novamente.

Giovanny que errou e teve seu pênalti repetido, acertou na segunda. O VAR chamou atenção ao fato de Mailson não ter ficado com um pé sobre a linha, como manda a regra. 

Marquinhos por sua vez errou sua cobrança e deixou a chance de título  nos pés de Kieza que marcou e pôs fim a escrita de 52 anos sem vencer o Sport em uma decisão. 

 Ficha de jogo

Competição:Campeonato Pernambucano

Local: Estádio dos Aflitos

Náutico: Alex Alves; Hereda, Camutanga (Ronaldo Alves), Wagner Leonardo, Bryan; Rhaldney (Marciel), Djavan (Matheus Trindade), Jean Carlos; Erick (Giovanny), Vinícius, Kieza. Téc. Hélio dos Anjos. 

Sport: Mailson, Patric, Adryelson, Maidana, Sander; Marcão (Tréllez), Júnior Tavares, Zé Welison (Thiago Lopes), Thiago Neves (Mikael). Neilton (Marquinhos) e Everaldo (Toró). Téc. Umberto Louzer

Gol: Kieza (NAU)

Arbitragem: Rodopho Thoski Marques (FIFA)

Cartão amarelo: Rhaldney, Bryan, Jean Carlos, Erick (NAU), Maidana, Tréllez, Marquinhos (SPO)

Com metade da primeira fase da Copa do Nordeste já disputada, o Santa Cruz, que ainda não pontuou, vê a chance de classificação distante. São 12 pontos ainda em disputa e os primeiros três podem vir contra o Fortaleza, na terça-feira (23). O problema disso é que, além da má fase, o time Coral ainda precisa quebrar um tabu de nunca ter vencido o Leão do Pici, no Ceará, pela competição regional. 

Segundo os dados do site OGol, foram cinco jogos disputados com o Fortaleza como mandante na Copa do Nordeste, três vitórias e dois empates. Em 2002, vitória por 1x0; em 2010 empate em 2x2, novo empate em 2013 por 3x3, e vitória por 1x0 em 2019, e no ano passado por 3x0.

##RECOMENDA##

E o tabu ainda pode ser ainda maior se levado em consideração outras competições. A última vitória do Tricolor pernambucano, contra o Tricolor cearense em Fortaleza, foi em 2006, quando ambas as equipes estavam na elite do futebol brasileiro. São 16 anos de invencibilidade do Fortaleza em casa contra o Santa Cruz. 

Esse ano, o Fortaleza vive situação confortável na tabela com oito pontos na segunda colocação do grupo B. Já o Santa é lanterna no grupo A, tem zero pontos. Se perder, restarão apenas nove pontos em disputa e uma possível classificação da Cobra Coral, tarefa que já é difícil, se torna praticamente impossível.

Ao fim do jogo em que o Sport venceu o Coritiba no domingo (13), o treinador do Sport, Jair Ventura, questionado sobre o próximo duelo contra o Grêmio, não titubeou e afirmou que acredita que o time possa vencer o gaúcho. Ele até citou a vitória na Arena, em Porto Alegre, no primeiro turno. Mas, além disso, o retrospecto dos últimos anos mostram que o treinador tem embasamento para apostar na vitória. Desde 2012 que o Grêmio não vence em visitas ao Sport no Recife. 

Mesmo lutando na parte de baixo da tabela, a boa partida contra o Coxa elevou os níveis de confiança de Jair e do time como um todo. Aliado a isso o Sport ainda conta com um retrospecto recente de oitos anos sem vitória do Grêmio no reduto do Leão. A última foi em 2012.

##RECOMENDA##

O ano de 2012 foi marcado negativamente pela queda para a série B. Aquela foi a última vez que o Grêmio venceu na Ilha do Retiro pelo Campeonato Brasileiro. O placar de 3x1 foi construído por Anderson Pico, Marquinhos e Leandro pelo lado gremista. Hugo marcou o gol solitário do Sport. Com a queda, os times só voltaram a se enfrentar em 2014, em jogo sem gols. Este, aliás, foi o placar do último jogo entre as equipes em 2018.

