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O procurador-geral eleitoral Roberto Monteiro Gurgel termina nesta quinta-feira (15) seu mandado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Desde a última terça-feira (13) a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, se despediu do procurador em nome dos demais ministros da Casa.

Depois de permanecer no cargo desde julho de 2009, a recém-eleita vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público Helenita Acioli, assumirá interinamente, a partir desta quinta, o cargo de procuradora-geral da República.

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O nome do novo procurador ainda não foi anunciado pela presidente Dilma Rousseff (PT). 

 

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que seja aberta uma investigação contra o deputado federal Gabriel Chalita (PMDB-SP). O chefe do Ministério Público Federal quer apurar suspeita de que o parlamentar teria recebido propina na época em que exerceu o cargo de secretário de Educação de São Paulo. Conforme as suspeitas, o dinheiro teria como origem contratos públicos superfaturados.

O caso tramita em sigilo no STF. Mas a existência do pedido de Gurgel foi confirmada pelo advogado de Chalita, Arnaldo Malheiros. Ele explicou que o sigilo decorre da iniciativa do deputado de juntar documentos sobre sua movimentação bancária, Imposto de Renda (IR) e um laudo que, segundo ele, atesta não existirem irregularidades. "Está tudo regular", disse. "Acredito que será arquivado."

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O pedido foi distribuído ao ministro do STF Celso de Mello. Mas, de acordo com Malheiros, o ministro requereu que o caso fosse redistribuído alegando que não poderia analisá-lo por motivos íntimos. Um novo relator ainda não foi designado.

Às vésperas de deixar o cargo, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o pedido de arquivamento do inquérito aberto em 2010 contra o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A investigação foi aberta com base em investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro para apurar se o deputado teria se valido do cargo para beneficiar empresários do grupo que controla a Refinaria de Manguinhos envolvidos em suposto esquema de fraudes.

Em petição encaminhada ao Supremo, Gurgel e a subprocuradora-geral da República Cláudia Sampaio afirmam não haver indícios da prática de crime pelo deputado. Havia suspeitas de que Cunha teria patrocinado interesses do grupo junto à administração pública em troca da obtenção de vantagens.

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Gurgel e Cláudia Sampaio avaliaram não haver indício de que Cunha tenha atuado para influir em ato praticado por funcionário público. A Braskem, onde teria havido a atuação do grupo, é uma sociedade anônima e não órgão da administração pública, argumentou o Ministério Público.

Por causa disso, por não envolver a administração pública, também não haveria indício de tráfico de influência. Além desse ponto, avaliaram os procuradores que não foram encontrados indícios de que Cunha tenha pedido vantagem da empresa. "Não há indícios, mínimos que sejam, de que o parlamentar solicitou, exigiu, cobrou ou obteve, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem em razão do seu ato", afirmaram Gurgel e Cláudia Sampaio na petição.

Não existindo indícios da prática de crime por Eduardo Cunha, o Ministério Público pediu ao STF que remeta o caso para a primeira instância, onde serão investigados indícios contra outras pessoas.

Cotada para assumir interinamente a chefia da Procuradoria Geral da República durante o julgamento dos recursos do mensalão, a subprocuradora-geral da República Raquel Dodge afirmou nesta quinta-feira que o povo brasileiro espera que não haja "descontinuidade" na atuação do Ministério Público Federal (MPF) no processo após a saída de Roberto Gurgel. O atual procurador-geral deixa o cargo no dia 15 sem ter deixado um "herdeiro" para cuidar da apreciação dos embargos apresentados pela defesa dos 25 réus condenados da ação penal.

O julgamento do processo será retomado no dia 14 e, como a presidente Dilma Rousseff nem sequer indicou o nome para sabatina no Senado, o mais provável é que o início da análise dos recursos seja conduzido por um substituto interino. Pela legislação, a chefia da instituição será ocupada temporariamente pelo vice-presidente do Conselho Superior do MPF e Raquel Dodge é uma das cotadas a assumir esse posto. "A gente fica sempre na expectativa, positiva e legítima de todo o povo brasileiro, de que não haja descontinuidade na atuação do Ministério Público Federal como um todo, seja em qualquer dos seus órgãos", afirmou ela, em entrevista na manhã desta quinta-feira, após ter participado de ato público no Congresso Nacional em defesa da criação de quatro tribunais regionais federais (TRFs).

