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Com a decisão da Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara, que aprovou o Projeto de Lei 580/2007 que proíbe o casamento homoafetivo, o LeiaJá traz os parlamentares pernambucanos da extrema direita que votaram contra a união entre pessoas do mesmo sexo, além disso, conversou com um cientista político para analisar a postura dessas figuras políticas, que em sua maioria pertencem a bancada evangélica, durante as sessões de discussão sobre o tema.

Pastor Eurico (PL-PE)

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De defesa a ditadura militar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em 2017 a duras críticas a luta feminista, o fiel apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal Pastor Eurico, relator do PL 580/2007, é um dos principais nomes da bancada evangélica no Congresso Nacional. O parlamentar, da Igreja Assembleia de Deus, está no seu quarto mandato na Casa.

Durante a votação do PL, o bolsonarista defendeu que a união entre pessoas do mesmo sexo não pode ser equiparada ao casamento civil. Sendo assim, assumiu a postura de contrariar o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), que em 2011, de forma unânime, equiparou as relações homoafetivas às uniões estáveis entre homens cis e mulheres cis, reconhecendo a união de casais LGBTQIA+ como um núcleo familiar.

Conhecido pelas inúmeras postagens, em suas redes sociais, nas quais faz críticas a alguns grupos de minorias, o deputado fez questão de atualizar seus mais de 43 mil seguidores sobre os andamentos das sessões da Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família. Em uma das publicações, o bolsonarista afirmou que estava “seguindo o que o processo legislativo leciona”, algo, que segundo ele, é “tão usurpado e vilipendiado pelo STF, por meio do seu ativismo judicial, ultimamente”.

No entanto, as publicações contrárias a comunidade LGBTQIA+ já se repetiu em outras ocasiões. Em 23 de junho deste ano ele escreveu em sua página oficial no Instagram que "homem tem pênis e mulher tem vagina", em um vídeo no qual aparece a parlamentar Erika Hilton (PSOL-SP), que é uma mulher trans. Já no dia 4 de abril, o alvo do bolsonarista foi a animação "Mundo Estranho", da Disney, que tem um personagem gay na história. Pastor Eurico pediu que pais e responsáveis tivessem "cuidado" para que suas crianças fossem “preservadas de tais absurdos".

Clarissa Tércio (PP-PE)

Investigada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por possível apoio aos atos antidemocráticos do 8 de janeiro, a deputada também foi mais uma figura política pernambucana a votar a favor do PL que é contrário ao casamento homoafetivo.

Filha do pastor da Assembleia de Deus Ministério Novas de Paz, Francisco Tércio, ela tem uma boa popularidade entre o eleitorado evangélico do estado, algo que a motiva na defesa de pautas conservadoras cristãs. No entanto, isso vem fazendo Clarissa colecionar algumas polêmicas.

Em agosto de 2020, com o apoio de fundamentalistas evangélicos e alguns parlamentares da extrema direita, a bolsonarista comandou um grupo de pessoas para impedir o procedimento de aborto legal em uma criança de 10 anos, que foi estuprada por seu tio. O grupo gritava “assassina” ao se referir à menina que veio do estado do Espírito Santo, para realizar a interrupção da gravidez no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), localizado no bairro da Encruzilhada, Zona Norte do Recife.

Já em janeiro deste ano, o Judiciário de Minas Gerais condenou a parlamentar a pagar R$ 10 mil de multa para o casal transsexual Rodrigo Brayan da Silva e Ellen Carine Martins. Decisão apontou que Clarissa cometeu transfobia e uso indevido de imagem, após publicar em sua página no Instagram uma foto do casal com a seguinte legenda: "Ele nasceu ela. Ela nasceu ele. E o melhor disso tudo é a biologia provar para a biologia que sempre vai precisar de um xx e xy para gerar uma vida".

André Ferreira (PL-PE)

Evangélico e bolsonarista, André Ferreira foi o deputado federal mais bem votado do estado nas eleições de 2022. Com a vitória, o irmão gêmeo de Anderson Ferreira (PL), que é ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes e presidente estadual do Partido Liberal, conseguiu ser mais um político conservador a representar o estado no Congresso Nacional.

Mesmo não sendo uma figura política que faz duras críticas a comunidade LGBTQIA+, como é o caso do Pastor Eurico e da deputada federal Clarissa Tércio, André Ferreira fez questão de usar suas redes sociais para comentar sobre seu voto contrário a união civil homoafetiva.

"Votamos e aprovamos hoje, na Comissão da Família, o parecer do relator sobre o PL 580/2007, que trata sobre a união civil homoafetiva. Um dos pontos mais importantes dessa aprovação é que não haverá criminalização contra os pastores que se recusarem a realizar cerimônias religiosas homoafetivas", escreveu.

Avaliação política sobre o avanço do PL

Para avaliar o avanço do projeto de lei, sob a ótica da ciência política, o LeiaJá entrevistou o cientista político Rodolfo Marques. O estudioso considera que a extrema direita assume essa postura contrária as conquistas da população LGBTQIA+ para sempre se manter contra as pautas defendidas pela esquerda.

“A extrema direita se associa a essas bandeiras exatamente para poder se posicionar contra a esquerda, contra pautas mais progressistas, pautas que refaçam um respeito maior à diversidade. E como conseguem dialogar com boa parte da sociedade que tem o viés conservador, que tem uma perspectiva conservadora, a extrema direita acaba abraçando esse tipo de causa, esse tipo de movimento”, pontuou.

Rodolfo ainda afirma que os políticos bolsonaristas, presentes na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família, tomaram suas decisões “visando as eleições municipal de 2024 e as eleições gerais de 2026”.

“Essa postura por parte da ala mais conservadora, por parte da extrema-direita, é exatamente em atender, em buscar apoio junto aos eleitores que têm essas mesmas características, têm esses mesmos pensamentos em relação às faltas do aborto, em relação à questão do casamento homoafetivo”, afirmou o estudioso, ao destacar que o “já existe essa legislação que permite casamento e uniões civis entre pessoas do mesmo sexo, mas a extrema-direita retoma essa pauta exatamente para poder ganhar votos, ganhar apoio popular de determinadas parcelas da população e avançar dentro dos seus projetos ideológicos”.

 

A Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados aprovou o projeto que proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A medida está prevista no parecer do relator, deputado Pastor Eurico (PL-PE), apresentado ao Projeto de Lei 580/07 e aos textos apensados a ele. O parecer recebeu 12 votos favoráveis e cinco contrários.

