Tópicos | problemas estruturais

Alunos da UFPE denunciaram a estrutura do Centro de Artes e Comunicação, que estaria sofrendo processo de sucateamento. Foram relatados problemas como goteiras nas salas de aulas, ar condicionado, que teria caído e foi deixado no chão, entre outras reclamações.

Entre as denúncias feitas, está a da instalação de um novo elevador, contudo, já existe um aparelho no prédio. “A gente começou a discutir as políticas de acessibilidade do centro, que não tinha dentro do CAC. Quando falo que não tinha, é porque só tem um elevador dentro do prédio e esse elevador constantemente quebra.” Conta Emanuell George, estudante de Publicidade e Propaganda.

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Em nota, a Ascom da UFPE afirmou que o antigo elevador funciona, mas não consegue atender aos requisitos de acessibilidade, já que é um elevador de carga, usado sob demanda. Por isso o novo está sendo instalado. Além de novas rampas estarem sendo instaladas para atender de melhor forma PCDs (pessoas com deficiências).

As obras de acessibilidade teriam afetado diretamente alguns estudantes, como conta o estudante de Publicidade e Propaganda: “O Departamento de Música foi retirado de onde era para a construção da rampa que dá acesso ao teatro Milton Baccarelli, até então eles estão sem prédio dentro da Universidade”.

A equipe também achou outros pontos no prédio que põe em risco a segurança dos alunos, como alguns trechos do CAC com grades pelo chão e com pouca sinalização para avisar os transeuntes. Também foi informado que, em algumas salas de aulas, existem goteiras e que, num dos auditórios, um ar-condicionado caiu e foi deixado no chão ligado. “Fizeram alguma gambiarra pra que ele funcionasse direto no chão, não tem muito como regular a temperatura e ele faz bastante barulho”, conta um dos alunos que preferiu não se identificar.

Salas do Departamento de Dança e de Letras teriam sido interditadas em função de riscos no teto e por causa de goteira. “Os tetos das salas de aula estão com muita infiltração e a gente não pode nem ligar o ar-condicionado, porque se ligar explode” diz Emanuell.

A Ascom informou que o ar-condicionado se encontra no chão de forma intencional por causa da reforma estrutural que o prédio vem passando e que foram investidos sete milhões de reais na obra, que visa revitalizar todo o teto do prédio e melhorar as condições de acessibilidade. Além disso, foi informado que alguns aparelhos podem se encontrar no chão esperando a equipe de manutenção.

Alguns alunos também acabaram se queixando da qualidade da água dos bebedouros e da sua proximidade com o banheiro. “É comum faltar água lá, eu mesmo não pego água nos bebedouros”, nos contou, em anonimato, outro estudante.

Na nota, a UFPE informa que já solicitou a análise da qualidade da água e que, mesmo assim, a Universidade está em processo de mudança no contrato de fornecimento de água em todo o campus.

A deputada Priscila Krause (DEM) relatou, em discurso na Assembleia Legislativa de Pernambuco nessa segunda-feira (2), a visita que realizou ao Hospital Getúlio Vargas (HGV), na Zona Oeste do Recife. A inspeção foi motivada por relatos de pacientes e funcionários sobre um forte estalo ouvido na madrugada da última sexta (29). De acordo com a parlamentar, os primeiros problemas estruturais foram verificados na unidade há mais de uma década e, desde então, o Estado não tomou providências para encontrar uma solução efetiva.

O edifício G3, onde ocorreu o estrondo, engloba quatro das 14 salas do Bloco Cirúrgico, o setor de laboratório da unidade e oito consultórios, dos 28, do ambulatório. De acordo com a democrata, o barulho provocou medo nas pessoas que estavam no local. Ela relatou que servidores deixaram a unidade por não se sentirem seguros e pacientes pediram para ter alta. Ainda segundo Krause, desde 2004, durante a construção dos três blocos situados atrás do principal, o prédio apresenta problemas na estrutura.

