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A Caixa Econômica Federal atualizou, na última quinta-feira (3), o normativo 037, permitindo a contratação temporária de funcionários terceirizados para a função de bancário, atividade fim da empresa, sem vínculo empregatício. A decisão, de acordo com a Caixa, tem como objetivo suprir a demanda de vagas deixadas pelos Programas de Desligamento Voluntário Extraordinários (PDVE). 

Representantes de sindicatos de trabalhadores da Caixa, no entanto, se queixam da medida. Para Suzineide Rodrigues, a contratação de terceirizados burla o concurso público e precariza o trabalho. “Nós somos veementemente contra em qualquer setor pois se contrata para pagar um salário de miséria sem garantia de direitos. Na Caixa precisamos de mais empregados, mas que sejam concursados. Estamos pedindo resposta à Caixa, que afirma que não vai aplicar o normativo e conversar com o Governo, mas até agora está valendo o normativo. Somos contra que uma empresa pública como a Caixa que tem concurso feito com pessoas competentes e não contrata”, explica Suzineide.

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Em resposta ao LeiaJá, a Caixa afirmou que as alterações no normativo interno da empresa foram realizadas para adequação às alterações previstas na Lei 13.429/2017 e que “concurso da CAIXA de 2014 foi realizado para composição de cadastro de reserva, sem obrigatoriedade de aproveitamento de todos os candidatos”. Apesar de não ser estipulado um número no normativo, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco acredita que serão contratados cerca de 10 mil bancários temporários. 

De acordo com Dionísio Reis, coordenador da CEE/Caixa e diretor da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal, afirma que os empregados da Caixa Econômica são contrários a esta resolução há muitos anos. 

“Nos anos 90 e início dos anos 2000, a Caixa trabalhou com muitos temporários, chegando a uma ter uma relação meio a meio com os concursados. Com a assinatura de uma TAC (Termo de Ajuste de Conduta) com o Ministério Público, conquistada após diversas ações judiciais do Sindicato contra a terceirização da atividade-fim, o banco teve de encerrar este tipo de contratação, que foi extinta só em 2006, mas manteve o normativo. Sempre cobramos a revogação do RH 037 em mesas de negociação e, no ano passado, a Caixa alegou que aguardava a regulamentação do trabalho terceirizado em lei.” Confira o documento confidencial com o texto da normativa na íntegra, a que o LeiaJá teve acesso por meio de uma fonte que não deseja se identificar.

*Com informações da Fenae

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Após assembleia da categoria, realizada na noite desta terça-feira (27), o Sindicato dos Bancários de Pernambuco informou que irá aderir à Greve Geral após o pleito ser aprovado por unanimidade, na próxima sexta-feira (30). O ato fará a categoria parar suas atividades por 24 horas.  

Conforme a presidente do Sindicato, Suzineide Rodrigues, desde a última semana, a categoria já tinha indicativo e já estão em estado de greve desde a sexta-feira passada. A assembleia iniciou às 19h30 e ficou decidido de que as agências irão fechar no dia 30. O intuito é mostrar insatisfação pelo governo do atual presidente Michel Temer e, na ocasião, serão defendidas as eleições diretas.

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Diante da greve dos bancos, iniciada no último dia 6 de setembro, a Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco (OAB-PE) pediu a prisão da presidente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Suzineide Rodrigues. No entanto, a Justiça do Trabalho negou tal solicitação. 

A juíza Mariana de Carvalho Milet, em seu despacho de 2 de outubro, considerou o pedido de prisão "medida excepcional e extrema" e que não se adequa ao tratamento jurídico que deve ser dado à greve da categoria. Em suas palavras, a magistrada explica ainda que Suzineide Rodrigues não poderia ser presa, da forma solicitada na liminar, por se tratar da primeira vez em que este juízo é solicitado nestas circunst^ncias.

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Milet ainda aponta que a medida é tomada quando nenhum dos meios de coerção existentes no ordenamento jurídico, para o cumprimento da ordem judicial, forem suficientes, o que não é o caso da paralisação da categoria. 

Na noite desta segunda-feira (3), os Bancários de Pernambuco realizarão assembleia para discutir sobre o andamento do movimento nos próximos dias. 

Diante da greve dos bancários – que já dura 24 dias – a Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco (OAB-PE) entrou na Justiça com pedido de prisão da presidente do Sindicato dos Bancários, Suzineide Rodrigues. O órgão havia solicitado à categoria que passasse a receber os pagamentos de alvarás em extensão do horário de atendimento, durante a paralisação. O pedido não foi cumprido. Os bancários alegam que já realizam os 30% do atendimento à população, como é previsto em lei, através dos caixas eletrônicos e disponibilidade de efetuação de alguns serviços através das casas lotéricas. Esta é a paralisação mais duradoura desde 2004.

Segundo a OAB, a intenção é oferecer o atendimento mínimo e execução dos serviços como cumprimento de alvarás e liberação de valores encaminhados para contas judiciais. Inicialmente, foi fixada uma multa de R$ 10.000,00 (dez mil reais), caso a medida não fosse acatada depois da notificação. Perante o não cumprimento ao pedido da Ordem, o documento aponta que o valor inicial da multa diária imposta foi insuficiente e aumentou a penalização. “A fim de fazer cumprir sua finalidade, pugna-se pela majoração daquela para o valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais) por dia de descumprimento”. 

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Caso o descumprimento da ordem judicial persista, “tendo em vista a tipificação do crime de desobediência, que V.Exa. determine a prisão da representante da parte demandada”. A OAB garante que encaminhará cópias dos autos à Polícia Federal, juntamente com a decisão que defere o pedido, com o objetivo de instaurar inquérito policial contra o representante legal da entidade ré.

Posicionamento da OAB

De acordo com a assessoria de imprensa do órgão em Pernambuco, não haverá pronunciamento oficial, por enquanto. O presidente da Ordem, Ronnie Duarte, está acompanhando e analisando as petições. Além desse pedido, também foi realizada a solicitação de prisão do representante do Sindicato dos Empregados em Estabelecimento de Crédito no Estado de Pernambuco.

Rodada de negociações

Na última quarta-feira (28), houve a décima rodada de negociações entre a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e o Comando Nacional dos Bancários nessa, em São Paulo. Sem acordo, houve a definição da manutenção da greve. 

A categoria pede um reajuste de 14,78%, sendo considerada a inflação em 9,31%, gerando um aumento real de apenas 5%; piso no valor do salário-mínimo do Dieese - R$ 3.940,24 -; participação nos lucros e resultados (PLR) de três salários acrescidos, ou seja, R$ 8.317,90; auxílio-creche no valor do salário-mínimo nacional - R$ 880 – e vales-alimentação e refeição. O décimo-quarto salário, fim das metas abusivas e do assédio moral também fazem parte da pauta de reivindicações.

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