A proposta ainda será analisada nas comissões de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial; e de Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Se for aprovada, seguirá para o Senado.

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Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei A aprovação da proposta contraria a atual jurisprudência brasileira. Desde 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconhece a união entre casais do mesmo sexo como entidade familiar.

Pastor Eurico, no entanto, argumenta que cabe ao Poder Legislativo, e não ao STF, deliberar sobre o tema.

Sem interpretações Nesta terça-feira (10), Eurico apresentou uma complementação ao seu parecer, que inclui novos pontos. O texto do relator mantém a proibição da união homoafetiva, e determina que a Justiça interprete o casamento e a união estável de forma estrita, sem “extensões analógicas”. Ou seja, deixa claro que essas formas de união dizem respeito apenas a homem e mulher.

Critérios religiosos

O novo texto determina também que o Estado e a legislação civil não poderão interferir nos critérios e requisitos do casamento religioso, sendo vedado qualquer constrangimento a ministro de confissão religiosa ou violação às normas de seus templos. O objetivo dessa medida, segundo o relator, é garantir a proteção das instituições e ministros religiosos.

Pastor Eurico citou trechos bíblicos na tentativa de demonstrar que as culturas antigas julgavam a homossexualidade um fenômeno repreensível e defendeu que o instituto do casamento tem a finalidade da procriação.  “A relação homossexual não proporciona à sociedade a eficácia especial da procriação, que justifica a regulamentação na forma de casamento e a sua consequente proteção especial pelo Estado”, disse.

“Tentar estender o regime de casamento aos homossexuais é uma tentativa vã de mudar a realidade através de leis”, acrescentou.

Além disso, o relator classificou a remoção da homossexualidade da lista de transtornos mentais (DSM) da Associação Americana de Psiquiatria (APA), em 1973, como “o lamentável desfecho que se deu quando a militância político-ideológica se sobrepôs à ciência”.  

 

Nesta terça-feira (19), data em que foi adiada a votação do projeto de lei contrário ao casamento civil homoafetivo, a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) revelou que acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) contra a proposta do deputado bolsonarista Pastor Eurico (PL-PE).

“Inconstitucional e carregado de preconceitos, esse é um projeto que fere a liberdade e a existência de famílias e indivíduos. Amor nunca será o problema, a intolerância, sim”, escreveu a psbista em suas redes sociais.

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O projeto estava na agenda de hoje para ser votado na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família, porém após uma discussão acalorada entre governistas e parlamentares da extrema direita, a análise foi adiada para a próxima semana.

Além do bate-boca, a sessão foi marcada por protestos de ativistas. Antes da audiência, manifestantes entoaram cânticos em defesa dos direitos da população LGBTQIAPN+.

Atualmente, não existe lei no país que permita e regularize o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo. No entanto, por decisão do STF, a união estável é possível desde 2011. Em 2013, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), determinou aos cartórios a obrigatoriedade de realizar também o casamento.

 

A Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e família da Câmara dos Deputados decidiu, nesta terça-feira (19), adiou pela terceira vez a votação do projeto de lei (PL) que visa proibir o casamento homoafetivo no Brasil. A sessão foi marcada pela presença de lideranças do movimento LGBTQIAPN+ e pelo bate-boca entre parlamentares da base do governo e políticos da extrema direita.

Aparentemente abalado pela morte do seu pai, que faleceu na segunda-feira (18), o deputado federal Fernando Rodolfo (PL-PE), foi chamado ironicamente de "bonzinho" pelo deputado André Fernandes (PL-CE), por permitir os protestos dos ativistas LGBTQIAPN+. Já a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), acusou Fernandes de "apontar o dedo para a cara de uma mulher", fala acompanhada pelo coro de "machista".

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Rodolfo, que é presidente da Comissão, chegou a solicitar que a Polícia Legislativa retirasse o movimento civil da sessão, mas reconsiderou a presença após uma conversa com a deputada Erika Hilton (PSOL-SP). Devido a continuidade da discussão acalorada entre os vários parlamentares, a sessão precisou ser paralisada por cinco minutos.

Mesmo com o entrave entre os políticos conservadores e os governistas, os membros marcaram uma audiência pública sobre o assunto para a próxima terça-feira (26). Além disso, decidiram que na quarta-feira (27) será feita a votação do relatório do deputado bolsonarista Pastor Eurico (PL-PE), que altera o entendimento do Projeto de Lei (PL) 580/2007, de autoria do então deputado Clodovil Hernandes, morto em 2009, e propõe estabelecer que nenhuma relação entre casais LGBTQIAPN+ pode equiparar-se ao casamento ou à entidade familiar.

A votação deverá ser realizada sem obstruções, ou seja, sem a inclusão de pautas ou novos requerimentos de retirada e adiantamentos de votação.

Repercussão

Nas redes sociais, o deputado federal Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ), conhecido por ser o único líder religioso que defende as pautas LGBTQIAPN+, considerou a decisão como uma "vitória" para a sociedade civil.

"A decisão será na próxima quarta-feira (27)! Um passo importante para impedir a aprovação da proposta às pressas e garantir a realização da Audiência Pública que conseguimos aprovar e que acontecerá na terça-feira (26). Vitória do deputados e deputadas progressistas e principalmente da sociedade civil, que lotou o plenário da Comissão de Previdência e Família, em defesa do amor, da liberdade e da igualdade", escreveu.

A deputada Erika Hilton (PSOL-SP) também comentou os rumos da sessão de hoje ao afimar que os governistas conseguiram garantir "uma audiência pública para que nossa comunidade seja ouvida".

Veja a publicação:

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Foi publicada no Diário Oficial da União de quarta-feira (30) a lista de 9 senadores e 27 deputados federais que farão parte do Parlamento do Mercosul (Parlasul). A representação terá mais um senador, que ainda não foi indicado pelo Bloco Democracia — formado por MDB, União Brasil, PSDB, PDT e Podemos.

A definição da bancada no Parlasul segue os mesmos critérios de representação partidária e dos blocos existentes no Senado e na Câmara.  Os parlamentares autuarão na legislatura que segue até 31 de janeiro de 2027. Em data ainda a ser definida, eles definirão o presidente e os dois vice-presidentes do colegiado. O mandato será de 2 anos. 