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Raquel Dodge disse não acreditar que possa ocorrer algum prejuízo para o julgamento, uma vez que, segundo ela, todos os atos processuais do caso já foram tomados por Roberto Gurgel. Em maio, o procurador-geral pediu a rejeição dos recursos de todos os condenados. Ela afirmou que faltará apenas a presença dele em sessão. Questionada pelo Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, se, por conta da independência funcional, o chefe interino da instituição pode mudar as manifestações de Gurgel, a integrante do MPF disse que a prática não é "usual" nem "frequente". "Não tenho acompanhado esse processo especificamente, mas a expectativa é que aquela manifestação está dada e será ela que deve prevalecer", destacou.

A subprocuradora-geral da República lembrou que a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) mandou a lista tríplice para a presidente da República "com bastante antecedência" para não ser acusada de ser a responsável pelo atraso na indicação do sucessor de Gurgel. Desde abril a lista está com Dilma Rousseff, que legalmente não é obrigada a segui-la. Raquel Dodge disse que os nomes escolhidos pela entidade deixam a presidente "à vontade" para indicar o novo procurador-geral. Ficaram na lista os subprocuradores Rodrigo Janot, Ela Wiecko e Deborah Duprat. Ela nem sequer colocou seu nome para votação e também negou que seja uma das favoritas para assumir a chefia interina do MPF.

O senador Gim Argello (PTB-DF) foi denunciado pelo Ministério Público Federal pelos crimes de peculato e dispensa ilegal de licitação quando ainda era deputado distrital. A denúncia foi encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF) e, se aceita pelos ministros, será aberta uma ação penal contra o senador.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, relata que Argello autorizou, na época em que era presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, a realização de um contrato sem licitação para aluguel de equipamentos defasados de uma empresa de informática. Firmado em 2002, o valor do contrato superava R$ 5,8 milhões. O prejuízo para os cofres públicos, conforme a denúncia, superaria R$ 1,6 milhão.

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"Os elementos probatórios constantes dos autos apontam para a existência de verdadeiro conluio entre o denunciado (Gim Argello) e os demais envolvidos no intuito de favorecer a empresa CTIS Informática Ltda., que conseguiu vender à Câmara Legislativa, fora das hipóteses legais, equipamentos de informática já defasados", denunciou Gurgel.

Investigações feitas por órgãos de controle da própria Câmara Legislativa e do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) realizadas a partir de 2003 constaram uma série de irregularidades no contrato. Pelo preço do aluguel de 369 equipamentos em 24 meses, segundo a apuração, era possível comprar 1.338 deles.

Durante a vigência do contrato, a empresa de informática alegou que estava tendo prejuízo na licitação e pediu sua rescisão. A Câmara, então, decidiu encerrá-lo e pagou uma indenização de R$ 746 mil a empresa para ficar com todos os equipamentos. O caso é relatado pelo ministro do STF Gilmar Mendes. Não há prazo para que a denúncia seja analisada pelo plenário.

O advogado Pedro Paulo Medeiros, que representa Gim Argello, negou que seu cliente tenha cometido qualquer crime na licitação. Embora não conheça ainda o teor da denúncia, Medeiros disse que recentemente o Tribunal de Justiça do DF absolveu-o de uma ação de improbidade administrativa cujo objeto, segundo ele, é a mesma contratação. "Não houve qualquer desvio, mas, ao contrário, houve um ato de boa gestão como tem sido todos os atos do senador", afirmou.

Segundo o defensor de Gim, o parlamentar, na época deputado distrital, fez absolutamente o que havia sido recomendado pelo órgão técnico da Câmara Legislativa de Brasília. "Se realmente essa denúncia trata do mesmo fato, o que se pedirá ao Supremo é que de igual forma não instaure a ação penal contra o senador", completou.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou nesta sexta-feira acreditar que o processo do chamado mensalão mineiro seja julgado antes das eleições de 2014. O caso tem réus comuns com o mensalão petista julgado ano passado pela corte, como o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza e seus ex-sócios Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, mas envolve também autoridades como o deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e o senador Clésio Andrade (PMDB-MG).

