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O Vaticano autorizou pela primeira vez, em um documento oficial divulgado nesta segunda-feira (18), a bênção para casais do mesmo sexo, com a condição de que seja realizado fora dos cultos religiosos, um gesto inédito para a Igreja Católica, que segue firme em sua oposição ao casamento homossexual.

Existe "a possibilidade de bênçãos de casais em situações irregulares e de casais do mesmo sexo, cujo formato não deverá encontrar qualquer fixação ritual por parte das autoridades eclesiásticas, para não causar confusão com a bênção do sacramento do matrimônio", afirma o documento do Dicastério para a Doutrina da Fé, aprovado pelo papa Francisco.

"Esta bênção nunca acontecerá ao mesmo tempo que os ritos civis de união, nem mesmo em conexão com eles. Nem sequer com as vestimentas, gestos ou as palavras próprias de um casamento", acrescenta o texto.

É a primeira vez que a Igreja abre caminho de forma clara à bênção de casais do mesmo sexo, um tema que suscita tensões em seu seio devido à forte oposição da ala conservadora, especialmente nos Estados Unidos.

Apesar de não serem reconhecidos pela Santa Sé, alguns religiosos já abençoaram casais do mesmo sexo, principalmente na Bélgica e na Alemanha.

- "Grande avanço" -

Esta decisão "esclarece as coisas porque havia um vazio nesta questão", explica à AFP Patrick Vadrini, especialista em direito canônico e professor emérito da Pontifícia Universidade Lateranense, em Roma.

"Ao definir grandes normas gerais, a Igreja deixa nas mãos de quem tem contato direto com as pessoas à medida que a norma é aplicada. Nós nos adaptamos às pessoas", acrescenta.

O padre americano James Martin, conhecido por seu compromisso com os fiéis LGBTQIA+, comemorou a decisão na rede social X (antigo Twitter), afirmando que será um "grande avanço no Ministério da Igreja para as pessoas desta comunidade.

Por outro lado, poderia intensificar a oposição da ala tradicional da Igreja, em um momento em que se multiplicam as críticas dos conservadores sobre a gestão do papa Francisco.

Esta declaração é divulgada seis semanas após a conclusão do Sínodo sobre o futuro da Igreja Católica, uma reunião mundial consultiva na qual bispos, mulheres e laicos debateram questões sociais como a aceitação de pessoas LGBTQIA+ e os divorciados que se casam novamente.

No início de outubro, cinco cardeais conservadores pediram publicamente ao papa para reafirmar a doutrina católica sobre os casais homossexuais, mas o documento final do Sínodo não incluiu esta questão.

Em 2021, o Vaticano reiterou sua opinião de que a homossexualidade é um "pecado" e confirmou que os casais do mesmo sexo não podem receber o sacramento do casamento.

Desde sua eleição em 2013, o jesuíta argentino, que insiste na importância de uma Igreja "aberta a todos", tem despertado repetidamente a indignação dos conservadores, especialmente por limitar o uso da missa tradicional em latim em 2021.

Vídeos gravados durante um culto na Assembleia de Deus Campo Grande (ADCG), no Rio de Janeiro, mostram um grupo de evangélicos participando de uma espécie de ritual militar, que mesclou uma mímica das saudações do Exército Brasileiro e passagens bíblicas. Os homens estão trajados com uniformes de estampa camuflada, similar ao das Forças Armadas, e usam boinas vermelhas, como fazem os militares de brigadas paraquedistas. 

Por lei, a atividade seria ilegal. Segundo o Estatuto dos Militares (1941), que orienta o uso de fardas por militares das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica), é definido que os trajes são de uso exclusivo em atividade, exceto em eventos oficiais e autorizados. 

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Os fieis gritam trechos da bíblia em tom de ordem, fazem coro, batem continência e até marcham. Eles se identificam como o "Coral Masculino de Vozes do Jordão (CMVJ", um departamento da igreja exclusivo aos homens. O lema do departamento é “juntos somos fortes”, mote popularizado pelo bolsonarismo. 

"O que Ele faz hoje tu não sabes, mas verás depois. Ele é o que é e ai do homem se quiser ser maior do que Ele. Ele não aceita que o seu nome seja escarnecido. Queremos trazer à igreja um pequeno resumo de quem é o 'Eu sou o que sou'. Ele é Jesus, o Deus dos deuses, senhor dos senhores", prega o grupo, em coro, em um dos trechos de vídeo. 

A Assembleia de Deus de Campo Grande é liderada pelo casal de pastores Alessandro e Aline Malafaia, que, apesar do nome da igreja e sobrenome em comum, não têm relações diretas com o bolsonarista Silas Malafaia. Os homens fardados que aparecem nos vídeos não foram identificados.

Milhares de fiéis hindus escalaram um vulcão ativo na Indonésia nesta segunda-feira (5) para jogar animais, comida e outras oferendas em sua cratera fumegante em uma cerimônia religiosa secular.

Os devotos carregaram cabras, galinhas e vegetais nas costas até o topo do Monte Bromo, mais de 800 quilômetros a leste de Jacarta, como parte do festival Yadnya Kasada. Todos os anos, os membros da tribo Tengger se reúnem no topo deste vulcão, na esperança de agradar a seus deuses.

