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A circulação das notas de R$ 200 completa um ano nesta quinta-feira (2) com cerca de 80 milhões de cédulas em circulação no país. Em valor, são R$ 16 bilhões, de acordo com dados do Banco Central (BC).

Ao lançar a nota no passado, o BC informou que seriam produzidas 450 milhões de cédulas. Ou seja, desse total produzido, 17,8% estão em circulação. As demais cédulas produzidas estão armazenadas no BC.

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Em relação às outras cédulas de real, as de R$ 200 representam 1,03% do total de notas em circulação (7,75 bilhões). A maioria das notas nas mãos dos brasileiros é de R$ 50, com mais de 2,1 bilhões de cédulas. As de R$ 100 são mais de 1,8 bilhão e em terceiro lugar estão as de R$ 2, com 1,5 bilhão.

 

O BC informou que a circulação de novas cédulas é gradual. “A entrada em circulação da cédula de R$ 200 assim como aconteceria com qualquer outra nova denominação ocorre de forma gradual e de acordo com a demanda da sociedade. O ritmo de utilização da cédula de 200 reais vem evoluindo em linha com o esperado, e seguirá em emissão ao longo dos próximos exercícios”, disse o BC, em nota.

No lançamento da nova cédula, no ano passado, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que a introdução da nova cédula era fundamental para evitar um eventual desabastecimento do papel-moeda frente ao aumento da demanda por dinheiro em espécie desde o início da pandemia de Covid-19.

Um pedreiro de 30 anos foi preso em flagrante ao tentar passar R$ 1.000 em notas falsas no mercado público de Carpina, na Mata Norte de Pernambuco. Antes de ser autuado com cinco notas de R$ 200, na segunda-feira (25), ele foi detido por populares, mas fugiu e chegou a jogar parte da quantia na rua.

Atentos às compras duvidosas com a nova cédula, comerciantes suspeitaram do consumidor e repassaram suas características físicas para a Polícia Militar. Após ser identificado, ele correu e atirou duas notas no chão, entretanto foi alcançado e detido pelo efetivo, que encontrou mais duas cédulas falsas em seu bolso.

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Diante da movimentação das autoridades, um peixeiro informou que o detido havia gastado R$ 25 em sua barraca. Ele pagou a negociação com duas notas, uma de R$ 200 e outra de R$ 5, com intuito de agilizar o troco e evitar suspeitas. Ao receber o troco de R$ 180 em dinheiro verdadeiro e a mercadoria, o golpista foi embora.

Ele seguiu para uma barraca de carne, onde tentou fazer mais uma vítima. Contudo, a compra de R$ 40 com mais uma nota falsa foi percebida pelo vendedor, que o deteve junto com a população. Ele conseguiu se evadir do local e, ao ser abordado, não possuía nenhuma quantia verdadeira. O suspeito acredita ter sido furtado pela população quando foi descoberto no açougue.

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Morador de Arapiraca, em Alagoas, o pedreiro não possui antecedentes criminais e confessou o crime ao admitir que repassaria as cédulas no comércio de Carpina. Apesar da denúncia de outros integrantes no golpe, ele informou que agiu sozinho e as cinco notas falsas foram adquiridas por R$ 40 cada, na ‘feira do troca’ do município alagoano.

Após a apreensão, o golpista foi encaminhado à sede da Polícia Federal, no Centro do Recife, onde foi autuado por introduzir em circulação nota falsa. Caso condenado, as penas podem variar de 3 a 12 anos de prisão, além de multa. Ele passou por audiência de custódia e responderá ao processo em liberdade.

