Brasília - Durante o depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), o prefeito de Palmas, Raul Filho (PT-TO), foi acusado por parlamentares de estar mentindo.
Para o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), o prefeito mentiu ao dizer que não sabia quem era Carlinhos Cachoeira, quando a gravação ocorreu. “Não se sustenta seu argumento. Se não sabia com quem ia falar porque foi falar de oportunidades em Palmas?”, questionou o parlamentar, que comparou Raul Filho à deputada Jaqueline Roriz e ao ex-governador José Arruda, também flagrados em vídeos. Antes, o prefeito havia dito que quando foi conversar com Cachoeira sabia apenas que ele era um empresário.
O deputado Sílvio Costa (PTB-PE) também acusou Raul Filho de estar mentindo. “Acabo de provar para a CPI. Ele está na operação João de Barro pedindo propina de R$ 9 mil para facilitar uma obra de R$ 55 milhões. Se este cidadão sair desta CPI e vossa excelência não mandá-lo para o MPU [Ministério Público da União], é melhor fechar a CPI”, disse Sílvio Costa ao vice-presidente da comissão, deputado Paulo Teixeira (PT-SP).
Em troca de um aparelho de ginástica de R$ 9 mil, o prefeito teria agido para favorecer um consórcio de empreiteiras que venceu uma obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no valor de R$ 55 milhões. A informação é da Operação João de Barro da Polícia Federal.
Escutas telefônicas feitas pela PF com autorização judicial mostram que, durante as negociações, o prefeito chegou a se queixar a um dos lobistas, Horácio César Fonseca Sobrinho, preso na operação, de que o pagamento do equipamento para a prática de exercícios físicos ainda não tinha sido feito.
Com informações da Agência Brasil e Agência Senado