Slamet, um agricultor de 40 anos, conta que levou um bezerro como oferenda.

"É um ato de gratidão a Deus por nos dar prosperidade. Nós a devolvemos a Deus para que possamos voltar aqui no ano que vem", disse à AFP.

O cordeiro por enquanto deu sorte e foi oferecido a um morador após as orações, em vez de ser jogado no vulcão.

Alguns aldeões que não pertencem à tribo Tengger foram para as encostas íngremes da cratera, equipados com redes na tentativa de interceptar as oferendas lançadas no abismo e evitar que fossem desperdiçadas.

O fazendeiro Joko Priyanto trouxe alguns de seus produtos, principalmente repolhos e cenouras, para jogar na cratera fumegante. "Espero receber uma recompensa de Deus todo-poderoso", disse o homem de 36 anos.

Este ritual tem suas raízes no folclore do século XV do reino Majapahit, um império hindu-budista javanês que se estendia pelo sudeste da Ásia. Diz a lenda que a princesa Roro Anteng e seu marido, incapazes de ter filhos após anos de casamento, imploraram a ajuda dos deuses.

Suas orações foram atendidas com a promessa de que teriam 25 filhos, sob uma condição: a de sacrificar seu filho mais novo, jogando-o no Monte Bromo. Diz-se que seu filho pulou, voluntariamente, no vulcão para garantir a prosperidade do povo Tengger.

A Polícia de Minas Gerais (PCMG) prendeu nesta segunda-feira (15) em flagrante, um rapaz de 22 anos suspeito de matar outro homem, de 44, na cidade de Bom Despacho, na região centro-oeste do Estado (cerca de 160 quilômetros da capital Belo Horizonte) durante a madrugada. De acordo com as investigações, o crime foi provocado por discussões antigas entre os envolvidos e cometido com alto grau de violência.

Segundo a Polícia Civil, a vítima foi encontrada com ferimentos de faca, com o crânio esfacelado e com diferentes queimaduras espalhadas pelo corpo. A suspeita é de que o criminoso tenha cometido o homicídio em um ritual. De acordo com o relato das testemunhas, o suspeito teria ingerido o sangue do homem de 44 anos após praticar o crime, informou a polícia.

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Nesta segunda-feira, o rapaz de 22 anos foi encontrado escondido na casa da irmã, na mesma cidade, no bairro São Vicente. Ele foi preso em flagrante. Com o suspeito, os policiais também apreenderam um celular, que seria da vítima. Após o homem ser autuado, os agentes foram à casa onde ele morava com a mãe. No local, encontraram roupas sujas de sangue e a faca que teria sido usada no assassinato.

Segundo o delegado à frente do caso, Rodrigo Noronha, o suspeito já havia tentado tirar a vida da vítima em outra situação, e com o uso de uma foice. O incidente, porém, não foi registrado, mas foi um indicativo de premeditação, de acordo com Nogueira.

"Diante dos fatos, o indivíduo foi preso em flagrante e conduzido à Delegacia de Polícia Civil em Bom Despacho, onde foi autuado por homicídio triplamente qualificado e encaminhado ao sistema prisional", informou a polícia em nota. As investigações continuam em andamento na delegacia da cidade.

O papa Francisco lavou os pés de 12 jovens detidos em uma instituição para menores de Roma, cumprindo os ritos da Quinta-feira Santa, apesar de seus recentes problemas de saúde.

Conforme a tradição cristã, Francisco representou o gesto de humildade de Cristo com seus apóstolos antes de ser preso, condenado à morte e crucificado em uma sexta-feira em Jerusalém.

O pontífice argentino, de 86 anos, foi nesta quinta-feira à tarde ao presídio Casal del Marmo, no norte da capital italiana, onde já havia realizado esse rito em 2013, após sua eleição para o trono de Pedro.

Apoiado em uma bengala, Jorge Mario Bergoglio apareceu sorrindo e se colocou diante de cada um dos 12 jovens detidos, incluindo duas meninas, para lavar seus pés. Abaixou-se para beijá-los.

Alguns deles retribuíram o gesto com um beijo na mão, enquanto outros trocaram algumas palavras com Francisco.

"Vou cumprir este ritual. Não é folclore. Espero sair dessa, porque não consigo andar muito bem", disse o papa, que ficou vários minutos de pé, referindo-se aos seus problemas de locomoção pelas dores no joelho que o obrigam a usar uma cadeira de rodas.

Entre os jovens havia até um muçulmano, além de católicos de várias partes do mundo, segundo o Vaticano, que transmitiu a cerimônia ao vivo pela primeira vez.

Desde o início de seu pontificado, em 2013, o papa Francisco decidiu levar esta celebração para fora do Vaticano.

Hoje de manhã, o papa Francisco presidiu a tradicional missa crismal, na Basílica de São Pedro. Nela, abençoa-se o óleo sagrado que será usado para outros sacramentos ao longo do ano.

