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A Polícia Federal e a Força-Tarefa Previdenciária realizam nesta segunda-feira (26) a Operação Tabocas contra fraudes em cadastramentos da Previdência Social em Pernambuco. Segundo os investigadores, já foi computado um dano aos cofres públicos de R$ 140 mil e evitado um prejuízo futuro de R$ 470 mil. 

As investigações tiveram início ainda em 2014, quando foram colhidos indícios de fraude na concessão de benefício previdenciário através da simulação da condição de segurado especial, no caso, trabalhador rural em regime de economia familiar. Para a obtenção da concessão, eram utilizados documentos falsos, providenciados por meio de intermediários e atravessadores, diz a PF.

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Desde as 6h da manhã, 15 policiais federais estão dando cumprimento a dois mandados de busca e apreensão, um dos quais na Agência da Previdência Social em Vitória de Santo Antão e outra na residência de uma servidora pública dos quadros do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que trabalhava na mesma agência. Ainda há oito mandados de intimação, em Vitória de Santo Antão, Limoeiro, Abreu e Lima e Paulista. 

A Polícia Federal também está dando ciência da decisão judicial que determina o afastamento da servidora pública implicada, da atividade de recepção, análise, habilitação e concessão do benefício da seguridade social, além da suspensão de aposentadorias por idade nas quais forma identificadas as irregularidades.

Na próxima etapa, os investigadores tentarão identificar o possível envolvimento de outras pessoas no esquema. Os crimes investigados são estelionato contra entidade de direito público e inserção de dados falsos em sistema de informações, com penas somadas de até 17 anos de reclusão. A Força-Tarefa Previdenciária conta com integrantes do Ministério da Previdência Social, Polícia Federal e Ministério Público Federal.

Parece que nem mesmo a greve geral que acontece no Brasil faz com que o presidente Michel Temer (PMDB) repense sobre as propostas apresentadas pelo seu governo, que tem despertado a indignação de uma boa parcela da população que se diz contra as reformas trabalhista e previdenciária. Nesta sexta-feira (28), parecendo querer dar um recado de que não irá mudar de postura, em seu Facebook, o peemedebista voltou a publicar um vídeo antigo no qual diz que o seu governo apresentou “um caminho para salvar a Previdência do colapso”. 

“Apresentamos um caminho para salvar a Previdência do colapso. Para salvar os benefícios dos aposentados de hoje e dos jovens que se aposentarão amanhã (...) se [for] aprovada a reforma não vai tirar direito de ninguém”, diz o presidente. 

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No Twitter, tocando em um assunto desconexo com o dia de hoje, Temer falou sobre o Cartão Reforma. Ele explicou que o benefício começa a valer a partir de hoje. “Estamos recuperando a economia e cuidando do social. Famílias com renda de até R$ 2,8 mil terão R$ 5 mil para reformar suas casas. O dinheiro não precisa ser devolvido”, disse. 

Ontem, em uma publicação, o presidente falou da reforma trabalhista. Ele chegou a dizer que a aprovação do projeto foi resultado de debate entre setores da sociedade. “É um novo ciclo político que está colocando o Brasil na rota do crescimento”. Temer também afirmou, após confirmação de sua vitória no plenário da Câmara dos Deputados onde o resultado final foi de 296 votos a favor e 177 contra, que “o resultado foi satisfatório”. 

Em nota pública assinada pelo procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Curado Fleury, o Ministério Público do Trabalho (MPT) destacou que a greve geral marcada para a próxima sexta-feira (26), em todo o país, é um direito fundamental. “Assegurado pela Constituição Federal, bem por Tratados Internacionais de Direitos Humanos ratificados pelo Brasil”.

O texto enviado à imprensa, na noite desta quarta (26), salienta que competem aos trabalhadores “decidirem sobre a oportunidade de exercê-lo [greve] e sobre os interesses que devam por meio dele defender”.

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O MPT reiterou que a posição institucional é contra a reforma Trabalhista. “E contra as medidas de retirada e enfraquecimento de direitos fundamentais dos trabalhadores contidas no projeto de Lei que trata da denominada reforma Trabalhista, que violam gravemente a Constituição Federal de 1988 e Convenções Fundamentais da Organização Internacional do Trabalho”, diz outro trecho. 

O órgão afirmou que a greve geral é um “movimento justo e adequado” de resistência dos trabalhadores às reformas trabalhista e previdenciária “em trâmite açodado no Congresso Nacional, diante da ausência de consulta efetiva aos representantes dos trabalhadores”. O ministério ainda pontuou que o seu compromisso é com “a defesa dos direitos sociais e com a construção de uma sociedade livre, justa, solidária e menos desigual”.

Apesar da posição do MPT, em entrevista ao LeiaJá, o advogado trabalhista Leonardo Coelho alertou que o ato trata-se de uma paralisação nacional e não de uma greve. “Toda greve é uma paralisação, mas nem toda paralisação é uma greve. A greve pressupõe alguns pré-requisitos previsto na Lei de Greve, n° 7.783. Dentre eles, a realização de uma assembleia, previamente, da categoria e a comunicação formal também antecedente ao empregador. No entanto, como não houve assembleia para todas as categorias, nem todos os sindicatos patronais se pronunciaram de maneira formal, não vale. A ‘greve geral’ marcada para esta semana é uma paralisação”, explicou o advogado.

Em encontro que aconteceu com o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, nesta segunda-feira (21), o deputado federal Danilo Cabral (PSB) declarou que o debate sobre a reforma previdenciária deve abranger toda a população. “Para isso, precisamos aprofundar o diálogo, sem maniqueísmos, envolvendo toda a sociedade”, disse. A reunião foi realizada na Cúria Metropolitana, sede do governo arquiepiscopal. 

Na ocasião, onde também estavam presentes os deputados federais Tadeu Alencar (PSB), Luciana Santos (PCdoB) e André de Paula (PSD), Cabral também afirmou que a discussão sobre a reforma da Previdência não deve seguir o formato que tem sido tratada a PEC do Teto dos Gastos e nem da MP do Ensino Médio. “Pelo que vimos até aqui, o Congresso está submetido ao rolo compressor do Governo Federal. A reforma da Previdência é uma discussão para a qual não cabe qualquer tipo de trator”, pontuou.

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O arcebispo Dom Saburido declarou estar “preocupado com a manutenção dos direitos sociais da população brasileira, especialmente, da população mais pobre”. Também estiveram na reunião os deputados estaduais Teresa Leitão (PT) e Ricardo Costa (PMDB).

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