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Autoridades da segurança do Iraque disseram que as forças do governo e milícias xiitas recuperaram a cidade de Hussiba que foi perdida para militantes do Estado Islâmico ontem, após uma batalha iniciada neste sábado. De acordo com o coronel da polícia do Iraque, Aziz al-Shihawi, as forças aliadas do Iraque mataram vários militantes antes de retirá-los da cidade, que fica cerca de sete quilômetros ao oeste de Ramadi, sob o controle do Estado Islâmico.

Bagdá diz que os preparativos estão sendo feitos para lançar uma ofensiva de ampla escala na província de Anbar, em direção à capital Ramadi, envolvendo as milícias xiitas apoiadas pelo Iraque, que desempenharam um importante papel na defesa do país contra o Estado Islâmico.

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A presença das milícias pode, entretanto, provocar tensão sectária na província sunita, que é crítica ao apoio do governo aos xiitas. Ramadi foi tomada pelo Estado Islâmico na semana passada e está a apenas 100 quilômetros da capital do Iraque, Bagdá.

Um ataque realizado a uma mesquita sunita no Iraque deixou pelo menos 64 pessoas mortas nesta sexta-feira (22) e ainda contribuiu para que fossem interrompidas as negociações entre parlamentares iraquianos para a formação de um novo governo. Indignados com a ação, os representantes sunitas no parlamento abandonaram as conversas. O abandono cria um grande desafio para o primeiro-ministro interino Haider al-Abadi, um xiita que tem se esforçado para criar um governo inclusivo e capaz de confrontar grupos rebeldes.

Ainda não está totalmente claro se o atentado é de autoria de militantes xiitas ou de membros do Estado Islâmico. O ataque aconteceu na vila de Imam Wais, cerca de 120 quilômetros a nordeste de Bagdá, capital do país, e, segundo testemunhas, começou com um ato suicida na entrada da mesquita. Em seguida, homens entraram no templo atirando contra aqueles que rezavam. Além das 64 mortes, outras 60 pessoas ficaram feridas.

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As fontes disseram que combatentes do grupo Estado Islâmico vem tentando convencer integrantes de duas importantes tribos sunitas locais - a Oal-Waisi e a al-Jabour - a juntar-se a eles, mas até agora as tribos têm se recusado. As cidades de Jalula e al-Saadiyah caíram recentemente nas mãos dos militantes do Estado Islâmico, mas Imam Wais continua sob controle do governo.

Autoridades de Imam Wais disseram que as forças de segurança iraquianas e milicianos xiitas correram para o local após o ataque para reforçar a segurança na região, mas foram impedidos por bombas plantadas pelos militantes, medida que permitiu que eles fugissem. Quatro milicianos xiitas foram mortos e treze ficaram feridos pelos explosivos.

Em comunicado divulgado nesta sexta-feira, o sacerdote xiita mais influente do Iraque, o grande aiatolá Ali al-Sistani, afirmou que os líderes políticos do país deveriam deixar de lado suas diferenças e se apressar em formar um novo governo, "realista e factível", em meio à insurgência cada vez maior dos sunitas. Ele acresceu que o próximo governo deveria ser formado por candidatos que "realmente se importam com o futuro do país e com seus cidadãos".

O primeiro-ministro Haider al-Abadi tem até o próximo dia 10 de setembro para apresentar uma lista com nomes que possam ocupar o parlamento e, posteriormente, serem aprovados. No entanto, as recorrentes disputas políticas têm dificultado o cumprimento dos prazos. Desde o começo do ano, o Iraque vem sendo palco de ataques coordenados por extremistas do Estado Islâmico, com o apoio em alguns locais de militantes sunitas. A crise se agravou em junho, quando o grupo tomou o controle de Mosul, a segunda maior cidade do país. Fonte: Associated Press.

Militantes sunitas lançaram na madrugada desta quarta-feira uma nova ofensiva contra a refinaria iraquiana de Beiji, norte do país, mas foram repelidos por forças de segurança, afirmou o coronel Ali al-Quraishi, comandante das forças de contraterrorismo do Iraque, que está no local.

O governo do primeiro-ministro Nouri al-Maliki luta para evitar os avanços dos militantes do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EILL), grupo sunita bem treinado que tem cerca de 10 mil combatentes em território iraquiano.

