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Nesta quarta-feira (15), foi realizada uma missa de Natal com a participação de 200 pessoas privadas de liberdade que estão no Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros (PJalb), no Complexo do Curado, Zona Oeste do Recife.

O evento foi realizado pela Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), por meio da Executiva de Ressocialização (Seres), em parceria com a Arquidiocese de Olinda e Recife.

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A celebração foi presidida pelo arcebispo dom Fernando Saburido que falou sobre a importância de fazer o bem “O amor, o perdão e ter Jesus no coração para viver a felicidade e fazer o bem, esse é o caminho de Deus, da igreja, e o verdadeiro espírito do Natal que está se aproximando", destacou Saburido. 

Na ocasião, o coral do Pjallb formado por 20 detentos se apresentou e o detento Vagner Oliveira da Silva, 35 anos, presenteou o arcebispo com uma luminária de produção própria. O gerente do presídio, José Sidnei, e demais servidores da unidade e convidados participaram da cerimônia.

*Com informações da assessoria 

Durante o tumulto causado na manhã deste sábado (31), dois dos detentos feridos foram encaminhados ao Hospital Otávio de Freitas, em Tejipió, na Zona Oeste do Recife. Identificados como Alisson Avelino da Silva, de 21 anos, e Diogo Santos Lima, 20, os internos do Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros (PJALB) passam por cirurgia neste momento. Outro detento encaminhado à unidade de saúde não resistiu e faleceu ao dar entrada no hospital.  

Outros dois presidiários, com ferimentos leves, foram atendidos na própria enfermaria do presídio. Segundo o Corpo de Bombeiros Militar (CBMPE), os detentos teriam sido feridos devido aos tiros disparados pelos policiais. A Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) informou que será aberto um inquérito para apurar as causas da morte do detento. 

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OPERAÇÃO-PADRÃO – Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes, Servidores, Empregados e Contratados no Sistema Penitenciário de Pernambuco (Sindadsp-PE), Nivaldo de Oliveira, a confusão teria sido causada devido ao cumprimento da norma de visitas às unidades, permitida apenas a partir das 8h30. Entretanto, outros gestores teriam permitido a entrada de familiares a partir das 7h. Segundo ele, o cumprimento das regras a partir deste sábado (31) teria gerado insatisfação de visitantes e detentos, dando início ao tumulto. 

Um mal entendido causado pelo cumprimento das normas de horário de visitas teria causado o tumulto no Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros (PJALB), na manhã deste sábado (31). Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes, Servidores, Empregados e Contratados no Sistema Penitenciário de Pernambuco (Sindasp-PE), Nivaldo de Oliveira Júnior, outros gestores permitiam a entrada de visitantes a partir das 7h e, com o cumprimento das normas através da operação-padrão, as visitas passaram a ser permitidas apenas depois das 8h30.

“Os presos e os familiares acharam que não iria ter visita hoje ou pensaram que seria uma paralisação dos agentes penitenciários. Isso causou certa tensão no início”, explica Nivaldo. Dentro da unidade prisional, houve tiros para conter o levante e três detentos foram feridos. Apesar dos poucos agentes no local, a situação já foi controlada e as visitas estão entrando regularmente na unidade.

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“Estamos cumprindo as normas que têm que ser cumpridas, mas por falta de efetivo, não podemos pôr em prática todas as leis”, comenta o presidente do Sindasp. Segundo Nivaldo, há normas que estabelecem pelo menos dois agentes penitenciários para cada detento. Em casos de presos de alta periculosidade, a norma exige uma escolta reforçada, mas, na manhã deste sábado, só havia 10 agentes penitenciários na unidade e três em custódia. 

REIVINDICAÇÕES - Em entrevista ao LeiaJá, Nivaldo ainda reclama da demora na contratação de novos agentes. “O secretário [Pedro Eurico] falou que a contratação dos novos agentes seria imediata. Não sei o que ele entende por imediato, porque, até agora, existem 132 agentes aptos para a contratação e, até agora, nenhum deles começou a trabalhar”, reclama. 

O presidente do Sindasp ainda comenta que há uma pauta de reivindicações da categoria, que exige mais valorização do Estado. “Estão obrigando os agentes a trabalhar em dia de folga, além dos assédios morais contra os profissionais”, critica. Apesar de algumas questões de reajuste salarial também integrarem a pauta, Nivaldo afirma que essa não é a atual prioridade da categoria. “Nosso objetivo agora é manter os agentes e detentos vivos dentro das unidades prisionais. Os gestores estão tendo que implorar aos presos para não se manifestarem”, cravou. 

 

 

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