A Polícia Federal listou dicas para evitar ser alvo de falsários:

1. CONHEÇA BEM A NOTA VERDADEIRA: Geralmente pessoas que lidam diariamente com dinheiro, como os caixas de banco e comerciantes, sabem facilmente identificar uma nota falsa - essa experiência em manusear diariamente o dinheiro verdadeiro faz com que eles se tornem especialistas em identificar notas falsas;

2. COMERCIANTE, NÃO TENHA PRESSA NO ATENDIMENTO: Geralmente essas notas são passadas em locais de grande concentração de pessoas, feiras, lojas, supermercados, comércio ambulante, e muitas vezes a pressa do comerciante para atender um maior número de clientes faz com que ele não tome o devido cuidado em verificar a nota que está recebendo;

3. VERIFIQUE SE AS NUMERAÇÕES DAS NOTAS NÃO SÃO IGUAIS: Ao receber duas notas de igual valor verifique se as numerações não são iguais, os falsários não costumam fazer notas falsas com numeração diferente porque isso acarreta em custos com impressão por ter que mudar a matriz da impressão;

4. OBSERVE A TEXTURA DA NOTA: Outra cautela que pode ser tomada é reparar na textura do papel das notas que estão sendo recebidas, as notas falsas tendem a ser lisas, enquanto as notas verdadeiras são ásperas e possuem um alto relevo e saliência nos itens de segurança que pode ser percebido pelo tato. Sinta com os dedos o papel e a impressão;

5. OBSERVE A IMPRESSÃO DA NOTA: Nas cédulas legítimas, as tonalidades de cores são firmes – as notas falsas têm cores com pouca nitidez e costuma haver ‘borramento’ das cores;

6. VERIFIQUE A MARCA DÁGUA COLOCANDO A NOTA CONTRA A LUZ;

7. NO CASO DE DÚVIDA, COMPARE A NOTA SUSPEITA COM UMA NOTA VERDADEIRA;

8. BAIXE O APP GRÁTIS “DINHEIRO BRASILEIRO” NO SEU SMARTPHONE: O aplicativo que foi desenvolvido pelo Banco Central não analisa a autenticidade da cédula, apenas ajuda a identificar, conhecer e onde se encontram os itens de segurança tais como: fio de segurança, quebra-cabeça, microimpressões, marca d’agua, número escondido e que muda de cor, alto relevo, elementos fluorescentes.

Menos de dois meses após o Banco Central lançar oficialmente a nova cédula de R$ 200, o ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu nesta quinta-feira (29) que a criação de uma nota de mais alto valor ocorreu na contramão do que outros países têm feito e projetou que a nova cédula terá pouca duração no Brasil. "Criamos nota de R$ 200 com lobo-guará porque tínhamos um problema de logística para pagarmos o auxílio emergencial. Com o PIX (sistema de pagamentos instantâneos do BC), o futuro é menos dinheiro na mão e notas mais simples. No futuro vai acabar o lobo-guará, a nota de R$ 200, de R$ 100. Já, já o lobo-guará vai se aposentar, terá uma carreira curta", afirmou, em audiência pública na Comissão Mista do Congresso Nacional para o acompanhamento de medidas contra a Covid-19.

Serão impressas neste ano 450 milhões de unidades da nota de R$ 200, o que representará um montante de R$ 90 bilhões aos cofres públicos. De acordo com o BC, o custo de produção da nova nota é de R$ 325 por mil cédulas. Para comparação, a cédula de R$ 100 custa R$ 280 a cada mil notas produzidas.

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Em sua coluna no jornal O Estado de S. Paulo, o ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco criticou o lançamento da nova cédula. Ele cita uma conta de 2015 feita por Kenneth Rogoff, nos Estados Unidos, que mostra que há em circulação uma quantidade gigante de papel moeda correspondente a algo como US$ 4.200 por pessoa (incluindo crianças) e 78% desse valor seria mantido em cédulas de US$ 100. Mas essas cédulas de US$ 100 estariam concentradas no mundo da informalidade ou do crime.

Ao transportar a conta de Rogoff para o Brasil, Franco afirma que se tem algo em torno de R$ 1.098,7 per capita (incluindo crianças) em cédulas, sendo que cerca de metade seria em notas de R$ 100 (cerca 90% em cédulas de R$ 50 e R$ 100), ou seja, muito parecido com o resultado americano. As cédulas de maior valor não estão acessíveis à maior parte da população.