Já em 2015, vitória magra dos pernambucanos por 1x0 com André marcando o gol após assistência de Diego Souza. A dupla inclusive conduziu o time nas vitórias de 2016 e 2017. Foram 5 gols marcados por eles nos dois confrontos. No primeiro que terminou 4x2, Diego Souza, hoje no Imortal, marcou duas vezes, Edmilson e Serginho completaram para o Sport. Geromel fez os dois dos gaúchos. Em 2017 um hat-trick de André. Matheus Ferraz fechou a contangem para os Rubro Negros. Fernandinho duas vezes e Rafael Thyere, atualmente nos pernambucanos, fechou a contagem. 

Com todo o histórico recente a seu favor, aliado a boa partida disputada contra o Coritiba dão ao Sport um ambiente mais propício a vitória que se conquistada pode ajudar e muito o time pernambucano na luta contra a queda para a série B. Sport e Grêmio se enfrentam sábado (19) às 19h.

O próximo adversário do Sport na Série A vem ao Recife para tentar pôr fim a um longo tabu contra a equipe pernambucana. O Internacional, vice-líder da competição, não vence na Ilha do Retiro desde 2012. São oito anos de invencibilidade rubro-negra no período.

A equipe colorada visitou o Sport quatro vezes nesde período. Em 2012, ano em que o Leão foi rebaixado, o time gaúcho venceu por 2 x 0. Em 2014, o duelo no Recife terminou em 0 x 0. Em 2015, vitória por 3x0 do Sport.

##RECOMENDA##

Em 2016, novo empate, desta vez em 1 x 1. E em 2018, última vez que as equipes se enfrentaram, nova vitória do Sport, com gols de Adryelson e Matheus Gonçalves. Nico López diminuiu para os Colorados.

Em 2017, o Internacional estava na Série B, assim como o Sport em 2019, e por isso as equipes acabaram não se enfrentaram. A chance de quebrar a escrita pelo lado do Internacional acontece nesta quarta (14), mas o Leão dentro de casa e vindo de duas derrotas seguidas quer recuperar o bom momento e que manter o número positivo.

Sexo e internet sempre andaram de mãos dadas. A possibilidade de vivenciar os mais inusitados fetiches com o conforto do anonimato transformou a rede mundial em lugar (quase) seguro e fértil para pessoas de qualquer gênero, classe social e localização geográfica curtirem suas preferências. Salas de chat, sites eróticos e pornográficos, e encontros virtuais sempre existiram, no entanto, a quarentena parece ter dado novo gás a esse segmento, além de ter ampliado as opções daqueles que usam a rede para satisfazer seus desejos.

Com o isolamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus, as relações afetivas ficaram bastante comprometidas. Confinadas em casa, as pessoas passaram a recorrer ainda mais à grande rede mundial, para vivenciar suas experiências com o outro, inclusive as sexuais. Para se ter uma idéia, só o site do canal Sexy Hot apresentou um crescimento de 500% no primeiro semestre de 2020. 

##RECOMENDA##

LeiaJá também

--> Festas online são refúgio para os baladeiros na quarentena

Nessa busca por prazer e, por que não, pelo fim da solidão - ainda que por alguns instantes -, tem rolado de tudo: sexting, aplicativos de relacionamento, sites pornô, apps de compartilhamento de nudes, e as festas eróticas via Zoom. Essas últimas, além de servirem como cano de escape para quem está entediado na quarentena, também têm se mostrado como ferramenta para a expressão livre da sexualidade dos participantes além de uma espécie de laboratório para as novas modalidades de intimidade. 

Já são várias as festas '+18' que têm acontecido na internet. Sento Mesmo; Hot, exclusiva para travestis, crossdressers e drag-queens; e até as promovidas pelo famoso Killing Kittens, clube erótico com quase 200 mil membros espalhados pelos Estados Unidos e Europa. No próximo sábado (10), acontece a Saliente, que em sua quarta edição antecipa o Dia das Bruxas e promove um 'agito' temático. 