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Veja quem são os senadores e deputados escolhidos:

Senadores do Parlasul PT - Humberto Costa (PE); MDB - Renan Calheiros (AL); PP - Teresa Cristina (MS); PSD - Nelsinho Trad (MS); Podemos - Carlos Viana (MG); Eduardo Girão (Novo); Alan Rick (União-AC); Sergio Petecão (PSD-AC); Chico Rodrigues (PSB-RR); e Um a ser indicado.

Deputados no Parlasul   PL - Giovani Cherini (RS), Rosana Valle (SP), Roberto Monteiro (RJ), Vermelho (PR) e Pastor Eurico (PE); PT - Arlindo Chinaglia (SP), Odair Cunha (MG) e Paulão (AL); União Brasil - Yandra Moura (SE), Damião Feliciano (PB) e Nelson Padovani (PR); PP - Átila Lira (PI), Marx Beltrão (AL) e Covatti Filho (RS); MDB - Sergio Souza (PR) e Gutemberg Reis (RJ); PSD - Luciano Azevedo (RS) e Paulo Litro (PR); Republicanos - Celso Russomanno (SP) e Carlos Gomes (RS).

Outros sete deputados de diferentes partidos compõem a lista: Renildo Calheiros (PCdoB-PE), Erika Hilton (Psol-SP), Renata Abreu (Podemos-SP), Beto Richa (PSDB-PR), Afonso Motta (PDT-RS), Heitor Schuch (PSB-RS) e Luiz Tibé (Avante-MG). O que é o Parlasul O Parlamento do Mercosul tem sede em Montevidéu, no Uruguai, funciona desde maio de 2007. As reuniões ocorrem pelo menos uma vez a cada mês.

Além dos 37 parlamentares brasileiros, o Parlasul tem 26 argentinos, 18 uruguaios e 18 paraguaios. Outros 13 parlamentares bolivianos também fazem parte do Parlamento, atuam nas comissões e no Plenário com direito a voz e encaminhamentos, mas não têm direito a votos. Isso porque a Bolívia ainda é um membro observador do Mercosul, não um membro pleno. Entre 2013 e 2016, 23 parlamentares venezuelanos também fizeram parte do Parlasul, com direito a voz e votos, no período em que a Venezuela esteve no Mercosul como membro pleno. Mas o país foi suspenso do bloco em 2 de dezembro de 2016 por tempo indeterminado por motivações técnicas, políticas e econômicas.

Nos últimos anos, o Parlasul tem tratado como prioridade as negociações do acordo entre o Mercosul e a União Europeia. No geral, o Parlasul acompanha o processo de integração do Mercosul e as atividades das presidências pro tempore rotativas do bloco. Procura também intermediar as demandas dos setores empresariais, da sociedade civil e culturais nos mais diversos processos de integração, negociações e parcerias entre as nações do bloco. Outro foco são as parcerias e tratativas com cada Parlamento dos países que compõem o Mercosul.

*Da Agência Senado

Governadora Raquel Lyra recebe documento entregue por lideranças do PL  A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, recebeu nesta segunda-feira, 15, no Palácio do Campo das Princesas, o presidente do Partido Liberal (PL) em Pernambuco, Anderson Ferreira, os deputados federais André Ferreira, Pastor Eurico, Fernando Rodolfo e Coronel Meira e os estaduais Renato Antunes, Nino de Enoque, Abimael Santos e Joel da Harpa.

Em pauta no encontro, a entrega de um documento que reúne diversas propostas do partido para o desenvolvimento econômico e social do Estado.

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  “Encontros como esse são importantes e reafirmam que a construção e implantação de políticas públicas que interessam ao povo de Pernambuco são urgentes e precisam ser implementadas, ouvindo também os representantes do nosso Estado no parlamento e os partidos. É assim, governando com todos e para todos, que o Estado chegará para quem mais precisa”, destacou a governadora. 

O documento destaca que o partido e deputados do PL objetivam contribuir para a melhoria da condição social e econômica, através de discussões sobre as propostas do plano de governo. O secretário da Casa Civil, Túlio Vilaça, também participou do encontro.

*Da assessoria 

O presidente do Partido Liberal (PL) em Pernambuco e prefeito do Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira, abonou a ficha de filiação à legenda do deputado federal Pastor Eurico. O ato foi realizado nessa sexta-feira (25), nas dependências de uma faculdade localizada no bairro da Boa Vista, área central da capital pernambucana.

Em seu terceiro mandato como deputado federal, Pastor Eurico é um dos nomes da bancada pernambucana no Congresso Nacional que defende pautas conservadoras cristãs e em defesa da família.

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“Chego ao Partido Liberal atendendo à convocação feita pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, e pela minha afinidade com Anderson, um amigo de longas datas. Ingresso no partido com uma vontade única, de contribuir para com um projeto de mudança para Pernambuco. Sou parte desse time anti-Lula e anti-PSB de Paulo Câmara porque prefiro muito mais andar ao lado de quem ora o Pai Nosso do que quem tira o pão nosso de cada dia”, afirmou o deputado Pastor Eurico.

Anderson Ferreira comemorou a filiação. “A chegada do deputado federal Pastor Eurico no PL reforça o partido na disputa por vagas na Câmara Federal. É uma importante liderança evangélica e árduo defensor dos princípios cristãos, da valorização da fé e na luta em defesa da família”, disse durante o ato de filiação.

*Com informações da assessoria de imprensa

O Projeto de Lei 4183/21 proíbe a realização de festividades de carnaval em todo o território nacional neste ano. O texto, que está sendo analisado pela Câmara dos Deputados, veda expressamente eventos de pré-carnaval, festas e desfiles de blocos carnavalescos em ambientes abertos ou fechados em 2022. A proposta, no entanto, não cita textualmente proibição a desfiles de escolas de samba. 

Autor do projeto, o Pastor Eurico (Patriota-PE) argumenta que a medida tem como objetivo evitar aglomerações em meio à nova onda de casos de Covid-19 no Brasil e no mundo. Ele destaca que vários governadores e prefeitos já anunciaram o cancelamento das festividades neste ano. 

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“Para que ocorra um efetivo controle sanitário, é necessário que haja uma normatização centralizada, de âmbito federal, sobre o assunto. Não é razoável, do ponto de vista da isonomia e da saúde pública, que somente determinadas cidades proíbam a realização do carnaval”, diz o autor. 

Tramitação

O projeto será analisado, em caráter conclusivo, pelas comissões de Cultura; de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. 

*Da Agência Câmara de Notícias

O deputado federal Pastor Eurico (Patriota) está infectado com o novo coronavírus. O político confirmou ao LeiaJá que recebeu o resultado neste sábado (28).

