Tópicos | Regalias

As regalias na prisão levaram o ex-senador Luiz Estevão para um período na solitária e provocaram a queda fulminante da cúpula do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Condenado a 26 anos de prisão por desvios de R$ 1 bilhão, em valores atualizados das obras do Fórum Trabalhista de São Paulo, nos anos 1992, Estevão foi preso em março de 2016. Na Papuda, porém, o ex-senador sentia-se como se em casa estivesse. Em sua cela foram encontrados chocolates, massas importadas, até cafeteira elétrica, itens inacessíveis e vetadas aos outros internos.

As mordomias de Estevão foram descobertas no fim de dezembro, informou a repórter Isa Stacciarini, do Correio Braziliense.

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Nesta quarta-feira (1º), o Diário Oficial do Distrito Federal deve publicar o ato de exoneração dos dirigentes do Centro de Detenção Provisória da Papuda - estabelecimento penal de entrada e classificação para os outros presídios.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social informou a realização de uma vistoria no Bloco 5 do Centro de Detenção Provisória na quinta-feira, 26, ocasião em que Estevão teria desacatado um diretor do presídio. "Foram detectados objetos não autorizados dentro da cela e na cantina do presídio, descumprindo normas e orientações. Durante a vistoria na cela, o referido interno (Estevão) ao ser interpelado pelo coordenador-geral cometeu uma falta disciplinar, sendo, por isso, transferido para outra ala do mesmo bloco. Ele permanecerá no isolamento por 10 dias."

Foi aberta uma sindicância. A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o possível envolvimento de agentes públicos. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios também instaurou investigação.

Familiares de presos que aguardavam a visitação se queixaram do que disseram ser "regalias" da ex-governadora Rosinha Garotinho, que conseguiu visitar o marido. Lucineia Santos, de 56 anos, disse que há seis meses espera a carteirinha da Secretaria de Administração Penitenciária para visitar o filho adotivo.

"É uma diferença enorme entre a gente e a mulher do Garotinho, que chegou e entrou. Meu filho, que também está doente, cheio de ferida no corpo, não consigo visitar. Hoje, talvez consiga por que contratei um advogado, mesmo não tendo dinheiro, que está tentando resolver as coisas para mim lá dentro", afirmou a técnica de enfermagem.

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A mãe de um detento, que não quis se identificar, disse que a espera para entrar no presídio leva quase que um dia inteiro. "A gente chega aqui às 5h30, que é a hora que eles começam a distribuir a senha. Às 7h30, botam a gente no local de espera. Só conseguimos entrar lá para o meio dia", afirmou.

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que, como para qualquer outro interno do sistema penitenciário, é possível que seja autorizada uma visita extraordinária. Esse pedido deve ser feito pela família do preso à direção da Seap.

No caso de Garotinho, foi autorizada a visita de Rosinha, para a entrega de medicamentos, e a de um médico particular. Garotinho está internado no Hospital Penitenciário Hamilton Agostinho Vieira de Castro e está sendo acompanhado por cardiologista da própria Seap.

O ministro da Educação, Mendonça Filho, usou o Youtube nesta terça-feira (27) para rebater o que ele considera “mentiras veiculadas na internet”. Ele se referiu a uma declaração divulgada na web em que os professores deveriam deixar de ter ‘regalias’, que teria sido dita por representantes do governo federal. O fato foi negado pelo ministro, que ainda afirmou adorar os professores.

“Desde que assumi o Ministério da Educação tenho me deparado com mentiras a respeito de encerramentos de programas. Nada disso aconteceu. Alguns programas até ampliamos, como o caso do Fies. As mentiras continuam atribuídas, dizendo que os professores seriam privilegiados do ponto de vista de remuneração e regalias. Isso é tudo mentira de uma rede que é manipulada por setores radicais vinculados a alguns partidos que estão insatisfeitos com as mudanças que estamos promovendo no Ministério da Educação”, declaro Mendonça Filho, sem dá nome aos partidos.

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Mendonça ainda garantiu no vídeo que está trabalhando para valorizar os professores e estudantes. “Eu adoro os professores, os respeito, e eles serão muito bem acolhidos aqui no Ministério da Educação”, disse o ministro. A seguir, veja o vídeo divulgado pelo MEC:

A Justiça Federal em São Paulo determinou a suspensão do passaporte do filho do deputado Eduardo Cunha, Felipe Dytz da Cunha. O documento diplomático foi expedido pelo Itamaraty. A liminar foi concedida pelo juiz substituto da 21ª Vara Federal Cível de São Paulo, Tiago Bologna Dias. 

