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Em meio às articulações, lançamentos de candidaturas e possíveis nomes ainda sendo escolhidos, o dirigente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) e membro do Movimento Lutas e Massas (MLT), Gilson Guimarães, declara sua tentativa de disputar a vaga da liderança estadual. Atualmente, o PT em Pernambuco é comandado pelo deputado federal Pedro Eugênio, que não tentará a reeleição e os interessados pela vaga devem se inscrever até o próximo dia 12 de agosto.

O Processo de Eleição Direta (PED) só ocorrerá em novembro de 2013, mas assim como outros possíveis candidatos, Guimarães já iniciou a movimentação interna em prol de apoios. “O momento requer que a gente faça um debate interno e qual rumo o partido quer tomar. Nós somos o maior partido na América Latina. Nós estamos à frente do governo federal a três mandatos e precisamos fazer uma reflexão a partir do que aconteceu nas ruas a partir daí, nós identificamos também  a necessidade de definir uma estratégia, uma tática diferenciada do que acontece hoje neste partido”, argumentou.

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Para o postulante dois pontos relevantes dentro do PT é a democratização e a maior participação dos militantes. “Precisamos democratizar a participação dos filiados. Precisamos democratizar os recursos que o partido recebe e precisa ampliar a participação de seus filiados através de suas plenárias, através dos setoriais. Estamos dispostos a fazer um debate com a base do partido para poder nos definir como um perfil menos institucional e veiculado aos movimentos sociais e a CUT, e outras bandeiras que defendemos”, expôs o petista.

Gilson Guimarães também apontou várias falhas no PT no Estado, que na sua visão devem ser revistas. Entre os problemas ele falou da centralização da legenda na Região Metropolitana. “Precisa melhorar a relação partidária. Nós temos um partido em que 62% dos filiados estão na Região Metropolitana. Nós precisamos avançar para o interior“, pontuou.

Outros aspectos observados como dificuldades por ele são a falta de estruturas das sedes e dos espaços de reuniões, a distribuição dos fundos partidários dos Diretórios Municipais, a falta de reuniões do diretório estadual e a realização de plenárias partidárias e a necessidade de transparência e de intensificação da democratização e dos filiados. 

A questão de apoios políticos no processo do PED também foi abordada pelo petista. Circula nos bastidores um apadrinhamento do governador Eduardo Campos (PSB) ao atual presidente do PT no Recife e possível candidato, Oscar Barreto. “Nós temos uma relação muito boa com o companheiro Oscar que faz parte de uma correte democracia socialista. Em relação a quem está próximo ou quem não está próximo, isso sempre aconteceu no PT. Nos últimos dois PED’s um blog ligado ao companheiro Humberto foi acusado de existir interferência do governo do estado no processo interno do partido, mas isso são acusações que não se tem provas, essas relações existem fora do partido”, explicou.

O dirigente nacional em Pernambuco lembrou o fato de Barreto ser uma pessoa de confiança de Campos, mas disse acreditar que não haja apoio no Processo de Eleição Direta. “Oscar tem uma ligação por ser secretário adjunto de Agricultura. Ele tem uma relação institucional e de confiança no governo de Pernambuco. Agora, isso não quer dizer que o governador vai interferir na disputa. Isso é muito mais para criar um clima de desconforto para dizer que quem votar em um, ou outro, estará votando numa política do governador”, acrescentou.

Além de Gilson Guimarães outro nome já definido pelo PT estadual é o de Bruno Ribeiro que será lançado na tarde desta sexta-feira (2). Também há especulações de Oscar Barreto e do deputado federal Fernando Ferro, mas esses dois ainda não bateram o martelo sobre o PED.

Confira no vídeo abaixo a principal proposta de Guimarães:

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Apesar de todos os pesares, na capital pernambucana, com o fim desse primeiro turno, o Partido dos Trabalhadores (PT) se fortalece no cenário nacional. Até o momento a legenda conquistou 624 prefeituras em todo território nacional e 22 candidatos petistas estarão disputando o segundo turno nas cidades com um índice maior que 200 mil eleitores. Mais da metade dos prefeitos que concorreram a reelição conquistaram um novo mandato. Foram eleitos 154 dos 285 que disputaram os cargos de executivo.

Em relação a 2008 houve um aumento de 12%, chegando a dobrar o número de municípios no estado do Ceará. Em Minas Gerais o PT detém o maior número de prefeituras com 114; já na Bahia os números evoluíram de 66 para 92 cidades. Segundo o presidente nacional do PT, Rui Falcão, a derrota no Recife é um reflexo da falta de unidade e dos conflitos internos que desfavoreceram a sigla, mas o resultado nacional foi excelente. “O projeto que durante anos foi desenvolvido pelo PT foi consagrado neste primeiro turno”, comentou Falcão.         

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Já o presidente do PT estadual, Pedro Eugênio, falou sobre os 13 municípios que a legenda conquistou em Pernambuco e a derrota no Recife. “Elegemos 13 prefeitos, quando tínhamos conquistado oito em 2008. Um avanço, sem dúvida, porém modesto. E, olhando os municípios, a derrota do PT no Recife inegavelmente torna nosso saldo negativo”, ressaltou o petista.

Sobre os conflitos internos entre lideranças partidárias na capital pernambucana, Eugênio argumentou que a frustração da expectativa criada por afirmações enfáticas de aliados nos levou a uma posição de isolamento. “Pessoalmente, considero inaceitável continuarmos com o alto grau de conflito hoje existente, sendo necessário um processo vigoroso de debate interno capaz de estabelecer uma solução duradoura e estratégica, custe o que custar”, reforçou.

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