A denúncia é de que o esquema montado por Valério serviu para desvio de verbas de estatais mineiras durante a campanha de Azeredo à reeleição ao governo mineiro, em 1998. O caso começou a ser investigado pelo Ministério Público em 2005 e desde 2010 está nas mãos do STF para ir a julgamento. O processo, que foi desmembrado, também tramita na Justiça mineira e entre os réus está, por exemplo, o ex-ministro e presidente do PSB em Minas, Walfrido dos Mares Guia, cujos supostos crimes prescreveram porque ele completou 70 anos no fim do ano passado. Clésio, que compunha chapa como vice de Azeredo, também era julgado em primeira instância, mas ganhou foro privilegiado ao assumir a vaga no Senado aberta com a morte de Eliseu Resende (DEM-MG), em 2011.

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Gurgel avalia que o início do julgamento possa ocorrer nos próximos meses, assim que terminar a análise dos recursos apresentados pelos réus do mensalão petista. "Espero que concluído o julgamento da ação penal 470 (mensalão), o Supremo logo em seguida fixe uma data para que se inicie o julgamento desse caso. Efetivamente já se passou muito tempo e é fundamental que esse julgamento ocorra com a maior brevidade possível", avaliou. "Espero que no mais tardar no início do ano que vem", acrescentou.

Frustração

O procurador-geral declarou nesta terça que gostaria de ver os réus condenados pelo STF no processo do mensalão petista ao menos começaram a cumprir as penas impostas pelos ministros antes de deixar o cargo. O segundo mandato de Gurgel à frente da Procuradoria da República termina mês que vem, quando o Supremo deve analisar os recursos apresentados pelos condenados no processo.

Questionado se sente frustração pelo fato de os acusados continuarem livre, foi direito: "confesso que sim". "No Brasil nós temos um vezo de adiar muito a efetividade das decisões. Foi um julgamento que tomou todo o segundo semestre de 2012 e até hoje, na verdade, esse magnífico esforço do Supremo Tribunal Federal não teve as consequências devidas", observou. "Que são, de um lado, a expedição dos mandados de prisão em relação àqueles réus condenados a penas privativas de liberdade, e de outro lado a perda de mandatos parlamentares por aqueles que atualmente exercem esses mandatos", completou.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, encaminhou parecer nesta segunda-feira (13) ao Supremo Tribunal Federal (STF) defendendo a suspensão do projeto de lei que inibe a criação de partidos. O entendimento converge com a opinião do relator do mandado de segurança, ministro Gilmar Mendes, que interrompeu o andamento do projeto a pedido do senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF).

O parecer ainda não foi divulgado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), mas a opinião de Gurgel pode ser conferida de forma sucinta na página do processo na internet. “Opina pelo conhecimento e concessão da segurança”, informa.

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Na semana passada, os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), manifestaram ao ministro Gilmar Mendes preocupação com o que classificaram como “controle prévio” que o STF vem fazendo no processo legislativo, ao interromper a tramitação de projetos.

Já Gilmar Mendes defendeu o uso de mandado de segurança para suspender reformas legislativas em andamento no Congresso Nacional.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, criticou nesta terça-feira o pedido de advogados de "mensaleiros" para adiar a publicação do julgamento, prevista para ocorrer até a próxima semana. De acordo com Gurgel, o adiamento seria "maluquice". "Suspender a publicação do acórdão é maluquice. Isso é maluquice", disse.

Com o adiamento, os advogados poderiam ganhar mais tempo para preparar os recursos contra as condenações impostas aos mensaleiros. Pelo regimento interno do Supremo Tribunal Federal (STF), eles terão cinco dias para protocolar os recursos após a publicação da decisão. Iniciado em agosto e concluído em dezembro, o julgamento do mensalão resultou na condenação de 25 réus por envolvimento com o esquema de compra de votos no Congresso durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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O STF está dividido sobre se o plenário deve analisar um recurso no qual os advogados pediram acesso antecipado aos votos escritos. Parte dos ministros defendeu nesta terça-feira que o presidente do Supremo e relator do processo do mensalão, ministro Joaquim Barbosa, submeta o caso à análise do plenário. "A ordem natural das coisas é votar, antes, em plenário, os agravos regimentais. Esse agravo tem que ser levado ao colegiado", disse o ministro Marco Aurélio Mello.