Na Europa, segundo Franco, uma pesquisa do BCE Banco Central Europeu com usuários mostrava que 56% da amostra nunca tinha visto a cédula de 500 euros, apelidada, significativamente, de "bin-laden", e que deixou de ser fabricada em 2019 (mas não foi recolhida ou desmonetizada).

Em pouco mais de um mês de circulação, denúncias de golpes envolvendo falsificação de notas de R$ 200 se repetem, e deixam consumidores e comerciantes inseguros. No último dia 8, um empresário de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR), entregou R$ 1.600 falsificados à Polícia Federal (PF). Ele foi vítima de falsários e recebeu as oito cédulas ilegítimas após fechar uma venda online.

O administrador, de 60 anos, colocou 11 refletores metálicos de 400 watts à venda em uma página do Facebook e foi abordado pela suposta compradora. Após negociar à distância, por volta das 14h do último dia 2, ela foi à casa da vítima acompanhada por um homem, em uma pick-up, e pegou os equipamentos. O pagamento foi efetuado com oito cédulas de R$ 200, com numeração repetida na maioria.

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Enganado, o empresário procurou a PF e, além de entregar todo numerário fraudulento, apresentou as conversas que manteve com os golpistas. Os agentes iniciaram as investigações para capturar a dupla responsável pela segunda apreensão de notas falsas em Pernambuco. O Código Penal estipula pena de três a 12 anos de reclusão para quem introduzir dinheiro falsificado em circulação.

Para evitar novos prejuízos às vésperas de um período de alta na movimentação do comércio, as autoridades ofereceram dicas de segurança aos consumidores. Acompanhe:

1. Conheça vem a nota verdadeira

2. Comerciante não deve ter pressa no atendimento

3. Verifique se as numerações das notas são iguais

4. Observe a textura áspera da cédula

5.  Fique atento à impressão e as tonalidades das notas

6. Verifique a marca d'água com a nota contra a luz

7. Compare o dinheiro suspeito com uma nota verdadeira

8. Baixe o aplicativo "Dinheiro Brasileiro" do Banco Central. Ele apresenta todos os itens de segurança que confirmam a autenticidade da cédula

Críticas à acessibilidade

Desde o dia 2 de setembro em circulação, a cédula do lobo-guará foi motivo de uma Ação Civil Pública protocolada pela Defensoria Pública da União (DPU). A entidade alega falta de acessibilidade, visto que as novas notas são do mesmo tamanho das de R$ 20 e podem dificultar a identificação de pessoas com dificuldades visuais.

A medida solicita que a Justiça recolha todas as notas que já foram às ruas e prevê multa diária de R$ 50 mil, caso haja descumprimento. O Banco Central informa que as dimensões são iguais por conta do “curto espaço de tempo” para a confecção.

Uma bombeira civil de 23 anos foi presa em Carpina, na Mata Norte de Pernambuco, na quinta-feira (1º), usando notas falsas de R$ 200. Em interrogatório à Polícia Federal (PF), a suspeita disse que não sabia da falsidade das notas.

Policiais militares faziam ronda em Carpina quando foram procurados por um comerciante de equipadora de veículos relatando ter sido lesado em uma compra de lâmpadas e rádio automotivo. A vítima disse ter recebido cinco notas falsas de R$ 200.

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Os policiais fizeram buscas e localizaram a mulher que repassou as notas. Na casa da suspeita, a PM encontrou dentro de um caderno mais cinco notas falsas de R$ 200 e duas de R$ 20. Ao todo, foram apreendidos R$ 2.040 em dinheiro falso.

A bombeira foi encaminhada para a sede da Polícia Federal no Recife. No interrogatório, a mulher disse que havia sido contratada para receber valores referentes a venda de cosméticos e que esse patrão informou que mandaria uma pessoa lhe entregar dez notas de R$ 200 para ela efetuar o pagamento de mercadoria em uma equipadora de veículos. Ela disse não ter agido de má-fé, nunca ter sido presa ou processada e não saber da falsidade das notas.

