Tópicos | quebra do decoro parlamentar

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (12), por unanimidade (13 votos), o parecer do relator, deputado Márcio Marinho (Republicanos-BA), pelo arquivamento de representação (13/19) do PSL contra a deputada Carla Zambelli (PSL-SP).

O processo acusava Zambelli de quebra do decoro parlamentar por supostamente ter ofendido a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP). Em outubro de 2019, Zambelli criticou a ex-líder do governo e publicou no Twitter a hashtag “#DeixedeSeguirAPepa”, uma referência à personagem de desenho animado que é uma porca.

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Em relação à sua postura nas redes sociais, Carla Zambelli afirmou que ela mesma é vítima de vários apelidos e que “prefere levar na brincadeira”.

O relator, Márcio Marinho, frisou que os deputados têm direito a suas opiniões e não podem ser processador pelo que dizem, mesmo nas redes sociais.

Outro item da pauta

A outra representação (14/19) que estava na pauta de hoje, do PT contra o deputado Filipe Barros (PSL-PR), não foi votada porque houve pedido de vista ao relatório do deputado Guilherme Derrite (PP-SP). Conforme a representação, Barros usou palavras ofensivas contra o Partido dos Trabalhadores durante reunião da CPMI das Fake News.

*Da Agência Câmara Notícias

 

O presidente da Câmara dos Deputados em exercício, Waldir Maranhão (PP-MA), retirou, nesta segunda-feira (20), a consulta feita à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que poderia beneficiar o presidente afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), livrando-o da cassação do mandato. O requerimento questionava sobre o rito a ser seguido nos casos de processo de quebra de decoro parlamentar.

No texto, Waldir pedia esclarecimentos sobre como deveria ser votado em Plenário a questão oriunda do Conselho de Ética, se como um projeto de resolução ou o parecer do relator; se seria possível fazer emendas em plenário; se essas emendas poderiam prejudicar o representado; e se, no caso de rejeição pelo plenário do projeto de resolução, seria preciso deliberar sobre a proposta original da representação ou se ela seria considerada prejudicada.

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Relator da consulta, o deputado Arthur Lira (PP-AL), já estava com o parecer pronto para a análise da CCJ. No relatório, Lira, que é aliado de Cunha, abriria brechas para que fossem apresentadas emendas durante a votação do processo no Plenário. E exigia que a cassação chegasse para votação dos deputados como projeto de resolução ao invés de um parecer. A resolução poderia sugerir a suspensão por, no máximo, 6 meses ou a perda do mandato parlamentar.

Na última terça (14), o parecer do deputado Marcos Rogério (DEM-RO) recomendado a cassação de Eduardo Cunha foi aprovado pelos membros do Conselho de Ética. A recomendação pode ir a votação em Plenário nesta semana, caso a CCJ conclua a análise das consultas e rejeite o recurso do peemedebista para impedir a continuidade do processo. Para que o mandato de Cunha seja cassado é preciso de, no mínimo, 257 votos a favor. 

O relatório fechado no fim de semana pelo senador Humberto Costa (PT-PE), a ser votado nesta segunda-feira no Conselho de Ética, deverá propor a cassação do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) por quebra do decoro parlamentar. O parecer dirá que o senador colocou o mandato a serviço do grupo criminoso comandado por Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso no dia 29 de fevereiro durante a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal.

O parecer pretende mostrar que Demóstenes recebeu vantagens indevidas, entre as quais valores financeiros, uma cozinha importada e um telefone habilitado no exterior para conversar com integrantes do grupo sem risco de interceptação policial, além de ter mentido ao Congresso no depoimento em que tentou explicar suas relações com o esquema. "Vou me ater a fatos que ele admitiu e construir o meu parecer em cima de dados concretos", disse Costa à reportagem. Ele não quis antecipar o voto, para não ser acusado de prejulgamento.

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A tendência é que o relatório seja aprovado por ampla maioria em votação que será aberta. Mas antes de ir a plenário, onde a votação será secreta, o parecer do relator seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça, encarregada de analisar a legalidade do processo. A expectativa é de que o destino de Demóstenes seja selado antes do recesso parlamentar, em 18 de julho. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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