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“A partir daquele momento, houve, inclusive, uma evacuação na área. As medidas necessárias na época foram tomadas, as obras de recuperação foram feitas, mas, de lá pra cá, outros problemas surgiram”, relatou. De acordo com ela, a construção do terminal de passageiros agravou a situação. “Teve uma situação mais séria em 2014 e, desde então, não foram feitos os reparos necessários. As patologias estruturais diagnosticadas nos laudos de acompanhamento, elaborados por empresas gabaritadas, não foram solucionados”, prosseguiu.

Priscila Krause informou que uma empresa contratada para o processo de recuperação abandonou a obra e nada mais foi feito. “A situação foi se agravando ao longo do tempo, e a gente não vê uma ação enérgica, firme e clara da Secretaria Estadual de Saúde (SES). O governador Paulo Câmara precisa se cercar de técnicos e profissionais que entendam do assunto, para balizar uma atitude por parte do Governo e da gestão do hospital”, avaliou.

Em aparte, o deputado Antonio Coelho (DEM) observou que os problemas estruturais se somam às falhas no atendimento prestado pelo HGV. “Nós, da Oposição, tivemos oportunidade de visitar o hospital algumas vezes e testemunhamos doentes jogados nos corredores, falta de medicamentos, banheiros imundos. Não poderíamos imaginar, porém, que estivesse caindo aos pedaços”, criticou o deputado. Líder oposicionista, Marco Aurélio Meu Amigo (PRTB) afirmou que “o PSB não cuida da saúde de Pernambuco”. “Há um problema de gestão, de querer cuidar de quem precisa, de se colocar no lugar do outro”, apontou.

O líder do Governo na Casa, deputado Isaltino Nascimento (PSB), leu uma nota da SES informando que a Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe) realizou uma vistoria na sexta e “não encontrou indícios de risco eminente na estrutura”. A Secretaria diz, ainda, que monitora o prédio do HGV permanentemente, por meio de contrato com empresa de engenharia, “e todos os laudos apresentados até o momento atestam a segurança da estrutura para funcionários, pacientes e acompanhantes”.

Ainda de acordo com a SES, a equipe de engenharia da Defesa Civil do Estado fez o isolamento preventivo e provisório do bloco G3. Com isso, o laboratório está sendo transferido para outro local e consultas para cirurgias foram remanejadas para outras áreas existentes no HGV. “Todos os atendimentos e cirurgias eletivas não realizados na sexta-feira serão remarcados”, prossegue o texto.

A Codecipe recomendou, ainda, o escoramento dos pilares existentes entre a junta de dilatação do prédio G3, bem como o reforço na estrutura de um pilar que já se encontrava escorado. Segundo o documento, os serviços serão realizados pela Secretaria de Saúde a partir desta segunda. A SES informa, ainda, que emergência, enfermarias e a maior parte do bloco cirúrgico e do ambulatório do HGV estão funcionando normalmente.

*Da Alepe

 

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Uma instituição centenária marcada pela tradição e reconhecimento educacional. Cerca de mil professores, 900 técnicos e 17 mil alunos são aqueles que fazem da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) um estabelecimento público de ensino superior conhecido em todo o Brasil. Seus cursos permeiam as áreas de Ciências Agrárias, Humanas e Sociais, Biológicas, Exatas e da Terra, tanto para a evolução educacional e tecnológica do Estado, quanto para atender as necessidades e anseios da sociedade. Porém, como outras universidades brasileiras, a instituição pernambucana sofre com problemas estruturais, o que prejudica a formação de alunos de diversos cursos.

“A situação é extremamente precária. Não existem equipamentos para o curso. A universidade tem muito a melhorar, se não, nossa formação ficará para traz”, afirma o estudante de educação física, Luciano Menezes. A situação do aluno do Campus Recife pode até ser um fato isolado em relação à graduação, entretanto, a estrutura do curso de educação física precisa melhorar muito.