No domingo de Páscoa, que comemora a ressurreição de Cristo segundo o relato dos Evangelhos, o sumo pontífice dará a bênção "Urbi et Orbi", à cidade e ao mundo, e lerá a tradicional mensagem sobre os problemas do mundo.

Em uma ilha da Indonésia, uma família posa para uma foto com seus idosos pouco sorridentes. Não é que eles vivam trancados ou estejam zangados com seus descendentes. Os mais velhos estão mortos.

A fotografia faz parte da tradicional cerimônia Manene realizada em duas pequenas aldeias na ilha indonésia de Sulawesi.

Centenas de cadáveres são exumados e vestidos na cidade de Torea como parte de um ritual para honrar seus espíritos e oferecer-lhes oferendas.

"Quando fazemos o Manene, começamos abrindo a câmara funerária e limpando seu interior e arredores", diz Sulle Tosae à AFP.

"Depois secamos os corpos ao sol antes de trocar de roupa", acrescenta o homem.

Os caixões com os corpos de seus parentes são retirados de suas sepulturas cavadas nas montanhas.

"As oferendas são um sinal de gratidão dos filhos e netos para os antepassados", diz o chefe da aldeia de Torea, Rahman Badus.

Eles honram seus espíritos "para que possam sempre abençoar os vivos com segurança, paz e felicidade", acrescenta.

Uma família oferece um cigarro ao seu parente recém-exumado, outra coloca óculos de sol estilosos nele.

Alguns corpos permanecem quase intactos graças a um processo de mumificação, enquanto de outros resta apenas o esqueleto.

- Espírito dos mortos -

O grupo étnico toraja tem um milhão de membros na ilha de Sulawesi.

Eles têm poucos escrúpulos em falar com corpos embalsamados, vesti-los, escovar seus cabelos ou até mesmo tirar fotos com eles.

O calendário da cerimônia depende de cada cidade, mas normalmente o Manene acontece a cada vários anos nos meses de julho e agosto.

Os toraja acreditam que os espíritos dos mortos vagam pelo mundo antes da cerimônia fúnebre e só começarão sua jornada para a terra dos espíritos depois que suas almas forem imortalizadas.

As famílias preservam os corpos até que tenham economizado dinheiro suficiente para um funeral elaborado.

Antes, os mortos eram mumificados por meio de um processo de embalsamamento com remédios naturais, como vinagre azedo e folhas de chá.

Mas agora muitas famílias tomam o atalho de injetar no cadáver uma solução de metanal.

O processo de exumação é uma cena de arrepiar os cabelos para os turistas estrangeiros. No entanto, os moradores estão mais do que felizes em limpar os corpos, tirar fotos e orar por suas almas.

Mas o chefe da aldeia diz que alguns moradores podem ir longe demais.

"Os familiares prestam respeito a seus pais ou ancestrais e o desrespeito tem consequências", explica Badus sem especificar quais comportamentos ele denuncia.

"Os corpos devem ser tratados com o maior respeito no ritual Manene", alerta.

Na madrugada desta quarta (4), o médico Paulo Oliveira Cesar, de 68 anos, e a esposa Raquel Heringer Cesar, de 61, foram mortos a facadas em casa, na cidade de Vila Velha, no Espírito Santo. O principal suspeito de praticar os crimes é o filho do casal, o estudante de medicina Guilherme Heringer Cesar, de 22 anos, que tirou a própria vida após a morte dos pais. No local do crime, policiais identificaram a presença de dizeres e objetos satânicos.

De acordo com os investigadores, Guilherme teria ligado para um parente e confessado os crimes. Ele também teria dito que estava a caminho da Terceira Ponte- que liga Vila Velha à capital do estado, Vitória- para se matar.

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Objetos satânicos foram encontrados na casa da família. (Reprodução/TV Gazeta)

Por volta das 4h30 da manhã, a Polícia Civil recebeu um chamado para localizar um cadáver na Baía de Vitória. No local, os agentes encontraram o veículo de Guilherme e, através da placa, descobriram o endereço do estudante. Na residência, foram encontrados os corpos de Paulo César, no banheiro, e de Raquel, em cima de uma cama.

Em imagens veiculadas pela TV Gazeta, que esteve no apartamento, o número “666”, associado por satanistas ao demônio, aparece nas paredes de diversos cômodos. Cruzes invertidas também foram pintadas nas paredes e no chão, enquanto páginas da bíblia foram riscadas com os dizeres “ele me obrigou”. Na sala, uma mensagem foi deixada: "o diabo desceu até vós e pouco tempo lhe resta”. O apartamento tinha ainda garrafas de cerveja e vinho vazias e um pentagrama.

Além de médico, Paulo era pastor de uma Igreja em Vila Velha. Por meio de nota, a Polícia Civil informou que o caso foi registrado como duplo homicídio com uso de arma branca (faca), que foi apreendida e encaminhada para perícia.

Os investigadores acreditam que Guilherme se suicidou depois de matar os pais. Os corpos do casal foram encaminhados para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, onde será realizado o exame cadavérico para serem liberados para os familiares e para ser feito o exame cadavérico.