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A resposta das forças do governo tem ficado bem aquém de uma confraofensiva e tem se restringido a áreas onde os xiitas correm perigo de se tornarem reféns de extremistas sunitas ou nas proximidades de um importante templo ao norte de Bagdá.

Autoridades iraquianas disseram à Associated Press que Maliki está disposto a aceitar, pelo menos temporariamente, a perda de grandes partes de território para os insurgentes sunitas enquanto envia seus melhores homens para defender Bagdá.

Milícias xiitas que respondem ao chamado de pegar em armas, feito por um importante clérigo, também estão concentradas em proteger a capital e templos xiitas. Combatentes curdos, por sua vez, tomaram uma cidade produtora de petróleo que fica fora de seu território autônomo e a tem defendido do EIIL.

Forças do governo, apoiadas por helicópteros armados com metralhadoras, lutam há uma semana para defender a refinaria de Beiji, a maior do país.

Os militantes atacaram a instalação novamente nesta quarta-feira, mas foram expulsos pelas forças do governo, informou o coronel Ali al-Quraishi. Segundo ele, seus homens trocaram disparos com insurgentes quando eles tentavam atacar um oleoduto próximo, ferindo um soldado. Fonte: Associated Press.

Líderes tribais do Iraque e forças do governo chegaram a um acordo para retirar pacificamente soldados iraquianos da refinaria de petróleo de Beiji, que está sob controle dos militantes desde o fim de semana. O acordo encerrou duas semanas de conflitos no local e representou uma derrota dos esforços do governo para proteger instalações importantes de petróleo do país.

As forças de segurança entregaram suas armas ao Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) e seguiram para a região curda semiautônoma do Iraque. Militantes sunitas celebraram na refinaria e na cidade de Beiji, disparando tiros para o ar e proclamando vitória em alto-falantes, segundo moradores da região.

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Já a televisão estatal Al Iraqiyya continuou a insistir, em transmissões nesta terça-feira, que a refinaria está sob controle do governo de Bagdá e voltará a operar "dentro de alguns dias".

Na ausência de um Exército e de autoridades políticas, líderes tribais locais emergiram nos últimos dias como negociadores para ajudar a restaurar a estabilidade em muitas regiões do Iraque. Fonte: Dow Jones Newswires.

Autoridades do Iraque informaram nesta quarta-feira (18) que os militantes sunitas atacaram a maior refinaria de petróleo do país em Baiji, que fica a cerca de 250 quilômetros ao norte da capital Bagdá.

Segundo o governo, o ataque dos rebeldes começou na noite de segunda-feira e se estendeu pela manhã de terça-feira. Parte da estrutura ainda está em chamas.

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A refinaria de Baiji responde por um quarto do refino do Iraque e é a principal fonte de combustível do mercado doméstico de gasolina. Qualquer interrupção nesta refinaria provoca riscos de desabastecimento e escassez de energia em todo o país. Fontes: Associated Press e Dow Jones Newswires.

O general Rasheed Fleih, que lidera o Comando Militar de Anbar, declarou neste domingo (5) que levará alguns dias para expulsar totalmente os combatentes ligados à Al-Qaeda de duas importantes cidades do Iraque.

Fleih disse à televisão estatal que "dois ou três dias" são necessários para expulsar os militantes de Faluja e de partes de Ramadi. Ele acrescentou que tribos sunitas ligadas ao governo estão liderando as operações e que o Exército tem oferecido apenas cobertura aérea e ajuda logística em solo. Fleih não disse quais eram essas operações.

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"A vida tranquila e segura que os habitantes de Anbar querem não será totalmente retomada até daqui dois ou três dias", declarou Fleih.

O Estado Islâmico do Iraque e do Levante tomou o controle de Faluja e Ramadi, capital da província de Anbar. Ramadi já foi reduto de insurgentes sunitas durante a guerra liderada pelos Estados Unidos. Militantes da Al-Qaeda tomaram grande parte das duas cidades na semana passada e têm sido alvo incursões de tropas do governo desde então.

O grupo é também uma das unidades rebeldes mais fortes na guerra civil síria, onde impôs uma versão radical da lei islâmica em territórios sob seu domínio, além de sequestrar e matar qualquer um que faça críticas à sua autoridade.

Para aliviar a tensão, o governo liderado por xiitas retirou as Forças Armadas das cidades. Sunitas que integram o Legislativo veem o Exército como uma ferramenta do primeiro-ministro Nouri al-Maliki para atacar rivais e se consolidar no poder.

