Contratado pelo Napoli, o goleiro Rafael concedeu na tarde desta quinta-feira, no CT Rei Pelé, a sua última entrevista coletiva no Santos. O jogador se despediu dos seus agora ex-companheiros de clube e destacou que não foi fácil dar adeus ao time pelo qual conquistou três títulos paulistas, um da Libertadores, uma Copa do Brasil e uma Recopa Sul-Americana. O atleta, porém, já começou a focar os seus primeiros objetivos pelo time italiano e revelou que, entre os principais, estará disputar a Liga dos Campeões da Europa.
Vice-campeão italiano na temporada passada, o Napoli já assegurou vaga na fase de grupos da próxima edição da principal competição interclubes do Velho Continente, mas o goleiro sabe que terá de brigar pelo seu espaço na equipe, assim como precisou fazer no Santos antes de se firmar como titular.
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"Espero muita coisa (da sua primeira Liga dos Campeões). Lembro que quando perguntaram, em 2011, da Libertadores, disse que era um sonho e agradeci a Deus pela oportunidade de jogar a Libertadores. Sonho jogar a Champions League, agradeço a Deus pela nova oportunidade e vou dar o meu melhor. É um campeonato dificílimo, muito forte, mas vou trabalhar para tentar disputá-lo", ressaltou Rafael.
Rafael, de apenas 23 anos, foi negociado por 5 milhões de euros (cerca de R$ 15,4 milhões), sendo que o Santos vai receber R$ 10,7 milhões deste total por ser dono de 70% dos direitos econômicos do jogador. E, nesta quinta, o goleiro disse ter ficado satisfeito com o fato de a proposta ter sido vantajosa para ele e para o próprio clube.
"A escolha pelo Napoli foi minha, havia outras propostas, sentei com o Dr. Odílio (Rodrigues, vice-presidente do Santos), manifestaram desejo pela minha permanência, mas expliquei que era importante pra minha carreira e que só sairia se fosse bom pra todos", disse o jogador, para depois revelar que tem o desejo de um dia voltar a jogar pelo clube da Vila Belmiro.
"O carinho que o Santos me deu, a oportunidade e a confiança não têm dinheiro que pague. Fico feliz que teve retorno financeiro. É difícil se despedir de um lugar que eu cresci, cheguei novo. Espero um dia voltar e fazer um esforço enorme para isso. Vestir a camisa do Santos não tem explicação", completou.
Ao falar de como foi a sua despedida, Rafael admitiu que foi impossível evitar as lágrimas e a emoção depois de um longo período defendendo o Santos. "Foi ruim demais (a despedida), porque são pessoas que a gente gosta, tem como família, amigos como irmãos. Fui na cozinha e já tinha um pedaço de bolo no prato pra mim, quase não descia... é muito ruim, você não perde contato com as pessoas, convivência é importante, estar num lugar onde as pessoas gostam de você. Este clube tem sido vitorioso pelos atletas, comprometimento e honestidade de todos", destacou.