Tópicos | papéis

A atriz Eva Wilma morreu no dia 15 de maio, aos 87 anos, vítima de um câncer no ovário. Considerada um dos grandes nomes da dramaturgia, Vivinha, como era bastante conhecida pela classe artística, iniciou sua carreira em 1953. Foi na extinta TV Tupi que ela estreou como atriz no seriado Namorados de São Paulo, produção que depois foi rebatizada Alô, Doçura.

Com um currículo recheado de trabalhos na televisão, além de ter brilhado também no cinema e teatro, Eva sempre será lembrada pelo público devido aos papéis que viveu ao longo dos seus mais de 60 anos de carreira. Para relembrar a contribuição que a paulista teve no entretenimento brasileiro, o LeiaJá selecionou quatro atrizes que interpretaram personagens de Eva Wilma em remakes de novelas.

##RECOMENDA##

Christiane Torloni

Em 1985, a Globo fazia sucesso entre os telespectadores com a exibição de A Gata Comeu. A novela dirigida por Herval Rossano e José Carlos Pieri foi baseada em A Barba Azul, obra desenvolvida por Ivani Ribeiro em 1974. Para a segunda versão da trama, Christiane Torloni viveu a intensa Jô Penteado, papel que já foi de Eva Wilma. Já na década de 1990, Torloni voltou a representar o mesmo trabalho que Eva protagonizou em 1975, em A Viagem. No mesmo folhetim de Ivani Ribeiro, Christiane Torloni estrelou como Dinah.

Gloria Pires

Eva Wilma eternizou em Mulheres de Areia, na década de 1970, as personagens Ruth e Raquel. Vinte anos depois, a trama de Ivani Ribeiro ganhou um nova versão na Globo, com Gloria Pires no papel principal. Assim como Eva, Gloria conquistou o público de casa ao defender, em 1993, as gêmeas mais amadas da história da teledramaturgia brasileira.

Ana Paula Arósio

Baseada no romance de Lygia Fagundes Telles, Ciranda de Pedra estreou na Globo em maio de 1981. A história interpretada por Eva Wilma, no papel de Laura, foi recontada em 2008 com Ana Paula Arósio. No folhetim, a personagem de Eva/Ana chamada Laura era uma mulher à frente do seu tempo, que vivia uma crise no seu casamento com Natércio (Adriano Reys/Daniel Dantas).

Carolina Ferraz

Atualmente como apresentadora do Domingo Espetacular, na Record, Carolina Ferraz pôde ser vista no ano passado na reprise de Haja Coração. A produção exibida pela Globo foi um remake de Sassaricando, de Silvio de Abreu, sucesso no canal no final dos anos 1980. No remake, Carolina interpretou Penélope, mesmo papel que foi de Eva Wilma no passado.

Fotos: Reprodução/TV Globo

A Tesla se tornou ontem a montadora com maior valor de mercado do mundo, ultrapassando a rival japonesa Toyota, à medida que suas ações atingem níveis recordes.

Os papéis da fabricante de carros elétricos do bilionário americano Elon Musk encerraram o dia com alta de 3,7%, fazendo a empresa ser cotada a US$ 207,6 bilhões. Já a Toyota encerrou ontem avaliada em US$ 202,9 bilhões - o valor de mercado da empresa inclui cerca de US$ 30 bilhões em ações da companhia mantidas em tesouraria.

##RECOMENDA##

Além de superar a Toyota, a Tesla também alcançou ontem outra marca histórica: ela vale mais do que três vezes o valor combinado das duas tradicionais montadoras americanas Ford e General Motors.

Desde o início do ano, a empresa de Musk teve uma valorização de 160% em seus papéis, saltando de US$ 430, em 2 de janeiro, para US$ 1.120 ontem. Na visão de analistas, a alta se deve à crescente confiança entre investidores sobre o futuro dos veículos elétricos e a mudança da Tesla de uma montadora de nicho para uma líder global em um segmento considerado promissor.

Após vários anos de prejuízos, a Tesla teve três períodos lucrativos desde o terceiro trimestre de 2019 e surpreendeu os investidores com resultados sólidos no primeiro trimestre, apesar da pandemia de coronavírus. Em 2019, a empresa teve receita de US$ 24,6 bilhões e entregou 367,2 mil veículos.