Mas o ministro Gilmar Mendes afirmou que é necessário publicar o resultado do julgamento. Segundo ele, está se fazendo 'muita mística' em torno dos recursos. "Está se fazendo muito lenda urbana em torno deste assunto. A rigor, temos é que publicar o acórdão e seguir os passos. Se for preciso dar prazo, ok, pode-se dar ou não", afirmou.

Ministros do STF estão mobilizados tentando convencer Barbosa a submeter os recursos à análise do plenário. Mesmo integrantes do tribunal que votaram pela condenação de réus consideravam um erro do presidente da Corte não levar o assunto ao plenário. Na quinta-feira (11), a reportagem do jornal "O Estado de S.Paulo" presenciou uma conversa entre o decano do Supremo, Celso de Mello, e o presidente da Corte. Celso de Mello fazia uma ponderação para que Barbosa levasse os recursos a julgamento pelo plenário antes da publicação do resultado do julgamento. Uma hora depois, um grupo de advogados protocolou o recurso pedindo que o plenário analise os requerimentos para concessão de mais prazo antes da publicação do julgamento.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, encaminhou um parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) defendendo que a Lei de Distribuição dos Royalties não seja aplicada imediatamente, mas somente a partir de 2016. De acordo com Gurgel, a liminar concedida recentemente pela ministra Cármen Lúcia, suspendendo os efeitos da lei, deve ser mantida.

"Modificar, a essa altura, a distribuição que foi estabelecida, levando-se em conta o arranjo que deu origem ao regramento constitucional, seria ignorar o propósito do constituinte", afirmou, no parecer. De acordo com ele, a regra desequilibra a distribuição de receitas, que deve ser proporcional ao ônus de cada um dos Estados na exploração de petróleo. Gurgel reforça, no relatório, que "a norma ofende os princípios da programação e do equilíbrio orçamentários, razão pela qual os efeitos das alterações questionadas devem passar a vigorar somente a partir do exercício financeiro de 2016, afastando a aplicabilidade imediata da lei".

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Às vésperas de ser publicada a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o mensalão, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou nesta terça-feira que eventuais recursos para tentar reverter as condenações não serão admitidos. "Os infringentes são manifestadamente inadmissíveis. Não cabem de modo algum. Eu acho que não há espaço sequer para discussão", afirmou o procurador.

No julgamento iniciado em agosto e concluído em dezembro, 25 acusados de envolvimento com o mensalão foram condenados. Após a publicação oficial da decisão, que poderá ocorrer até o final desta semana, os réus deverão recorrer para tentar modificar as condenações. Eles terão um prazo de cinco dias para protocolar os eventuais recursos.

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Se depender do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, o deputado Natan Donadon (PMDB-RO) poderá ser preso na próxima semana. Gurgel afirmou nesta terça-feira que não há mais o que esperar para determinar a ida de Donadon para a cadeia, onde deverá iniciar o cumprimento de uma pena de 13 anos, 4 meses e 10 dias por envolvimento com desvio de recursos da Assembleia Legislativa de Rondônia.

"O pedido (de prisão) já foi formulado, o acórdão (da decisão que confirmou a condenação) já foi publicado. Não me parece que é necessário aguardar mais nada", disse o procurador-geral da República. "A meu ver, deveria ser", respondeu, ao ser perguntado sobre se a prisão deveria ocorrer na próxima semana.

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"Ela (a prisão) já está pedida. Eu requeri em dezembro entendendo que, independentemente da publicação até do acórdão, haveria condições de dar execução imediata à decisão do Supremo. Acho que até não é necessário novo pedido", acrescentou. Em janeiro, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, rejeitou o pedido de prisão imediata do deputado do PMDB de Rondônia.

Nesta segunda-feira (18), foi publicada oficialmente a decisão do STF confirmando a condenação de Donadon pelos crimes de peculato e formação de quadrilha. A defesa dele tem até segunda-feira (25) para protocolar um novo recurso. Os advogados também poderão pedir uma revisão criminal.

