Com dados atualizados até o último sábado pelo Gabinete de Crise da Covid-19, os indicadores de casos, óbitos e demanda do sistema de internamento apresentam queda em quatro meses seguidos em Pernambuco. No mês de março, o vírus começou com 292 casos, fez uma trajetória de crescimento no mês de abril com 7.300 casos grave, chegando ao seu maior patamar durante o mês de maio, com 8.447 casos graves da Covid-19.
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (21), em coletiva online realizada pelo Governo de Pernambuco. A partir do mês de junho, começa a ser observado uma redução nos números, conforme divulgado pelo secretário de Planejamento e Gestão, Alexandre Rebelo. "Junho, julho e agosto, ou seja, três meses seguidos de redução, mais o mês de setembro", analisa. Os dados do mês de setembro apontam até a última sexta-feira (19).
##RECOMENDA##Quando comparado por semana epidemiológica, as semanas 36,37 e 38, que correspondem às semanas do mês de setembro, também apresentam redução de casos. O secretário de Planejamento acentua que, mesmo com a iniciação do plano de convivência com a Covid-19, os números de casos, óbitos e demanda por internação não cresceram e continuaram no ritmo de queda, ou estabilização.
Os números de óbitos também foram destacados durante a coletiva online. No mês de março, com o início dos casos registrados, Pernambuco somou 13 óbitos causados pelo novo coronavírus - no mês de abril, o estado alcançou o número de 1.074 óbitos. Maio foi o mês que o estado mais registrou óbitos causados pela Covid-19, foram 3.184 pessoas que perderam a vida para o novo coronavírus.
Nos meses seguintes, esses óbitos diminuíram, chegando a 213 óbitos até o último domingo 20 de setembro.
Foto: Júlio Gomes/LeiaJá Imagens/Arquivo
A demanda pelo sistema de saúde também é usado para saber como está a situação pandêmica em Pernambuco. Ainda conforme explanado pelo secretário Alexandre Rebelo, as solicitações de UTI vem caindo desde o mês de junho. O maior pico das solicitações de internamento aconteceu em maio deste ano, quando 3.733 internamentos foram solicitados. Até o dia 20 deste mês, Pernambuco registrou 1.215 solicitações de UTI.
A demanda sobre o sistema de saúde "é a primeira a ser atingida, num aumento ou redução dos casos. Primeiro a pessoa sente um sintoma, depois ela procura o médico, e a partir da sua avaliação ele chega a demandar uma UTI, se for o caso, e é feita a internação", explica o secretário de Planejamento. Na última semana de setembro foram solicitados 390 internações para tratar da Covid-19 no estado.
O Governo de Pernambuco demonstra que a redução dos casos graves, internamento e óbitos provocados pela Covid-19 acontece em todo o território pernambucano. Os momentos de redução da curva epidemiológica são diferentes nas regiões, mas, segundo Alexandre, isso é natural. "Essa doença chegou aqui pela capital, se estabeleceu na Região Metropolitana, depois foi se interiorizando. Foi o mesmo movimento que aconteceu no país inteiro", salienta.