Na descrição do evento, no site Sympla, onde são vendidos os ingressos, a descrição explica o que é permitido durante a festa: “Dançar, se exibir, transar ou apenas assistir”. A produtora Tami Chagas, que promove a festa, explicou, em entrevista ao LeiaJá, como funciona: "Nas chamadas a gente deixa claro que a festa é de putaria sim, porém que prezamos, acima de tudo, pelo respeito. Informamos que não temos como garantir a privacidade de ninguém, porém que contamos com o bom senso de todes, afinal, se está ali é porque também gosta de putaria, liberdade e por privacidade (sic)."

Tami Chagas é a produtora da Saliente. Foto: Reprodução/Instagram

A última edição da festa contou com 130 pessoas (a capacidade máxima da plataforma é de 300), cada uma pela tela do seu computador, saciando seus desejos e vivendo suas próprias aventuras sexuais; sem qualquer tipo de atrapalho ou incômodo. Para Tami, esse tipo de evento pode ser, para além da diversão, uma ferramenta para a mudança de paradigmas na sociedade e manutenção da própria auto-estima de quem os frequenta. "Depois que passei a frequentar essas festas e interagir com as pessoas que também frequentam, me senti bem mais livre pra ser eu mesma, me senti acolhida e vi que não estava só no mundo. Que posso gostar de putaria e que isso não diminui em nada quem eu sou, muito pelo contrário, fez eu me conhecer e me aceitar mais ainda (sic)".

Mesma opinião tem Babi Lima, a DJ Babilônia - que integra o line up desta edição da Saliente. Para ela, esse é um verdadeiro "experimento social". Além de trabalhar, a DJ também é frequentadora de festas eróticas e entende a experiência como algo "libertador". "A gente chega com muitas coisas na cabeça sobre sexualidade, sobre sua imagem. (Ali) você se vê como uma pessoa humana, que tem necessidades, tem gostos particulares, fetiches, e pode realizar isso com respeito e bom senso. Essa é a grande lição que a gente vai aprendendo na primeira festa, da segunda em diante a gente já quer construir isso de uma forma mais diferenciada". 

Já sobre tocar em um evento desse tipo, a DJ Babilônia diz que bebe em suas memórias afetivo-sexuais para colocar 'fogo' na pista virtual. "Botar som para a galera transar ao vivo, dentro de uma sala virtual, para as pessoas sensualizarem ou apenas apreciar a movimentação das outras pessoas, como é isso, né? Eu particularmente uso da minha memória afetiva, das coisas que me fazem viajar sexualmente, esse feeling que a gente tem naturalmente, tento resgatar isso para colocar numa linha de raciocínio musical". 

Tabu

A DJ Babilônia divide a line da festa com outras sete DJs mulheres. Foto: Reprodução/Instagram

Mesmo sendo algo intrínseco à natureza humana, o sexo ainda é cercado de vários tabus dentro na sociedade. Um dos motivos para promover e participar das festas eróticas, segundo Tami é contribuir para a naturalização da diversidade de gostos, corpos, e necessidades entre os indivíduos. "Tesão é individual e deve ser respeitado e normalizado. Todo mundo faz sexo, todo mundo tem fantasia mesmo que seja a mais 'besta' ou simples e as pessoas agem como se sexo fosse algo absurdo e de outro mundo. Todo mundo tem órgãos sexuais ué. Uns usam e outros não, só respeitar cada um e tá tudo bem".

A DJ Babilônia complementa o raciocínio. "O objetivo é se entender como seres humanos, como seres sexuais e entender que entre quatro paredes há um universo que pode dialogar, não apenas fisicamente, com o prazer. Sexo é mais que um ato para procriar, mais que o momento de prazer de um casal, sexo é satisfazer os sentidos humanos". 

Prazer feminino

Essa busca por quebra de paradigmas, libertação e naturalização do sexo passa também pelo lugar da mulher nesses novos modelos de relação afetivo-sexual. Elas estão cada vez mais apropriadas de seus desejos e necessidades e não mais ocupam apenas o lugar de acompanhantes ou observadoras como estão tomando posse da sua atuação nesse espaço. A exemplo da própria Tami que produz a Saliente e da DJ Babilônia, que nesta edição do evento divide a line - exclusivamente feminina -, com outras sete DJs de todo o Brasil. 