A mulher foi autuada em flagrante por introduzir em circulação nota falsa, podendo pegar penas que variam de três a 12 anos de reclusão e multa. Ela passará por audiência de custódia nesta sexta-feira (2).

A nova cédula de R$ 200 começou a circular no país em 2 de setembro. A nota é do mesmo tamanho que a de R$ 20 e tem as cores cinza e sépia como predominantes. Até o final do ano, o Banco Central espera produzir 450 milhões de unidades da nota, o equivalente a R$ 90 bilhões.

O bombeiro militar da reserva Athos Camargo, de 50 anos, foi o primeiro da fila para conseguir a nova cédula de R$ 200, com o lobo-guará, na sede do Banco Central, em Brasília.

Embora a troca só tivesse sido permitida a partir das 14h, ele chegou no BC ainda pela manhã, por volta de 10h. Colecionador há 35 anos, Camargo estava curioso em relação ao tamanho da nova cédula (o mesmo da nota de R$ 20) e a cor (cinza e sépia são as cores dominantes).

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Ele trocou duas cédulas de R$ 200 para ele e mais dez para outros colecionadores, para quem ele enviaria o dinheiro pelos Correios. "Não colecionamos para formar patrimônio, mas pelo prazer mesmo. O valor está muito relacionado ao estado da cédula. Se tiver dobras e amassados, o valor cai dez vezes", afirmou.

No mundo dos colecionadores, a nova nota de R$ 200, apesar de ter o maior valor nominal da família do real, está longe de ser o dinheiro brasileiro mais valioso do mercado. De acordo com o diretor social e de divulgação da Sociedade Numismática Brasileira (SNB), Bruno Pellizzari, a peça brasileira mais cara da história foi vendida em um leilão nos EUA em 2014 por US$ 500 mil. É uma moeda de 6.400 réis feita para a coroação de Dom Pedro I. Foram cunhadas apenas 64 peças, porque o imperador não gostou da estampa. Dezesseis dessas moedas são conhecidas hoje, a grande maioria em museus. No Museu de Valores do Banco Central, em Brasília, estão duas delas.

Mas não basta ser antiga para que uma moeda ou cédula conquiste uma alta cotação nesse mercado. "O principal critério de valor é a tiragem. Se a peça teve uma tiragem baixa, o valor tende a ser maior. O estado de conservação também pesa muito. Além disso, como acontece com qualquer ativo, o interesse do mercado valoriza a peça", explica Pellizzari.

Por isso, o segundo da fila, disse que vai guardar com todo o cuidado uma das novas cédulas de R$ 200 para a coleção que está montando. Segundo ele, houve uma "identificação" com a cédula. "Moro em Guará (região administrativa do Distrito Federal), tem tudo a ver, né?". O nome da região tem, como origem, o Córrego Guará, sendo batizado em homenagem ao lobo-guará, espécie comum no Planalto Central

Controvérsia

Em sua coluna no Estadão, o ex-presidente do Banco Central, Gustavo Franco, criticou o lançamento da nova cédula. Ele transportou para o Brasil conta de 2015 feita pelo economista Kenneth Rogoff, nos EUA. Franco afirma que se tem algo em torno de R$ 1.098,7 per capita (incluindo crianças) em cédulas, sendo que cerca de metade seria em notas de 100 (cerca 90% em cédulas de 50 e 100), ou seja, as cédulas de maior valor não estão acessíveis à maior parte da população. Como acontece nos EUA.

Os partidos PSB, Podemos e Rede Sustentabilidade foram ao Supremo Tribunal Federal (STF) para barrar o lançamento. Para as legendas, o lançamento da nota tem "grave vício de motivação" e pode facilitar a "atuação da criminalidade".

O procurador-geral adjunto do Banco Central, Marcel Mascarenhas, afirmou que o banco avaliará as medidas cabíveis, caso o STF decida a favor de partidos de oposição.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Banco Central (BC) lançou oficialmente a nova cédula de R$ 200, que tem a imagem do lobo-guará. A nota já começará a circular. Serão impressas neste ano 450 milhões de unidades da nova cédula, o que representará um montante de R$ 90 bilhões.