A polícia nigeriana libertou 24 bebês e quatro adolescentes grávidas de uma maternidade ilegal na cidade petrolífera de Port-Harcourt, no sul do país - anunciou um porta-voz da polícia.

"Durante uma operação de infiltração na terça-feira, nossos homens descobriram uma organização dedicada ao tráfico de bebês em Port-Harcourt, onde 24 bebês de um a dois anos e quatro adolescentes grávidas foram resgatados", disse à AFP o porta-voz Nnamdi Omoni.

Outras "fábricas de bebês" do mesmo tipo foram descobertas pela polícia nigeriana nos últimos anos. Em alguns casos, os bebês podem sofrer rituais de magia negra.

Bebês do sexo masculino são geralmente vendidos por 500.000 nairas (US$ 1.400), enquanto as meninas são vendidas por cerca de 300.000 nairas, informou a polícia em casos anteriores.

País petrolífero com uma das maiores economias da África, a Nigéria também é uma das nações do mundo com o maior número de habitantes vivendo em extrema pobreza.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) coloca o tráfico de pessoas em terceiro lugar nos crimes mais frequentes cometidos na Nigéria, depois da corrupção e do tráfico de drogas.

Todo o último dia do ano os rituais para atrair boas energias se repetem. E tem de tudo: ervas para espantar a inveja e o mau olhado, flores para Iemanjá e os famosos banhos de perfumes diversos para trazer saúde e prosperidade. Há quem seja mais discreto e só aposte em uma roupa de cor específica. De um modo geral, as simpatias utilizadas no réveillon demonstram a fé e o otimismo dos brasileiros, além de movimentar a economia.

Mas dentre tantos desejos, qual será o mais pedido pelos supersticiosos? Uma recente pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), com 686 pessoas nas 27 capitais do país, mostrou que 32% dos entrevistados vão recorrer a algum tipo de simpatia. Desses, 16% querem ganhar mais dinheiro, 6% querem encontrar um novo amor.

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Também com 6% estão os que pretendem quitar as dívidas, 5% visam conseguir um emprego em 2020, 4% dos entrevistados planejam emagrecer, só 3% desejam comprar um carro e com apenas 1% estão os que pedem para sejam curados de uma doença. O estudo também revelou que 37% das pessoas irão usar roupas com a clássica cor branca que simboliza a paz.

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Toda essa procura é refletida no comércio que trabalha com as iguarias certas para cada simpatia. No Mercado de São José, no Recife, as plantas mais vendidas nesse período são alecrim e arruda. Ambas são bastante utilizadas por religiões de matriz africana, e se preparadas para um banho, podem abrir bons caminhos e afastar as energias negativas. O valor mínimo do maço das ervas é de R$ 2.

Já a romã, considerada a “fruta do amor”, não fica para trás quando o assunto é simpatia. Há quem acredite que o alimento pode trazer saúde, amor, dinheiro e prosperidade, se ingerida as quatro partes, guardando só as sementes. 

O fim de 2019 é também o final de uma década. Para os que acreditam em simpatias, ainda dá tempo de se preparar para um novo recomeço. 

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Não é a primeira vez que Bianca Bin conta para os seus fãs e seguidores do Instagram do seu ritual com sangue de menstruação. Em um clique compartilhado pela morena nos Stories, ela mostra esse seu lado muito mais inusitado e um tanto quanto íntimo.

Nesta segunda-feira, dia 7, a atriz que está de biquíni na publicação aparece segurando um super pote de vidro que continha uma quantidade até que grande de sangue menstrual, na legenda da publicação, Bin pede aos seguidores:

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Plante a sua lua!

O ritual plantar a lua nada mais é que depositar o sangue da menstruação na terra, podendo ser feito sozinha ou até mesmo em conjunto com outras mulheres. A maior intenção de tudo isso é celebrar a fertilidade e retirar o estigma do sangue que sai do corpo das mulheres.

A cannabis foi uma das primeiras plantas cultivadas no passado por conta de suas sementes oleaginosas e fibras usadas na confecção de tecidos. Mas quando a maconha teria sido usada pela primeira vez por conta de suas propriedades psicotrópicas?

Um estudo divulgado nesta quarta-feira, 12, revela que a maconha já era inalada de forma ritual no oeste da China há 2.500 anos. A descoberta foi possível a partir da análise química de resíduos achados em antigos queimadores de incenso com altas concentrações de THC, o agente psicoativo mais potente da Cannabis.

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O trabalho assinado por cientistas do Instituto Max Planck, da Academia Chinesa de Ciências e da Academia Chinesa de Ciências Sociais, publicado na Science Advances, sustenta ter "os primeiros indícios claros" já encontrados do uso da maconha por suas propriedades psicoativas.

Uma escavação arqueológica no antigo cemitério de Jirzankal, nas remotas Montanhas Pamir, no oeste da China, revelou dez recipientes de madeira usados como queimadores de incenso e datados de 2.500 anos.

Os arqueólogos suspeitaram que os queimadores poderiam ter tido uma função ritual e, para investigá-la, isolaram o material orgânico encontrado junto a fragmentos de madeira e pedra queimados. As ervas eram queimadas dentro dos recipientes de madeira com pedras incandescentes.