Tanta mão de obra feminina, a propósito, não é obra do acaso. "Significa que a cada dia estamos nos libertando de tudo aquilo que a sociedade tenta nos travar, que somos muito foda e que temos muito a ensinar para os homens sobre liberdade sexual e que isso vai muito além de sexo, é sobre se conhecer, se aceitar, se respeitar, se dar prazer e poder dar prazer ao outro e de diversas formas (sic)”, afirma a produtora Tami. 

Serviço

Saliente Festa - Sentada de Bruxona

Sábado (10) - 23h

R$ 5 a R$ 50

Através do Zoom 



 

O Clássico das Emoções que decide um dos finalistas do Campeonato Pernambucano de 2020 é o segundo entre as equipes nesta temporada. No primeiro duelo, no Arruda, domínio da equipe coral e vitória por 2 a 0. Mas apesar de ser o sexto embate entre as equipes desde 2019, no mata-mata os encontros não costumam ser tão frequentes. Além disso a equipe da Rosa e Silva tem um tabu de 10 sem vencer o rival em um duelo eliminatório. 

Porém não precisa ir tão longe para relembrar o último. Em 2019 as equipes se enfrentaram quatro vezes em com jogos em todas competições presente no calendário de ambas as equipes, mas o mais "valioso" foi o duelo da Copa do Brasil. Uma classificação na valeria cerca de um milhão no bolso do vencedor. no tempo normal gols de Pipico e Jorge Henrique e empate no placar. A vitória tricolor veio nas cobranças de grande penalidade.

##RECOMENDA##

Em 2017 nenhuma das equipes conseguiram o direito de disputar a final do estadual e duelaram pelo terceiro lugar em jogo de ida e volta. Na Arena de Pernambuco vitória tricolor por 2x1 e no Arruda o empate a uma bola deu a vitória ao tricolor. 

Agora vamos até 2016 quando pela semifinal do estadual, mesma fase do atual duelo, o tricolor se sobressaiu e ficou com a vaga que lhe valeria, posteriormente, o título. O duelo foi decidido em mais dois jogos de ida e volta, mas desta vez a vitória tricolor aconteceu em ambas as oportunidades. No Arruda placar de 3x1, e na Arena vitória por 2x1. 

Em 2013 mais dois jogos definiram a vaga para a final e o Santa já mostrava a superioridade que viria nos jogos eliminatórios em sequência ao vencer as duas partidas e chegar até a final da competição. 

A última vitória do Náutico sobre o Santa Cruz no mata-mata já tem 10 anos. Foi em 2010 também pela semifinal do estadual que o Náutico conquistou a classificação após empatar o primeiro jogo e vencer o segundo por 1x0.

Idealizado pelos jornalistas Nathallia Fonseca e Eduardo Nascimento, o livro-reportagem 'Tira' será lançado no Recife nesta quinta-feira (7), às 19h, no bairro de Santo Antônio, área central da cidade. A obra traz histórias reais, em formato de quadrinhos, sobre mulheres que abortaram.

De acordo com Nathalia, a produção que conta com ilustrações da artista visual Berta V. e relata a história de três mulheres pernambucanas de diferentes idades e classes econômicas que resolveram interromper a gestação é um convite para o leitor refletir acerca de um assunto de saúde pública ainda tratado como tabu no Brasil.

##RECOMENDA##

Além do lançamento, o evento  contará com distribuição gratuita do livro e com uma roda de conversa sobre aborto com o médico obstetra Olímpio Moraes (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) e as pesquisadoras Fernanda Capibaribe (UFPE) e Paula Viana (Grupo Curumim).

Serviço

Lançamento do livro 'Tira'

7 de fevereiro | 19h

6º andar- Edifício Pernambuco (Av. Dantas Barreto, 324 - Santo Antônio)

Entrada gratuita

Focado no cotidiano feminino, a exposição ‘Espelhos’ entra em cartaz neste sábado (26), a partir das 19h37, no Sebo Casa Azul, em Olinda. A mostra, idealizada pela pesquisadora Natali Assunção, trata da liberdade e tabus vivenciados pelas mulheres diariamente.