Escolhido para estampar as novas cédulas de R$ 200, o lobo-guará ficou em terceiro lugar em pesquisa realizada pelo BC em 2001 para definir os animais com ameaça de extinção que poderiam fazer parte de cédulas. A tartaruga marinha ficou em primeiro lugar e passou a estampar a nota de R$ 2, lançada em 2001. Já o mico leão dourado ficou em segundo lugar na votação e foi impresso na cédula de R$ 20 em 2002.

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A impressão está a cargo da Casa da Moeda. Por questão de segurança, o BC divulgou apenas nesta quarta-feira a imagem e as características da nota.

De acordo com o BC, a impressão busca atender uma maior demanda por papel moeda, surgida entre a população durante a pandemia do novo coronavírus. É o "entesouramento" de dinheiro em espécie, intensificado pelo medo das pessoas de não terem acesso aos recursos quando quiserem.

Além disso, o pagamento do auxílio emergencial, feito pelo governo, aumentou a necessidade de dinheiro em circulação. Os dados mais recentes do Banco Central mostram que a base monetária estava em R$ 423,675 bilhões no fim de julho. Em fevereiro, antes da pandemia, ela estava em R$ 303,197 bilhões.

Apesar de estar pedindo para a Casa da Moeda imprimir dinheiro novo, o BC vem defendendo que isso não significará aumento da inflação no País. A instituição tem afirmado que, caso a demanda por papel moeda diminua, o montante de cédulas em circulação também poderá cair. No entanto, o BC já deixou claro que a nova nota veio para ficar.

No Supremo Tribunal Federal (STF), há uma arguição de descumprimento de preceito fundamental, ajuizada pelo PSB, pelo Podemos e pela Rede Sustentabilidade, sustentando que o lançamento da nota de R$ 200 é inconstitucional.

Para os partidos, o lançamento da nota tem "grave vício de motivação" e pode facilitar a "atuação da criminalidade".

O BC, por sua vez, tem argumentado que a impressão de uma nota de maior valor não significará um afrouxamento do combate à lavagem de dinheiro.

O Banco Central informou nesta segunda-feira, 31, que a nova nota de R$ 200, que terá a imagem do lobo-guará, será lançada às 13h30 da próxima quarta-feira, dia 2. Na cerimônia de lançamento, a ser transmitida pela internet, será divulgada a imagem da cédula.

Serão impressas neste ano 450 milhões de unidades da nota de R$ 200, o que representará um montante de R$ 90 bilhões.

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O presidente do BC, Roberto Campos Neto, e a diretora de Administração, Carolina de Assis Barros, falarão no evento. Logo depois, Carolina concederá entrevista coletiva à imprensa.

Escolhido para estampar as novas cédulas de R$ 200, o lobo-guará ficou em terceiro lugar em pesquisa realizada pelo BC em 2001 para definir os animais com ameaça de extinção que poderiam fazer parte de cédulas.

A tartaruga marinha ficou em primeiro lugar e passou a estampar a nota de R$ 2, lançada em 2001. Já o mico leão dourado ficou em segundo lugar na votação e foi impresso na cédula de R$ 20 em 2002.

A impressão ficará a cargo da Casa da Moeda.

Por questão de segurança, o BC ainda não divulgou imagem nem características da nova cédula. De acordo com o BC, a impressão das notas de R$ 200 busca atender uma maior demanda por papel moeda, surgida entre a população durante a pandemia do novo coronavírus.

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo de 48 horas para que o Banco Central apresente informações que justifiquem o lançamento da cédula de R$ 200, prevista para o fim deste mês. A solicitação consta de despacho de Cármen publicado na segunda-feira (24), no sistema do STF.

A ministra é a relatora de uma arguição de descumprimento de preceito fundamental, ajuizada pelo PSB, pelo Podemos e pela Rede Sustentabilidade, sustentando que o lançamento da nota de R$ 200 é inconstitucional. Para os partidos, o lançamento da nota tem "grave vício de motivação" e pode facilitar a "atuação da criminalidade".