Se optar por esse segundo caminho, o advogado de Donadon, Nabor Bulhões, deverá argumentar que outros réus acusados dos mesmos crimes foram condenados pela Justiça de 1ª. Instância a penas muito menores do que a fixada pelo STF para o deputado. Como ocupa uma cadeira na Câmara, Donadon tem de ser julgado pelo Supremo.

A expectativa é de que a Corte não determine, por enquanto, a prisão do deputado do PMDB. A jurisprudência do órgão estabelece que um réu somente deve iniciar o cumprimento de uma pena após o chamado trânsito em julgado do processo - quando não houver mais possibilidade de recorrer.

Mas Gurgel sustenta que o STF não deve aguardar o trânsito em julgado para decretar a detenção. "Não há dúvida de que haverá uma série de outros embargos no intuito de retardar a efetivação (da condenação). Como tenho sempre dito em outros casos, é preciso dar efetividade à decisão do Supremo Tribunal Federal", concluiu.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, opinou nesta quinta-feira que o Supremo Tribunal Federal (STF) deve manter indisponíveis os bens dos publicitários Duda Mendonça e Zilmar Fernandes, absolvidos das acusações de envolvimento com o esquema do mensalão. De acordo com Gurgel, o bloqueio dos bens de Duda Mendonça e Zilmar deve ser mantido até que o STF julgue os eventuais recursos que poderão ser protocolados contra a decisão que condenou 25 réus. Os inconformados com o resultado do julgamento somente poderão recorrer depois que for publicada oficialmente a decisão. Não há previsão de quando isso ocorrerá e nem de quando os recursos serão julgados.

Na manifestação encaminhada ao STF, Gurgel lembrou que, recentemente, o tribunal rejeitou um pedido de prisão imediata dos condenados sob a alegação de que os réus ainda poderiam recorrer. "Os mesmos motivos que levaram o Supremo a negar o pedido de expedição imediata dos mandados de prisão conduzem a que não se possa fazer a liberação dos bens porque haveria possibilidade, eu reconheço remota, por intermédio dos embargos, de mudar a decisão 'absolvitória'", afirmou. Ele disse que ainda não sabe se recorrerá das absolvições. "Vai depender do acórdão."

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Responsáveis pela publicidade da campanha eleitoral do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002, os publicitários foram denunciados pela prática de lavagem de dinheiro e evasão de divisas pelo recebimento de dinheiro em contas no exterior. Segundo a maioria dos ministros da Corte, não existiam provas de que Duda Mendonça e Zilmar sabiam da origem criminosa do dinheiro movimentado por meio de 53 depósitos no exterior. Conforme os ministros, uma circular do Banco Central (BC) da época os dispensava de declarar os valores mantidos fora do País.

O senador Humberto Costa (PT-PE) livrou-se do risco de ser investigado por suspeita de envolvimento com o esquema do mensalão. "Não há autoridade com prerrogativa de foro", afirmou o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ao anunciar nesta sexta-feira que remeteria para a Procuradoria da República que atua na 1ª. Instância paulista o depoimento no qual Marcos Valério Fernandes de Souza fez novas revelações sobre o caso.

Além de ter dito que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha conhecimento da existência do mensalão, Marcos Valério afirmou que Humberto Costa recebeu R$ 512 mil do esquema para bancar a sua candidatura ao governo de Pernambuco em 2002.

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Humberto Costa é senador e tem direito à prerrogativa de foro, mais conhecida como foro privilegiado. Ou seja, ele somente poderia ser investigado e processado perante o STF. Se Gurgel suspeitasse de algo contra o congressista, teria pedido a abertura de um inquérito no Supremo contra ele. Em viagem ao exterior, Costa não foi localizado pela reportagem.

A decisão do procurador-geral de não apurar as suspeitas lançadas por Marcos Valério contra Humberto Costa provocou alívio no governo. Se o senador virasse alvo, a avaliação no Planalto era de que havia a possibilidade de a eventual investigação contra Lula ser transferida para o STF, tribunal que em dezembro condenou 25 réus do processo do mensalão.

No Planalto, havia o temor específico de que uma investigação contra o senador no STF poderia se tornar uma espécie de "mensalão 2", caso ficasse a cargo do ministro Joaquim Barbosa, relator do processo original.

