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Foi lançada nesta terça-feira (31) a campanha Diga NÃO ao Racismo, liderada pelo Ministério Público de Pernambuco, e endossada pelas policias Civil e Militar, Federação Pernambucana de Futebol, Prefeitura do Recife, e os três grandes clubes da capital. O conjunto de ações é apoiado no Mês da Consciência Negra, o qual conta com oito jogos realizados no Estado. A proposta serve para conscientizar a comunidade esportiva dos danos que o racismo causa dentro e fora de campo.

O Salão dos Órgãos Colegiados, na sede do MPPE, no Bairro de Santo Antônio, Centro do Recife, foi tomado por autoridades do meio jurídico e do futebol local para fortalecer a parceria nesse primeiro momento de divulgação. Estão previstos cartazes, faixas, camisas, placas e artes nas redes sociais trazendo a mensagem, além de apontar as consequências dos crimes racistas, e de injúria racial, e também, como denunciar tais episódios.

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"É muito ruim precisar de uma campanha, em pleno 2017, para reforçar que as diferenças devem ser respeitadas. Mas, dado os casos recorrentes, não podemos deixar de alertar a todos, mesmo que isso signifique parar os nossos trabalhos para realizar as ações. A ideia é ensinar agora para não precisar punir mais a frente. A sociedade precisa tomar consciência desse fato que permanece desde a idade média. Pernambuco vai dar exemplo para todo o Brasil, trabalhando com prevenção, utilizando o sistema educacional para estirpar, de uma vez por todas, esse câncer", afirmou o procurador-geral de justiça, Francisco Dirceu Barros.

A ideia foi comprada pelo trio de ferro, que esteve representando por seus dirigentes, além do goleiro Jefferson, do Náutico e a atacante do Sport, e Seleção Brasileira Sub-17, Ary Borges. Segundo o Grupo de Enfrentamento à Discriminação Racial (GT Racismo), as primeiras ações já estão previstas para o clássico do sábado (4), entre Santa Cruz e Náutico, no Arruda.

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Com a grande decisão se aproximando, o Campeonato Pernambucano de Futebol de 2017 não está sendo uma das edições mais gloriosas do torneio. Arquibancadas vazias, regulamentos inconstantes, e a perda de interesse dos maiores clubes tem tirado o glamour de um dos Estaduais que já esteve entre os mais disputados do Brasil. No momento, é difícil dizer que o campeonato irá deixar saudades. O LeiaJa.com listou alguns dos motivos que tanto irritaram torcedores e as equipes pernambucanas.

1 - Mandos invertidos

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Sem dúvidas, o problema mais recorrente do Campeonato Pernambucano em 2017. Os gramados dos estádios do interior do Estado não agradaram nas inspeções da Federação e, tanto Central, quanto Belo Jardim, passaram a jogar na capital, utilizando seus mandos na Arena de Pernambuco, Arruda e Ilha do Retiro. Decisão que, além de tirar das cidades menores a visita dos grandes clubes do Recife, prejudicou as duas equipes (Central e Belo Jardim) com viagens constantes, afinal, apenas os treinos eram realizados em casa. Entretanto, no Hexagonal da Permanência, onde os clubes de pior colocação na primeira fase disputaram uma vaga no Brasileiro da Série D e lutaram contra o rebaixamento, as equipes puderam jogar em seus respectivos estádios. Além de Náutico, Santa Cruz e Sport, só o Salgueiro pôde mandar jogos ao lado de seu torcedor.

2 - Contra o Náutico pode

Diferente dos jogos contra Santa Cruz (Arena de Pernambuco) e Sport (Arruda), o Náutico foi o único que viajou até Caruaru para enfrentar o Central. A partida que teve o local alterado várias vezes, acabou sendo realizada no estádio Antônio Inácio. Curiosamente, a praça é do rival da Patativa, o Porto, pois o Lacerdão segue sem condições de jogo. Inclusive, o jogo que evitou a queda do Vitória de Santo Antão no Hexagonal da Permanência, foi realizado no mesmo Antônio Inácio. No fim das contas, a diretoria alvirrubra se sentiu prejudicada e chegou a provocar a federação pelas redes sociais, com direito a ironia.