Segundo a decisão, proferida nessa segunda-feira (18), o passaporte deve ser devolvido até cinco dias após a notificação. O passaporte diplomático facilita o trânsito dos brasileiros para determinados países e é concedido, entre outras pessoas, a deputados e senadores. Dependentes dos parlamentares maiores também podem ter o benefício. 

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A ação popular [0015333-44.2016.4.03.6100] pedindo a suspensão do benefício ao filho do ex-presidente da Câmara é de autoria do advogado Ricardo Abrahão Nacle. Ele alegou que a concessão a Felipe Cunha é um desvio de finalidade "não compatível com o interesse público" e um "mero privilégio".  Na liminar, o juiz pontuou que "existe risco de dano à moralidade e à isonomia no uso do passaporte diplomático sem o devido interesse público", mas justificou que os passaportes são concedidos para a "reunião familiar" dos políticos no exterior.

Veja a liminar na íntegra:

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, determinou a autoridades do Distrito Federal que tomem as medidas necessárias para acabar com as regalias supostamente concedidas a condenados por envolvimento com o esquema do mensalão que cumprem pena em Brasília.

Notícias veiculadas nos últimos meses informam que réus tiveram alimentação diferenciada e receberam visitas em horários distintos dos outros presos. Além disso, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu foi investigado por suspeita de uso de celular na cadeia.

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Em decisão tomada na tarde desta terça-feira (1°), Barbosa fez críticas ao governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), que havia questionado o fato de o juiz Bruno Ribeiro, da Vara de Execuções Penais (VEP), ter feito perguntas a ele sobre o suposto tratamento privilegiado aos condenados por participação no mensalão.

O presidente do STF reiterou ofícios assinados pelo juiz Bruno Ribeiro, que foi afastado da VEP após o episódio com Agnelo Queiroz. Barbosa pediu que a Corregedoria Nacional de Justiça analise a legalidade do afastamento de Ribeiro.

Para o presidente do STF, Agnelo Queiroz agiu com "desdém". "O governador do Distrito Federal deu indicação clara da sua falta de disposição para determinar a apuração dos fatos narrados e oferecer solução para o problema posto: sugeriu que não estaria obrigado a prestar qualquer informação, apesar de o pedido ter sido emanado de juízo competente", afirmou.

"Ao deixar de prestar as informações solicitadas pelo juízo delegatário, o governo do Distrito Federal contribui para que as ilegalidades se perpetuem, impedindo que seja alcançado o fim ressocializador e reeducador da pena aplicada por este Supremo Tribunal Federal", disse. De acordo com o presidente do STF, que atuou como relator do processo do mensalão, o juiz Bruno Ribeiro não praticou qualquer irregularidade ao pedir informações sobre o suposto tratamento diferenciado.

O juiz Bruno Ribeiro, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, suspendeu o direito do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, condenado no processo do mensalão, de trabalhar fora do complexo penitenciário da Papuda, na Central Única dos Trabalhadores (CUT). A suspensão vigorará pelo menos até a audiência de Delúbio, marcada para ocorrer no próximo dia 18. De acordo com o juiz, há relatos de que o ex-tesoureiro teria conseguido garantir um tratamento diferenciado na prisão, com alimentação e visitas especiais e até estacionamento privativo.

No despacho, Ribeiro determinou uma série de providências para tentar assegurar isonomia no tratamento dos presos. Entre elas, ordenou que seja oficiado ao governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), para que informe se foram abertas investigações para apurar quem são os responsáveis pelas supostas irregularidades. O juiz também quer saber se o Distrito Federal tem condições de abrigar os presos do processo do mensalão de forma isonômica em relação aos outros detentos.

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O Ministério Público do Distrito Federal pediu à Vara de Execuções Penais que determine a apuração de supostas regalias garantidas a condenados no processo do mensalão que cumprem pena em Brasília. Entre eles, está o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. De acordo com o MP, se for impossível corrigir as supostas irregularidades, deve ser encaminhado pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que os condenados sejam transferidos para presídios federais.

