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A programação do 24º Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), que teve início no dia 17 de julho, está chegando ao fim. Mas ainda há muita atração para ser conferida. Até este sábado (26), diversas atividades como shows, apresentações teatrais e de dança e exposições fotográficas e literárias, entre outras atrações, serão realizadas gratuitamente no município localizado no Agreste de Pernambuco.

O restante da programação do FIG pode ser conferida no site da Secretaria de Cultura do Estado. Nesta sexta-feira (25), o Palco Instrumental, no Parque Ruber Van Der Linden/Pau Pombo, receberá às 19h uma série de apresentações com os artistas Arthur Medeiros, Bráulio Araújo e Ademir Araújo. No Palco Pop, no Parque Euclides Dourado, também a partir das 18h, será a vez das bandas Tatu Goiaba, Banda Francisco, Trio Eterno, Trummer SSA e O Terno divulgarem seus trabalhos ao público. 

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Em seguida, quando o Palco Pop passar a se chamar Palco Forró, Nando Azevedo, Chico Bala e Petrúcio Amorim adentram a madrugada com muito xote e baião. No palco Mestre Dominguinhos, as atrações desta sexta (25) são Kiara Ribeiro, Gustavo Travassos, José Augusto e o ícone da MPB Fábio Jr. Os shows terão início às 22h.

Já no sábado (26), último dia do FIG, o público poderá conferir no Palco Cultura Popular, áreal central de Garanhuns, as atrações Reisado Unidos com Alegria – CRAS – Heliópolis, Maracatu de Baque Solto Pavão Dourado de Tracunhaém, Gigante do Samba, Bloco da Saudade, Pastoril do Velho Dengoso, Clube Carnavalesco Marim dos Caetés e Lia de Itamaracá, Patrimônio Vivo de Pernambuco.

No Palco Instrumental, será a vez de Lulinha Trumpet, Renata Rosa e Hugo Lins e Escaladrum (ARG) subirem ao palco a partir das 18h. No Palco Pop-Forró, se apresentarão as bandas Jades, Café Preto, Ylana Queiroga, Maria Alcina, Michelly dos Anjos, Bia Marinho e Cristina Amaral, também a partir das 18h. Às 22h, no Palco Mestre Dominguinhos, Neander, Siba e Azougue Vapor e Titãs, outro importante nome da música brasileira e do rock nacional, fazem a última noite do 24º FIG. 

Aos amantes das artes cênicas, às 19h desta sexta (25) o Teatro Luiz Souto Dourado vai receber o espetáculo H(eu)stória - O Tempo em Transe, da companhia Gota Serena (Recife/PE). No sábado (26), no mesmo horário, o público poderá assistir à montagem As Três Irmãs, do Traço Cia. de Teatro (Florianópolis/SC). Haverá ainda espetáculos de dança e circo espalhados pela cidade.

O Palco Pop do Festival de Inverno de Garanhuns tem sido dos mais animados durante esta edição do festival. Com atrações diversas, muitas delas bandas e artistas independentes e da nova cena musical brasileira, o espaço atrai em peso as pessoas antenadas e que vêm para conferir especialmente as atrações que gostam. Nesta terça (17), o Palco Pop se manteve sempre cheio para os shows de Catarina de Jah, Tiê, Caçapa e Junio Barreto.

Catarina de Jah começou sua carreira musical discotecando e bombando uma série de festas, até investir na faceta cantora. "Eu comecei a usar um microfone para me comunicar com o público durante as festas, e (o cantor) China e Chiquinho (da Mombojó) me levaram para o estúdio deles pra gravar", conta a artista. A partir de então, Catarina gravou um EP com quatro músicas e se apresentou em festivais. É a primeira vez que ela se apresenta no FIG, e aproveita para adiantar que lança seu primeiro disco em novembro deste ano. "O disco vai se chamar Recall e a capa será uma montagem do meu rosto colado no corpo de uma "mulher-fruta". É a "mulher-cromaqui", se diverte a cantora, que aproveita a estadia em Garanhuns para promover festas como DJ. A próxima é na sexta (20), no bar Escritório.

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A cantora paulista Tiê entrou em seguida no palco, e a plateia fez muito barulho pra recebê-la. Aliás, fez muito barulho durante todo o show, cada vez que Tiê terminava uma música. À vontade, ela brincou em determinado momento: "Agora que eu estou sem o violão, vou dançar pra vocês", disse, para completar: "E essa barriguinha não é de chopp não, é uma criança".

Tiê também fez alguns covers de músicas que a princípio podem causar estranheza, como a famosa "Eu quero Tchu" e "Você não vale nada, mas eu gosto de você", esta gravada em seu último disco. "Algumas pessoas ficam bravas com essas músicas", conta, "Mas são músicas que eu gosto mesmo, canto em casa. Só não aprendi o resto da letra de 'Eu quero Tchu", afirma a cantora, que ressalta gostar da brincadeira com o repertório.

A terceira atração da noite foi o músico caçapa, apresentando seu trabalho calcado nas raízes da música brasileira e nordestina. A banda teve alguns problemas com o som no início do show, certamente por usar apenas instrumentos acústicos, mais difíceis de se microfonar e reproduzir. Com riqueza harmônica e melódica, Caçapa agradou o público presente na tenda do Palco Pop.

Para encerrar a noite, o cantor e compositor Junio Barreto fez um ótimo show, em que mesclou canções de todos os seus discos. Na sua banda, dois instrumentistas pernambucanos que vêm tendo cada vez mais destaque pela qualidade: o pianista Vitor Araújo e o violonista Vinícius Sarmento.

Autor de canções agradáveis e boas letras, Junio agradou em cheio o público que veio conferir seu show. Foram muitos os momentos em que as pessoas cantaram juntas cada verso de suas músicas. Uma referência para toda uma nova geração de músicos, Junio Barreto explica que sua sonoridade não se prende a pré-definições e tem elementos que vão do jazz à música africana. "Eu faço música brasileira e nossa música tem todas essas facetas", avalia Junio.

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Nesta terça-feira (17) a musicalidade pernambucana faz a festa no 22º Festival de Inverno de Garanhuns (FIG). Na Esplanada Guadalajara, às 21h30, sobe ao palco Maciel Salú, e, em seguida, Herbert Lucena, vencedor do Prêmio da Música Brasileira em três categorias pelo disco Não Me Peçam Jamais Que Eu Dê De Graça Tudo Aquilo Que Eu Tenho Para Vender. Às 22h30, o público confere Lula Queiroga, que vem fazendo sucesso com seu disco Todo dia é o fim do mundo. Para fechar a noite, o principal polo do festival recebe Renato Texeira, acompanhado de Xangai e Maciel Melo. Os pernambucanos também marcam presença no Palco Pop, que recebe Catarina Dee Jah, Rodrigo Caçapa e Junio Barreto, dividindo a noite com a cantora paulista Tiê.

No Palco Forró, Joãzinho de Exu, Clã Brasil e Liv Morais fazem a festa. O público ainda tem como opção a programação do Palco Instrumental, que começa às 17h. Duo Bass, Adelmo Arcoverde, Antônio de Pádua e Camarones  Orquestra Guitarrística compõem a grade de hoje. O 22º FIG segue até o próximo dia 21, com atividades que movimentam todas as áreas do universo cultural.

Programação terça-feira (17):

Palco Gudalajara

0h30 Rogério e os Cabra

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21h30 Maciel Salú

22h30 Herbert Lucena

23h30 Lula Queiroga

00h30 Renato Teixeira, Xangai e Maciel Melo

Palco Pop

18h Catarina Dee Jah

19h Tiê

20h Caçapa

21h Junio Barreto


Palco Forró

23h40 Nando Azevedo

00h40 Joãozinho de Exu

01h40 Clã Brasil

02h40 Liv Morais


Palco Instrumental

17h Duo Bass

18h Adelmo Arcoverde

19h Antônio de Pádua

20h Camarones  Orquestra Guitarrística

A programação completa do evento você também confere aqui no LeiaJá.

O sábado do Palco Pop, no Parque Euclides Dourado, foi um encontro entre o novo e o antigo. Marco Polo, com seu projeto O Pirata, rememorou o repertório da clássica banda Ave Sangria, que ele liderou na década de 1970. Silvério Pessoa esquentou o público com seu trabalho cada vez mais contemporâneo e Sonic Jr. trouxe seu trabalho moderno, em que toca diferentes instrumento e usa programação e samplers. Lucas Santana, que tocaria neste sábado (14), teve seu show adiado para o próximo fim de semana, por problemas com a compra de passagens aéreas.

Quem iniciou a programação de shows foi Sonic Jr., que no último FIG tocou no Caminhão da Cultura, que visita bairros da cidade de Garanhuns com uma programação musical diversificada. Agora no Palco Pop, pôde apresentar seu trabalho para um público mais abrangente. "O festival é maravilhoso, vem gente de todo o Brasil e a receptividade do público foi maravilhosa", disse o músico, que vai lançar seu quinto álbum - Inspire - no final de julho, quando colocará as faixas para serem baixadas gratuitamente em sua página na internet.

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Silvério Pessoa também ficou satisfeito com a apresentação. "Tocamos no palco certo. Hoje meu trabalho é muito voltado ao diálogo entre sonoridades e timbres", avalia Silvério, que embarca neste domingo (15) para a Europa, onde faz uma série de shows com o grupo La Talvera. O cantor e compositor assinala que o disco No Grau é um novo passo em sua carreira, que aponta para um trabalho musical cada vez mais contemporâneo e mundial, sem se prender a rótulos ou tradições, mas partindo delas para construir uma sonoridade única. 

O Pirata

Marco Polo liderou a banda Ave Sangria, que lançou um único e definitivo disco em 1974, e resgata esse repertório com seu projeto O Pirata. "Este trabalho surgiu de uma forma muito espontânea, eu sempre sou convidado a fazer os shows", conta Marco Polo, que afirma continuar compondo. "Tenho material suficiente para fazer um disco novo, mas não é algo no qual estou empenhado", diz.

Acompanhado de uma boa banda, o cantor fez uma apresentação vigorosa, que foi apreciada pelo público que lotou o espaço do Palco Pop. Músicas como Dois Navegantes e Seu Valdir foram cantadas em coro por boa parte do público, formado em sua maioria por jovens, que sequer eram nascidos na década de 1970, como ressalta o próprio cantor: "O rock que eu fiz em 1974 está vivo ainda".

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A sexta-feira 13 do Festival de Inverno de Garanhuns começou com muito rock. Na data em que se comemora o Dia Mundial do Rock, o palco pop se rendeu ao som das guitarras distorcidas e o público se empolgou pulando, dançando, cantando e gritando. A atração mais esperada da noite, a banda paulistana Dr. Sin, não decepcionou e fez um show vigoroso com músicas de vários dos seus dez álbuns.

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A Dr. Sin lançou recentemente o disco Animal, com o qual comemora 20 anos de carreira. "A turnê vai culminar com a gravação de um DVD", avisa o baterista Ivan Busic. A banda assinala que o público pernambucano é dos mais fieis e empolgados com o rock, e que é um prazer se apresentar em um festival como o FIG. No palco, a Dr. Sin desfilou o virtuosismo de seus integrantes - Edu Ardanuy, Andria Busic e Rodrigo Simão, além de Ivan - e o peso de sua sonoridade, que empolgou o público. "Para nós todo dia é o Dia Mundial do Rock", afirmou Ivan durante o show, que incluiu um pout-porri de músicas das bandas Van Halen e Deep Purple, emendadas com Asa Branca, hino maior de Luiz Gonzaga. Ao fim, o público em peso pediu um bis dos paulistas, mas ele não aconteceu. 

Quem abriu o show para a Dr. Sin foi o cantor Daniel Beleza. Com seu rock direto e performático, Daniel empolgou o público, que foi ao delírio quando ele cantou "frevo-mulher". Se não bastasse, o cantor desceu do palco e foi cantar no meio do público, que chegou a ensaiar uma roda de pogo, típica de shows pesados. Ao terminar a apresentação, foi ovacionado pelo público.

Entre as muitas pessoas presentes, uma chamava atenção: o pequeno Breno, de quatro anos, que dançava sem parar no ombro de seu pai, Gustavo Carvalho. "Sou metaleiro faz tempo e quero que meu filho siga o mesmo caminmho", afirma gustavo, que estava acompanhado da esposa, Juliana Sampaio. Ela avisa que esse é o segundo FIG do filho, mas o casal vem há 5 anos curtir a programação eclética do festival.

Sicilianos

Mais cedo, a banda pernambucana Babi Jaques e os Sicilianos apresentou seu trabalho musical envolto em uma atmosfera de cinema. Com muito cuidado nos figurinos, cenário e performance, o grupo foi conquistando o público presente no Palco Pop, que se rendeu com a execução da clássica marchinha carnavalesca "Pra você gostar de mim". A cantora Bárbara Jaques e seus Sicilianos vêm de uma série de apresentações que incluem dois shows na Bahia e um no Teatro Odisseia, no Rio de Janeiro. 

"Tocar no FIG é muito massa porque é um festival que eu vim muitas vezes assistir os shows e hoje me coloquei no lugar de quem estava ali embaixo vendo nosso show", disse Thiago Lassere, baixista do grupo, que está preparando seu primeiro disco, cujo o início da gravação acontece em agosto deste ano. A banda também está envolvida na filmagem de um documentário sobre a modernização do frevo, dirigido por Wilson Freire, que surgiu de uma homenagem a Troça Carnavalesca Batutas de São José. O disco será gravado com o prêmio recebido pelo Festival Pré-Amp, vencido pelo grupo em fevereiro deste ano.    

 

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