Os resultados revelaram a assinatura química da cannabis. Mais do que isso, mostraram que a cannabis usada era a de uma variedade em particular, com uma alta concentração de THC. Essa descoberta indica que a população já sabia que havia variedades distintas da planta e as escolhia em função do uso.

"Acredito que podemos dizer com bastante segurança que a maconha foi empregada em algum tipo de prática ritual funerária", afirmou, em entrevista coletiva, o especialista em arqueologia botânica do Instituto Max Planck, Robert Spengler.

Um comunicado dos pesquisadores sobre a descoberta informa que "ainda não está claro se a cannabis teria outros usos na sociedade, mas é provável que os antigos conhecessem também as capacidades medicinais da planta". A planta de cannabis já era cultivada no leste da Ásia 4.000 anos antes de Cristo para o uso de suas sementes oleaginosas e da fibra para a confecção de tecidos.

Embora seja uma das drogas mais usadas hoje no mundo recreacionalmente, pouco se sabe sobre o seu uso psicotrópico no passado. Até agora, o único indício disponível sobre esse tipo de uso remontava a uma passagem da obra do historiador grego Heródoto, datada do século I a. C.

Em comunicado, a diretora do Instituto Max Planck, Nicole Boivin, explicou que a descoberta revela que o uso da planta por suas características psicotrópicas teria se iniciado nas regiões montanhosas da Ásia Central e, dali, se expandido para outras regiões do mundo. Embora hoje seja uma região remota, no passado, a área fazia parte da Rota da Seda, que ligava o Oriente ao Ocidente.

Centenas de homens de pés descalços se flagelaram e alguns até mesmo se crucificaram durante as impressionantes cerimônias da Sexta-feira Santa em alguns povoados das Filipinas - eventos que o Vaticano não aprova.

Os atos de autoflagelação e as crucificações se repetem a cada ano, neste país majoritariamente católico, onde alguns fiéis se sentem orgulhosos de repetir na própria pele a história de Jesus Cristo.

As Filipinas têm 80 milhões de católicos, que em sua maioria celebram em família e na igreja a Sexta-feira Santa - dia em que, segundo a tradição, Jesus Cristo morreu na cruz.

Mas, em algumas regiões, ainda se crê no sofrimento extremo como forma de expiar os pecados, o que desemboca em um espetáculo sangrento, que se tornou uma atração turística.

No norte de Manila, vários homens com coroas de espinhos andavam lentamente, debaixo de um calor intenso, em uma estrada da província de Pampanga. De vez em quando, flagelam-se nas costas com varas de bambu atadas com uma corda.

"É um compromisso religioso. Farei isso a cada ano, enquanto puder", conta à AFP Resty David, caminhoneiro de 38 anos, que se flagela há quase 20. Seu objetivo é convencer Deus a curar seu irmão de um câncer.

O sangue e o suor escorrem pelas calças dos penitentes. Cada golpe de chicote provoca caretas de dor também no público, e alguns espectadores tentam evitar serem salpicados de sangue quando a procissão passa perto.

- 'Tendências fariseias' -

Algumas pessoas do público dirigiram por horas para assistir ao espetáculo, que termina com a aguardada crucificação.

"Estou um pouco comovida", disse à AFP Annika Ehlers, turista alemã de 24 anos. "É muito intenso, não esperava algo assim".

Ehlers assistiu às dez primeiras crucificações previstas durante o dia em vários povoados perto de San Fernando, a cerca de 70 quilômetros ao norte de Manila.

Os voluntários recebem pregos de oito centímetros nas mãos e nos pés. Em seguida, um grupo de homens vestidos de romanos levanta a cruz para que o público os veja crucificados. Pouco depois, retiram rapidamente os espinhos e tratam as feridas.

Contudo, a Igreja considera que esses fiéis deveriam passar a Quaresma rezando e refletindo.

"A crucificação e a morte de Jesus são mais que suficientes para salvar a humanidade de seus pecados. São acontecimentos que ocorrem uma vez na vida e que não há necessidade de repetir", afirma Jerome Secillano, da Conferência de Bispos Católicos das Filipinas.

"A Semana Santa (...) não é o momento de fazer alarde da propensão do homem ao entretenimento e às tendências fariseias", acrescentou.

Cerca de 80% da população das Filipinas é católica, uma herança de 300 anos de colonização espanhola.

  Responsável por encerrar o ciclo natalino da cidade do Recife, a tradicional ‘Queima da Lapinha’ acontece neste domingo (6), a partir das 17h. O cortejo se reúne no Pátio do Carmo e segue para o Pátio de São Pedro.

A Lapinha, que simboliza a manjedoura de Jesus, é queimada como rito de despedida do ciclo natalino da capital pernambucana, abrindo caminho para o Carnaval. A liturgia também reunirá 11 pastoris no Pátio de São Pedro para celebrar o Dia de Reis.

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Além de acompanhar o cortejo, o público pode escrever pedidos em pedaços de papel e atirá-los às chamas para queimar junto com a Lapinha, na esperança de que eles sejam atendidos ao longo do ano.