São números bem menores do que os da Toyota, considerada uma das montadoras mais rentáveis do mundo: em seu último ano financeiro, que compreende o período de abril de 2019 a março de 2020, a companhia vendeu 10,5 milhões de veículos e registrou faturamento de US$ 281,2 bilhões.

Potencial

A diferença entre as duas companhias, segundo analistas, é o potencial que a empresa de Elon Musk tem para os próximos anos. Apesar da pandemia, a expectativa de Musk é que sua companhia entregue 500 mil veículos em um ano pela primeira vez. Na semana que vem, a empresa vai divulgar os números de carros que entregou no segundo trimestre de 2020.

Outro fator que auxiliou a Tesla nas últimas semanas foi a alta demanda na China, país que passou primeiro e é considerado relativamente pouco afetado pela pandemia de coronavírus. "Há a expectativa de que pelo menos 100 mil veículos da Tesla sejam produzidos e vendidos na China até o fim deste ano. É um raio de luz em meio a uma tempestade global", afirmaram os analistas Daniel Ives e Strecker Backe, da corretora Wedbush Securities, em nota.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O serviço de streaming de músicas Spotify estreou nesta terça-feira (3) na Bolsa de Valores de Nova York e transformou em bilionários seus dois fundadores, os suecos Daniel Ek, 35 anos, e Martin Lorentzon, 49.

A empresa desembarcou na New York Stock Exchange (Nyse), em Wall Street, com o preço de US$ 165,9 por ação, acima da expectativa do mercado. Os papéis do Spotify são identificados pelo nome "Spot".

##RECOMENDA##

Após ter atingido o pico de US$ 168,5, as ações da companhia agora são cotadas por volta de US$ 156, sendo que o preço de referência estipulado pela Nyse era de US$ 132. Com isso, o valor de mercado do Spotify é de aproximadamente US$ 27,7 bilhões.

Com uma fatia de 9,2% da empresa, o CEO Daniel Ek tem agora uma fortuna de pelo menos US$ 2,5 bilhões, enquanto Lorentzon, com 12,25%, possui US$ 3,4 bilhões.

Lançado em 2008, o serviço de streaming está presente em 60 países e possui 157 milhões de usuários, sendo que 71 milhões são pagantes. Seu catálogo musical inclui 35 milhões de canções e 2 bilhões de playlists.

O objetivo do Spotify é captar recursos no mercado financeiro para frear o avanço da concorrente Apple Music. Em 2017, suas receitas chegaram a 4,09 bilhões de euros, mas a empresa ainda não consegue dar lucro.

O serviço também é frequentemente acusado de pagar pouco em direitos autorais aos artistas, cerca de US$ 7,5 para cada mil audições de uma música, mais que o YouTube (US$ 1,5), porém menos que a Apple Music (US$ 12).

Da Ansa

Susana, seu filho Marcelo e dois de seus netos participaram do programa Tamanho Família, de Márcio Gárcia, e a diversão foi garantida pelas pérolas da atriz, que revelou que uma funcionária de sua casa escolhe suas roupas, ama dançar música eletrônica e muito mais.

Mas o ponto alto foi quando, participando de uma prova onde seus familiares tinham que acertar se ela já tinha ou não feito algumas declarações, eles erraram uma delas, dizendo que Susaninha já havia dito que ama todos os seus papéis.

##RECOMENDA##

Uma entrevista antiga foi exibida, onde ela dizia que não gostava de todos os papéis, explicando que algumas eram boazinhas demais, outras chatas demais, outras más demais.

Mas, no palco, ela rebateu sua antiga afirmação: "Isso não é verdade, eu devo ter dito isso pra me vingar de algum autor, que eu não devia estar gostando de um papel na época. Eu amo todos os meus papéis, porque por mais que o papel seja pequeno e ruim, eu o transformo em grande e bom".

As ações da siderúrgica Gerdau SA e de sua controladora, a Gerdau Metalúrgica, da família Gerdau Johannpeter, despencaram na terça-feira, 14, na Bolsa. A queda dos papéis da siderúrgica gaúcha, em parte, foi atribuída ao cenário negativo do setor, que também tem golpeado as principais produtoras de aço do País, como Usiminas e CSN. Mas, no caso da Gerdau, outro fator não foi digerido pelo mercado: a companhia anunciou ontem uma reestruturação societária, que resultou na compra de participação acionária de quatro de suas subsidiárias que estavam nas mãos de minoritários, totalizando cerca de R$ 2 bilhões.