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"O Banco Central não apresentou nenhum estudo ou documento estruturado que trouxesse de forma aprofundada as razões e implicações da medida", defendem os partidos. "O único arquivo disponibilizado para embasar a decisão foi uma singela apresentação de slides utilizada antes de entrevista coletiva concedida pela Diretora de Administração da autarquia".

No dia 29 de julho, a diretora de Administração do BC, Carolina de Assis Barros, anunciou o lançamento da cédula, durante coletiva de imprensa. De acordo com o BC, a impressão da nota é justificada pela maior demanda, por parte dos brasileiros, por moeda física durante a pandemia do novo coronavírus. Além disso, os pagamentos do auxílio emergencial aumentaram a circulação de dinheiro.

Os dados do BC mostram que, de fato, houve uma elevação do dinheiro em circulação durante a pandemia. No fim de fevereiro - antes do acirramento da crise provocada pela covid-19 - a base monetária somava R$ 303,197 bilhões. Em 14 de agosto, ela já estava em R$ 419,258 bilhões.

Para fazer frente a este aumento da base monetária e garantir o acesso dos brasileiros ao dinheiro físico, o BC decidiu imprimir 450 milhões de cédulas de R$ 200 em 2020, em um total financeiro de R$ 90 bilhões.

O anúncio, no entanto, foi criticado por alguns setores de Brasília. A visão é de que uma nota com maior valor vai facilitar a corrupção e a lavagem de dinheiro. "A própria apresentação gráfica do Banco Central aponta a ressalva de que a União Europeia está fazendo o caminho inverso, tirando de circulação sua cédula de maior valor de face, de € 500 (quinhentos euros), que não é mais emitida desde 27.04.2019", argumentam os partidos na arguição de descumprimento de preceito fundamental.

"O aumento do valor de face do papel-moeda possui, sim, relevante papel para a criminalidade. Basta pensar que o transporte de numerário por fora do sistema financeiro e dos controles estatais ficará facilitado", acrescentaram os partidos, na demanda.

O BC, por sua vez, tem argumentado que a impressão de uma nota de maior valor não significará um afrouxamento do combate à lavagem de dinheiro.

Em seu despacho, Cármen requisitou com "urgência e prioridade" informações ao BC, "a serem prestadas no prazo máximo e improrrogável de quarenta e oito horas".

O BC não se pronunciou sobre o assunto até o fechamento desta matéria.

Rede Sustentabilidade, Podemos e PSB ingressaram juntos com ação ao Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender ato do Conselho Monetário Nacional (CNM), vinculado ao Banco Central, que aprovou o lançamento e circulação da nota de R$ 200. A previsão é que a nova cédula comece a circular no final deste mês.

Os partidos alegam que o ato do Banco Central foi "precipitado" e "não apresentou nenhum estudo ou documento estruturado que trouxesse de forma aprofundada as razões e implicações" da nova cédula de R$ 200. Mais do que isso, as três siglas apontam que a introdução de uma nota com alto valor de face pode favorecer crimes de ocultação e lavagem de dinheiro.

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"Parece evidente que o aumento do valor de face do papel-moeda possui, sim, relevante papel para a criminalidade. Basta pensar que o transporte de numerário por fora do sistema financeiro e dos controles estatais ficará facilitado. Afinal, se ficará mais fácil e econômica a logística operada pelo sistema financeiro formal - um dos argumentos defendidos pelo Banco Central do Brasil - da mesma forma ocorrerá com as atividades ilícitas", afirmam os partidos.

As legendas dizem ainda que, "com o devido respeito", o Banco Central agiu com "ingenuidade" ao supor que "transações ilegais e oriundas de atividades criminosas passariam sempre pelo sistema bancário e deixariam todos os registros formalizados".

"O que se tem, portanto, é a completa ausência de justificativas técnicas ou fundamentações adequadas para o ato ora questionado, que produz efeitos graves e permanentes em alegada resposta a circunstâncias temporárias", apontam a Rede, Podemos e PSB. "E, ainda, sem analisar seus reflexos para a política de combate à criminalidade, o que parece ser evidente pela própria ausência de manifestação sobre o tema, até o momento, do Ministério da Justiça e da Segurança Pública".

