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Um museu dedicado ao histórico líder palestino Yasser Arafat, que inclui a sala em que ele viveu seus últimos anos sitiado pelo Exército israelense, será inaugurado nesta quarta-feira em Ramallah, Cisjordânia ocupada, após o 12º aniversário de sua morte, em Paris.

"As pessoas terão a oportunidade de ver o legado de Yasser Arafat e sua história pessoal e de líder político", indicou à AFP o diretor do museu, Mohammad Halayqa.

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Os visitantes "também vão poder acompanhar os principais acontecimentos que marcaram a causa palestina ao longo dos últimos 100 anos".

O museu interativo irá apresentar em dois andares uma série de objetos que pertenceram a Arafat, incluindo os óculos que ele usava quando fez seu primeiro discurso na ONU em Nova York, em 1974.

Vídeos e fotos da história da Palestina e de Yasser Arafat, grande figura da resistência palestina, também estarão exibidos.

O museu, que custou sete milhões de dólares e está localizado perto do túmulo onde descansam os restos mortais do fundador da OLP, será inaugurado pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas.

Arafat morreu em 11 de novembro de 2004 em um hospital nos arredores de Paris, após uma deterioração repentina de sua saúde. As causas de sua morte nunca foram elucidadas e muitos palestinos acusam Israel de tê-lo envenenado, uma acusação que as autoridades israelenses rejeitam categoricamente.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chegou nesta quinta-feira a cidade de Ramallah, na Cisjordânia, em sua primeira visita à região como presidente. O helicóptero Marine One chegou a Muqata de Ramallah, sede da Presidência e do governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP) um pouco antes das 9h (6h, no horário de Brasília), onde Obama se reuniria com o presidente palestino Mahmud Abbas.

Ao contrário da festa pomposa que recebeu o presidente norte-americano na quarta-feira, preparada pelo Estado de Israel, a cerimônia de hoje bastante simples, com um tapete vermelho e uma rápida recepção.

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Ao mesmo tempo que enfrenta críticas de Israel por ser o presidente dos Estados Unidos que menos dá atenção às causas do Estado judeu, Obama não agradou os palestinos com o tempo de visita dedicado a encontros e conversas com seus líderes. O líder norte-americano tem um almoço marcado nesta quinta-feira com o presidente Abbas e logo depois uma conversa com o primeiro-ministro palestino, Salam Fayyad, os únicos encontros com líderes palestinos durante os três dias de visita à região.

O ex-chanceler palestino e atual assessor de Abbas, Nabil Shaath, escreveu um artigo publicado na edição desta quinta-feira no jornal israelense Haaretz, no qual ele diz que os palestinos perderam as esperanças de que Obama realizaria o sonho deles de ter um território independente. "O presidente Obama parece ter abandonado o objetivo", de conseguir uma solução para os dois Estados de seu primeiro mandato, disse Shaath. Segundo ele, é uma pena Obama "não conseguiu visitar a Palestina por mais de poucas horas."

Contudo, em suas primeiras palavras durante a visita à região, Obama disse que os palestinos "merecem um Estado próprio" e acrescentou que uma solução entre Palestina e Israel "ainda é viável". Também em sua fala, Obama condenou os ataques de foguetes que atingiram Israel nesta quinta-feira, provenientes da Faixa de Gaza.

Segundo a polícia de Israel, militantes de Gaza lançaram dois foguetes no sul de Israel no segundo dia de visita do presidente Barack Obama à região. O porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld, disse que um foguete explodiu no quintal de uma casa nos limite da cidade de Sderot, provocando estragos, mas ninguém ficou ferido. O outro foguete atingiu uma área de campo aberto.

Nenhum grupo havia assumido a responsabilidade pelos ataques. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Especialistas suíços foram convidados à Cisjordânia para fazer testes nos restos mortais do líder Yasser Arafat, falecido em 2004, atrás de possíveis sinais de envenenamento, disse nesta quarta-feira a equipe que examina o corpo do líder. No mês passado, o Instituto de Médicos Radiologistas da Suíça disse que detectou níveis elevados de polônio-210 nas roupas de Arafat, o que reviveu os rumores no mundo árabe de que o líder palestino foi envenenado.

Contudo, o Instituto disse que os resultados foram inconclusivos e que apenas a exumação do cadáver de Arafat poderá dizer se ele foi envenenado ou não. Os funcionários também disseram que o polônio-210 desaparece rapidamente de um corpo em decomposição e que os restos terão que ser exumados rapidamente.

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A emissora de televisão Al Jazeera publicou em primeiro lugar uma matéria sobre as descobertas do laboratório suíço. A emissora procurou o laboratório sob insistência da viúva de Arafat, Suha, que pediu que os restos mortais do seu marido fossem examinados e forneceu roupas usadas pelo líder ao laboratório.

Arafat morreu em um hospital militar francês em Paris, em 11 de novembro de 2004, um mês após ficar doente no seu quartel-general em Ramallah, na Cisjordânia, onde estava cercado há três anos pelas forças israelenses.

Médicos franceses disseram na época que Arafat foi morto por um derrame cerebral e sofria de uma condição patológica conhecida como coagulação intravascular disseminada. Mas os médicos não sabiam o que havia provocado essa condição, que tinha numerosas e possíveis causas.

Os palestinos, que desde o início afirmam que Arafat foi assassinado, lançaram uma investigação que não chegou a nenhuma conclusão e ficou durante anos paralisada, até os acontecimentos do mês passado e a descoberta do instituto suíço. Tawfik Tirawi, oficial chefe na investigação palestina sobre a morte de Arafat, disse que o governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP) pediu ajuda aos suíços para esclarecer a morte.

"Nós estamos agora estudando como vamos responder de maneira adequada a essa pergunta", declarou o Instituto Suíço. "Enquanto isso, nossa principal preocupação é garantir a independência e a credibilidade de qualquer possível acusação de parcialidade da nossa parte", disse.

As informações são da Associated Press.

Tropas de Israel invadiram duas estações privadas da televisão palestina nesta quarta-feira, confiscando transmissores e outros equipamentos, informaram os militares. Eles disseram que uma das emissoras, a TV al-Watan, é uma estação pirata, cuja frequência interferia nas transmissões legais da televisão de Israel e nas comunicações aéreas.

Os militares de Israel também confirmaram um segundo reide contra a Televisão Educacional de Jerusalém, uma estação sediada em Ramallah e operada pela Universidade Al Quds. Funcionários do governo da Autoridade Nacional Palestina denunciaram os reides como violação à liberdade de imprensa.

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As informações são da Associated Press.

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