Conforme a petição do MP, notícias divulgadas nos últimos dias informaram que persistem "privilégios e ingerência indevida do Executivo local" no sistema prisional de Brasília. De acordo com reportagens recentes, parlamentares visitaram José Dirceu em horário não permitido e um dirigente penitenciário foi demitido após ter determinado ao ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares que cortasse a barba. Além desses fatos, o MP informou que há relatos sobre a realização de uma feijoada exclusiva para os condenados do mensalão, "destoando da alimentação disponibilizada rotineiramente aos demais internos".

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"A situação de fato fere frontalmente o princípio constitucional da isonomia, pilar do Estado Democrático de Direito, sobre o qual se sustenta o inteiro ordenamento jurídico pátrio", sustenta o MP. "Além disso, o bom funcionamento do sistema prisional fica comprometido em razão da instabilidade gerada pelo tratamento diferenciado que está sendo garantido a um pequeno grupo de presos. A insatisfação dos demais detentos do sistema e o clima de revolta são fatores preponderantes para o desencadeamento de uma possível rebelião, comprometendo a segurança pública."

Conforme o MP, há uma ingerência indevida da Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe) na execução das penas dos condenados por envolvimento com o mensalão, colocando em risco a segurança pública. Por esse motivo, o MP solicitou que o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), seja comunicado sobre os fatos para que sejam tomadas as providências que entender necessárias para acabar com as supostas irregularidades.

"Caso Vossa Excelência constate a impossibilidade de correção das irregularidades apontadas, por eventual inércia do Poder Executivo local, o Ministério Público requer, desde já, que seja encaminhada representação ao Supremo Tribunal Federal, para fins de transferência dos condenados da AP 470/STF (processo do mensalão) que se encontram no sistema prisional do DF para um dos presídios federais", pediu o MP no ofício encaminhado à Vara de Execuções Penais.

A defesa do ex-ministro José Dirceu (PT) condenado pela Ação 470, que versa sobre o Mensalão, solicitou à Justiça a autorização para que o petista voltasse a escrever em seu blog, mesmo preso. Os advogados justificaram o pedido sob o argumento de que os presos também têm direito à informação e de se expressar.

No pedido à Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, segundo a Folha de São Paulo, o advogado José Luis Oliveira Lima cita que a Lei de Execução Penal estabelece como direito dos presos "o contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de outros meios de informação". Por isso, na visão de Lima, o direito à liberdade de expressão e informação está garantido aos presos. 

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Na petição, Dirceu não explica os detalhes sobre como pretende fazer para alimentar seu blog, e também solicita a autorização para receber, em sua cela, jornais e revistas, além de ter o direito de dar entrevistas. Apesar da prisão, a página de Dirceu na internet segue sendo atualizada com artigos, reportagens e fotos. Grande parte das manifestações são de apoio a ele.

O pedido de Dirceu deve ser analisado pelo juiz da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal Bruno Ribeiro. Foi ele que, ao autorizar o tratamento do ex-presidente do PT José Genoino fora da Papuda, o proibiu de dar entrevistas. Não há data para a resposta ao pedido do ex-ministro, que tem prioridade na análise de seu processo por ter 67 anos, a tramitação preferencial lhe é assegurada pelo Estatuto do Idoso.

 

A China vai acabar com os privilégios dos carros com patentes militares, após vários casos de abusos nas estradas, informa a imprensa oficial.

Os proprietários dos veículos - geralmente carros de luxo e de aspecto nada militar - têm até terça-feira para mudar as patentes e registrar os automóveis em um novo sistema que pretende combater a corrupção.

As patentes militares, algumas delas revendidas no mercado negro, dão acesso a privilégios nas estradas chinesas, como combustível gratuito, avenidas ou estacionamentos, imunidade nos excessos de velocidade ou ao desrespeito dos semáforos.

A nova diretriz proíbe que veículos da marca Jaguar, Mercedes-Benz, BMW e Porsche utilizem patentes militares.

A lista também inclui os utilitários de marca Land Rover, Porsche e Audi.

O novo presidente chinês, Xi Jinping, afirmou que terá como prioridade o combate ao "hedonismo e aos modos de vida ociosos". Ele disse que a corrupção ameaça "matar" o Partido Comunista.

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