Enquanto as ações preferenciais da Gerdau SA fecharam a R$ 6,52, queda de 7,25%, atingindo a mínima desde o dia 1º de agosto de 2005 e a maior baixa do Ibovespa, de acordo com dados da Economática, os papéis da holding Gerdau Metalúrgica caíram 10,52%, a R$ 4,68. Nos últimos 12 meses, as ações da Gerdau SA acumulam queda de 52,4% e sua controladora, que está altamente endividada, desvalorização de 72,2%.

##RECOMENDA##

Fontes ouvidas afirmam que não entenderam bem a operação, considerando o valor pago muito caro por ações residuais detidas por acionistas minoritários em empresas controladas pela Gerdau SA, em um momento de crise do setor siderúrgico.

A siderúrgica gaúcha divulgou ontem ao mercado que adquiriu 4,77% de ações da divisão Gerdau Aços Longos, mais 3,5% da Gerdau Açominas, outros 2,39% foram adquiridos da Gerdau Ações Especiais e mais 4,9% na Gerdau América Latina. Com essa operação, passou a deter 99% de participação de suas controladas, com o desembolso de R$ 1,986 bilhão.

A empresa não divulgou de quem adquiriu essas ações, mas fontes ouvidas pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, apontam a siderúrgica indiana ArcellorMittal e o Itaú Unibanco entre os minoritários que teriam vendido ações para a Gerdau SA. Procuradas, Gerdau, Itaú e ArcelorMittal não comentaram. A interlocutores, a Gerdau afirmou que a família não está entre os vendedores das ação.

"Esse valor representa 18% das ações da Gerdau S.A.", disse um acionista minoritário da Gerdau SA, que pediu anonimato. "A Gerdau foi procurada por vários analistas hoje (ontem) e não deu explicações sobre a venda das ações. Falta transparência."

A reportagem falou com outros dois analistas de banco, que também confirmaram não ter obtido detalhes da operação. "Há uma fuga de acionistas nos últimos meses dos papéis da Gerdau, que é considerada uma das mais eficientes do mundo, porque a empresa não é transparente", afirmou outro acionista, ao lembrar que em abril a companhia convocou uma assembleia para reduzir o número de assentos de conselheiros. "Nenhum minoritário tem voz na companhia", disse. A gestora Tarpon e a Guepardo Investimentos estão entre os minoritários. Procurados, não comentam o assunto.

"O anúncio foi repentino e estamos em um ano de baixa, com necessidade de preservação de caixa", disse Victor Penna, analista do BB Investimentos, acrescentando que o mercado foi surpreendido pela decisão. O BTG, em relatório, informou que a Gerdau está pagando caro em uma operação de simplificação corporativa. A instituição destacou, no documento, que preferia ver outro uso para esse capital. Ainda por conta de uma fraca atividade para o setor, o BTG reduziu o preço-alvo das ações de R$ 12,50 para R$ 9, redução de 28%.

Os analistas do BTG, Leonardo Correa e Caio Ribeiro, afirmam, em relatório, que a simplificação da estrutura da empresa pode resultar em redução de custos e ganho de sinergia, apesar de ainda não ser possível quantificar. Para Bruno Piagentini, analista da Coinvalores, a Gerdau foi blindada da queda forte das ações nos últimos meses por ter unidades nos EUA e produzir aços longos, mas agora tem seus papéis atingidos.

Controladora

Uma outra operação, desta vez, realizada pela Gerdau Metalúrgica, em dezembro passado, também é questionada por acionistas minoritários. Àquela época, a holding anunciou que o braço de participações do BNDES, o BNDESPar, reduziu participação no capital da controladora de 6,6% para 0,6%, em uma operação intermediada pelo BTG, que passou a deter essa fatia. Acionistas minoritários contestam, afirmando que houve triangulação e que essas ações passaram para a controladora.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Michelle Rodriguez, atriz de Velozes & Furiosos 7, refletiu sobre o começo da sua carreira, quando teve a oportunidade de participar, em 2000, do filme de boxe Boa de Briga“Sou realmente muito exigente sobre os personagens que escolho. Eu não posso ser apenas a namorada. Eu não posso ser a garota que é reconhecida porque foi estuprada. Eu não posso ser a garota que é reconhecida e depois morre”, conta Michelle, segundo a revista People.