A percepção entre auxiliares da presidente Dilma Rousseff e petistas é que, fortalecido pela condução do julgamento do mensalão e agora investido no cargo de presidente da Corte, Barbosa poderia ir fundo nas investigações contra Lula, com repercussões políticas graves no PT e no atual governo.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu ao Supremo Tribunal Federal a prisão imediata do deputado Natan Donadon (PMDB-RO). Condenado pelo STF em 2010 a 13 anos, 4 meses e 10 dias de prisão pelos crimes de formação de quadrilha e peculato, Donadon permanece em liberdade e exercendo o mandato mesmo com a pena. O pedido, que chegou ao STF na terça-feira (08), deverá ser decidido pelo presidente do Supremo, ministro Joaquim Barbosa.

Na petição, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pede que a prisão seja decretada antes mesmo da publicação do acórdão do julgamento do último recurso de Donadon contra a condenação. A execução da sentença dependia do julgamento de um recurso de Donadon, o que demorou dois anos para ocorrer. O acórdão da decisão, no entanto, ainda precisa ser publicado.

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Apesar disso, Gurgel argumenta que a condenação não será mais alterada. "Embora o acórdão relativo ao julgamento do recurso ainda não tenha sido lavrado, e, consequentemente, ainda não tenha sido certificado o trânsito em julgado do acórdão condenatório, a aplicação imediata da pena e o recolhimento do réu à prisão é medida que se impõe, pois o acórdão condenatório proferido pelo Plenário do STF carrega a característica da definitividade", afirmou o procurador no pedido.

A prisão agora, depois de julgado este último recursos, não violaria o princípio da presunção da inocência, conforme Gurgel. "Se trata de decisão (a condenação) tomada pelo órgão de cúpula do Poder Judiciário, em sua composição plenária, após ampla e exauriente discussão de todas as questões envolvendo os fatos objetos de pretensão punitiva e as teses sustentadas pela defesa", afirma no pedido.

Além disso, acrescenta Gurgel, a prisão depois de dois anos da condenação daria efetividade ao julgamento feito pelo STF. "A eficácia do acórdão condenatório, longe de violar os direitos constitucionais do acusado, representa o reconhecimento da efetividade da decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal", disse.

Ao contrário do que fez no julgamento do mensalão, Gurgel demorou dois anos para pedir a prisão de Donadon. No caso do mensalão, o pedido foi apresentado assim que o julgamento começou, durante a sessão.

Natan Donadon foi condenado pelo STF em 2010 por ter participado de um esquema de desvio de recursos públicos quando ainda era diretor financeiro da Assembleia Legislativa de Rondônia. De acordo com as investigações, entre julho de 1995 a janeiro de 1998, foram desviados R$ 8,4 milhões em valores da época dos cofres da Assembleia.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, solicitou nesta quarta-feira (19) ao Supremo Tribunal Federal a prisão imediata dos condenados por envolvimento com o esquema do mensalão. De plantão no STF durante o recesso do Judiciário, o presidente da Corte, Joaquim Barbosa, já havia dito que vai examinar o requerimento.

Antes de o pedido ser feito, Gurgel afirmou pela manhã que é importante executar a decisão condenatória do STF. Para ele, não é adequado esperar o julgamento dos eventuais recursos dos condenados para somente depois decretar as prisões. "A grande urgência que existe é de dar efetividade à decisão do Supremo. Esse esforço magnífico que foi feito pelo Supremo no sentido de prestigiar de forma importantíssima os valores republicanos não pode agora ser relegado aos porões da ineficiência. Não podemos ficar aguardando a sucessão de embargos declaratórios. Haverá certamente a tentativa dos incabíveis embargos infringentes", afirmou.

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Gurgel comentou o fato de alguns condenados, entre os quais o ex-ministro José Dirceu, terem pedido nesta semana ao STF que o plenário decida sobre o pedido de prisão e não somente o relator e presidente do tribunal, Joaquim Barbosa. "A análise que eu faço é que o Ministério Público, tal como a defesa, é protegido constitucionalmente", disse.

Nesta quarta foi a última sessão plenária do Supremo. O tribunal voltará a se reunir para julgamentos em fevereiro. Até lá, os pedidos urgentes serão decididos pelo ministro de plantão na Corte. De hoje até meados de janeiro o responsável pelo plantão será Joaquim Barbosa. Depois o plantão ficará com o vice, Ricardo Lewandowski. Joaquim Barbosa disse que poderá analisar monocraticamente o pedido de Gurgel.

O procurador-geral havia afirmado pela manhã que iria entregar o parecer solicitando as prisões ainda nesta semana no Supremo. Ao ser questionado se haveria urgência para decretar prisões no meio do recesso do Judiciário, Joaquim Barbosa disse: "O critério é haver fundamento para o pedido, vamos ver o que ele vai alegar."

Brasília - O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse há pouco que o resultado do julgamento da Ação Penal 470, conhecida como mensalão, “não poderia ter sido melhor”. Para ele, a condenação dos acusados representa a “máxima” do direito penal do país. Ele voltou a defender, inclusive, que os réus sejam pressos assim que terminar o julgamento.

Após receber representação de um grupo de parlamentares contrários ao relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, Gurgel disse que a criação do colegiado tem ligação direta com o julgamento do mensalão. “Tudo que tem acontecido desde a criação da CPMI está relacionado ao mensalão”, disse ao admitir que tem recebido pressões de partidos aliados sobre esse posicionamento.

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O procurador-geral acrescentou que haverá pressões contra ele mesmo depois do julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal. “Sempre vai haver inconformados com o resultado do julgamento.”

No relatório final da CPMI, o deputado Odair Cunha (PT-MG) pede que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) investigue a conduta de Gurgel quando recebeu o relatório da Operação Vegas. Para o parlamentar, Gurgel deveria ter se manifestado tão logo recebesse o inquérito do Ministério Público do Estado de Goiás. Gurgel disse que, na ocasião, havia “fatos diminutos”, o que não justificava a investigação.

Único dos 38 réus do mensalão a disputar eleições neste ano, o deputado João Paulo Cunha (PT), candidato à Prefeitura de Osasco (SP), mereceu atenção especial do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, no julgamento do Supremo Tribunal Federal. Além de ter recebido dinheiro do valerioduto, Cunha é acusado de desviar recursos de contratos de publicidade quando presidiu a Câmara dos Deputados, de 2003 a 2005.

O deputado é réu por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato. Gurgel destacou o recebimento de R$ 50 mil pela mulher de João Paulo, Márcia Regina, no Banco Rural. Inicialmente, o parlamentar afirmou que sua mulher foi ao banco para pagar uma conta de TV por assinatura, mas, diante do recibo do saque, admitiu ser o destinatário do recurso e disse que usou o dinheiro para saldar dívidas de campanha. Para Gurgel a forma de uso do recurso é irrelevante.

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O procurador citou suposta fraude em contrato de publicidade da Câmara, sob presidência de João Paulo. Para Gurgel, o deputado desviou dinheiro de contrato com agência SMP&B, de Marcos Valério. "João Paulo desviou, em proveito próprio, R$ 252 mil que pertenciam à Câmara." O contrato questionado é com a IFT Consultoria em Comunicação.

"Não houve peculato. Há nos autos inúmeros depoimentos de que a IFT prestou serviços à Câmara, não apenas ao deputado", reage o criminalista Alberto Zacharias Toron. "O TCU concluiu que o contrato foi cumprido. Laudo da PF atesta que a SMP&B prestou os serviços. O erário não sofreu prejuízo. O contrato firmado, igual ao anterior estabelecido pelo ex-deputado Aécio Neves, previa a possibilidade de subcontratação."

Sobre a denúncia por corrupção e lavagem, Toron assevera. "A acusação reconhece que o PT disponibilizou verbas aos seus membros para pagamento de variadas despesas. João Paulo pediu dinheiro a Delúbio para pagar pesquisas pré eleitorais e ele o colocou a disposição no Rural. Um grave erro como João Paulo já reconheceu, mas isso não é corrupção. Ele não foi acusado de integrar a suposta quadrilha. Não sabia da origem criminosa do dinheiro. A acusação não trouxe prova. Se tomarmos a questão a partir do recebimento dos R$ 50 mil a título de corrupção, lembro que a mulher de João Paulo foi ao banco, assinou recibo e se identificou, e três ministros rejeitaram a acusação." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Protagonista do primeiro dia do julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse ontem que, para "ser feita a justiça", o tribunal terá de condenar todos os réus do caso. "Creio que o Supremo fará justiça. E, na visão do Ministério Público, justiça é condenar todos", afirmou em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo. Gurgel voltou a afirmar que as provas colhidas durante as investigações são "contundentes" e "falam por si".

O procurador fará sua sustentação oral nesta quinta-feira após o relator do processo, ministro Joaquim Barbosa, apresentar uma síntese de três páginas do caso. Gurgel já traçou sua estratégia para a sessão. O ex-ministro José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, o ex-presidente do PT José Genoino e o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza serão seus principais alvos.

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Nas cinco horas reservadas para a acusação, Gurgel pretende ressaltar a participação desse "núcleo político" e lembrará os principais fatos que comprovariam a existência da compra de votos no Congresso Nacional, estratagema que foi classificado pelo procurador como "o mais atrevido e escandaloso esquema de corrupção e de desvio de dinheiro público flagrado no Brasil".

Assim como na denúncia, Dirceu será apontado na sustentação oral do procurador como o "chefe de uma quadrilha" do mensalão. Gurgel dirá que ele, no comando da Casa Civil a partir de janeiro de 2003, montou e gerenciou a compra de apoio de partidos políticos, esquema tornado viável pela prática de diversos crimes, como corrupção, lavagem de dinheiro, peculato e formação de quadrilha, evasão de divisas e gestão fraudulenta.

Integrante do núcleo político "original", o ex-dirigente petista Silvio Pereira não será julgado pelo STF, pois fez um acordo com o Ministério Público e já cumpriu serviços comunitários para se livrar da acusação do crime de formação de quadrilha.

"Como dirigentes máximos do Partido dos Trabalhadores, tanto do ponto de vista formal quanto material, os réus estabeleceram um engenhoso esquema de desvio de recursos de órgãos públicos e de empresas estatais, e de concessões de benefícios diretos ou indiretos a particulares em troca de ajuda financeira", afirmou Gurgel em suas alegações finais. "O objetivo era negociar apoio político ao governo no Congresso Nacional, pagar dívidas pretéritas, custear gastos de campanha e outras despesas do PT", acrescentou.

Segundo a denúncia, Marcos Valério operava o esquema via suas agências de publicidade, que recebiam dinheiro público e repassavam para parlamentares.

Desafio

Comprovar as manobras do "núcleo político" será o maior desafio do procurador-geral. Se não conseguir demonstrar que há provas suficientes para mostrar que José Dirceu comandou a compra de apoio no Congresso, os ministros do Supremo poderão absolvê-lo.

De acordo com um dos mais antigos ministros do tribunal, o procurador-geral da República precisa comprovar que parlamentares da base aliada receberam dinheiro para votar com o governo ou ao menos que tenham recebido a promessa.

Na sua acusação, o procurador detalhará também a atividade dos outros dois grupos citados na denúncia formal. O núcleo operacional, encabeçado pelo empresário Marcos Valério, é acusado de tornar viável a obtenção de recursos financeiros para garantir a compra de apoio parlamentar no Congresso.

O terceiro grupo, chamado de núcleo financeiro, era composto por dirigentes do Banco Rural à época dos fatos. Para obter o dinheiro, segundo a denúncia, os dirigentes liberaram dinheiro para o esquema por meio de empréstimos que o Ministério Público classificou como "simulados". O dinheiro era lavado e entregue aos destinatários finais.

As cinco horas a que tem direito hoje, afirmou Gurgel, "não serão suficientes" para esmiuçar e apontar todas as provas colhidas que, segundo ele, comprovariam a prática dos crimes. "O tempo, a rigor, não será suficiente para falar de tudo e de todos."

No dia seguinte à acusação, os advogados dos réus, a começar pelo defensor de José Dirceu, farão suas sustentações orais. Serão cinco advogados por dia, tendo cada um o tempo de uma hora. O presidente do STF, Carlos Ayres Britto, espera que o julgamento se encerre até o fim do mês. Outros ministros estimam que o julgamento seja concluído até o fim de setembro. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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