Serviço

Queima da Lapinha

6 de janeiro | 17h

Local: Concentração no Pátio do Carmo, seguida de cortejo até o Pátio de São Pedro, onde acontece a queima

Entrada gratuita

*Com informações da assessoria

Bianca Bin chamou atenção com uma declaração recente na qual dizia ser adepta a um ritual conhecido como “plante sua lua”, que consiste em devolver seu sangue para a terra. Diante da polêmica e da repercussão, a atriz utilizou seu Instagram para esclarecer como funciona o processo e o porquê de ser adepta.

De acordo com os prints compartilhados pela atriz de ‘O Outro Lado do Paraíso’, o ritual é feito com o sangue menstrual da própria mulher que escolhe realizá-lo, e trata-se de um exercício “simples, poderoso, curador e profundo”. No processo, o sangue deve ser coletado e depositado em um jardim ao fim de cada ciclo. “É seu, limpo, simples e sagrado”, conclui um dos textos.

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Em uma entrevista recente à revista Glamour, Bianca comentou sobre o ritual: “Uso o coletor menstrual e coloco o sangue nas plantas, diluído em água. É uma forma de fechar o ciclo. Isso mudou minha relação com meu corpo e com me entender mulher. O universo é uma grande potência feminina e é com essa força que busco me conectar sempre”.

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Uma jovem italiana de 17 anos foi violentada sexualmente durante meses por um grupo de homens em sessões de terapia alternativa e rituais na Itália. O caso veio à tona nesta terça-feira (14), quando a polícia prendeu três pessoas em Turim.

Os detidos são Paolo Meraglia, de 69 anos, apontado como o "curandeiro" das sessões de terapia, durante as quais eram ministradas substâncias naturais, seu cúmplice Biagino Viotti, um aposentado de 73 anos que disponibilizava um espaço para os rituais, e um jovem de 19 anos cuja mãe teria assistido aos estupros.

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Durante os rituais, a vítima encenava o papel de vestal, enquanto Meraglia atuava como "professor". Os outros dois também participavam das cerimônias, que eram encerradas com o estupro coletivo da jovem, diante de outras pessoas.

A jovem era drogada antes dos abusos, segundo os relatos. A polícia italiana investiga agora se mais mulheres teriam sido violentadas durante as sessões. Na casa onde os crimes ocorriam, a polícia encontrou materiais como manuais de "prática de magia", textos esotéricos e definições do que seria o amor.

A pequena cabana com teto de palha no oeste do Nepal não a protege do frio. No entanto, Pabrita Giri tem que se exilar nela durante seu período menstrual, em virtude de um ritual hindu secular.

Na choça, conhecida como "chhau goth", Giri acende uma pequena fogueira para tentar se aquecer. A fumaça enche o pequeno espaço onde ela dorme e irrita seus olhos. "Acreditamos que, se não fizermos o 'chhaupadi', coisas ruins podem nos acontecer e que, se o fizermos, os deuses nos favorecerão. Acho que não tem problema, por isso faço isso durante minha regra", explica Giri, de 23 anos.

"Agora estou acostumada. Tinha medo no início porque ficava longe de minha família em noites escuras e em um lugar como este", comenta Giri.

Essa prática está ligada ao hinduísmo e considera que as mulheres são intocáveis enquanto menstruam. São tiradas de casa, impedidas de tocar na comida, em objetos religiosos, no gado e principalmente nos homens, forçando-as a um exílio menstrual no qual têm de dormir em cabanas rudimentares. Em algumas zonas, as mulheres também têm de passar um mês em uma "chhau goth" depois de dar à luz.

A morte de duas mulheres recentemente durante o "chhaupadi", uma por inalação de fumaça, e outra por causas ainda desconhecidas, deu força a quem defende o fim dessa prática. Apesar do "chhaupadi" ter sido proibido há uma década, o Parlamento está estudando uma proposta de lei para transformar em crime quem obrigar uma mulher a se exilar durante a menstruação.

Superstições

Outras tentativas anteriores de acabar com o "chhaupadi" foram abandonadas por culpa das superstições. Em uma aldeia a alguns quilômetros de onde vive Giri, Khagisara Regmi está pensando em construir um "chhau goth".

Depois que seu marido morreu há 8 anos, essa mulher de 40 anos sofria muito por ter que seguir o "chhaupadi", que a impedia de cozinhar ou tocar no filho enquanto estava menstruada. Depois de viúva, deixou de fazê-lo.

Mas, há alguns anos, seu único filho começou a ter crise, aparentemente de epilepsia. Quando um hospital local conseguiu tratá-lo, Regmi procurou o xamã local, que atribuiu a doença do rapaz ao fato de ela não respeitar mais o ritual. "Como não respeitei o princípio da pureza, os deuses se aborreceram. Não foi bom para meu filho", explica.

No Nepal rural, os xamãs locais ocupam o espaço vazio deixado pelos serviços de saúde inexistentes, e os anciões assumem a posição de guardiões da tradição.