Ele ficará em isolamento domiciliar, conforme orientação médica. "Fiz o exame na quarta-feira (25). Eu tive uma febre, senti frio e tive tosse", ele contou. O deputado disse não estar mais apresentando esses sintomas.

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A esposa dele, Irmã Lígia, também foi orientada a manter o isolamento domiciliar. Pastor Eurico exerce o terceiro mandato na Câmara Federal. Aos 57 anos, ele é o primeiro deputado federal confirmado com a doença no país. 

Depois de apresentar um projeto de lei que visa proibir a instalação e o funcionamento de motéis nas áreas urbanas do Brasil, o deputado federal Pastor Eurico (Patriota-PE) também elaborou uma matéria que visa impedir boates e casas noturnas nos mesmos perímetros.

O texto tramita nas comissões da Câmara dos Deputados em caráter conclusivo, ou seja, caso não receba contestação de outro parlamentar e for aprovado nos colegiados poderá seguir direto para o Senado, sem precisar passar pelo crivo do Plenário.

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Na avaliação do deputado pernambucano, a presença de casas noturnas e estabelecimentos semelhantes em áreas urbanas perturba a paz, a tranquilidade e a segurança dos moradores da vizinhança e ainda pode levar à desvalorização dos imóveis da região.

“Não bastasse isso, a presença desses estabelecimentos, via de regra, funciona como um canal para o tráfico de drogas e a prostituição, contribuindo para a decadência moral e espiritual da sociedade”, observa o político.

O projeto inclui a regra no Estatuto da Cidade, caso seja aprovada e vire lei, a medida será regulamentada pelos municípios, através de uma nova lei, uma vez que a legislação já aponta que são as cidades que definem os empreendimentos instalados nas áreas urbanas.

*Com informações da Agência Câmara

Após a proposta de extinguir os motéis em áreas urbanas no Brasil protocolada pelo deputado federal Pastor Eurico (Patriota), na quinta-feira (5), a Associação Brasileira de Motéis (ABMOTÉIS) posicionou-se contrária ao projeto de lei (PL 6317/19). Em resposta ao LeiaJá, a entidade exaltou a importância do setor para a economia nacional e classificou o projeto como uma 'afronta à livre iniciativa'.

Sob a alegação que o funcionamento dos motéis "fere os princípios da moral e dos bons costumes", o pastor Eurico tenta conquistar apoio de parlamentares para aprovar o projeto e pôr fim a este tipo de empreendimento. Para o deputado, o entorno dos motéis é caracterizado por prostituição, tráfico de drogas e violência; o que compromete a segurança dos habitantes.

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Em contrapartida, a ABMÓTEIS entende que tal proposta afronta o fundamento básico da livre iniciativa, ofende o direito de propriedade e vai de encontro à natureza laica do Estado. Em sua defesa, a organização aponta que o setor gera 600 mil postos de empregos diretos e indiretos, movimenta cerca de R$ 4 bilhões anualmente e projeta uma taxa de crescimento médio de 10%.

Dados de 2016 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que os motéis representam 14% dos meios de hospedagem e, em pequenos municípios, chega a ser o único meio de hospedagem. Para contestar a acusação de ser ‘inimigo’ dos bons costumes, um levantamento feito em 2018 pelo Instituto Hello Research, indica que aproximadamente 85% dos frequentadores são casais de noivos, casados ou namorados.

Caso a medida seja aprovada, 224 estabelecimentos serão fechados em Pernambuco, desses, 20 estão no Recife. A ABMOTÉIS reforça que está acompanhando o trâmite do PL e garantiu que vai protocolar na Câmara dos Deputados uma moção contrária ao texto. Confira o comunicado na íntegra:

Primeiramente, a Associação Brasileira de Motéis (ABMOTÉIS) passará a acompanhar todas as etapas do referido Projeto de Lei objetivando que o texto seja arquivado por evidente afronta à livre iniciativa, que é um fundamento básico previsto no artigo 1º, inciso IV, da Constituição da República Federativa do Brasil, assim como por ofensa ao direito de propriedade, a natureza laica do Estado brasileiro e seu pluralismo político que, em conjunto e pelo princípio da tolerância, vedam que valores pessoais se sobreponham a outros valores pessoais.

Em relação aos trâmites do projeto de lei mencionado, a ABMOTÉIS lembra que ele ainda terá que passar por todo o processo legislativo de aprovação na Câmara dos Deputados e, após, no Senado Federal e pela chancela presidencial.

A ABMOTÉIS também esclarece e reforça a importância do setor moteleiro para a economia, uma vez que o mesmo movimenta R$ 4 bilhões ao ano e tende a crescer a uma taxa média anual de 10%. O setor gera também cerca de 600 mil empregos diretos e indiretos. Segundo dados oficiais do IBGE (2016) os motéis representam 14% do total de meios de hospedagens do Brasil, vale ainda ressaltar que em pequenos municípios do interior, algumas vezes, o motel é o único meio de hospedagem na cidade.

Além disso, precisamos destacar que o mundo mudou muito nos últimos anos e o perfil dos hóspedes de motéis também mudou. Segundo dados  de uma pesquisa, realizada pelo Instituto Hello Research (2018), feito com mais de 2,1 mil pessoas realizado em 10 capitais, incluindo Recife, mostrou que aproximadamente 85% dos frequentadores são casais de um relacionamento fixo, ou seja, casados, noivos ou namorados. 

A ABMOTÉIS reforça que acompanhará todas as etapas do referido Projeto de Lei e vamos apresentar uma moção contrária ao referido texto, a ser protocolada na própria Câmara dos Deputados. E desde já, nos colocamos à disposição para dialogar e esclarecer todas as informações necessárias sobre o setor.

O deputado federal de Pastor Eurico (Patriota) apresentou um projeto de lei que institui o Estatuto das Famílias. Entre outras sugestões, o texto propõe que estudantes possam faltar aulas por motivo de prática religiosa.

 Na justificativa, o pastor da Assembleia de Deus aponta que o Brasil tem uma grade curricular cada vez mais extensa, o que estaria acarretando em uma presença cada vez maior do aluno em quase todos os turnos escolares. "(...) e pior: sem que isso reflita um resultado acadêmico positivo, conforme último resultado do PISA amplamente divulgado", assinala o deputado pernambucano, referindo-se ao Programa Internacional de Avaliação de Estudantes.