3 - No domingo tem Sport, na segunda tem de novo

O grande vilão da FPF tem sido a quantidade de datas para encaixar os jogos do Pernambucano, ao mesmo tempo em que as equipes disputam Copa do Nordeste, Copa do Brasil e a Copa Sul-Americana no primeiro semestre. Afinal, ninguém tem condições de estar em dois lugares ao mesmo tempo e as regras não permitem jogos atrás de jogos, sem tempo para descanso. Porém, o Sport acabou passando por uma situação bem complicada. Após enfrentar o Campinense no domingo (2/4), os rubro-negros mal dormiram e já acordaram com o Salgueiro pela frente na segunda-feira (3/4). Mesmo com o planejamento de utilizar os reservas e o Sub-20 no Estadual, o Leão não estava preparado para jogos tão próximos. O resultado não foi dos piores, 2x2 na Ilha do Retiro, mas o esforço foi grande, afinal o objetivo de alternar os times era evitar que todo o elenco se desgastasse ao mesmo tempo.

4 - Náutico joga, sai, entra o Santa para jogar

Há muito tempo não se via uma rodada dupla no Campeonato Pernambucano. Para ser preciso, foram 21 anos até que dois times jogassem em sequência no Estadual. O problema é que tal medida surgiu justamente em um momento no qual não era permitido que dois grandes do Recife jogassem no mesmo dia. Ainda menos, no mesmo estádio. A Arena de Pernambuco recebeu Náutico x Central às 19h30 e às 21h45, Belo Jardim x Santa Cruz. O despropósito incomodou até as torcidas organizadas, que têm se envolvido em conflitos violentos e se uniram para boicotar a partida, temendo tomar a responsabilidade de possíveis incidentes. Os jogos foram realizados e acabaram bem tranquilos, afinal, pouquíssimos torcedores compareceram.

Além do torcedor que quis permanecer nas arquibancadas ao fim do primeiro jogo, teve bandeirinha fazendo rodada dupla. O jogo do Timbu teve o trio Deborah Cecília, Clovis Amaral e Fernando da Silva. Ao terminar a partida com o Central, Emerson Luiz Sobral e Elan Vieira se juntaram a Clovis Amaral para Belo Jardim x Santa Cruz.

5 - As semifinais que os clubes quiserem

A combinação de resultados é uma preocupação no futebol mundial. Jogos decisivos para classificação costumam ser realizados em simultâneo para evitar que alguém se prejudique com uma configuração premeditada. Na última rodada do Hexagonal, entretanto, não se fez necessário. No Arruda o Sport venceu o Central e o clássico entre Santa Cruz x Náutico valeria um confronto com o Salgueiro ou pegar o Leão na semifinal. E não é que o jogo ficou para o dia seguinte? Tricolores e alvirrubros, literalmente, tinham a opção de jogar sabendo qual resultado iria colocá-los em cada chave da semifinal. No fim das contas, os dois times jogaram bem e o Timbu está decidindo uma vaga na final com o Sport.

6 - Gol fora que não vale

Terminar na frente é uma grande vantagem no sistema atual do Campeonato Pernambucano. Entretanto, ao retirar o peso do gol marcado fora de casa, o regulamento do Estadual fez com que o Náutico, por exemplo, não tivesse a vantagem de um 1x0 em casa, após perder marcando dois gols na Ilha do Retiro. É uma lambança menor, mas que foge à realidade da maioria dos campeonatos com mata-mata do mundo inteiro. Incluindo o maior de todos, a Liga dos Campeões da Europa. Para o Carcará, a situação terminou sendo melhor, já que tendo perdido a primeira partida sem marcar, iria se complicar com qualquer gol do Santa. Mesmo que vença sofrendo gols, se a diferença for de apenas um, a disputa é decidida nos pênaltis.

7 - Arbitragem de fora ou arbitragem local?

É difícil precisar quantos profissionais de arbitragem fazem parte do quadro da Federação Pernambucana de Futebol. Somando os árbitros e assistentes no site da FPF, são 33 ao todo que participaram dos dois hexagonais. Quando se aproximou a semifinal, o Sport, se sentindo prejudicado em algumas ocasiões, decidiu que não queria os profissionais locais. Algo que foi prontamentente atendido pela Federação, entendendo que houve um consentimento com o Náutico, adversário do Leão nas semifinais. Passado o jogo, com erro do árbitro Wagner Nascimento, do Rio de Janeiro, a diretoria alvirrubra foi às coletivas pedir juízes do quadro local para o jogo da volta. Haja confusão, enquanto isso na outra disputa, o arbitragem pernambucana para os dois jogos e nenhum desentendimento. Falta saber como os jogos da volta das semifinais vão terminar. Muita coisa ainda pode acontecer até o último jogo da decisão. De preferência, que sejam menos polêmicas.

O presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, afirmou ao LeiaJá na noite desta quinta-feira (9), que está buscando uma solução para o conflito de eventos que serão realizados no dia 19 deste mês. No mesmo domingo, está previsto o Clássico das Multidões entre Santa Cruz e Sport, no Arruda, às 17h, além da prévia carnavalesca Olinda Beer e o bloco Virgens do Bairro Novo, em Olinda. 

Pela realização dos eventos, a Polícia Militar de Pernambuco terá que se desdobrar para fornecer segurança. Porém, Evandro revelou que está sendo muito difícil organizar um esquema, justamente porque não existem datas disponíveis no calendário nacional que pudessem servir para o adiamento do jogo válido pelo Campeonato Pernambucano.

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“Está muito difícil. Nós estamos conversando com a PM para acharmos uma solução”, declarou o presidente da FPF, destacando também que está em contato com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Segundo Carvalho, uma solução seria achar uma data na Copa do Nordeste para o encaixe do clássico, mas até agora nenhuma brecha foi identificada. A previsão é que uma saída seja definida nesta sexta-feira (10). 

Nesta quinta-feira (24), a Federação Paulista de Futebol divulgou os participantes e os grupos da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Com 120 clubes participantes, distribuídos em 30 grupos, a competição terá sede em sete cidades diferentes. Com direito a clube estrangeiro e seis substituições, a Copinha será disputada entre os dias 3 e 25 de janeiro de 2017. Confira os grupos de Central, Náutico, Porto, Santa Cruz e Sport no sorteio:

Grupo 2: Tanabi-SP, Náutico-PE, Vila Nova-GO e Mirassol-SP

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Grupo 8: Comercial-SP, Sport, Batatais-SP e Rio Claro-SP

Grupo 16: Ituano-SP, Santa Cruz, XV de Piracicaba-SP e Guarani-SP

Grupo 23: São Caetano-SP, Flamengo, Central e São Bento-SP

Grupo 30: Água Santa-SP, Porto, Criciúma-SC e Santo André-SP

O Flamengo, que está no grupo do Central, é o atual vencedor da Copinha.

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O histórico de confrontos envolvendo “torcedores” de Santa Cruz e Sport põe medo em muita gente. Quando há clássico, algumas pessoas redobram a atenção quando saem por ruas do Recife e procuram ao máximo ficar longe das confusões. Mas neste domingo (10), após a partida entre os dois clubes pelo Hexagonal do Título do Campeonato Pernambucano, no Arruda, a reportagem do LeiaJá não registrou brigas em alguns pontos da cidade.

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No bairro da Encruzilhada, Zona Norte do Recife, muitos torcedores do Santa esperaram ônibus sem nenhuma confusão. Vale salientar que inúmeras equipes da Polícia Militar estiveram no bairro para dar segurança ao público. No bairro do Arruda, nas vias próximas à sede coral, o clima também foi de tranquilidade.

Pelo lado dos torcedores do Sport, uma grande quantidade de rubro-negros foi acompanhada por soldados da Polícia Militar do Arruda até a Praça do Derby, área central da cidade. Sem chamar a ação de escolta policial, a PM enfatizou que se tratou de uma medida preventiva para impedir brigas.

Antes de chegar ao Derby, a caminha dos rubro-negros passou pela Avenida Agamenon Magalhães e em frente à comunidade conhecida como Ilha de Janeiro, alguns jovens atiraram pedras contra os torcedores, que de imediato revidaram, mas logo soldados da PM interviram e o princípio de confusão foi desfeito.

Já no Derby, a multidão foi liberada, porém a PM continuou acompanhando a dispersão da torcida. Alguns populares que aguardavam ônibus preferiram usar o transporte de taxistas com medo de confusões. Até o fechamento desta matéria, a situação continuou sem confrontos.    

 

 

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