O caso está sob relatoria da ministra Cármen Lúcia. Os partidos pedem que seja deferida uma liminar para suspender o ato do Banco Central pela produção e circulação da nova nota de R$ 200 e que no mérito a Corte considere a medida inconstitucional.

A cédula de R$ 200 foi anunciada em julho pelo Banco Central e será estampada pelo lobo-guará. O BC justificou a medida como forma de atender uma maior demanda por papel moeda, surgida entre a população durante a pandemia do novo coronavírus.

Segundo o banco, entre fevereiro, período anterior à pandemia do novo coronavírus, até junho, o papel moeda em poder do público saltou de R$ 210 bilhões para R$ 270 bilhões - é o maior valor da série histórica do Banco Central, iniciada em dezembro de 2001.

De acordo com o chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, o aumento do papel moeda nas mãos do público nos últimos meses foi causado pela demanda da população com a liberação do auxílio emergencial mensal de R$ 600 pelo governo, durante a pandemia.

Defesa

A reportagem entrou em contato com o Banco Central do Brasil e aguarda resposta. O espaço está aberto a manifestações.

No dia 29 de julho, o Banco Central anunciou que em breve os brasileiros irão poder circular com uma nota de R$ 200. A notícia pegou muita gente de supresa, principalmente pela imagem que será estampada. Foi decidido que o lobo-guará vai estar na cédula. Após a notícia viralizar, inclusive através de memes, o deputado federal Fred Costa (PATRI) resolveu se pronunciar sobre o assunto.

O parlamentar, que também é defensor das causas animais, sugeriu que a ideia fosse repensada. Em uma reunião com o presidente e diretores do BC, Fred pediu que a foto de um 'vira-lata caramelo' fosse colocada na nova moeda brasileira. A diretora de administração do Banco Central explicou, segundo informações do Uol, que o pedido não pode ser mudado.

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"Não há como mudar o padrão monetário, mas o Banco Central entende que essa causa é importante. Estamos estudando alguma ação com o vira-lata caramelo", disse Carolina de Assis Barros. Fred Costa chegou a fazer uma petição on-line, no último final de semana, com intuito de colher assinaturas para que o cachorro substitua o lobo-guará.

Ele escreveu na página do Facebook: "Que tal utilizar a imagem do vira-lata caramelo???? Seria uma forma de estimular à adoção, o respeito aos sem raça, aos animais de rua. Tudo indica que vira-latas 100% só existem no Brasil ou a maior população deles. Em outros países até existem raças misturadas, mas costumam ter menos misturas. Portanto, é justo estar na nota de 200????".

Confira:

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O lobo-guará, escolhido para ilustrar a nova cédula de R$ 200, está entre as 1.173 espécies da fauna ameaçadas de extinção. A estimativa é que no Brasil vivam cerca de 24 mil lobos-guará, com maior concentração no Cerrado. Eles podem ser encontrados ainda, em menor número, na Mata Atlântica, no Pantanal e no Pampa.

A espécie sofre com a degradação do meio ambiente, avanço desordenado de atividades humanas sobre o Cerrado e centros urbanos, o que leva à perda de habitats. Também é afetada pelo aumento da caça, por atropelamentos e disseminação de doenças a partir do contato com cães domésticos.

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“O lobo-guará é talvez a espécie mais icônica do bioma Cerrado. É um animal sempre associado à imagem dos vastos campos e savanas permeados pelas belíssimas veredas que compõem as paisagens especiais do Brasil central. É muito importante associarmos nosso patrimônio natural a símbolos de valor, mas isso precisa vir associado à consciência de que para sobreviverem necessitam que seu habitat natural esteja preservado”, destaca Reuber Brandão, membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN) e professor associado da Universidade de Brasília.

O lobo-guará figura na lista de espécies ameaçadas do Portal da Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, na categoria de vulnerável, e depende da preservação de seus ambientes naturais para continuar existindo.