Segundo Sabitra Giri, de 70 anos, os maoistas tentaram acabar com o "chhaupadi" durante a guerra civil do Nepal, dentro de sua posição antirreligião, mas não conseguiram. "Enquanto continuar viva, esta prática continuará", garante.

Mesmo na capital, Katmandu, três em cada lar praticam algum tipo de restrição contra as mulheres em seu período menstrual, proibindo-as de entrar na cozinha e na sala de oração, explica Pema Lhaki, uma ativista dos direitos das mulheres.

As tentativas passadas de acabar com o costume se restringiram a destruir as cabanas, mas isso não impediu que as famílias expulsassem as mulheres de seus lares, obrigando-as, às vezes, a dormir em cabanas muito mais rudimentares e, inclusive, ao relento.

Para Pema Lhaki, destruir ou não as cabanas não é a questão: o êxito do movimento acontecerá quando as cabanas ainda estiverem de pé, mas não forem mais usadas.

Mais de 1,8 milhão de peregrinos muçulmanos celebravam nesta segunda-feira (12) o Eid al-Adha, a Festa do Sacrifício, e o ritual do apedrejamento de Satanás em Mina, abalada no ano passado pela pior tragédia de sua história.

O apedrejamento, no qual os peregrinos lançam simbolicamente pedras contra estelas, é um momento de alto risco do Hajj. No dia 24 de setembro de 2015, o ritual terminou em pesadelo: 2.300 peregrinos, 464 deles iranianos, morreram em um grande tumulto.

Na manhã desta segunda-feira a celebração teve início sob uma vigilância rígida: câmeras de segurança filmavam todos os movimentos, centenas de policiais estavam mobilizados em cada um dos quatro andares, unidos por escadas rolantes, de onde os peregrinos podem lançar suas pedras.

Nos arredores, dezenas de policiais organizavam o fluxo de peregrinos. Sobre um promontório de metal branco, três policiais transmitiam por rádio as instruções aos seus colegas. Ao pé de cada uma das três estelas, os pequenos muros de pedra que mantêm os peregrinos à distância, havia uma grossa camada de espuma destinada a evitar os impactos em caso de tumulto.

- Melhora um ano após tragédia -

Brahim Ayed, peregrino saudita de 40 anos, costumava realizar a peregrinação todos os anos. Mas em 2006 parou de fazê-lo. Neste ano voltou pela primeira vez e disse estar impressionado.

"Tudo é tão diferente: para o apedrejamento, antes era preciso se preparar na véspera para conseguir chegar à estela, hoje tudo foi muito rápido, há uma clara melhora", afirmou à AFP a partir de um dos caminhos superiores que permitem que os peregrinos cheguem aos acampamentos de Mina depois de fazer os lançamentos.

Para Faruq Hamlaui, a "catástrofe do ano passado" explica em grande parte estas melhorias. "As pessoas aprenderam e compreenderam que apenas a organização e o respeito dos itinerários impostos para controlar a multidão permitem evitar dramas", declarou este argelino que guia os grupos de compatriotas todos os anos.

Riad ainda não anunciou os resultados de sua investigação sobre a tragédia de 2015, a mais mortífera da história do Hajj, mas afirma que neste ano tomou as medidas necessárias, em particular equipando peregrinos com uma pulseira eletrônica que guarda seus dados pessoais.

No total, 1.862.909 peregrinos participam neste ano da peregrinação, dos quais 1.325.372 chegaram do exterior, segundo as autoridades.

Os fieis muçulmanos que participam na peregrinação anual à Meca retomaram nesta sexta-feira o ritual de apedrejamento de Satã, no dia seguinte em que mais de 700 pessoas morreram pisoteadas em um tumulto.

Depois de passar a noite em Mina, uma das cidades dormitórios situadas a 5 km de Meca, os peregrinos se sucediam em uma longa fila pela manhã para cumprir com o ritual, que consiste em jogar pedras contra três colunas que, segundo os muçulmanos, representam o demônio.

A multidão era menos compacta que na véspera, quando ao menos 717 pessoas morreram e 863 ficaram feridas no tumulto, na segunda tragédia a atingir os fiéis em menos de duas semanas na região.

De acordo com uma fonte do Ministério da Saúde, a tragédia aconteceu perto de uma das colunas quando várias pessoas que deixavam o local ficaram diante de um grande grupo de peregrinos que desejava ter acesso à mesma área.

O rei Salman recebeu os responsáveis pela organização do Hajj (peregrinação). O monarca declarou que espera os resultados da investigação e disse que ordenou "uma revisão do projeto" de organização da peregrinação para que os fiéis "celebrem seus ritos em segurança".

Em uma primeira reação oficial, o ministro da Saúde, Khaled al Falih, prometeu uma investigação "rápida e transparente" do acidente, atribuído à falta de disciplina dos peregrinos.

Já o porta-voz do ministério do Interior, general Mansur Turki, disse que "o forte calor e o cansaço dos peregrinos também influenciaram no número elevado de vítimas".

Cerca de dois milhões de pessoas estão na Arábia Saudita para celebrar o Hajj.

O Irã anunciou que pelo menos 90 cidadãos do país faleceram na tragédia e culpou as autoridades sauditas pelo tumulto.