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 "Assim', continua o pastor, 'a ideia é facultar a presença do aluno em determinado turno - e em determinados dias - onde sua presença em família se faça necessária, seja para uma maior convivência, harmonia ou ainda para determinada prática religiosa da família, cabendo ao estabelecimento de ensino a adequação necessária."

 Também no projeto, Eurico retoma a definição de entidade familiar como aquela formada da união de um homem e de uma mulher, com ou sem a existência de filhos. O Supremo Tribunal Federal (STF) já julgou inconstitucional qualquer dispositivo do Código de Processo Civil que impeça o reconhecimento da união homoafetiva. O entendimento de que o conceito de entidade familiar não pode desconsiderar a união entre pessoas do mesmo sexo foi reforçado em julgamento em setembro deste ano no plenário do Supremo.

 O parlamentar também pontua no artigo 5º do projeto de lei que é direito inalienável das famílias a educação formal de seus filhos, "concorrentemente e/ou supletivamente ao Estado, cabendo à União a regulamentação das diversas modalidades de educação existentes, dentre elas a educação domiciliar." 

Eurico quer ainda isenção do pagamento de imposto de renda para famílias que têm a partir de quatro filhos, "uma vez que essas famílias, valorizando a vida como um dom gratuito de Deus, merecem todo apoio do Estado na construção de um mundo mais aberto à vida", ele escreve.

Recentemente, o pastor apresentou um projeto para proibir motéis nas áreas urbanas no país. Ele argumenta que esses estabelecimentos ferem os princípios a moral e dos bons costumes. Os projetos estão em fase inicial de tramitação.

O deputado federal pastor Eurico (Patriota) quer proibir o funcionamento e a construção de motéis em áreas urbanas de todo o país. De acordo com o Projeto de Lei (PL) 6317/19, apresentado na última quinta-feira (5), a presença desse tipo de empreendimento "fere os princípios da moral e dos bons costumes".

Para o pastor Eurico, além das questões morais, os motéis também perturbam o sossego da população e desvalorizam os imóveis no seu entorno. "Motéis são comumente áreas em cujo entorno se pratica a prostituição, com todos os problemas associados à atividade, como o tráfico de drogas e a violência, comprometendo a segurança dos habitantes e dos que transitam pelo local", complementou no texto encaminhado para análise.

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Sob tais argumentos, o deputado pernambucano tenta conquistar apoio dos arlamentares para proibir a construção e o funcionamento dos hotéis de alta rotatividade. No entanto, ainda vai ser avaliado e votado na Câmara dos Deputados para que seja executado.

O especial de Natal do Porta dos Fundos, intitulado A primeira tentação de Cristo, estreou no serviço de streaming Netflix na última terça (3) e causou barulho na Assembléia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Três parlamentares, entre eles os pastores Eurico e Cleiton Collins, além da deputada Clarissa Tércio, repudiaram o conteúdo da produção e prometeram tomar medidas contra a Netflix.

No segundo especial de Natal do grupo realizado pela plataforma, Jesus (Gregório Duvivier) descobre não ser filho de José (Rafael Portugal) em meio a uma festa surpresa, com álcool e drogas, em que estão presentes outros personagens da Bíblia além de um homem que, supostamente, seria seu namorado. O conteúdo segue o modelo do especial feito pelo Porta em 2018, Se beber não ceie, que acabou sendo premiado na categoria melhor comédia no Emmy Internacional. 

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Líder da Igreja Assembleia de Deus, Ministério Madureira, e deputado estadual, o Pastor Cleiton Collins (PP) se reuniu com os também deputados estaduais Clarissa Tércio (PSC) e Pastor Eurico (Patriotas) para tomar medidas contra o filme. Segundo Collins, o Ministério Público será acionado: "Estão ferindo, difamando, tentando denegrir e fazendo chacota com a fé das pessoas. Quem não gosta de Jesus, pode dizer que não gosta, a gente respeita. Mas fazer o que o Porta dos Fundos vêm fazendo não dá. A Netflix que é bancada pela maioria dos cristão do Brasil, tem que parar com isso".

A deputada Clarissa Tércio endossou o colega: "Deixo meu repúdio como parlamentar, representante do povo, do segmento evangélico, como cristã e em nome do Ministério Novas de Paz. Nossa tristeza é profunda, por ver que leis no Brasil não são cumpridas. Isso é vilipêndio, é escárnio, é um desrespeito total à figura mais amada pelo povo, já que o Brasil é cristão. Respeitem a nossa fé! A mão de Deus vai pesar sobre eles". O Pastor Cleiton Collins sugeriu, ainda, um boicote ao serviço de streaming: "Vou cancelar a partir de hoje, em minha casa nunca mais!” e convidou os fiéis para fazerem o mesmo “Desligue a Netflix da sua vida, até que eles se retratem".

Já o deputado Pastor Eurico assegurou a intenção dos parlamentares de levar o caso à instâncias competentes: "Não vamos baixar a guarda frente a esses instrumentos do diabo, elementos satânicos que buscam  cada vez mais denegrir a imagem dos evangélicos, das igrejas, dos símbolos religiosos, e é claro, da nossa fé, atingindo ao Deus Pai criador, ao filho Jesus Cristo, a história dessa base de nossa religião vamos seguir buscando nas instâncias de competência agir em cima desses elementos que realmente só fazem atingir ou atacar aos religiosos em nosso país". 

*Com informações da assessoria

 

Vice-líder do Patriota na Câmara Federal, o deputado Pastor Eurico (PE) defendeu a atuação do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e argumentou que a oposição tem criado situações para “macular” o governo. “Quem perde eleição e não tem honestidade vai sempre agir como está agindo a esquerda hoje”, disparou.

Em conversa com o LeiaJá, para a nova etapa da série Entrevista da Semana, o parlamentar avaliou que o presidente está cuidando de “arrumar a casa” nesses primeiros meses e precisa de tempo para começar a mostrar resultados do seu trabalho pelo país.

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No terceiro mandato federal, durante a entrevista Eurico também disse que a “educação é a maior desgraça do Brasil nas falcatruas, roubos e desvios de dinheiro”. Além disso, o parlamentar, que também é pastor da igreja Assembleia de Deus, descartou a possibilidade de o governo criar tributos que taxem, inclusive, a contribuição dos fiéis ao dízimo.

Veja a entrevista na íntegra:

LeiaJá (LJ) - Como avalia a gestão do presidente Jair Bolsonaro?

