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O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, disse, nesta quinta-feira (10) que o resultado da semana "de esforço concentrado" de votações poderia ter sido melhor. Ainda assim, o presidente comemorou o destrancamento da pauta da Casa, bloqueada desde outubro por medidas provisórias e projetos de lei com urgência constitucional com prazo vencido.

"Poderia ter sido melhor. Tinha outras matérias importantes, como a regulamentação da Emenda Constitucional das domésticas, que é uma proposta vital. Mas avançamos, destrancando a pauta após quatro meses e votando hoje propostas de consenso", frisou.

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Henrique Alves lembrou que, nessa quarta (9), tentou colocar em votação a urgência para o projeto que acaba com a possibilidade dos chamados autos de resistência como justificativa para mortes decorrentes de confrontos com a polícia (PL 4471/12). Segundo o peemedebista, por causa da polêmica envolvendo o tema, o assunto só deve voltar à pauta no fim do mês.

Projetos prioritários

Nesta quinta, o Plenário aprovou três projetos: o que estabelece novas regras de segurança e funcionamento para casas noturnas e estabelecimentos similares no Brasil (PL 2020/07); o que atribui a SUS a competência de organizar serviços públicos específicos e especializados para o atendimento de mulheres e outras vítimas de violência doméstica (PL 6295/13); e ainda o que regulamenta a investigação de acidentes aéreos (PL 2453/07).

Ao longo da semana de esforço concentrado, o Plenário também votou duas medidas provisórias (MP 628 e MP 630) e o projeto de lei 6809/13, do Poder Executivo, com urgência, que reabre o prazo para que faculdades com dívidas junto ao Fisco federal possam aderir ao Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento das Instituições de Ensino Superior (Proies).

Os deputados aprovaram, além disso, projeto de decreto legislativo (PDC 1123/13) que autoriza a venda de inibidores de apetite proibidos pela Anvisa desde outubro de 2011.

Eleição do 1º vice

O presidente confirmou que deverá ser marcada para a última semana de abril a eleição para primeiro vice-presidente da Câmara. Até esta quarta, o cargo era ocupado pelo deputado Andre Vargas (PT-PR). 

Vargas renunciou ao cargo após instalação de processo contra ele no Conselho de Ética. O deputado paranaense é investigado por supostas irregularidades nas relações com o doleiro Alberto Yousseff, preso pela Polícia Federal na Operação Lava-Jato, que investiga a lavagem de dinheiro.

O vereador do Recife e líder da oposição, Raul Jungmann (PPS), questionou a existência de reuniões privadas, apenas com a bancada governista, para a escolha da pauta semanal da Câmara de Vereadores. Segundo ele, quem revelou o ato foi o próprio presidente da Casa José Mariano, vereador Vicente André Gomes (PSB), quando Jungmann solicitava o agendamento de encontros semanais entre as duas lideranças para definir as ordens dos dias. 

“Fiquei muito surpreso ao descobrir que essas reuniões são fechadas. Agora que fui convidado a participar também. Estarei presente para garantir que as decisões sejam tomadas democraticamente, em sintonia com os anseios da população”, declarou.

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O método de reuniões semanais com as bancadas é adotado pelo Congresso Nacional, de onde o líder oposicionista se baseou. “Existe a necessidade de constituirmos um colegiado de líderes, que organize a pauta semanalmente, como é feito no Congresso Nacional. Dessa forma, poderemos nos preparar melhor para o debate legislativo, sem sermos surpreendidos”, cravou.

 

A última semana legislativa do ano promete ser decisiva para o Plano Nacional de Educação (PNE). A matéria (PLC 103/2012) começou a ser discutida em Plenário na última quarta-feira (11), mas a votação foi adiada para terça-feira (17). O texto do PNE recebeu críticas da oposição por falta de ações práticas e de tempestividade. O texto, que prevê metas para o período de 2011 a 2020, tramita há três anos no Congresso e ainda terá de voltar à Câmara dos Deputados.

Um dos principais críticos ao texto é o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), relator do projeto do PNE na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE). Das 101 mudanças contidas no relatório do senador e aprovadas pela comissão, 47 foram rejeitadas pelo autor do substitutivo que seria votado pelo Plenário, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB). O texto apresentado por Vital foi pouco modificado pelo relator em Plenário, senador Eduardo Braga (PMDB-AM). É essa versão que vai ser votada na terça.

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O PNE tem 14 artigos, 21 metas e 177 estratégias que visam, entre outros objetivos, erradicar o analfabetismo e universalizar o atendimento escolar, com o aumento de vagas em creches e universidades públicas. O plano ainda prevê a destinação de 10% do produto interno bruto (PIB) para a educação e a qualificação dos professores e dos demais profissionais da área.

A pauta do Plenário também prevê a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 34/2013, que restringe a criação ou a extinção de estatais, ministérios e demais órgãos públicos por parte do Poder Executivo. De autoria do senador José Agripino (DEM-RN), a proposta estipula um número maior de votos favoráveis na Câmara dos Deputados e no Senado Federal para a aprovação de projetos que criem repartições públicas. A autorização legislativa passaria de maioria simples para maioria absoluta, em cada Casa. A quinta e última sessão de discussão do primeiro turno da votação da PEC 34 ocorreu na quinta-feira (12).

Outro item que consta da pauta do Plenário é o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 72/2007, que garante às pessoas transexuais o direito de alterar o registro de nascimento para incluir seu nome social na certidão. Os senadores ainda poderão autorizar a criação da Mesorregião Metade Sul do Estado do Rio Grande do Sul (PLS 315/2003) e a obrigação para as concessionárias de energia elétrica a instalarem, sem ônus adicional, relógios de dupla tarifação para produtores rurais (PDL 787/2009), além de uma série de requerimentos sobre a forma de tramitação de vários projetos.

Congresso

Após entendimento entre governo e oposição, o presidente do Senado, Renan Calheiros, convocou para terça-feira (17) uma sessão do Congresso Nacional para a votação do Orçamento Geral da União de 2014 (PLN 9/2013). Ele disse que está empenhado em garantir a aprovação da matéria antes do recesso parlamentar.

- Buscamos um entendimento no sentido de que nós possamos votar na terça-feira o Orçamento. Nós já convocamos o Congresso Nacional exatamente para isso e estamos empenhados nessa direção – afirmou Renan.

Na quarta-feira (18), às 15h, o Congresso Nacional volta a se reunir para devolver simbolicamente o mandato de presidente da República a João Goulart. O Senado aprovou o Projeto de Resolução (PRN 4/2013), que anulou a sessão da noite de 1º para 2 de abril de 1964. Naquela oportunidade, o Congresso declarou vaga a Presidência da República, sob o argumento de que João Goulart havia deixado o país sem autorização da Casa, apesar de o presidente estar em território nacional, no Rio Grande do Sul. A sessão serviu para legitimar a subida dos militares ao poder. O presidente Renan Calheiros disse que o Congresso Nacional tem o dever de repor a verdade sobre esse episódio da história do país.

*Com informações da Agência Senado

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