"Por motivos desconhecidos, fecharam um acesso ao local, no qual os fiéis cumprem o ritual de apedrejamento de Satã", acusou o diretor da organização iraniana do Hajj, Said Ohadi.

"Foi isso que provocou esse trágico incidente", disse à televisão estatal iraniana.

O guia supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, considerou que "medidas inadequadas e uma má gestão" de Riad causaram a tragédia.

Imagens divulgadas na Internet mostraram vários corpos inertes no chão e objetos pessoais, como os guarda-chuvas que os peregrinos usavam para se proteger do Sol.

A Arábia Saudita havia realizado importantes obras para facilitar o movimento das pessoas e evitar acidentes como o desta quinta-feira.

Mas um peregrino sudanês que estava em Mina no momento do tumulto afirmou que este foi o pior Hajj dos quatro aos quais ele já compareceu.

"As pessoas estavam desidratadas e desmaiavam" antes do tumulto, relatou, acrescentando que "os peregrinos tropeçavam uns nos outros".

A Arábia Saudita mobilizou 100.000 policiais para garantir a segurança durante a peregrinação, depois que, em 11 de setembro, uma grua desabou na Grande Mesquita de Meca e matou 109 pessoas. Mais de 400 ficaram feridas.

O acidente anterior durante a peregrinação aconteceu em 2006. Em 6 de janeiro daquele ano, 76 pessoas morreram no desabamento de um hotel em Meca. Seis dias depois, 364 peregrinos faleceram em outro tumulto durante o ritual de apedrejamento das pilastras de Satã em Mina.

Após o ritual, que pode durar entre dois e três dias, os peregrinos concluem o Hajj com as cerimônias ao redor da Kaaba, a construção em forma de cubo no centro da Grande Mesquita de Meca, para a qual os muçulmanos se dirigem durante a oração.

O vale de Mina fica a poucos quilômetros de Meca, o principal local sagrado do Islã.

Quase 1,5 milhão de muçulmanos de todo o mundo celebram o Eid al-Adha, a Festa do Sacrifício.

Segundo as autoridades sauditas, o Hajj, um dos cinco pilares do Islã, reuniu 1,4 milhão de pessoas do exterior e quase 600.000 peregrinos que vivem na Arábia Saudita.

Por ocasião da peregrinação, as autoridades anunciaram que estavam em alerta por possíveis atentados, depois que o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) atacou as forças de segurança e várias mesquitas xiitas na Arábia Saudita nos últimos meses.

Também haviam sido mobilizados muitos médicos e enfermeiros para enfrentar uma possível epidemia de coronavírus MERS, do qual a Arábia Saudita é um dos principais focos no mundo.

A ossada de Maria Clara Zortea Ramalho, de seis anos, que estava desaparecida desde o início de março, ainda está no Instituto Médico Legal (IML) de Cascavel e deverá ser liberado somente após os resultados do exame de DNA, o que deve levar dois meses. Clara foi morta pela mãe Vanessa Aparecida Ramos do Nascimento e a amiga Giulia Albuquerque, após sofrer uma série de espancamentos, que, segundo depoimento da mãe, na terça-feira, 29, à Polícia de Cascavel, era parte de um plano espiritual de Deus. E que a garota era possuída por demônios.

"Ela (amiga) dizia que Deus tinha um plano na minha vida e que Deus ia mudar a minha história, que eu ia ter marido, prosperidade e toda essa história, só que para eu receber isso tinha um plano espiritual que eu tinha que fazer. E esse plano era corrigir os meus filhos e que se eles fizessem alguma coisa errada tinham que ser castigados. Eles tinham que apanhar", relatou.

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No dia do crime, a menina, que já havia sido espancada, foi colocada ainda com vida no porta-malas do carro durante a madrugada como um processo de purificação. Pela manhã, Vanessa pediu para Giulia que a retirasse, mas ouviu da amiga que "Deus quer que ela fique um pouco mais" e que ela deveria ficar mais tempo para ser purificada.

A dupla contou à polícia que esse procedimento - de espancamento - fazia parte de um ritual para tirar um suposto demônio que havia na garota e que o procedimento fazia parte de um ritual de purificação, pois a criança era possuída pelo demônio. No dia seguinte (5 de março) as duas abriram o porta-malas e a encontraram sem vida. "Tiramos Maria Clara do carro e levamos para casa. Ela me disse para sair e deixar ela fazer respiração boca a boca. Depois de dez minutos voltei para o cômodo e vi que ela estava morta", contou, conforme depoimento divulgado pela CATVE.

A partir dali, elas foram até uma localidade em Santa Tereza do Oeste (517 quilômetros de Curitiba), e a enterraram em uma cova com 50 centímetros de profundidade. Vanessa também é mãe de uma garota de dois anos que testemunhou todas as cenas. "No carro levamos a Emily na cadeirinha e a Maria Clara no porta-malas".

Logo após o desaparecimento de Maria Clara, o pai da criança fez um boletim de ocorrência e procurou o Conselho Tutelar. O crime só foi descoberto no dia 28 deste mês.

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