Assuntos considerados ‘proibidos’ no universo feminino como nudez, erotismo e a selvageria feminina são retratados nas fotografias de Thaís Salomão, que utilizou a técnica da sobreposição para dar vida ao trabalho.

##RECOMENDA##

A mostra fotográfica é a primeira parte do projeto 'Narrativas de uma memória em chamas', que em breve irá lançar um documentário, que conta a história do cotidiano de liberdade e proibições de 11 mulheres de realidades socioeconômicas e culturais distintas e um monólogo. Com entrada franca, ‘Espelhos’ fica em exibição até 23 de fevereiro.

 

Serviço

Exposição fotográfica Espelhos

Quando: 26 de janeiro a 23 de fevereiro | 19h37

Sebo Casa Azul (Rua 13 de maio, 121, Carmo, Olinda)

 Entrada Franca

“Ver o sofrimento da minha família me fez ver que eu tinha muitas coisas pra viver ainda”. O depoimento é da professora Joana*, 27 anos. Diagnosticada com depressão há 8 anos, a jovem já tentou suicídio algumas vezes. Hoje, enxerga que essa não é a saída e defende que procurar ajuda é o melhor caminho. "É preciso tentar se conhecer, desabafar com gente de confiança, procurar ajuda médica para entender o que está acontecendo com você. Outro fator que foi de extrema importância pra mim nesse processo foi construir laços com as pessoas, para que elas pudessem me amparar nos momentos de crise. Saber que não estou sozinha faz toda a diferença. Hoje eu me conheço melhor e estou aprendendo que a vida vale a pena ser vivida, mesmo com todos os contras", revela.

O setembro amarelo foi implantado no Brasil em 2015 pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). A campanha mundial tem o objetivo de aumentar a conscientização sobre o suicídio e prevenir sobre uma das principais causas de morte em todo o planeta. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), entre 2007 e 2016, foram registrados no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) 106.374 óbitos por suicídio no Brasil. Em 2016, a taxa chegou a 5,8 por 100 mil habitantes, com a notificação de 11.433 mortes por essa causa.

##RECOMENDA##

Os dados apontam, ainda, que, no mesmo ano, 396 pessoas tiraram a própria vida em Pernambuco. Entre eles, estava o filho da cabeleireira Sibely Fernanda das Chagas Brito, de 40 anos. Luan Felipe tinha 17 anos e estava com depressão. Ele faz parte da estatística que aponta, hoje, o suicídio como a quarta causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos no Brasil. Sem ter ideia da gravidade do problema, Sibely acredita que a busca por ajuda médica para o filho chegou tarde. “Levei ele ao psiquiatra, que passou remédios e disse que estava tudo sob controle. Após duas semanas, Luan tirou a própria vida”, conta.

Segundo a psiquiatra do Hospital Oswaldo Cruz (Huoc), professora da Universidade de Pernambuco (UPE) e membro da Associação Brasileira de Psiquiatria, Kátia Petribu, as pessoas que pensam em suicídio emitem sinais. "75% dos pacientes que tentam suicídio procuram atendimento de saúde nos seis meses anteriores. E até 45% no mês anterior. E, na maioria das vezes, ele confidencia os seus sintomas, dão sinais. Muitas vezes não de forma direta, mas de forma indireta. Outras vezes procuram conversar com amigos para desabafar e, se isso acontecer, é preciso que o outro ouça atentamente”, explica.