Kerry

O secretário de Estado norte-americano John Kerry disse que os Estados Unidos apoiarão o Iraque em seu combate à Al-Qaeda, mas sem enviar tropas.

Os Estados Unidos estão "muito, muito preocupados" com os confrontos, declarou Kerry a jornalistas ao deixar de Jerusalém e se dirigir para a Jordânia e Arábia Saudita neste domingo, onde vai discutir seus esforços para um acordo entre Israel e os palestinos. Ele disse porém, que seu país não enviará tropas em solo para auxiliar as forças iraquianas.

Recentemente, os Estados Unidos enviaram ao Iraque mísseis Hellfire, geralmente usados contra militantes. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), o Iraque registrou o maior número de mortos em 2013 desde que as sangrentas lutas sectárias começaram a retroceder, em 2007. De acordo com a ONU, 8.868 pessoas morreram por causa da violência no Iraque no ano passado. Fonte: Associated Press.

Uma série de carros-bomba explodiu nesta terça-feira (17) na capital do Iraque, matando 33 pessoas. Aparentemente, os ataques foram realizados por insurgentes radicais sunitas com o objetivo de prejudicar a confiança no governo, liderado pelos xiitas.

Líderes sunitas disseram que em Basra, que é dominada por xiitas, atiradores não identificados mataram 17 sunitas nas últimas duas semanas, após ameaças de retaliação contra ataques contra xiitas em outras partes do Iraque.

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Durante os conflitos sectários entre 2004 e 2008, sunitas em Basra eram alvo frequente de ataques. Os crimes na cidade portuária do sul do país devem elevar os temores de que o Iraque pode cair num ciclo de violência que deixou milhares de mortos.

Ações coordenadas de explosões de carros-bomba assumidas ou supostamente realizadas pelo braço local da Al-Qaeda deixaram centenas de civis xiitas mortos desde abril em mesquitas, mercados e em outros locais.

Abdul-Karim al-Khazrachi, que chefia uma organização sunita que supervisiona locais sagrados na cidade, disse em comunicado emitido na noite de segunda-feira que a seita decidiu fechar suas mesquitas em razão da "grave deterioração da segurança e da continuidade dos assassinatos sectários".

Khazrachi disse à Associated Press, por meio de entrevista telefônica de Bagdá, que os assassinatos foram precedidos por ameaças, cartas com balas de revólver em envelopes e mensagens de texto, que prometiam uma vingança pelos ataques insurgentes contra xiitas em todo o Iraque. As cartas exigiam que os sunitas deixassem a província.

Bagdá

Na capital iraquiana, uma explosão aconteceu no subúrbio de Husseiniya no final de semana, matando cinco pessoas e ferindo 14. Pouco antes do pôr-do-sol outra bomba explodiu nas proximidades de uma casa de sucos no centro de Bagdá, matando três e ferindo 21.

Outras duas pessoas morreram após a explosão de um carro-bomba perto de um restaurante, também no centro. No oeste da capital, a detonação de duas bombas matou seis pessoas e 20 ficaram feridas. Outras duas explosões numa rua comercial no sudeste da capital mataram duas pessoas e 77 ficaram feridas.

Em Faluja, forças de segurança impediram um ataque a uma delegacia de polícia, matando quatro dos invasores. Dois policiais também foram mortos.

Em Mosul, ao norte, homens armados pararam um micro-ônibus que levava soldados para sua base. Seis foram mortos com tiros na cabeça, informou a polícia. Fonte: Associated Press.

A agência oficial de notícias do Líbano informou que pelo menos 12 pessoas foram mortas após duas explosões ocorridas do lado de fora de duas mesquitas sunitas em Trípoli, norte do país, nesta sexta-feira. Segundo a Agência Nacional de Noticias, 25 pessoas ficaram feridas.

Os incidentes acontecem em meio a crescentes tensões no Líbano, resultado da guerra civil na Síria, que tem dividido os libaneses entre opositores e partidários do regime do presidente Bashar Assad. Em Trípoli, já ocorreram confrontos sectários entre sunitas a alawitas, um barco do xiismo ao qual Assad pertence. Fonte: Associated Press.