Segundo a RECN, estima-se que cerca da metade da área original do Cerrado já tenha sido destruída. Incêndios florestais, obras de infraestrutura para energia hidrelétrica e demanda por carvão vegetal para a indústria siderúrgica também ameaçam o bioma.

“Precisamos entender que existe diferença entre valor e grandeza. Apesar da escolha da espécie para ilustrar as novas cédulas de real ser positiva, o valor destes organismos e da natureza brasileira é imensamente superior ao valor nominal do dinheiro. Nesse caso, a grandeza se traduz por meio de medidas efetivas pela proteção do patrimônio natural imenso, insubstituível e único. É atribuir valor à conservação da biodiversidade, do bioma Cerrado, das Unidades de Conservação de Proteção Integral e ao icônico e elegante lobo-guará”, avalia Brandão.

Lobo-guará

Elegante e discreto, o lobo-guará (chrysocyon brachyurus) é o maior canídeo silvestre da América do Sul. Ele pode atingir até um metro de altura e pesar 30 quilos. Sua pelagem laranja avermelhada, além da beleza, lhe confere alguns apelidos, como lobo-de-crina e lobo-vermelho. Sua gestação dura pouco mais de dois meses, com média de dois filhotes. Livre na natureza, vive cerca de 15 anos. Além do Brasil, é encontrado na Argentina, Bolívia, Paraguai, Peru e Uruguai.

Segundo a RECN, o lobo-guará tem comportamento discreto, solitário e pouco ofensivo, preferindo se manter distante dos humanos. Geralmente, pode se alimentar de animais de grande porte, como os veados campeiros, ou pequeno porte, como roedores, tatus e perdizes, além de frutos típicos do Cerrado, como o araticum (Annona crassiflora) e a lobeira (Solanum lycocarpum), também atuando como importante dispersor de sementes.

Cédulas

O lobo-guará ficou em terceiro lugar em uma pesquisa realizada pelo Banco Central (BC) sobre quais animais em extinção deveriam ser representadas em novas cédulas.

Segundo o BC, a imagem da nota de R$ 200 ainda não está disponível porque está na fase final de testes de impressão. O lançamento está previsto para o final de agosto deste ano. A tiragem em 2020 será de 450 milhões de unidades, equivalentes a R$ 90 bilhões.

A série "Os Simpsons" fez mais uma previsão acertada. Desta vez, a animação adivinhou a existência da nova nota de R$ 200 seis anos atrás. 

No 16º episódio da 25ª temporada do desenho, que foi ao ar em 2014, aparece uma mala lotada de cédulas de R$ 200. No episódio, Homer vira árbitro da Copa do Mundo e passa por testes de suborno em viagem pelo Brasil.

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Em uma das tentativas, oferecem a Homer uma mala cheia de dinheiro. As cédulas de R$ 200 aparecem em outros momentos do episódio.

No mesmo episódio, a série "previu" a derrota do Brasil para Alemanha após o maior craque se lesionar. 

A nova cédula é prevista para entrar em circulação no final de agosto. Ela terá estampada um lobo-guará.

Nesta quarta-feira (29), o Banco Central (BC) anunciou que os brasileiros terão em breve que circular com mais uma cédula. A nota de R$ 200, aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), terá a imagem de um lobo-guará reproduzida.

A novidade acabou gerando ironias nas redes sociais. Internautas não perdoaram a notícia e trataram logo de criar diversos memes. Confira algumas reações:

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A partir do fim de agosto, os brasileiros poderão circular com um novo tipo de cédula. O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou hoje (29) a criação da nota de R$ 200.

A cédula terá como personagem o lobo-guará. O anúncio foi feito pelo Banco Central (BC), que convocou uma entrevista coletiva para apresentar a nova nota.

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Em comunicado, o BC informou que deve imprimir 450 milhões de notas de R$ 200 até o fim de 2020. A data exata do lançamento da cédula ainda não foi anunciada. A autoridade monetária informou apenas que as notas deverão entrar em circulação no fim do próximo mês.

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