A pista que serviria para o atletismo, na unidade de Dois Irmãos, tem hoje o asfalto batido de areia, mal estruturado e entregue ao desprezo. A água da piscina é tão suja que chega a ficar amarela. No departamento da graduação, existem inúmeras salas sem equipamentos para a realização de atividades da área e os estudantes reclamam que até os bebedouros não funcionam. “Nossa universidade tem problemas estruturais sérios. A gente fica com a formação profissional comprometida. Parece engraçado, mas, nosso departamento tem uma sala de informática que não tem computadores”, critica o integrante do Diretório Acadêmico da educação física, João Victor Cruz.

De acordo com os estudantes, diferente da questão estrutural, o corpo de professores é altamente qualificado e competente. “Dos professores não temos o que reclamar. Eles são bons”, afirma Cruz. Ainda segundo ele, em vários momentos os estudantes procuram dialogar com a reitora da UFRPE, Maria José de Sena, que no mês passado completou um ano no cargo, como a primeira mulher a assumir a reitoria. Entretanto, de acordo com os estudantes, a reitoria não consegue pressionar o Governo Federal para conseguir fundos em prol da reestruturação da universidade.

Nossa reportagem procurou a reitora para que ela se posicionasse diante das críticas dos estudantes. Porém, até o fechamento desta matéria, Maria José de Sena não retornou o nosso contato.

Mais problemas

As dificuldades no Campus Recife da UFRPE não se resumem apenas ao curso de educação. O Hospital Universitário também sofre com a falta de estrutura, o que prejudica a formação dos estudantes.

Para socorrer um animal doente, o dono do bicho tem muito que esperar. O LeiaJá flagrou pessoas que passaram quase oito horas para entregar seus animais de estimação aos cuidados veterinários. O público paga apenas a medicação, mas, a espera é muito demorada e os bichos, independente da condição de saúde, precisam aguardar a base de muito sofrimento.

De acordo com o coordenador do hospital, Acácio Teófilo, já houve contato com a reitora para melhorar as condições estruturais do hospital, porém, ainda não há medidas concretas.

Há o que comemorar - Apesar das reclamações dos estudantes, nos últimos anos, a UFRPE passou por um processo de expansão que trouxe diversos benéficos para o Estado. No âmbito do programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), a instituição pernambucana criou polos acadêmicos. A Unidade Acadêmica de Garanhuns foi a primeira extensão universitária a ser instalada no Brasil, no segundo semestre de 2006. No ano seguinte, foi instalada a Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UAST). A universidade também tem órgãos suplementares em outras regiões.



















 

A parte externa do térreo em que fica o bloco C2 do Residencial Eldorado, localizado no Arruda, na Zona Norte do Recife teve danos por volta das 12h desta terça (28). O conjunto, que recebe vistoria da Defesa Civil desde a ameaça de desabamento do A1, já identifica mais problemas e deixa os moradores aflitos.

O apartamento da comerciante Selma Melo, que concedeu entrevista ao Portal LeiaJá nessa segunda-feira (27), foi o mais afetado. "Mostrei a enorme fissura que tinha aqui ontem e olha como isso tá? Cadê o governador, cadê o prefeito? Vai precisar eu acordar morta também pra poder fazer alguma coisa?", indaga a moradora.

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Os moradores do A1 também estão aflitos a espera de uma decisão da Defesa Civil, que ainda não receberam uma resposta para verificar se há ou não como retirar os pertences. "Ninguém deu assistência a gente não. Disseram que tinham dado em entrevistas, mas se não fosse ajuda dos nossos parentes a gente tava na rua. Querem coragem? A gente vai lá e entra, é a nossa vida. Desde sexta ninguém come direito, ninguém dorme e é essa agonia", disse, emocionada, a moradora do A1, Edileuza Martins.

Os técnicos da Defesa Civil ainda permanecem na vistoria desde o início desta manhã (28) e ainda não deram resposta aos residentes do Eldorado.

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