Ela não se importa desses requisitos limitarem as suas opções em Hollywood. Com o tempo, a indústria foi entendendo que a atriz não era maleável, e dinheiro ou fama em excesso, não serviriam como um fator para influenciá-la. Com o filme Velozes & Furiosos, Michelle ganhou uma família. Após a morte prematura de Paul Walker, em novembro de 2013, ela confessa que foi difícil continuar com as filmagens.

##RECOMENDA##

“Quando eu finalmente vi o filme, dei um grande suspiro de alívio, e fiquei muito orgulhosa, porque ele realmente se transformou em uma homenagem”, disse ela sobre a preocupação de fazer o filme ser, em todos os sentidos, dedicado a Paul Walker, já que esta será a última vez que o ator vai estrelar nas telas de cinema.

Inspirados nos origamis, a arte japonesa da dobradura de papéis, cientistas americanos criaram um robô que promete revolucionar o setor, tanto na Terra quanto no espaço: é chato como uma folha de papel até começar a ganhar vida, desdobrar-se e sair andando.

Este novo tipo de robô poderia, um dia, ser usado na exploração espacial, deslizar sob os escombros nos trabalhos de resgate ou acelerar a manufatura em linhas de montagem, disseram especialistas nessa quinta-feira (7).

##RECOMENDA##

Embora a comercialização desta máquina ainda esteja a anos-luz, o informe publicado na revista especializada Science destacou que os últimos avanços abrem o caminho para um novo gênero no mundo da robótica personalizada.

Em primeiro lugar, o material é barato - custa apenas 100 dólares. Mas, além disso, o robô pode se reprogramar facilmente para executar diferentes tarefas, disse Sam Felton, cientista do instituto tecnológico Wyss de engenharia e da escola de ciências aplicadas da Universidade de Harvard.

"Da mesma forma que você pode ter um documento do Word, mudar algumas palavras e simplesmente voltar a imprimi-lo, da mesma forma se pode pegar o plano digital do robô, mudar uma ou duas coisas e voltar a programá-lo", explicou Felton a jornalistas.

O minúsculo robô é formado por camadas, algumas delas de papel, uma camada de cobre intermediária com uma rede de condutores elétricos gravados e outra camada externa, feita de um polímero com memória que se dobra e desdobra quando esquenta.

Assim que as baterias e o motor se ativam, o robô se desdobra de forma similar aos brinquedos Transformers, e escapole como um caranguejo. Felton disse que o custo total do equipamento usado para desenvolver este robô foi de 11.000 dólares.

O robô-origami em si custa cerca de 80 dólares com baterias e motor, mais US$ 20 com os materiais. "Se tivesse que fabricar outro, custaria 100 dólares", disse Felton.

Estes robôs têm muitas aplicações em potencial. Como se apresentam inicialmente no formato plano, podem ser implementados para a busca e o resgate em espaços confinados, como prédios desmoronados, onde o aparelho pode se desdobrar automaticamente em locais que de outra forma seriam inacessíveis.

Graças à forma plana, também poderiam ser enviados em grande número ao espaço e com menor custo, pois são mais leves. Em órbita, poderiam desdobrar-se sozinhos para realizar diferentes missões científicas, disseram os cientistas.

A pesquisa foi financiada pela National Science Foundation, o Wyss Institute de Harvard e o braço de pesquisas científicas da Força Aérea Americana. Os criadores esperam apresentar seu trabalho no sexto encontro internacional de origami em ciência, matemática e educação, que será celebrado em Tóquio entre 10 e 13 de agosto.

O mês de novembro trouxe boas notícias para as fabricantes nacionais de papéis. Dados preliminares divulgados nesta quinta-feira, 19, pela Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa) mostram que as vendas e as exportações de papéis cresceram no mês passado. Já as importações continuaram a cair, o que abre espaço para o avanço do produto nacional.

As vendas domésticas de papéis totalizaram 497 mil toneladas em novembro, expansão de 1% em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com outubro, no entanto, o indicador apresentou retração de 3,9%.

##RECOMENDA##

As exportações de papéis movimentaram 151 mil toneladas, uma expansão de 8,6% em relação a novembro do ano passado. As importações, por outro lado, encolheram 21,6% em igual base comparativa, para 91 mil toneladas.

Diante do aumento das vendas domésticas e do avanço do papel brasileiro no exterior, a produção nacional de papéis totalizou 876 mil toneladas em novembro, expansão de 1,2% em relação ao mesmo intervalo de 2012.

A única má notícia para o setor no material da Bracelpa está no consumo aparente, número que dimensiona a demanda doméstica por papéis. Pressionado pela retração das importações, o indicador encolheu 3,2% na comparação entre os meses de novembro e totalizou 816 mil toneladas.

Ano

Os resultados acumulados de janeiro a novembro mostram trajetórias distintas dos números específicos do mês passado. O consumo aparente de papéis, por exemplo, apresentou expansão de 0,9% em relação ao acumulado de janeiro a novembro de 2012, alcançando 9,050 milhões de toneladas. As exportações, por sua vez, encolheram 1,8%, para um total de 1,703 milhão de toneladas.

No caso das vendas domésticas, das importações e da produção, as tendências vistas em novembro se repetem. As vendas locais cresceram 2,6% na comparação com o intervalo de janeiro a novembro e totalizaram 5,209 milhões de toneladas. A produção no mesmo período teve alta de 1,7%, para 9,557 milhões de toneladas. As importações, por outro lado, caíram 8,4%, para 1,196 milhão de toneladas.

Os dados da Bracelpa mostram que embora o volume de papéis exportados tenha encolhido no acumulado de janeiro a novembro a receita com exportações cresceu 0,1% no mesmo período, totalizando US$ 1,804 bilhão (preço FOB). Já o valor pago nas importações somou US$ 1,410 bilhão, retração de 5,9% em relação a 2012. Com isso, o superávit comercial da indústria de papéis soma US$ 394 milhões até novembro, um incremento de 29,6% em relação ao mesmo intervalo de 11 meses do ano passado.

O principal destino do papel exportado pelo Brasil é a América Latina, para onde as vendas até novembro somaram US$ 1,018 bilhão. O valor representa uma queda de 3,2% em relação ao mesmo período de 2012. As vendas para a América do Norte, por outro lado, cresceram 30,9% e atingiram US$ 237 milhões.

O Ministério Público Federal deve encaminhar nesta segunda-feira, 4, para a Suíça a primeira leva de documentos após o país europeu repetir, na semana passada, um pedido de ajuda na investigação do caso Alstom, empresa suspeita de integrar um esquema de cartel e pagamento de propinas para a obtenção de contratos metroferroviários no governo paulista. Os brasileiros também vão pedir detalhes dos dados já apurados pelos colegas suíços.

Os procuradores suíços haviam congelado as investigações por falta de colaboração das autoridades brasileiras. Um dos pedidos de colaboração, enviado em 2011, ficou parado aqui por quase três anos. O procurador então responsável pelo caso, Rodrigo de Grandis, alegou ter arquivado o pedido numa pasta errada, motivo pelo qual ele não teria sido atendido a tempo.

##RECOMENDA##

A retomada das investigações dos suíços, com o novo pedido de colaboração, deve dar impulso ao caso. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se comprometeu a fornecer ajuda prontamente, o que motivou o envio da primeira leva de documentos agora. A meta é apurar contratos das empresas suspeitas de integrar o cartel entre 1999 e 2009, nas gestões dos governadores tucanos Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin.

Celeridade

Ao renovar o pedido de colaboração com o Brasil no caso Alstom, os procuradores suíços demonstraram extraoficialmente preocupação com outras suspeitas de corrupção envolvendo brasileiros que teriam enviado dinheiro para contas do país, um paraíso fiscal cravado no meio da Europa.

O esquema do Propinoduto, que envolveu subornos de fiscais de renda do Rio, é um deles. O dinheiro bloqueado pelos suíços ameaça ser devolvidos para os já condenados, por conta da lentidão da Justiça brasileira em concluir definitivamente o caso. Há ainda pendências sobre o dinheiro da família do ex-prefeito paulistano e hoje deputado Paulo Maluf, sobre o qual pesa a acusação de desvios públicos. O risco é de que o bloqueio, que já dura mais de dez anos, seja cancelado por falta de uma sentença definitiva no Brasil e que os filhos de Maluf voltem a ter acesso ao dinheiro.

Questionada pelo Grupo Estado, a assessoria de imprensa do Ministério Público suíço informou que não se pronunciaria nem sobre o caso Alstom nem sobre os outros que envolvem cooperação com o Brasil.

O caso Alstom, além de ser alvo dos suíços, também é investigado no Brasil desde 2008. As relações da empresa com os governos tucanos já renderam o indiciamento de 11 pessoas, entre elas o vereador Andrea Matarazzo, que foi secretário de Energia de São Paulo - ele nega o envolvimento em pagamentos de propina pela multinacional.

Reforço

As suspeitas sobre a ação de um cartel no governo paulista foram reforçadas em maio deste ano, quando outra multinacional que atua no setor metroferroviário fechou um acordo de leniência com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão do governo federal que regula a concorrência no Brasil. Ex-diretores da empresa admitiram a existência de acertos para a obtenção dos contratos com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e com o Metrô. Foi apontado ainda conluio no Distrito Federal. Mas não houve, segundo o atual presidente da multinacional no Brasil, Paulo Stark, menção a propina envolvendo a Siemens ou as outras empresas citadas, entre elas a Alstom.

Os investigadores suíços, porém, já identificaram pagamentos ao ex-chefe de manutenção da CPTM João Roberto Zaniboni. Os procuradores suspeitam de que a Alstom tenha pago US$ 836 mil em propinas numa conta em Zurique a fim de obter um contrato com a estatal paulista.

A investigação revela que o executivo, que atuou nos governo dos tucanos Mário Covas e Geraldo Alckmin, assinou aditamentos a contratos com a multinacional que somaram R$ 11,4 milhões. Junto com os documentos solicitados pelo país europeu, o Ministério Público Federal brasileiro pediu mais detalhes sobre o que há nas mãos dos investigadores suíços. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Klabin, maior fabricante nacional de papéis para a produção de embalagens, registrou prejuízo de R$ 129,825 milhões no segundo trimestre de 2013, 29% menor do que o resultado negativo de R$ 183,906 milhões apurado no mesmo período do ano passado. O dado no vermelho já era aguardado pelo mercado, uma vez que a valorização de 10% do dólar ao longo do trimestre provoca impacto negativo no resultado financeiro de empresas que possuem grande volume de dívidas denominas em dólar, como é o caso da Klabin. Além disso, a companhia fez um investimento significativo em modernização da caldeira 6, instalada na unidade Monte Alegre (PR), seu principal complexo produtivo.

O resultado financeiro da fabricante ficou negativo em R$ 418,196 milhões, contra R$ 468,659 milhões negativos do segundo trimestre de 2012. Quando desconsideradas as variações cambiais, a Klabin destaca que a linha financeira teria apresentado resultado igualmente negativo, em R$ 63 milhões, contra R$ 57 milhões negativos do segundo trimestre do ano passado.

##RECOMENDA##

No campo operacional, porém, a companhia continua a apresentar evolução. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) ajustado totalizou R$ 309,194 milhões entre abril e junho, expansão de 10% em relação ao mesmo período do ano passado, a despeito da paralisação no equipamento de Monte Alegre.

A alta do Ebitda foi impulsionada pelo incremento de 6% da receita líquida, que somou R$ 1,093 bilhão entre abril e junho. A variação positiva tem origem principalmente no câmbio mais favorável às exportações e nos reajustes de preços de produtos como o papel cartão, aplicados durante o trimestre.

Os dados da indústria de papel divulgados nesta quarta-feira pela Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa) mostram que o ritmo de negócios no mercado doméstico apresentou aceleração em junho, em contrapartida às vendas e compras no mercado externo. Na linha de exportações e importações, o volume de negócios apresentou retração superior a 10%, conforme dados prévios da entidade.

As vendas domésticas de papéis cresceram 3% em junho na comparação com o mesmo período do ano passado, para 450 mil toneladas. O volume também é 0,7% superior ao total negociado em maio deste ano. O resultado de junho ajudou a impulsionar o indicador no acumulado do primeiro semestre, período no qual as vendas internas alcançaram 2,575 milhões de toneladas. O montante é 1,5% superior ao total de negócios feito no mesmo intervalo de 2011.

##RECOMENDA##

Para atender à aceleração das vendas, a indústria ampliou em 6,5% o volume de produção na comparação com junho do ano passado e 0,2% em relação a maio. No mês passado, foram produzidas 823 mil toneladas de papéis, o que contribuiu para que o resultado no semestre alcançasse 4,911 milhões de toneladas. O resultado é 0,6% superior ao registrado entre janeiro e junho do ano passado.

Já os negócios da indústria no mercado externo apresentaram forte retração em junho. As exportações alcançaram 164 mil toneladas, queda de 11,4% em relação ao mesmo período do ano passado. As importações, por sua vez, caíram 13,9% em igual comparação, para 105 mil toneladas. Na comparação com maio, as exportações encolheram 15,5% e as importações, 11%.

Com esses resultados, a indústria papeleira do País encerrou o semestre com exportação total de 1,026 milhão de toneladas, queda de 4,5% em relação ao mesmo período de 2011. As importações encolheram 10,2%, para 695 mil toneladas, reflexo principalmente do combate do governo brasileiro a produtos desviados ilegalmente no mercado nacional.

A receita da indústria brasileira com exportações alcançou US$ 1,023 bilhão, (preço FOB) queda de 9,1% em relação aos seis primeiros meses do ano passado. As importações encolheram 8,8% em igual comparação, para US$ 803 milhões. A queda da receita com exportações é explicada principalmente pela retração de 8% na receita com vendas a países da América Latina, as quais somaram US$ 578 milhões.

Demanda

A melhor notícia para o fabricante nacional vem do consumo aparente, indicador que melhor dimensiona a demanda doméstica por papéis. Em junho, o consumo aparente atingiu 764 mil toneladas, com alta de 7,6% em relação a junho do ano passado e de 2,6% ante maio deste ano. A forte alta registrada no mês passado anulou a tendência de queda registrada até maio e com isso a demanda no mercado interno encerrou o primeiro semestre estável em relação a 2011. O consumo aparente até junho atingiu 4,580 milhão de toneladas.

A indústria brasileira de papéis registrou retração de vendas em fevereiro, segundo levantamento divulgado nesta quinta-feira pela Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa). Números preliminares apontam que as exportações somaram 157 mil toneladas em fevereiro, retração de 6,5% em relação a fevereiro do ano passado e de 3,7% em relação a janeiro deste ano. O resultado foi afetado pelo menor número de dias úteis decorrente do Carnaval.

As vendas domésticas acompanharam a tendência dos negócios no exterior e encolheram 1,2% na comparação com fevereiro de 2011 e 2,2% ante janeiro deste ano. O total comercializado internamente no mês passado ficou em 403 mil toneladas.

##RECOMENDA##

Com a retração dos indicadores em fevereiro, a indústria nacional amargou retração dos negócios no primeiro bimestre. As vendas domésticas encolheram 0,4% em relação aos dois primeiros meses de 2011, para 815 mil toneladas, enquanto as exportações caíram 6,2% na mesma base comparativa, para 320 mil toneladas.

A queda no volume exportado refletiu na retração da receita do setor com as vendas externas. No bimestre, a receita com exportações caiu 9,5%, para US$ 313 milhões. Os mercados onde a retração foi mais expressiva foram a China (-28,6%, para US$ 15 milhões), a Europa (-18,3%, para US$ 49 milhões) e a América Latina (-10,7%, para US$ 175 milhões).

Importações

Em contrapartida à retração das vendas nos mercados interno e externo, a indústria nacional pode comemorar em fevereiro a manutenção na tendência de queda das importações. As compras externas alcançaram 106 mil toneladas em fevereiro, retração de 12,4% em relação ao mesmo período do ano passado e de 11,7% sobre janeiro. Executivos do setor atribuem a queda ao maior controle do governo brasileiro à importação de papéis.

Com o menor volume das importações, a indústria acelerou a produção, que totalizou 801 mil toneladas em fevereiro. O resultado é 1,1% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. No acumulado do primeiro bimestre, a produção teve alta de 0,5% ante 2011, para 1,621 milhão de toneladas.

O consumo aparente do setor, considerado o indicador de demanda da indústria papeleira, ficou em 750 mil toneladas no mês passado, alta de 0,7% em relação a fevereiro de 2011. Na comparação com janeiro, entretanto, o indicador encolheu 3,5%. No bimestre, o consumo aparente apresentou retração de 0,3%, para 1,527 milhão de toneladas.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando