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Desde sábado (10), está acontecendo no Recife o festival de artes cênicas Palco Giratório. A oitava edição do evento traz para a cidade 36 espetáculos de 15 Estados brasileiros, além de oficinas ligadas ao teatro. As peças são encenadas em diversos pontos do Recife, tanto em teatros quanto espaços abertos. Alguns dos espetáculos são gratuitos, e os pagos são a preços populares, R$ 14 e R$ 7. Os ingressos podem ser adquiridos no site Ingresso Rápido, no Sesc Santo Amaro e no shopping RioMar.

Nesta terça (13), três peças estão na programação. O destaque fica por conta de Luiz Lua Gonzaga, montagem do grupo pernambucano Magiluth que une a obra de Luiz Gonzaga e o imaginário popular em um musical. O espetáculo acontece às 16h, na Praça do Campo Santo em Santo Amaro.

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Na quarta-feira (14), também serão encenadas três peças – Romeu e Julieta o Encontro de Shakespeare e a Cultura Popular, Sargento Getúlio e Gaiola das Moscas. Já na quinta (15), apenas um espetáculo está programado: Guerra, Formigas e Palhaços. A tragicomédia conta a história de dois militares perdidos em uma guerra que precisam defender o único território ainda não tomado pelas forças inimigas. A montagem será realizado às 20h, no Teatro Capiba.

Serviço

Palco Giratório

Terça (13)

Luiz Lua Gonzaga

16h

Praça do Campo Santo (Santo Amaro)

Gratuito

 

Sargento Getúlio

19h

Sesc Santo Amaro (Rua Treze de Maio, 455 - Santo Amaro)

R$ 14 e R$ 7

 

Para Sempre Teu

20h

Teatro Barreto Júnior (Rua Estudante Jeremias Bastos - Pina)

R$ 14 e R$ 7

 

Quarta (14)

Romeu e Julieta o Encontro de Shakespeare e a Cultura Popular

16h

Praça do Campo Santo (Santo Amaro)

 

Sargento Getúlio

19h

Sesc Santo Amaro (Rua Treze de Maio, 455 - Santo Amaro)

R$ 14 e R$ 7

 

Gaiola das Moscas

20h

Sesc Casa Amarela (Av. Professor José dos Anjos, 1109 – Casa Amarela)

R$ 14 e R$ 7

 

Quinta (15)

Guerra, Formigas e Palhaços

20h

Sesc Casa Amarela (Av. Professor José dos Anjos, 1109 – Casa Amarela)

R$ 14 e R$ 7

Coerente com sua pretensão de ser uma "vitrine" do teatro nacional, o Festival de Curitiba costuma refletir, em sua programação, nossas acentuadas diferenças regionais. Tradicionalmente, o que se vê por aqui é uma preponderância de espetáculos do Sul e Sudeste, com uma ou outra abertura para criações "fora do eixo".

Nesta edição, porém, parece algo distinto o panorama. Na grade oficial, são três os representantes do Nordeste. Já no Fringe - programação paralela do festival - uma seleta de sete espetáculos da Bahia movimenta a cidade.

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A curadoria da mostra baiana é de Wagner Moura. A intenção da iniciativa? Expandir as fronteiras do teatro que se faz no Estado e garantir sua visibilidade. "Não adianta investirmos apenas na produção e não escoarmos essas criações", justifica Maria Marighella, coordenadora de Teatro da Funceb - Fundação Cultural da Bahia.

A partir das criações disponíveis hoje no Estado, o ator selecionou não apenas as que julgava mais significativas. Buscou reunir representantes de diferentes vertentes da produção atual: uma amostra da diversidade de estéticas e linguagens.

Companhia consagrada, a Bando de Teatro Olodum apresenta Áfricas, sua primeira criação infanto-juvenil. "É uma tentativa de traduzir para um outro público toda a sua pesquisa sobre uma estética afro-baiana, sobre a ancestralidade brasileira", define Maria Marighella. Já de Alagoinhas, cidade do Recôncavo Baiano, vem Sire Obá, que também trata da tradição do candomblé, celebra os orixás. "Mas tenta fazer isso de uma maneira diferente do Bando de Olodum", considera Maria. "Inserindo quebras para uma linguagem mais contemporânea."

As questões da "baianidade" são um eixo da produção cultural do Estado. Mas não o único. A mostra contempla representantes do teatro físico - caso de Seu Bonfim, título apoiado no trabalho corporal do intérprete e diretor Fabio Vidal. Há ainda criações focadas essencialmente no texto, como Sargento Getúlio - adaptação da obra de João Ubaldo Ribeiro. E experimentos que tendem ao gênero fantástico, como Luz Negra. Além da mostra de espetáculos, a Bahia também aproveitou o contexto do festival para lançar um kit de difusão do seu teatro. O livro traz informações em português, inglês e espanhol sobre 28 montagens. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Sargento Getúlio foi a segunda obra publicada pelo escritor nascido em Itaparica, na Bahia, e já conta com um filme homônimo. Obra do autor João Ubaldo Ribeiro, o enredo traz um Sargento que tem a tarefa de levar um prisioneiro de Paulo Afonso, na Bahia, até Aracaju, capital de Sergipe. A história é narrada pelo personagem principal e preserva aspectos da linguagem nordestina, do sertão e do agreste, sendo marcada pela crueldade de Getúlio.

O espetáculo teatral estreou sua primeira temporada em agosto de 2011 e recebeu quatro indicações ao 2º Prêmio Braskem de Teatro, vencendo as categorias de melhor espetáculo e melhor ator. Adaptado e dirigido por Gil Vicente Tavares, afilhado de João Ubaldo Ribeiro, e com atuação de Carlos Betão, que tem 30 anos de palco, Sargento Getúlio já foi encenada em Fortaleza (CE). A segunda temporada começa nesta final de semana (3, 4 e 5), com apresentações na Sala do Couro do Teatro Castro Alves, em Salvador (BA).

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O ator Carlos Betão afirma que esse é o seu primeiro monólogo e garante que o público irá encontrar algo diferente da “imagem comum do nordestino”. O ator começou a carreira na cidade de Itabuna, onde nasceu, ao lado de importantes figuras no teatro, como Mário Gusmão. Segundo o ator, “Mário me deu a régua e compasso para o teatro”.

Fazer Sargento Getúlio na versão teatral também não foi fácil, devido às características do personagem. Mas, para Betão, esses aspectos foram os mais importantes por retirar o artista da zona de conforto. “É importante que o público tenha contato com uma peça como essa”, afirmou o ator.

Além de Gil Vicente e Carlos Betão, a equipe é composta por Ivan Bastos (trilha sonora), Eduardo Tubela (luz), Fernanda Bezerra (produção) e Mel Borba (corpo). Ao final da temporada, o grupo irá se apresentar no Festival de Teatro de Porto Alegre e tem planos de levar a peça para Sergipe, Pernambuco e Ceará.

Sargento Getúlio no cinema - Na versão cinematográfica, o roteiro foi escrito por João Ubaldo Ribeiro, Hermanno Penna e Flávio Porto. Estiveram frente às câmeras por 85 minutos atores como Lima Duarte (no papel de Getúlio), Flávio Porto e Amaro Oliveira. O filme participou de cinco festivais, ganhando como melhor ator (Lima Duarte), melhor filme no Festival de Havanna de 1983, em Cuba, e o Troféu da Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA), em 1984.

*Por Diogo de Oliveira

Confira chamada da peça:

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