Sibely reconhece que foi exatamente esse o seu erro. "Eu errei em não ter prestado atenção, mas eu errei sem saber. Eu não tinha consciência da gravidade, achava que depressão era frescura e que o que ele estava fazendo era pra chamar atenção. Mas, na verdade, ele estava pedindo socorro o tempo todo e eu não consegui ver isso", desabafa. Após receber uma carta psicografada de Luan em 2017, ela resolveu criar o projeto social “No mundo do Lua”. Mantido através de doações, o projeto atende jovens que sofrem depressão e têm propensão ao suicídio. O espaço, que funciona no bairro de Paratibe, em Paulista, na região metropolitana do Recife, oferece atendimento psicológico gratuito por meio de uma psicóloga voluntária. "Eu aprendi a olhar para as pessoas de maneira diferente. Eu comecei a observar tudo no ser humano. Da forma que eu vejo hoje, eu me considero uma pessoa completa por poder salvar, ou ao menos tentar, um adolescente", conta Sibely. A iniciativa também criou uma rede de assistência às mães que perderam os filhos.

No Brasil, há, em média, um caso de suicídio a cada 46 minutos. Os dados são de 2016 e apontam que isso representa um aumento de 2,3% em relação ao ano anterior. De acordo com a Organização Mundial da Sáude (OMS), o suicídio poderia ser evitado em mais de 90% dos casos. "A maioria das pessoas que se suicidam são pessoas portadoras de transtornos psiquiátricos. Portanto, existe prevenção. Se a pessoa fizer o tratamento adequado, as chances de cometer o suicídio são diminuídas", explica Kátia Petribu.

É o caso da estudante de medicina Ramona Silveira, de 23 anos. Diagnosticada com depressão, transtorno de ansiedade e de personalidade conhecido como ‘Boderline’, há quatro meses a jovem decidiu buscar tratamento. “Já tentei suicídio três vezes e eu só melhorei a partir do momento que aceitei os transtornos que tenho e procurei ajuda”, conta. Atualmente, Ramona realiza psicoterapia e usa medicamentos. “Minha vida melhorou tanto na parte acadêmica quanto na social. O apoio da minha família também foi muito importante. É importante os familiares não acharem que é drama ou que a pessoa quer chamar a atenção”, afirma.

Para Kátia Petribu, esse apoio, de fato, pode ser decisivo. “Se uma pessoa lhe confidencia que pretende se matar, você precisa ficar extremamente atento. Primeiro, é preciso mostrar amizade e solidariedade, mas não apenas isso. É preciso, também, acolher a pessoa e incentivá-la a buscar atendimento. Se ela não quiser, marque você mesmo e leve ela”, alerta. A psiquiatra aponta que criar uma rede de apoio é fundamental. “O suicídio é uma emergência médica. Os pacientes precisam ser atendidos e medicados, e isso não pode demorar meses, é preciso ter um atendimento rápido”, afirma.

O Coordenador de Saúde Mental do Ministério da Saúde, Quirino Cordeiro, considera a informação como primordial na prevenção ao suicídio. “Conversar sobre como agir nessas situações é fundamental para quebrar os mitos que existem hoje. A sociedade precisa estar orientada em relação às modalidades de tratamento para que as pessoas possam ter o cuidado de acordo com a necessidade clínica”, assegura.

De acordo com o Ministério da Saúde, em um ano foram inaugurados 109 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) em 20 estados. De acordo com dados do MS, nos locais onde existem Centros de Apoio Psicossocial (CAPS), uma iniciativa do SUS, o risco de suicídio reduz em até 14%. Ainda de acordo com o ministério,  também foi destinado R$ 1,4 milhão para a realização de projetos nas Redes de Atenção Psicossocial (RAPS), nas capitais de Manaus, Campo Grande, Boa Vista, Teresina, Porto Alegre e Florianópolis, consideradas prioritárias devido ao alto índice de suicídio.

TELEFONES ÚTEIS E ONDE BUSCAR AJUDA

Serviços de saúde
CAPS e Unidades Básicas de Saúde (Saúde da família, Postos e Centros de Saúde).

Emergência
SAMU 192, UPA, Pronto Socorro, Hospitais.