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Uma bomba explodiu em meio a fiéis sunitas que deixavam um templo a oeste de Bagdá, em um dos dois ataques que resultaram em sete mortes no Iraque, nesta sexta-feira. Policiais disseram que a bomba que foi deixada hoje ao lado da mesquita de Omar matou quatro pessoas e feriu outras 11.

Policiais disseram que dois carros com homens armados atacaram um posto de segurança na cidade de Faluja, matando três policiais e deixando dois feridos. Faluja é um antigo reduto da Al-Qaeda e fica 65 quilômetros a oeste de Bagdá. Profissionais de saúde confirmaram as mortes, mas pediram anonimato por não serem autorizados a falar com a mídia.

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Forças de segurança iraquianas se esforçam para conter o maior ciclo de violência no país desde que os soldados norte-americanos deixaram o Iraque, em 2011. Mais de 30 templos sunitas foram atingidos nos últimos dois meses e mais de cem fiéis foram mortos. O Iraque registra também ataques a áreas xiitas, forças de segurança e outros alvos.

A onda de ataques provocou temores de que o país poderia entrar na espiral que leve o Iraque à beira de uma guerra civil, como aconteceu entre 2006-2007. A tensão decorrente de meses de protestos contra o governo xiita, liderados pela minoria sunita - que se sente marginalizada -, aumentou consideravelmente no mês passado, após a repressão por parte de forças de segurança contra um acampamento de militantes sunitas.

Em uma manifestação em favor da unidade nacional, xiitas e sunitas se uniram, hoje, para orar em um templo xiita na cidade de Bagdá, em meio a fortes medidas de segurança.

O clérigo sunita Khalid al-Mulla pede ao governo e à população do Iraque que parem com o derramamento de sangue e unam-se contra "os terroristas que querem matar seus filhos em nome do Islã".

Militantes sunitas, incluindo a Al-Qaeda, costumam atacar templos xiitas e forças de segurança do governo, mas os ataques a templos sunitas elevaram os temores de que as atividades de milícias xiitas tenham aumentado. As informações são da Associated Press.

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Em dois dias consecutivos de confrontos e ataques, mais de 100 pessoas morreram e cerca de 240 ficaram feridas no Iraque. Os tumultos entre as forças de segurança e os manifestantes se multiplicam pelo país desde dezembro do ano passado, nas províncias de maioria sunita.

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A população do norte do Iraque exige a demissão do primeiro-ministro Nouri al Maliki, que é xiita. A reportagem da AFP traz mais detalhes sobre os ataques no país.

Confrontos entre integrantes do Exército iraquiano e sunitas armados que isolaram uma cidade da região central do país deixaram 22 mortos, um dia depois de um sangrento incidente envolvendo soldados e manifestantes ter resultado na morte de 56 pessoas. Outros episódios de violência deixaram 13 mortos em outras partes do país. Autoridades iraquianas informaram que entre terça-feira e hoje, 110 pessoas morreram no Iraque.

Os episódios de violência elevam as tensões entre sunitas e xiitas e aumentam os temores de que o país pode estar se encaminhando para uma nova rodada de violência sectária.

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Os confrontos desta quarta-feira tiveram início depois que as estradas que levam a cidade sunita de Qara Tappah serem bloqueadas por membros de tribos sunitas. Tropas do governo chegaram para tentar abrir a cidade e houve confrontos. Helicópteros dispararam contra os sunitas e a polícia informou que 15 deles e sete soldados morreram.

Em outro ponto da cidade, três homens armados foram mortos quando atacaram um posto de verificação perto da cidade de Mosul, ex-reduto da Al-Qaeda, a 360 quilômetros a noroeste de Bagdá.

Mais tarde, um carro-bomba atingiu uma patrulha no norte de Bagdá, matando um policial e dois civis, informou a polícia. No final da tarde, um carro-bomba explodiu nas proximidades de um ponto de ônibus de Bagdá, no bairro majoritariamente xiita de Husseiniyah, matando sete pessoas e ferindo 23.

A violência desta quarta-feira ocorre um dia depois de forças de segurança terem invadido um acampamento de protesto sunita na cidade de Hawija, dando início a violentos confrontos e a uma série de ataques, a maioria contra mesquitas sunitas, que deixaram 56 mortos.

O Ministério da Defesa do Iraque disse que as forças de segurança entraram na área de protesto para tentar realizar prisões relacionadas a um ataque a um postos de verificação próximo, ocorrido dias antes, e teriam sido alvo de intenso tiroteio de vários tipos de armas.

As ações de terça-feira aconteceram após quatro meses de protestos - em sua maioria pacíficos - realizados pela minoria sunita contra o governo, liderado por xiitas. Os sunitas iraquianos dizem que enfrentam discriminação, particularmente na aplicação da dura lei antiterrorismo, que afirmam, os afeta injustamente. O governo costuma realizar prisões em áreas sunitas sob acusações de que os detidos têm ligações com a Al-Qaeda ou com o deposto regime baathista do ditador Saddam Hussein. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Manifestantes xiitas tomaram as ruas da capital do Iraque neste sábado (12) para demonstrar apoio ao governo do primeiro-ministro do país, Nouri Al-Maliki, que tem enfrentado protestos em províncias sunitas, em um sinal de crescentes tensões na região. Sob forte segurança, cerca de duas mil pessoas fizeram parte da manifestação de apoio em Bagdá, segurando fotos do premiê.

Eles rejeitam o pedido dos sunitas de abolir uma rígida lei anti terrorismo e outra medida que proíbe ex-membros do extinto partido Baath, que dirigia o Iraque, de terem cargos no governo.

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Alguns dos manifestantes levantaram cartazes que diziam que o objetivo dos protestos sunitas é dividir o Iraque. Membros da minoria sunita do país têm realizado grandes protestos nas últimas três semanas contra o que chamam de discriminação do governo xiita do país. As informações são da Associated Press.

O vice-presidente sunita do Iraque, Tariq al-Hashemi, que fugiu do país em dezembro, foi condenado à morte neste domingo depois que um tribunal de Bagdá o declarou culpado de ter planejado, ao lado do genro, o assassinato de um advogado e de uma autoridade de segurança do governo.

Al-Hashemi, que negou as acusações, fugiu do Iraque depois que o governo xiita o acusou de terrorismo no fim do ano passado. O caso despertou uma crise no governo iraquiano, alimentando o ressentimento de sunitas e curdos contra o primeiro-ministro Nouri al-Maliki, um xiita acusado por críticos de monopolizar o poder.

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Um porta-voz da al-Hashemi não emitiu comentário imediato e disse que o vice-presidente iria liberar um comunicado na noite de domingo.

O julgamento teve um total de 10 audiências e contou com depoimentos de antigos guarda-costas do vice-presidente, que disseram receber ordens e serem pagos para realizar os ataques. O governo xiita do Iraque acusou al-Hashemi de envolvimento em 150 atentados, assassinatos e outros ataques entre 2005 e 2011 - muitos supostamente executados por seus guarda-costas e outros empregados. Al-Hashemi havia dito anteriormente que seus guarda-costas foram provavelmente torturados ou coagidos a testemunhar contra ele. As informações são da Associated Press.

Novos confrontos irromperam nesta sexta-feira na cidade libanesa de Tripoli, no norte do país, entre muçulmanos sunitas, majoritários na cidade, e alauitas, partidários do presidente sírio Bashar Assad. Os confrontos começaram nesta sexta-feira após a morte de um jovem xeque de 28 anos, importante na comunidade sunita, Khaled al-Baradei. O jovem xeque foi morto a tiros no bairro de Qobbeh e seu falecimento acabou com uma frágil trégua que havia sido negociada ontem pelo primeiro-ministro libanês Najib Mikati, que é natural de Tripoli. Pelo menos mais uma pessoa foi morta e outras 17 feridas em Tripoli nesta sexta-feira, disseram funcionários civis e militares libaneses.

A morte do jovem xeque eleva a 12 o total de mortos em Tripoli nos últimos cinco dias, informa a agência France Presse (AFP). No total 86 pessoas ficaram feridas, incluído um menino de seis anos que foi atingido por um franco-atirador e ficou paraplégico. O governo libanês despachou tropas de Beirute para o norte e alertou as forças de segurança a "trazerem a situação sob controle, proibirem qualquer presença armada e prenderem todos os que levarem armas", disse em comunicado.

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As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Pelo menos oito pessoas foram mortas em confrontos que aconteceram nesta quarta-feira em Tripoli, no norte do Líbano, entre partidários contra e a favor do presidente sírio Bashar Assad, informaram as forças de segurança libanesas. A emissora Al Jazeera, que reportou de Tripoli, informou que existe o risco do governo libanês - uma frágil coalizão entre muçulmanos sunitas, xiitas e cristãos - cair. Nesta quarta-feira, muçulmanos sunitas, majoritários em Tripoli e no norte do país, trocaram tiros com os alaiutas na cidade do norte libanês. O exército libanês disse, em declaração reproduzida pelo jornal An-Nahar, que não se retirará da cidade. Já o primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, tenta negociar um cessar-fogo.

O ambiente em Tripoli era tenso nesta quarta-feira, com homens armados dirigindo ao redor da cidade e disparando armas automáticas para o alto. Entre os mortos, está um menino de 13 anos e 75 pessoas foram feridas, incluído um menino de seis anos que ficou paralisado após levar um tiro. Pelo menos 15 soldados libaneses ficaram feridos, disse o governo.

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Os combates irromperam na segunda-feira em Tripoli, onde a maioria da população é muçulmana sunita e hostil a Assad, que é alauita, uma dissidência do xiismo. A violência dos combates é tamanha que armas antitanques estão sendo usadas nas trocas de tiros em regiões densamente povoadas, com prédios de apartamentos.

O primeiro-ministro Mikati apelou ao exército libanês e às forças de segurança a "fazerem o que puderem parar acabar com essa batalha absurda". O Exército do Líbano disse que os soldados estão caçando francoatiradores em Tripoli e "apreenderam UAM quantidade de bombas, armas e munições", informou a agência France Presse (AFP).

Os tiroteios começaram na segunda-feira nos bairros de Bab el-Tebbaneh e Jabal Mohsen, mas se espalharam por grande parte da cidade portuária. Colunas de fumaça podiam ser vistas nesta quarta-feira no topo de prédios atingidos, enquanto vários civis deixaram a cidade.

"Nós alertamos repetidas vezes contra o risco de mergulharmos nesse incêndio que está se espalhando pelo Líbano", disse Mikati, a respeito da guerra civil na Síria, que começou em março de 2011. "as está claro nessa altura que vários partidos querem empurrar o Líbano para a guerra", afirmou o premiê.

Os combatentes sunitas de Bab al-Tebbaneh acusam o governo sírio de provocar a onda de violência em Tripoli. Mas Ali Fidda, um oficial Alauita do bairro de Jabal Mohsen, disse que a comunidade, pequena no Líbano, apenas está se defendendo dos ataques dos sunitas. A onda de violência ocorre no momento em que cidadãos libaneses foram sequestrados na Síria, supostamente por insurgentes, enquanto cidadãos sírios foram sequestrados em Beirute, supostamente por um clã xiita libanês.

As informações são da Dow Jones.

Um atentado a bomba desfechado por um suicida contra uma procissão funeral de um xeque xiita em Baquba, ao norte de Bagdá, deixou 15 mortos e cerca de 40 feridos nesta segunda-feira, disseram funcionários da saúde e da segurança do Iraque. O diretor da agência de saúde da província de Diyala, Faris al-Azzawi, disse que o homem-bomba vestia um cinto de explosivos, que detonou quando os xiitas se reuniram para a procissão em Baquba.

O médico Ahmed Ibrahim, do Hospital Geral de Baquba, disse que foram recebidos 15 corpos e 40 pessoas feridas. O ataque em Baquba ocorreu apenas dois dias após 32 pessoas serem mortas por dois carros-bomba que atingiram peregrinos xiitas em Bagdá. A violência no Iraque diminuiu após atingir o auge em 2006 e 2007, mas os ataques a bomba permanecem comuns, especialmente na capital Bagdá. Em maio, segundo o governo, 132 iraquianos foram mortos em atentados no país.

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As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Milhares de manifestantes fizeram uma passeata em Teerã nesta sexta-feira para protestar contra uma proposta de união da Arábia Saudita com o Bahrein, o primeiro passo que a monarquia sunita da Arábia tomou para se aproximar mais das cinco monarquias dos países árabes do Golfo Pérsico.

As autoridades iranianas instaram os cidadãos a protestarem contra o que foi chamado de "plano norte-americano para anexar o Bahrein à Arábia Saudita e expressarem a raiva contra os regimes dos Al Khalifa e Al Saud", ou seja, as dinastias sunitas que governam Bahrein e Arábia.

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A mídia iraniana mostrou fotos de manifestantes em Teerã, muitos gritando "morte" aos EUA, a Israel e aos "traidores" Al Khalifa e Al Saud, informa a agência France Presse (AFP).

A mídia estatal iraniana reportou nesta sexta-feira que Teerã convocou o chargé d'affaires (representante diplomático) do Bahrein à chancelaria do Irã, após o ministro do Exterior do Bahrein, o xeque Khaled bin Ahmad al Khalifa ter alertado o Irã na quinta-feira a parar de se envolver nos assuntos bareinitas.

Teerã rejeita "comentários feitos pelo chanceler bareinita e espera que o governo do Bahrein encontre uma solução razoável para os problemas que acontecem no país", disse um funcionário da chancelaria do Irã, citado pela mídia local. "A única maneira de resolver os problemas é responder às legítimas demandas do povo do Bahrein", disse o funcionário.

As informações são da Dow Jones.

Atentados desfechados no Iraque mataram pelo menos 17 pessoas nesta quarta-feira, incluídas 14 que foram mortas em um ataque com duas bombas na cidade nortista de Tal Afar, na província de Nínive, perto da Síria. A violência acontece apenas duas semanas antes do Iraque sediar uma cúpula de países árabes.

"No começo da tarde, um carro-bomba explodiu na região oeste de Tal Afar e cinco minutos depois, um suicida se explodiu em meio à multidão que acorreu ao lugar da primeira explosão", disse o prefeito da cidade, Abid al-Abbas. "No total, 14 pessoas foram mortas e 15 feridas", disse Al-Abbas. O governador da província de Nínive, Athil al-Nujaifi, disse mais cedo que 13 pessoas foram mortas e 15 feridas por um carro-bomba e um homem-bomba suicida. Mas baixas diferentes são comuns após atentados no Iraque. Autoridades locais confirmaram mais tarde que 14 pessoas foram mortas e pelo menos 24 ficaram feridas. O ataque ocorreu perto de um restaurante cheio, ainda no horário de almoço.

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Tal Afar é uma cidade habitada majoritariamente por turcos étnicos e que são muçulmanos xiitas. A maioria dos habitantes da província de Nínive, contudo, é de árabes sunitas. A cidade fica 380 quilômetros ao noroeste de Bagdá e o atentado desta quarta-feira aconteceu dois dias após supostos militantes da Al-Qaeda terem atacado a cidade de Haditha, no oeste do Iraque, massacrando 27 policiais.

Já na capital iraquiana aconteceram dois ataques nesta quarta-feira. Supostos insurgentes instalaram bombas em veículos - uma em um táxi e outra em um ônibus, que mataram três pessoas e feriram nove, disse um funcionário do Ministério do Interior em Bagdá.

Tal Afar foi palco de combates entre tropas norte-americanas e extremistas. Em 2005, soldados dos EUA e do governo iraquiano atacaram extremistas na província de Nínive e nos arredores de Tal Afar. Mas os insurgentes conseguiram se infiltrar na cidade e em 2007 fizeram um atentado devastador com um caminhão-bomba contra o mercado de Tal Afar, que deixou 152 pessoas mortas. Turcos xiitas e a polícia desfecharam então uma matança vingativa contra os sunitas, massacrando pelo menos 70 pelas ruas e prolongando um ciclo de violência, até que a população se acalmou.

Os ataques desta quarta-feira mostram que Tal Afar "ainda é um lugar perigoso e permanece uma fortaleza da Al-Qaeda em Nínive, usada por insurgentes que cruzam a fronteira para a Síria", disse al-Abbas. Os extremistas sunitas, segundo ele, fazem o contrabando de armas para a Síria e também combatem do outro lado da fronteira contra o governo do presidente Bashar Assad, que é alauita (uma dissidência do xiismo).

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Um grupo de 45 dissidentes políticos do Iraque anunciou a criação de um novo partido, a União dos Representantes Patrióticos, que será composto por sunitas, xiitas e curdos e fará "uma oposição real ao parlamento", afirmou um de seus integrantes, Mishaan Al-Saadi, que concorreu sem sucesso à eleição parlamentar em 2010.

O novo partido forma-se num momento em que o Iraque passa por uma crise política provocada pelo fato de o governo do primeiro-ministro Nouri al-Maliki - predominantemente xiita - ter emitido um mandado de prisão contra o vice-presidente do país, o sunita Tariq al-Hashemi. As informações são da Dow Associated Press.

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