Pastor Eurico (PE) - Vejo as coisas em uma ótica diferente das pessoas. Para quem assume um governo com a situação complicada como assumiu, ele precisa primeiro cuidar internamente, e quando você faz isso não vai ser visto pelas pessoas, para depois fazer o externo. Primeiro tem que arrumar a casa para depois começar a trabalhar em prol do que todo mundo espera.

Mas como o povo é imediatista, é normal em todo setor Executivo, vamos ter sempre esses embates que estão acontecendo. E a oposição se aproveita do momento para tentar macular, criar situações para desacreditar o governo. Quem perde eleição e não tem honestidade vai sempre agir como está agindo a esquerda hoje.

LJ- O presidente precisa de quanto tempo ainda para mostrar esse trabalho externo?

PE - Ele está fazendo o correto, organizando a casa internamente para depois trabalhar. Vai trabalhar sem ter nas mãos os subsídios? Há muita coisa propagada de investimentos que na verdade eram situações, numa linguagem popular, criadas para agradar as pessoas. Tem setores com bilhões aprovados em projetos, mas não chega nem a metade do que tem, como se vai trabalhar? É a política do engano. Por exemplo, a Funasa [Fundação Nacional de Saúde], tem lá R$ 7 milhões para pagar com um orçamento de R$ 3 milhões e uma folha de R$ 2 milhões. Quando você vai ver os setores estão fora da realidade. Para as pessoas tem que chegar e resolver, investir; mas como se você não tem o subsídio nas mãos? Temos uma situação caótica e vai se agravar. Enquanto o governo não começar a mostrar resultados, a ação da oposição vai ser de atrapalhar. Eles vão crescer nisso aí e quando as coisas começarem a andar vão ter que buscar outro motivo para falar do governo.

LJ - A Educação está inserida nessa situação caótica?

PE - Com certeza. A educação é a maior desgraça do Brasil nas falcatruas, roubos e desvios de dinheiro. Temos uma educação praticamente falida. Não tiro o direito de ter que se investir na parte das universidades, porém o que aconteceu no governo passado, se formos analisar a política assistencialista, o que tem haver o Bolsa Família com a educação? Nada, mas no governo passado tinha. O que aconteceu? Para o pai receber o benefício as crianças tinham que ir para escola, tudo bem, mas depois tinham que, na linguagem popular,  passar de ano. Então, as crianças tinham que passar de um ano para o outro, com aprovação, muitas vezes sem estudar. Não se comprova, contudo, conhecimento.

LJ - E a atual conjuntura da educação?

PE Aí temos uma geração com dois lados, os que estudavam nas escolas particulares, onde exige resultados, são os que tiram as melhores notas do Enem e vão para as universidades públicas e quem enche as faculdades particulares são os filhos dos pobres e, muito deles, sem conhecimentos. Hoje os pobres enriquecem as faculdades particulares e os ricos usufruem da educação universitária do governo. Lá em baixo precisa mudar essa realidade. 

LJ - Então, porque cortar recursos para um setor que, como o senhor disse, precisa de investimentos?

PE - O governo não cortou recursos. A linguagem cortar é diferente de contingenciar. O contingenciamento é vou separar aqui uma parte, não posso ter isso agora, mas posso ter amanhã. O governo resolveu dar uma injeção lá na educação básica, onde estamos vivendo um sistema caótico. A oposição vai trabalhar mais onde se dá mais críticas ao governo. Cria-se esse clima porque eles precisam de algo para atacar. Temos setores piores do que a educação, mas não vai dar ibope para a oposição bater. É um jogo que vivemos neste país. A oposição trabalha o quanto pior melhor para que eles possam voltar ao poder.

LJ - E qual a opinião do senhor sobre a reforma da Previdência? Ela vai ajudar na recuperação economia do país, como prega o governo?

PE - Sem sombra de dúvidas. Todo o mundo exterior espera o Brasil fazer alguma coisa, se não teremos uma quebradeira. Procurem falar com os prefeitos, mais de 90% dos municípios que tem Previdência própria estão quebrados. Estão tirando dinheiro de outros setores para pagar aposentados. As Previdências não se sustentam. Temos muita gente recebendo de forma correta, mas um bom percentual de aposentadoria foram esquemas e falcatruas. Por outro lado, o que se arrecada não vai dar conta de pagar os aposentados de hoje. Se alguma coisa não for feita o caos vai ser maior, o aposentado vai chegar lá e não vai ter dinheiro na conta dele.

LJ - Mas a oposição tem se articulado para barrar o texto.

PE - Eles dizem que tem solução [que não seja a reforma], mas porque eles tiveram 14 anos e não resolveram? A própria Dilma [Rousseff] ia fazer essa reforma e agora não precisa mais? É complicado o jogo que é feito pela esquerda. Existe uma grande hipocrisia por parte dos deputados que falam ‘temos que defender o pobre, o pobre, o pobre’. A linguagem pobre se chama massa de manobra. Muitos deputados não querem que haja a reforma porque vai prejudicar eles próprios. Se não estou consciente da necessidade do Brasil eu vou me prejudicar. Quem ganha mais vai querer receber mais e a Nova Previdência acabou isso. A reforma não é a solução para o Brasil, mas é um grande passos para iniciarmos uma reorganização do governo.

LJ - Outras medidas econômicas devem ser adotadas pelo governo e já se chegou a cogitar a taxação de impostos para as igrejas. Como religioso, de que forma o senhor avalia isso?

PE - Existem muitas pessoas interessadas em taxar impostos às igrejas, mas o presidente já desmentiu e foi um caso contornado. Sempre existiu esse interesse de alguns, mas esquecem eles que as igrejas, através de quem faz parte delas, já contribuem com seus impostos. A parte devocional dos fiéis é a contribuição que se dá para os trabalhos das igrejas, que não são poucos. A igreja é um braço a serviço da sociedade. E a igreja não recebe benesses de governos. De acordo com o que está firmado com o presidente, este assunto está descartado.

LJ - O senhor fez recentemente críticas a lideranças do PSB de Pernambuco, como avalia o governo de Paulo Câmara?

PE - Quanto a pessoa do governador não tenho nada a dizer, porém após a eleição, até hoje não recebi um telefonema. Estivemos com quase 100 candidatos na base e não recebemos a consideração de nada. O que eu fico admirando hoje são os deputados falando de Pernambuco, que o governo de Eduardo Campos foi feito isso na educação, aquilo na economia. Só citam o que foi feito no governo Eduardo Campos, mas o que é que o governador atual está fazendo?

LJ - Ficou alguma rusga, então, após a eleição que se refletiu no relacionamento do senhor com a bancada federal do PSB?

PE - Não somos inimigos pessoais. O deputado Tadeu Alencar, disse que a reforma era uma selvageria, mas eu sou um ser humano, não sou animal. Por isso reagi. Eu apoio a reforma. Tem partes que eu, particularmente, já estava na luta para tentar mudar, como BPC, a questão dos professores. Concordo que haja uma adequação, mas a reforma tem que ser feita. Por isso precisamos dialogar, mas dizer que quem apoia é um selvagem não, tem que ter respeito. Por isso que contestei. Eu respeito muito Tadeu Alencar e já disse a alguns setores que ele é um traído pelo sistema.

LJ - Por quê?

PE - O Tadeu Alencar foi secretário, desenvolveu um grande trabalho, um a pessoa capacitada e era para ser o governador do Estado e na época não deixaram ele ser candidato porque ele tinha o típico voo próprio. Se ele fosse candidato, para o sistema de um grupo familiar, seria um problema. Essa é a verdade. Achei ele uma pessoa traída.

Fotos: Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo

A discussão sobre a reforma da Previdência tem pautado embates entre os deputados nos últimos dias. Nesta segunda-feira (13), foi a vez do deputado federal Pastor Eurico (Patriota) fazer um discurso ácido e alfinetar as posturas do deputado Tadeu Alencar sobre o assunto. Os dois e mais outros nove parlamentares estavam na assembleia da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) que reuniu os prefeitos e a bancada federal para tratar da reforma e de outros temas.

Eurico foi o último dos deputados a discursar no evento e aproveitou para disparar contra argumentos apresentados pelos pares. No início da fala, ele declarou não ter tido apoio de prefeitos para ser eleito e ressaltou não poder citar o pai nem a mãe como exemplo de politico.

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"Em meio às muitas falas têm as falácias, mas não vou discutir agora. Não tenho os privilégios que vocês têm...", disse Eurico. "Não posso citar meu pai como exemplo aqui, porque ele foi ministro da infraestrutura, era pedreiro; a minha mãe foi ministra das águas, lavava roupa de ganho. Então não posso citar minha família como exemplo, alguns podem", acrescentou, ironizando e sem citar nomes.

Seguindo a linha crítica, o deputado que também é um líder religioso, questionou o fato de Tadeu Alencar ter observado que o governo não lista os privilégios combatidos com a aprovação da reforma da Previdência e rebateu a afirmativa do pessebista de que a proposta era "cheia de selvageria".

"É difícil chegar aqui e dizer 'eu não sei de nada' e, quando vai fazer o discurso, diz um monte de estatística. Para mim isso é hipocrisia. E outra coisa, pode dizer a quem saiu, não tenho medo de falar, eu não sou selvagem, sou um cidadão de bem, porque dizer 'quem aprova a reforma é selvagem ou não vai aprovar essa selvageria', é me chamar de selvagem", disparou Eurico.

Na fala anterior a dele, Tadeu chegou a dizer que na proposta de emenda à Constituição (PEC) que prevê a reforma "tem regras de uma selvageria inaceitável". "O que não dá é para apreciar essa selvageria que penaliza os mais pobres e mantém os que estão no andar de cima intocáveis", salientou o pessebista.

A crítica a Tadeu no discurso também foi indireta e ele ponderou também que respeitava o deputado citado, a quem classificou como um nome que já poderia ter governado Pernambuco. Contudo, ao ser questionado sobre quem seria o alvo, Eurico deixou claro que era Tadeu Alencar. "E ele vai me ouvir em Brasília", soltou.

 

A Câmara dos Deputados instala, nesta quinta-feira (25), a comissão especial que vai analisar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê a reforma da Previdência. Quatro pernambucanos vão participar da análise direta da reforma Fernando Rodolfo (PR), Silvio Costa Filho (PRB) e Carlos Veras (PT) - que são titulares da comissão - e Pastor Eurico (PATRI), suplente.

Entre eles, Fernando Rodolfo já se declarou a favor das mudanças nas regras da aposentadoria. “A reforma da Previdência Social é essencial, para evitar o colapso das contas públicas e eliminar injustiças, mas a PEC elaborada pelo governo será alterada”, previu Rodolfo, ponderando ser contra, por exemplo, às alterações no Benefício de Prestação Continuada (BPC).

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Já o petista Carlos Veras reforçou ser contrário ao texto do governo. “Irei redobrar os meus esforços na luta contra essa criminosa reforma e em defesa da classe trabalhadora”, argumentou.

Na manhã desta quinta, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou o deputado Marcelo Ramos (PR-AM) será o presidente da comissão especial e a relatoria ficará com o deputado Samuel Moreira (PSDB-SP).

A PEC foi aprovada na última terça-feira pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). O colegiado analisou apenas a admissibilidade da proposta. O mérito das mudanças sugeridas pelo governo Bolsonaro serão discutidas agora na comissão especial.

A oposição obstruiu a votação do projeto de lei da chamada Escola sem Partido (PL 7180/14) na comissão especial que analisa a matéria. Em reunião marcada por muita confusão e bate-boca entre parlamentares e entre manifestantes, deputados da oposição apresentaram diversas questões de ordem – questionando a condução dos trabalhos – e conseguiram adiar a discussão até o início das votações no Plenário da Casa.

O presidente da comissão, deputado Marcos Rogério (DEM-RO), disse que 10 minutos após a Ordem do Dia no Plenário, os trabalhos serão retomados.

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Por conta das questões de ordem, o relator, deputado Flavinho (PSC-SP), não conseguiu nem mesmo ler o novo substitutivo à proposta, apresentado há duas semanas. Após a leitura, ainda pode haver pedido de vista, adiando a votação. A expectativa do relator é concluir a votação na comissão especial até o final desta legislatura.

O novo substitutivo mantém seis deveres para os professores brasileiros de estabelecimentos públicos e privados de ensino, como a proibição de promover suas opiniões, concepções, preferências ideológicas, religiosas, morais, políticas e partidárias. Além disso, o texto proíbe, no ensino no Brasil, a chamada “ideologia de gênero”, o uso do termo “gênero” ou “orientação sexual”.

Julgamento no STF

A deputada Alice Portugal (PCdoB) pediu a suspensão dos trabalhos da comissão, por conta da previsão de que o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) julgue no próximo dia 28 lei estadual de Alagoas semelhante ao projeto do Escola sem Partido.

Apesar de valer apenas para Alagoas, deputados da oposição afirmam que a decisão do plenário do Supremo já indicará o entendimento da corte sobre o tema. A lei de Alagoas foi suspensa em março de 2017 por decisão individual do ministro Luís Roberto Barroso, relator das ações diretas de inconstitucionalidade que a contestam.

O relator da proposta na comissão, deputado Flavinho, afirmou que não pode ser discutida a constitucionalidade da proposta até que a matéria seja votada pelo Congresso Nacional. Ele mencionou que uma das justificativas de Barroso para suspender o Escola sem Partido em Alagoas é que cabe apenas à União legislar sobre diretrizes e bases da educação e daí residiria a inconstitucionalidade das leis estaduais e municipais sobre o tema. Barroso também cita, por exemplo, a garantia da liberdade de ensinar.

Liberdade de ensinar

Mas, para Flavinho, a proposta não atinge a chamada liberdade de cátedra, afetando apenas o que chama de doutrinadores. “Aquela família que se sente lesada pode, sim, produzir provar contra aquele doutrinador, apresentar essas provas para o coordenador pedagógico, o diretor da escola, o delegado de ensino e, se necessário, para o Ministério Público, que vai apresentar denúncia contra aquele doutrinador”, disse. “A proposta tende a trazer luz para essa situação de doutrinação para que os pais saibam que essa situação existe”, completou.

Já o deputado Leo de Brito (PT-AC) acredita que já há instrumentos nas salas de aula e nas universidades para coibir eventuais excessos de professores, como a proibição de propaganda eleitoral dentro de órgãos públicos e os conselhos escolares. Para ele, a proposta é uma tentativa de calar os professores na sala de aula. “As escolas devem ser espaço livre para compartilhamento de ideias e apenas isso garante a liberdade de opinião”, avaliou.

Em questão de ordem, Leo de Brito questionou o próprio nome da comissão especial – Escola sem Partido. Para ele, o nome reflete a opinião de parte da comissão. “É uma jogada de marketing”, disse. Segundo o deputado Pastor Eurico (Patri-PE), que presidia a reunião, a questão seria encaminhada à Presidência da Casa.

Acesso de manifestantes

Já a deputada Erika Kokay (PT-DF) questionou a restrição de acesso de manifestantes ao plenário onde se realizava a reunião. Foi permitida a entrada de número limitado de pessoas na comissão – 150 pessoas. Como havia mais manifestantes querendo assistir à sessão, a deputada pediu que outro plenário fosse disponibilizado com telão transmitindo o debate ao vivo.

Pastor Eurico informou que foram distribuídas 2 senhas para cada liderança partidária e mais 20 para o público. Cerca de uma hora após o início da reunião, ele informou a transmissão ao vivo por telão em outro plenário.

Ensino superior

A deputada criticou o novo substitutivo apresentado pelo deputado Flavinho, por “aprimorar o caráter obscurantista do projeto original ao abranger também os professores do ensino superior”. “É uma tentativa de amordaçar educadores e educadoras, mais ousada do que na ditadura”, opinou.

O relator da proposta do Escola sem Partido, deputado Flavinho, confirmou que a proposta vale para professores do ensino superior.

*Da Agência Câmara

Acompanhando o candidato a prefeito de Olinda Antônio Campos (PSB), o deputado federal Pastor Eurico (PHS) esteve presente no município da Região Metropolitana do Recife (RMR). A vice da chapa de Campos é Ceça Silva, filiada ao PHS. Eurico foi deputado pelo PSB duas vezes, tendo deixado o partido neste ano.

Em um café da manhã com a militância do PSB, o pastor aproveitou para avaliar o cenário nacional e criticar a oposição. “Esta ideia de golpe, de governo ilegítimo, faz parte das práticas dessa oposição. Vão fazer badernas, arruaças, greves, para tentar criar instabilidade no governo”, comentou.

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O parlamentar disse não acreditar que o país vá se livrar da crise rapidamente, mas que está no caminho. “A crise se assolou de tão forma e milagres não vão acontecer de imediato. O Brasil chegou ao fundo do poço. Eu, particularmente, acreditava naquele governo, mas aconteceram coisas terríveis que não esperávamos”, opinou o deputado.

Recurso – Na última quinta-feira (29), a defesa da ex-presidente Dilma Rousseff, protocolou no Supremo Tribunal Federal um recurso pedindo a anulação do processo de impeachment. O Pastor Eurico não acredita que o pedido seja exitoso. “Isso é um direito dela como cidadã. Com certeza esperamos que aqueles que vão julgar julguem com isonomia e o Brasil possa continuar nessa rota da retomada do crescimento”, concluiu. 

A decisão do líder do PSB na Câmara dos Deputados, Beto Albuquerque, em destituir o deputado federal Pastor Eurico (PSB-PE) da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) foi avaliada nesta quinta-feira (22) pelo parlamentar pernambucano. Para o ex-componente da CCJ, a ação é uma “arbitrariedade total”. 

“Uma atitude isolada que me refiro a ele porque foi uma decisão dele e não do PSB. Uma decisão emotiva porque o meu questionamento não foi de agressão à pessoa denominada ‘rainha dos baixinhos’, mas se trata de uma lei que se trata de violência e violência não é só palmada, mas programas de TV, filmes e lamentei a presença da ‘rainha dos baixinhos’ que ali estava sendo um ícone das crianças em 1980 fez um filme com cenas pornográficas que foi a maior agressão as crianças e isso gerou toda essa revolta”, esclareceu. 

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Depois do ocorrido, o parlamentar revelou ter recebido convites de outros partidos para integrar outras Comissões Parlamentares e garantiu não ter recebido nenhum comunicado oficial do partido, mas sim, apenas a decisão do líder do PSB na Câmara. “Outros partidos já nos ofereceram vagas porque reconhecem o nosso trabalho, como também a seriedade dos nossos posicionamentos, até porque houve uma afronta a moral e aos bons costumes da família brasileira que estava engasgada com isso”, disparou. 

Mesmo com a restrição de não ser mais integrante da CCJ, o Pastor Eurico deixou claro sua postura diante dos fatos. “Independentemente de qualquer coisa, deixo bem claro que eu defendo princípios, moral, família, vida. Defendo os costumes, e não arredo uma vírgula dos meus costumes”, cravou o socialista. 

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