Centro de Valorização da Vida – CVV
188 (ligação gratuita) ou www.cvv.org.br para chat, Skype ou e-mail

Ajuda psicológica gratuita ou de baixo custo no Recife


Aos 20 anos, o velocista Paulo André Camilo Oliveira vive duas realidades diferentes. Nas pistas, ele tenta quebrar um tabu histórico: correr os 100 metros abaixo dos 10 segundos. Com a marca de 10s06, ele é o favorito para superar Robson Caetano, que correu a prova mais nobre do atletismo em 10s em 1988. No restante do dia, Paulo vive os dilemas de quem acabou de sair da adolescência. Só colocou brinco quando fez 18 anos. Antes, o pai não deixou. Até hoje, a mãe liga para saber onde ele anda (ou corre). Sua história não precisa ser tão resumida só porque ele é o mais rápido do Brasil atualmente. Existem detalhes que merecem mais atenção.

Paulo André é a ponta mais afiada de um tridente que vem trazendo esperança ao Brasil nas provas de velocidade para o Mundial e os Jogos de Tóquio. As outras são Jorge Henrique Vides e Derick Souza, que correram os 100 metros em 10s08 e 10s10, respectivamente. Os três competem nesta sexta-feira no Troféu Brasil de Atletismo, em Bragança Paulista (SP). É o principal torneio da modalidade do País.

##RECOMENDA##

Paulo André construiu sua carreira em Vila Velha (ES). Embora represente o Esporte Clube Pinheiros nos torneios, ele treina longe dos principais centros de atletismo. É proposital. Ele e seu pai, Carlos Camilo, criaram um projeto social de iniciação esportiva que procura desenvolver o esporte em um Estado sem tradição no atletismo. Hoje, 30 crianças treinam lá. Tudo é improvisado: os cones são emprestados e os dardos para arremesso são feitos de bambu. Paulo começou a correr no projeto e se tornou o exemplo.

O pioneirismo trouxe uma fatura salgada. Até dois anos atrás, Paulo treinava em uma pista de terra. Sofria com lesões. Agora corre em pista de boa qualidade da Universidade Federal do Espírito Santo. A equipe de três profissionais que o acompanha foi formada na base da parceria. Eles não ganham nada. Faltam patrocinadores.

Seu pai também tem história para contar. Velocista na década de 1980, Carlos Camilo é o trampolim para o sucesso do filho. Embora tenha sido cortado dos Jogos de 1984 por lesão, ele correu no Mundial dois anos depois ao lado de lendas como Carl Lewis. Aprendeu os atalhos para um atleta de ponta. Literalmente. "O lado externo tem tanta influência quanto os treinos. É preciso calma para não sentir essa pressão por resultados", diz.

Os dois tiveram dificuldade para separar os papéis de pai, atleta, filho e treinador. Para transmitir as orientações de técnico, Camilo se valia da autoridade de pai. Isso já melhorou.

A trajetória de Paulo André mostra um equilíbrio entre a herança genética e a influência do meio. Na infância, seu apelido era Foguete. Ganhava todas as corridas e era impossível fugir dele no pega-pega. Ganhou três bicicletas nas corridas nos Jogos Escolares. O talento nato foi lapidado pelo pai. Mas essa equação não veio pronta. Paulo quase foi jogador de futebol. Após ser aprovado em peneira do Bahia, sua mãe o fez pisar no freio. Não queria que o filho de 13 anos saísse de casa tão cedo.

Foguete não se arrepende. Continuou correndo sem a bola. Ele fala rápido, quase atropela as palavras. Agitado. Transmite aquela eletricidade dos jovens, que querem tudo para ontem, e uma centelha de campeão. Seu nome já está na história como recordista sul-americano. Agora, pensa em correr na casa dos 9 segundos. Os planos estão na ponta da língua do pai/treinador: final olímpica em 2020 e briga por medalha em 2024. "Seis centésimos (para baixar) não são nada, mas exigem treino e atenção aos detalhes. Estou tão longe, mas tão perto", diz o jovem mexendo nos dois brincos brilhantes.

Quando entrava em uma loja de brinquedos, Nicóle Rolim dos Santos passava direto pelas estantes com bonecas e corria para o setor dos jogos de Física e Matemática. "Eu olhava, mexia, mas nunca tinha dinheiro para comprar", contou a estudante, agora com 13 anos, cursando o 8.º ano do ensino fundamental em uma escola particular em Salto de Pirapora. "Minha escola é boa, mas estava sentindo falta daquele algo mais que me levasse a focar a área de Ciências." Foi quando ela viu uma página no Facebook sobre "Meninas com Ciência".

Nicóle conta que sentiu até um arrepio. "A página dizia: ‘Se você sonha em ser cientista, é curiosa e ama aprender coisas novas, inscreva-se’. Parece que estava falando direto comigo. Mostrei para minha mãe e ela só disse que, se era o que eu queria, devia ir em frente." A mãe é professora na escola particular em que a filha estuda. O pai de Nicóle é vendedor e a família leva uma vida simples, em um bairro periférico da cidade de 43,5 mil habitantes. "Eu vi que muitas estudantes estavam se inscrevendo e fiquei meio assim, será que tenho chance? Então veio o chamado para começar o curso."

##RECOMENDA##

Foi na primeira edição no Estado de São Paulo do projeto, que teve início em 2016 no Rio e, neste ano, será realizado pela primeira vez na capital - o evento será na Universidade de São Paulo (USP) entre outubro e dezembro e as inscrições vão começar no dia 10. Para participar, é necessário estar entre o 5.° e o 9.° ano do ensino fundamental e poder participar de todos os encontros, que vão ocorrer aos sábados. Serão 50 vagas, metade para alunas de escolas públicas e a outra para jovens de escolas privadas. Dependendo do volume de inscrições, haverá sorteio.

Nicóle conta que, nos quatro sábados de novembro de 2017, quando compareceu às aulas, dadas no câmpus de Sorocaba da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), mergulhou em um mundo de sonhos. "As palestras eram sobre oceanografia, astronomia, farmacologia, microbiologia e outras matérias. Eu me interessei especialmente pela astrobiologia, que pesquisa a vida fora da Terra, em outros corpos celestes."

Nicóle diz que, após o curso, passou a ter outro conceito de si mesma. "Eu achava que tinha de fazer um curso técnico para arrumar um emprego, mas agora vejo que existem outras áreas." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em seu programa "Café com Boulos", transmitido pelas redes sociais, o pré-candidato a presidente Guilherme Boulos (Psol) tocou em um assunto polêmico: o aborto. Ao ser questionado por um seguidor por que se candidatou a presidente em um país cristão, já que é a favor da legalização do aborto, o psolista foi direto: “Ninguém defende o aborto, ninguém é a favor do aborto. O que nós defendemos é o direito das mulheres fazerem o aborto, é uma coisa totalmente diferente”, esclareceu. 

“A gente defende o direito das mulheres decidirem sobre os seus corpos. É isso que está em questão, porque o que está em jogo é um tema de saúde pública. Hoje, independente da opinião de cada um, muitas mulheres abortam, há dados que mostram que ao menos 8 milhões de mulheres já fizeram aborto no Brasil”, argumentou. 

##RECOMENDA##

O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) disse que o aborto não pode ser crime. “Como aborto é ilegal, não é feito pelo SUS, apenas em circunstâncias muito específicas, o que acontece hoje é que as mulheres abortam em condições precárias muitas vezes e morrem em média quatro mulheres por dia em decorrência de condições precárias. De complicações em abortos, isso precisa ser tratado como saúde pública que é”. 

Ele definiu como “disparate” o fato de a bancada fundamentalista condenar o aborto mesmo em caso de estupro. “A gente sabe que a questão do aborto é uma questão que mexe com muitas crenças religiosas, que precisam ser sempre respeitadas. Esse debate precisa ser feito. Vamos dialogar com as crenças religiosas que as pessoas têm e com as resistências, mas não podem impedir de tratar o debate, que é essencial por isso defendemos a descriminalização. Aborto não pode ser crime, essa é uma questão essencial que está posta”. 

Boulos também expôs que não tem tabu para falar sobre qualquer tema e ainda salientou que não abre mão de suas posições porque pode perder votos. “Foi isso que gerou o descrédito na política brasileira, as pessoas não falarem o que pensam”. 


Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando