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Técnicos do Ibama, do Zoológico de Goiânia e uma equipe do Corpo de Bombeiros capturaram na manhã desta terça-feira, 27, uma onça parda de aproximadamente 2 anos de idade dentro de uma casa no Aldeia do Vale, condomínio de luxo em Goiânia onde moram o cantor Leonardo, Zé Felipe e a influenciadora Virgínia Fonseca e a dupla sertaneja Maiara e Maraísa.

O animal foi visto pelos seguranças do condomínio rondando a casa e entrando na varanda do imóvel, onde os bombeiros a contiveram usando uma tela de segurança. "Exatamente para isolar o local e, caso ela tentasse sair, se embaraçaria na rede", explicou o tenente do Corpo de Bombeiros João Pedro Luczinski da Rocha.

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A captura foi feita depois que um médico do zoológico fez a sedação da onça, que não tinha ferimentos e pesava cerca de 40 quilos, segundo o tenente Rocha. De acordo com ele, a invasão de imóveis por felinos de grande porte é rara em Goiânia.

A onça foi encaminhada ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama, onde passará por triagem e será encaminhada a uma área segura.

Veja imagens da ação de captura do animal:

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 Na manhã desta terça-feira (27), uma onça parda de aproximadamente dois metros foi encontrada dentro do condomínio Aldeia do Vale, em Goiânia. O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 7h e resgatou o animal. 

Durante uma ronda de rotina, seguranças do condomínio encontraram o animal perto de uma das casas. Uma rede foi usada para fechar o entorno do imóvel e evitar que a onça fugisse. 

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Os bombeiros foram acionados por volta das 7h e conseguiram resgatar o animal com o auxílio de especialistas do zoológico. Um dardo tranquilizante foi usado para conter o felino, que foi colocado em uma jaula de transporte.

A onça foi levada ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama, onde será avaliada e acompanhada até a soltura. 

Ninguém ficou ferido, mas o cantor Zé Felipe, morador do residencial comentou sobre a aparição da onça.

“Aquelas onçona vermelha, sabe? Ela parece um gatão, só que mais comprida. A onça pintada é mais robusta, mais encorpada. A vermelha é aquela que parece um gatão grande. Morde do mesmo jeito”, relatou nas redes sociais. 

Após fugir pela janela da fazenda para dar à luz, Juma acaba surpreendida pelo assassino de aluguel Solano, que estava se escondendo na tapera. No entanto, a filha de Maria Marruá não deixará que a situação de refém dure muito tempo. Segundo informações do site oficial da novela Pantanal, a personagem de Alanis Guillen se transformará em onça e matará alguém pela primeira vez.

Ao ouvir sons do animal, o contratado de Tenório exclamará assustado:

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- Que é que é isso?

- É hora das onças! É quando elas saem pra caçar... Para defender o seu território!, responderá a esposa de Joventino.

- Não tenho medo de onça, retrucará ele, já temendo como consequências.

- Nem medo e nem respeito. Ou então não ia invadir uma terra delas. Elas vêm quando sentem o cheiro do medo.

Ao que Solano gritará:

- Tranquei tudo... Está tudo trancado.

- Mesmo trancado quando elas querem, elas entram!, ameaçará Juma.

Receoso, ele decidirá conferir se há alguma brecha na tapera por onde a onça poderia entrar. Quando retornar à sala, ficará surpreso ao notar que a moça não está mais lá.

- Cadê você, Juma Marruá... Aparece, desgraça... Aparece! Ou eu te mato! Mato você e sua cria! Eu sei que você está aqui... Você não tem como ter saído. Você não tem pra onde fugir!

Na forma da fera, a jovem partirá para atacá-lo.

- Misericórdia! Come que você entrou aqui dentro? Me erra... Desgraça... Me erra!

Apesar da morte de Solano, o pantanal ganhará mais um matador de aluguel segundo informações do jornal Metrópoles. Completamente abalado após ser estuprado por Tenório, Alcides deixará Tibério preocupado ao tomar a decisão radical de adotar a profissão. Na tentativa de fazer o peão mudar de ideia, o marido de Muda dirá que ele irá para o inferno juntamente com seu pai caso escolha seguir esse rumo.

Para completar os spoilers da novela das nove, a colunista Patrícia Kogut revelou que José Leôncio em breve receberá uma notícia sobre sua saúde que o deixará preocupado. Após ir ao médico e realizar exames, ele descobrirá que está gravemente doente e precisará passar por uma cirurgia. Apesar do diagnóstico alarmante, ele não só dirá a si mesmo que não passará pelo procedimento ou sequer voltar a ver o profissional de medicina, ele também escolherá manter segredo e fingir que está tudo normal.

Um dos momentos mais aguardados pelos fãs de Pantanal está prestes a acontecer. Segundo informações da Patrícia Kogut, Juma Marruá, personagem de Alanis Guillen, irá seguir os passos da mãe e se transformar em onça para se proteger de um homem.

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Tudo acontecerá quando Juma e Muda estiverem tomando um banho de rio. Um caçador de araras se aproximará das moças e tentará chegar perto da filha de Marruá. Mais que de pressa, Juma vai se defender e virar onça.

A jovem arrancará parte da orelha do homem e voltará a forma humana com a boca cheia de sangue. Segundo os resumos divulgados pela TV Globo, a cena pode ir ao ar na próxima sexta-feira (29).

*Foto: Reprodução/Instagram/@alanissguillen

Ousado está prestes a começar uma nova fase de sua vida selvagem, no Pantanal do Mato Grosso. A onça-pintada tem sua saga narrada desde que foi descoberta com queimaduras de segundo grau causadas pelos incêndios que devastaram o bioma, em 2020, e levada para tratamento em Goiás.

Há mais de um ano sendo rastreado em seu hábitat por um colar tecnológico, o animal que virou símbolo da resiliência pantaneira e do descaso da política ambiental do governo estará livre do dispositivo a qualquer momento. O fim do monitoramento marca uma vitória de pesquisadores, voluntários, ambientalistas e da própria onça. Da morte iminente à beira de um rio, ela foi salva e pôde oferecer informações preciosas sobre as condições do Pantanal após os incêndios.

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O colar foi programado para enviar por satélite a posição exata do felino a cada hora. Após 39 dias sendo tratado de ferimentos, Ousado foi devolvido ao Pantanal em 20 de outubro de 2021. Desde então, os computadores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) recebem sua posição. A programação de 400 dias de rastreio já foi vencida. O colar ainda não caiu porque são comuns alguns lapsos na contagem do prazo em razão de falhas no sinal de GPS. O dispositivo custa cerca de US$ 3 mil e, a depender do local em que cairá, será recuperado para ser reutilizado em outros animais.

Ao longo de mais de um ano, os dados gerados pelo deslocamento de Ousado possibilitaram conhecimento sobre o comportamento da onça sobrevivente e sobre o Pantanal. "Conseguimos comparar com outros machos da espécie. Todos os parâmetros estão dentro do padrão. Foi acertada a decisão de o soltarmos no mesmo lugar em que ele foi resgatado", diz Ronaldo Morato, do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap), do ICMBio.

As descobertas serão usadas para publicações científicas ligadas à conservação do Pantanal. As informações preliminares permitem algumas conclusões positivas. A primeira é a de que Ousado manteve como "área de vida" um território com tamanho muito semelhante ao esperado para uma onça macho da região. "Mesmo após o incêndio, não houve necessidade de ele aumentar seu território pois havia recursos suficientes para ele se manter. É um bom indício de que o Pantanal mostrou resiliência, manteve o número de presas, e esse animal não precisou aumentar seu território", afirmou Fernando Tortato, pesquisador da ONG Panthera, que tem acesso aos dados de satélite.

Ousado vive em uma área de cerca de 149 km² entre o Parque Encontro das Águas e as fazendas Jofre Velho e São Bento, no município de Poconé (MT). Caminha entre 2 e 3 km diariamente. Vez ou outra, atraído por fêmeas no cio, faz jornadas dez vezes maiores. É um namorador, conta a guia ambiental Eduarda Fernandes. "O Ousado é responsável por boa parte das crias que tivemos em 2021", diz a garota de 22 anos, líder da expedição que providenciou o resgate.

Estrela

Ousado virou uma estrela no Pantanal. Os turistas querem saber dele e festejam quando o avistam nos remansos com o apetrecho tecnológico no pescoço. Desde que voltou ao seu hábitat, foi visto ao menos 20 vezes por grupos de visitantes e biólogos. Os guias turísticos contam a saga da onça, iniciada em 12 de setembro de 2020.

Durante a cobertura dos incêndios, o Estadão seguiu informações de nativos e localizou a onça com queimaduras à margem do Rio Corixo Negro. Uma rede de voluntários fez o resgate. O passo a passo foi registrado em textos e imagens, do disparo da zarabatana com o tranquilizante até o bicho ser posto no barco que o levaria a uma base de apoio. Mais tarde, o tratamento veterinário moderno que teve no NEX No Extinction, uma ONG de Goiás localizada a 1,2 mil km do Pantanal. Ao menos 17 milhões de vertebrados não tiveram a mesma sorte e morreram nos incêndios, segundo estudo de órgãos como Embrapa Pantanal e Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

Cheia

É tempo de cheia no Pantanal. As planícies outrora devastadas por um fogo que não se via desde os anos 1970 deram lugar a imensos alagados. As consequências dos incêndios de 2020, porém, ainda estão ali. Uma grande quantidade de matéria orgânica morta ficou depositada, o que pode tornar o próximo fogo mais devastador. "Com a chegada das chuvas, a vegetação ficou verde novamente, o que pode dar uma falsa impressão de que o pesadelo dos incêndios florestais na região é assunto do passado", diz Cátia Nunes da Cunha, doutora em Ecologia e Recursos Naturais e pesquisadora da UFMT. 

Ousado está de volta ao Pantanal. A onça-pintada resgatada em setembro com queimaduras de segundo grau nas quatro patas foi devolvida à natureza na manhã desta terça-feira (20) após 39 dias longe da região para tratamento. A soltura ocorreu na mesma margem do Rio Corixo Negro, em Poconé, em Mato Grosso, uma das áreas atingidas pelo fogo, onde a reportagem do Estadão encontrou o felino, debilitado.

O animal de cerca de dois anos passou uma temporada no NEX, uma ONG especializada no tratamento de onças, em Corumbá de Goiás, a 80 km de Brasília. A viagem de 1,2 mil quilômetros de volta ao Pantanal foi toda feita numa van climatizada de vidros escuros. Durou 21 horas. Diferentemente do resgate, dessa vez não houve apoio de helicóptero da Marinha.

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Ousado, nome dado por ribeirinhos ao exemplar da espécie, um macho, foi encontrado às margens de um rio do Mato Grosso, em 11 de setembro. Todo o processo de resgate, desde antes da chegada de veterinários e voluntários, foi documentado.

A operação para levar Ousado de Goiás foi discreta. Uma equipe do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), chegou na cidade goiana nas primeiras horas da manhã de segunda-feira com recomendações expressas para que não houvesse publicidade das ações nas próximas horas.

Apesar de o NEX dar ampla transparência ao passo a passo do tratamento da onça nas redes sociais, o Cenap não permitiu nenhuma informação sobre a reinserção do felino à natureza. A justificativa do órgão era a de que a soltura deveria mobilizar uma quantidade mínima de pessoas para que Ousado não ficasse estressado e para que os riscos do procedimento fossem reduzidos. Na semana passada, auxiliares do presidente Jair Bolsonaro e do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, ensaiaram uma agenda oficial para que ambos participassem da soltura da onça. O compromisso, porém, acabou cancelado.

Ao final da longa viagem pelas estradas, a onça chegou à localidade de Porto Jofre, em Poconé, na extremidade final da Rodovia Transpantaneira, a cerca de 250 km de Cuiabá. Dentro de uma caixa metálica, a onça foi transferida para um barco que subiu os rios até a exata localização do resgate, nas proximidades do Parque Estadual Encontro das Águas, uma das áreas de maior incidência de onças, quase todo devastado pelo fogo que atingiu o Pantanal.

A estrutura metálica com o felino foi depositada na terra e um sistema de roldana foi montado em uma árvore para que os técnicos pudessem abrir a porta da caixa puxando um cabo de aço, sem ficarem expostos ao animal.

Ousado colocou apenas a pata direita na terra firme e permaneceu imóvel por exatos 15 segundos, observando o entorno. Constatado o reencontro com seu habitat, correu e, com um impulso, venceu o barranco para se reencontrar com a vegetação pantaneira. O animal ganhou um colar, que servirá para monitorá-lo por GPS. Técnicos do Cenap dizem que um estudo atestou as condições das imediações do parque para que o animal fosse reintroduzido com segurança. A readaptação de Ousado à natureza alimenta a esperança de pantaneiros na resiliência do Pantanal.

O regresso da onça ao Pantanal tem forte carga simbólica. Incêndios destroem o bioma há meses e sobram críticas à falta de providências adotadas pelas autoridades, especialmente federais.

A diversidade da fauna local e a preservação do bioma são fundamentais à atividade econômica da região, que atrai turistas de todo o mundo interessados na observação de animais livres.

Até aqui, a saga de Ousado é feliz. Amanaci, outra onça resgatada do Pantanal com queimaduras, ainda em tratamento em Corumbá de Goiás, não fará o mesmo caminho de volta. A fêmea teve queimaduras de terceiro grau nas patas e, apesar do moderno tratamento com células-tronco, ficou com o movimento das garras comprometido. Ela não tem mais condições de viver livre, segundo veterinários que a acompanham.

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O plano das equipes do presidente Jair Bolsonaro e do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, de fazer uma viagem ao Pantanal na próxima semana para acompanhar a soltura de uma onça-pintada que sobreviveu às queimadas foi cancelado. A ideia, revelada pelo Estadão, tinha causado mal estar entre alguns voluntários que acompanham o processo de salvamento do felino e gerado críticas nas redes sociais.

Auxiliares do presidente Bolsonaro afirmam que ele tem viagens programadas para São Paulo, no dia 21, e para o Maranhão, no dia 23. Por enquanto, não há previsão de uma nova data para ida dele ao Pantanal.

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O resgate e o tratamento do Ousado, nome dado por nativos à onça, foram providenciados e custeados por ONGs e voluntários, sem participação do governo. Autoridades federais apenas cederam o helicóptero da Marinha que tirou o animal de Poconé (MT) e o levou até Cuiabá no mês passado, antes de os cuidados serem reassumidos por grupos não governamentais.

Nas redes sociais, usuários se queixaram da possível participação do presidente na reinserção do animal na natureza porque a atuação federal na recuperação foi mínima. O governo é duramente criticado pela falta de respostas para conter as queimadas que quase mataram o felino.

Ousado, que chegou a ter queimaduras de segundo grau nas quatro patas, foi tratado na ONG NEX No Extinction. Localizada em Corumbá de Goiás, a 80 quilômetros de Brasília, a instituição é referência no cuidado a onças há 20 anos e recebeu o animal do Pantanal a pedido de técnicos do governo.

Diante de críticas sobre a possível participação do presidente e do ministro no ato de reinserção, a entidade emitiu uma nota de esclarecimento para dizer que não é proprietária da onça e não é capaz de definir como, quando e onde será a soltura.

"Avisamos aos órgãos competentes sobre a alta, solicitamos a reintrodução na natureza o quanto antes, e só. O que acontece a partir daí não nos compete", diz trecho do comunicado.

Uma das onças-pintadas resgatadas com ferimentos provocados pelo fogo no Pantanal está apta a regressar à natureza após cerca de um mês submetida a modernos tratamentos veterinários custeados por ONGs e voluntários, em Goiás. Quanto menos tempo o animal selvagem ficar enjaulado, melhor para a readaptação.

Contudo, órgãos do governo federal ainda não apresentaram um plano nem uma data para a devolução do felino ao seu hábitat. Por outro lado, está nos planos das equipes do presidente Jair Bolsonaro e do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, uma visita ao Pantanal na próxima semana para acompanhar a soltura da onça. A viagem está sendo planejada, mas ainda não está confirmada.

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Ousado, nome dado por ribeirinhos ao exemplar da espécie, um macho, foi encontrado às margens de um rio de Mato Grosso, em 11 de setembro, quando a reportagem do Estadão cobria as queimadas no Pantanal. Todo o processo de resgate, desde antes da chegada de veterinários e voluntários, foi documentado.

A possibilidade de retorno da onça tem uma carga simbólica para o bioma. Ela conseguiu escapar das chamas alcançando uma margem ainda preservada do Rio Corixo Negro. Quando foi descoberta, queimaduras de segundo grau nas quatro patas tinham minado sua habilidade para se alimentar.

Tratamentos modernos com ozônio e laser foram aplicados em dias intercalados. Agora, Ousado está forte, bem alimentado e pronto para voltar à vida selvagem. "A alta médica significa que ele não está sendo mais anestesiado. As feridas estão totalmente cicatrizadas. Agora, está na mão dos órgãos competentes decidir quando e para que região ele vai voltar", afirmou o veterinário Thiago Luczinski.

Especialista em animais silvestres, Luczinski é o responsável técnico da ONG Nex No Extinction, de Corumbá de Goiás. O local é um santuário de onças-pintadas. Ousado ficou sob cuidados da ONG, referência no País na atenção a felinos de grande porte.

Para onde

A área da devolução de Ousado é uma incógnita até o momento. O Estadão procurou a Marinha, o Ministério da Defesa, o Ministério do Meio Ambiente e o ICMBio em busca de informações sobre essa operação de regresso. A Marinha informou que "não recebeu solicitação de apoio". Os demais órgãos oficiais não se manifestaram.

Virginia Fonseca, namorada do cantor Zé Felipe, revelou que uma onça apareceu no jardim na nova casa do casal. A cena chamou a atenção dos seguidores da influenciadora digital antes mesmo que ela percebesse que o bicho estava no mesmo local que ela.

"Apareceu uma onça na minha casa nova! O mais sinistro de tudo foi que eu estava falando dos animais que tinham no condomínio, que tinha ema, porco-espinho... e a onça passou atrás e nem vi. Postei o vídeo e só vi depois as pessoas comentando", contou.

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Virginia explicou que o condomínio onde eles moram realmente tem muitos bichos ao redor, mas nunca imaginou que teria uma onça por lá.

"A gente mora em um condomínio que mora todo tipo de bicho por aqui! Aqui parece uma cidade, é o tamanho de uma cidade do interior. Aqui tem mais de dez lagoas e tem, realmente, muitos bichos. Hoje tinha uma ema na porta da casa", disse.

Ela ainda contou que conversou com Leonardo, pai de Zé Felipe, para pedir uma opinião sobre o assunto, e ele também disse achar que era uma onça passando ao fundo do vídeo: "Leo falou realmente é uma onça, pelo andar. Ele disse que havia possibilidade de ser".

Virginia ainda explicou que não é possível confirmar de fato que seria uma onça, mas todos indícios levam a crer que sim. No vídeo é possível ver a imagem em câmera lenta. "A questão é o modo como anda, cachorro não anda lento, arrastando a pata igual esse faz. É andado de onça", completou.

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Uma onça-pintada adulta foi resgatada com ferimentos e queimaduras, na região de Porto Jofre, no Pantanal mato-grossense, nessa sexta-feira (11). O animal foi encontrado por bombeiros e veterinários que trabalham na região, que vem sendo devastada por queimadas.

O transporte do animal para o hospital veterinário, localizado em Cuiabá, precisou ser feito em um helicóptero da Marinha. A onça foi conduzida pelo Batalhão de Emergências Ambientais para o Hospital Veterinário da Universidade Federal do Mato Grosso, onde ela está sendo tratada. 

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De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), as queimadas já atingiram 2,3 milhões de hectares do Pantanal. O número corresponde a 15% da extensão do bioma.

Vicente Navarrete, camponês de 64 anos de idade e morador em uma zona próxima do povoado de Valcheta, na província argentina de Rio Negro, sobreviveu na luta com uma enorme onça-parda para salvar seu cachorro.

Segundo o jornal Clarín, Navarrete já caçou pelo menos 20 onças-pardas, mas com armas de fogo e acompanhado por cães de caça. Desta vez foi diferente, já que só tinha um punhal para se defender.

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De acordo com a vítima do ataque, ele se deparou com o animal quando percorria o campo a cavalo acompanhado por seu cachorro à procura de vacas perdidas.

Navarrete ouviu os latidos e um gemido furioso, e quando se aproximou do local viu seu cachorro lutando contra um animal de grandes dimensões.

"Pesava mais de 80 quilos, nunca tinha visto nada assim, e gritava. Eu sabia que ele ia matar o meu cão. Eu lhe dei algumas facadas primeiro, tentando tirá-lo [do meu cachorro], e aí se foi e nós o seguimos", contou.

Para salvar seu cachorro, o homem saltou do cavalo e começou a lutar armado com seu punhal.

Vicente Navarrete foi encontrado 12 horas depois do incidente por policiais e bombeiros voluntários, com feridas profundas e fraturas, no entrando ao seu lado estava o corpo da onça sem vida.

Os latidos do cachorro ajudaram a equipe de salvamento a encontrar seu dono ferido.

Da Sputnik Brasil

Uma travesti foi socorrida embriagada após pular no recinto das onças no Bosque e Zoológico Fábio Barreto, em Ribeirão Preto-SP, na manhã da quinta-feira (27). Os animais estavam presos nas jaulas no momento do ocorrido. A travesti sofreu ferimentos leves. 

A invasão ocorreu por volta das 6h30, segundo nota do zoológico. A travesti chegou ao local após percorrer uma trilha em área de preservação no Parque Morro do São Bento. A invasão foi flagrada por funcionários do bosque.

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A invasora pulou o alambrado do recinto das onças e mergulho no tanque onde os animais bebem água, segundo o G1. Ela segurava uma garrafa de conhaque. Corpo de Bombeiros e guardas civis municipais negociaram com ela por cerca de 30 minutos.

Em um vídeo que circula nas redes sociais, a travesti se identifica como Nina de Oliveira. Aparentando passar por algum surto, ela diz ter gente no fundo da lagoa a esperando. "Tem gente me esperando, de tocaia, vão me dar uma gravata", diz.

Enquato falava, ela é imobilizada por trás por um guarda civil. Os bombeiros, em seguida, a colocam em uma maca. A travesti foi levada a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde foi medicada e encaminhada para acompanhamento psiquiátrico.

A Prefeitura de Ribeirão Preto informou que reforçará a segurança no local. Câmeras do zoológico não funcionam há anos.

Moradores de Triunfo, no Sertão de Pernambuco, ficaram surpresos com as imagens de uma onça parda correndo na cidade no último domingo (20). As câmeras de segurança mostram o animal correndo em alta velocidade, se assustando com um motociclista e seguindo por uma rua.

Segundo a Prefeitura de Triunfo, o fato ocorreu no bairro da Encruzilhada. Após correr pela cidade, o animal teria voltado à mata. A cidade de Triunfo é rodeada por caatinga. Não houve registro de incidentes envolvendo a onça.

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O Corpo de Bombeiros informou ter sido acionado, mas não chegou a atuar. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) negou estar procurando o mamífero, conforme informações divulgadas. Segundo o Ibama, o órgão não faz esse tipo de trabalho de resgate e a orientação é deixar que o animal volte ao seu ambiente natural.

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Uma onça-parda adulta foi resgatada pela Polícia Militar Ambiental, após ser encontrada ferida, nesta quarta-feira, 25, em uma rodovia de Ouroeste, no interior de São Paulo. De acordo com os policiais, o felino apresentava ferimentos compatíveis com atropelamento.

A onça estava machucada à margem da rodovia Percy Waldir Semeghini (SP-543). Usuários da rodovia entraram em contato com o Corpo de Bombeiros, que pediu apoio à Polícia Ambiental de Fernandópolis para a captura. O animal não conseguia se locomover por causa de um ferimento na pata.

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O exemplar foi levado para o hospital veterinário de Araçatuba, onde foi medicado e passou por exames. Conforme a Polícia Ambiental, a onça é uma fêmea jovem, pesando cerca de 30 quilos. Somente este ano, ao menos seis onças-pardas morreram em decorrência de atropelamentos em estradas paulistas.

Conforme a Polícia Militar Ambiental, nesta época do ano os acidentes envolvendo esses felinos tornam-se mais frequentes em razão das queimadas que atingem o interior. Fugindo do fogo, as onças acabam entrando em rodovias.

Dois leões, dois tigres e uma onça-pintada conseguiram fugir de um zoológico na cidade de Lünebach, no oeste da Alemanha, informou a polícia local nesta sexta-feira (1º).

Com os cinco animais soltos pelas ruas da cidade, as autoridades locais aconselharam os moradores a permanecerem dentro de suas casas e chamarem a polícia caso vissem qualquer um dos predadores.

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Segundo a imprensa alemã, os animais conseguiram fugir do zoológico Eifel devido a uma enchente provocada por uma grande tempestade que atingiu a cidade durante a noite.

Um urso também conseguiu escapar do zoológico Eifel, mas, de acordo com a mídia local, o animal foi encontrado.

O zoológico foi criado em 1965 e atualmente abriga mais de 400 animais. Anualmente, cerca de 70 mil visitantes passam por lá.

Da Ansa

Um filhote de onça parda com cerca de 20 dias foi entregue à Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), nesta quinta-feira (12), para ser devolvido ao seu habitat. O animal foi encontrado sem a mãe na área rural de Exu, município do Sertão de Pernambuco.

O mamífero foi localizado por agricultores sertanejos junto com outro filhote. Segundo a CPRH, os dois animais chegaram a receber cuidados na casa do agricultor durante uma semana, mas um deles não sobreviveu. O outro foi entregue à Polícia Militar Ambiental em Crato, no Ceará.

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A onça ainda recebeu tratamento médico veterinário no Ceará antes de ser entregue à CPRH. Como o filhote é muito novo, pesando aproximadamente 300 gramas, ainda não se sabe se é macho ou fêmea.

Diego – Em setembro de 2016, a CPRH cuida de outro filhote de onça parda suçuarana, que recebeu o nome de Diego. Segundo a CPRH, o animal chegou muito assustado por ter perdido contato com a mãe e teve calcificação óssea. O animal está se recuperando bem, mas não há previsão de quando poderá ser solto na mata pernambucana. 

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Dois filhotes de onça-pintada nasceram no Refúgio Biológico Bela Vista, em Foz do Iguaçu (PR), entre a tarde de ontem (28) e a manhã de hoje (29). A reprodução desses felinos em cativeiro é um evento raro e a espécie é ameaçada de extinção.

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Os bebês onça, que ainda não têm nome, são filhos de Nena e Valente, que vivem no refúgio mantido pela Hidrelétrica de Itaipu Binacional. A fêmea chegou ao local há apenas três meses.

Após constatarem a gravidez, os veterinários levaram Nena a um local reservado do refúgio e agora mãe e filhotes estão em uma espécie de maternidade do Zoológico Roberto Ribas Lange. Para não estressar os animais, o refúgio só fará fotos dos novos moradores na semana que vem. Em março, os bichos poderão ser vistos em visitações ao local.

Os dois filhotes são melânicos, ou seja, têm a pele completamente preta, como a mãe, e diferentes do pai, que é pintado.

Os profissionais do Refúgio Bela Vista já vinham tentando, sem êxito, a reprodução de filhotes de onça-pintada em cativeiro.

Além da família de Valente e Nena, o refúgio já abrigou mais quatro onças-pintadas. A mais antiga no local, Juma, que chegou em 2002, morreu no começo deste ano.

Localizado na fronteira do Brasil com a Argentina, onde estão as Cataratas, o Parque Nacional do Iguaçu é a única reserva de grande porte no Sul do País que abriga a espécie.

Onça-pintada

A onça-pintada (Panthera onca) é um felino da família Feliade. É carnívoro, pode chegar aos 2,1 metros de comprimento, 90 centímetros de altura e pesar em média 150 quilos. A espécie vive às margens de rios e também em ambientes campestres, desde o sul dos Estados Unidos até a Argentina.

O dia era 24 de junho, 2014, uma manhã ensolarada de inverno. As armadilhas já estavam na mata havia 20 dias, mas nada de capturar uma onça-pintada. Resignados, os pesquisadores já faziam a ronda para recolher os laços quando uma delas finalmente apareceu, na última armadilha de uma estrada de terra do Parque Estadual Carlos Botelho: uma fêmea adulta, de aproximadamente 5 anos, 54 quilos e olhos cor de mel, destinada a se tornar um ícone científico - e talvez um mártir - da luta pela conservação dos últimos grandes remanescentes de Mata Atlântica do País.

Os cientistas rapidamente sedaram o animal, tiraram suas medidas, coletaram amostras de sangue e afivelaram uma coleira de GPS ao seu pescoço - algo nunca feito com uma onça-pintada na Mata Atlântica. Tranquila, ela levou cinco horas para acordar da anestesia e voltar para a mata, o que lhe rendeu o apelido de Soneca. Pelos quatro meses seguintes, os pesquisadores acompanharam seus passos via satélite, vendo-a perambular por várias unidades de conservação do Vale do Ribeira e da Serra de Paranapiacaba, no sul do Estado de São Paulo. Até que ela desapareceu, misteriosamente, em 21 de outubro de 2014. Ainda não se sabe o que aconteceu, mas a suspeita é que ela tenha sido morta por palmiteiros.

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O último sinal de vida do colar foi enviado de uma região remota do Parque Estadual Nascentes do Paranapanema (Penap), sem qualquer trilha ou estrada de acesso. "O que aconteceu com ela dali pra frente é um mistério", diz a bióloga Beatriz Beisiegel, do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão responsável pelo projeto.

Em junho, a reportagem do jornal O Estado de S.Paulo se ofereceu para organizar uma expedição até o local, na esperança de levantar pistas sobre o que aconteceu: se Soneca foi mesmo morta por palmiteiros, como sussurram os moradores, ou se o colar parou de funcionar.

Para isso, uniram-se forças com o ecólogo Alexandre Martensen, o "pai biológico" do Penap, que deu início ao processo de criação do parque em 2010 e mora às margens dele, em Ribeirão Grande. A área onde a onça desapareceu, porém, é tão remota que nem ele nem o mateiro a conheciam. Levamos nove horas para chegar até lá, abrindo picadas no meio da selva.

Chegamos ao ponto com a luz do dia já quase esgotada. O cenário parece saído de um conto de fadas: uma grota de floresta virgem, cortada por uma nascente de águas rasas e cristalinas, com uma leve neblina de fim de tarde começando a se formar. Vestindo camiseta laranja e um par de galochas pretas, Beatriz escala o barranco à nossa frente e levanta uma antena sobre sua cabeça. Mesmo com o sinal de GPS interrompido, a coleira emite um sinal de rádio pelo qual é possível rastreá-la, como a caixa-preta de um avião. Beatriz vira a antena para lá e para cá, com o ouvido colado ao rádio, mas não escuta nada. Nenhum sinal da Soneca.

A pesquisadora torce para que tudo não passe de uma falha técnica, mas não descarta a possibilidade de Soneca ter sido assassinada. Na semana que o sinal desapareceu, emergiu das comunidades locais um boato de que palmiteiros haviam matado "uma onça com colar" na região. "Uma coincidência forte demais para ser ignorada", pondera Beatriz.

A caça e a extração ilegal de palmito são problemas crônicos na Mata Atlântica, até nas unidades de conservação do Estado. Se Soneca teve o azar de cruzar caminhos com um palmiteiro armado, é bem possível que tenha levado um tiro. Especialmente no Penap, que passados três anos da sua criação não possui nem uma placa sinalizando sua existência, muito menos guardas. "É um parque de papel", lamenta Martensen.

Apesar do silêncio do rádio, a viagem não foi em vão. Se por um lado não encontramos sinal do colar, também não havia sinais de trilhas clandestinas ou extração ilegal de palmito na área onde Soneca desapareceu, o que diminui a probabilidade de ela ter sido morta por palmiteiros naquele ponto da selva.

A hipótese de mau funcionamento do GPS não pode ser descartada, mas se Soneca estivesse viva Beatriz acredita que ela já teria passado por alguma das armadilhas fotográficas que ela mantém espalhadas pela região. A não ser que ela tenha se deslocado para alguma outra área distante.

Distância não seria problema. Se tem uma coisa que os cientistas sabem sobre essa onça é que ela gostava de andar, e muito. Nos quatro meses em que o colar funcionou, Soneca circulou por uma área de mais de 700 quilômetros quadrados, atravessando cinco áreas protegidas: os Parques Estaduais Carlos Botelho, Intervales e Nascentes do Paranapanema; a Estação Ecológica de Xituê e a reserva particular Fazenda Nova Trieste.

Ao todo, o colar registrou e enviou mais de 1,2 mil pontos de localização, quase todos eles bem no interior da mata. Raramente Soneca se aproximava das bordas da floresta, como se quisesse manter distância do homem - o que, aparentemente, não evitou que ela fosse morta.

Importância

As implicações desse monitoramento para as políticas de conservação da Mata Atlântica são imensas. Já faz tempo que os cientistas propõem que as onças-pintadas circulam por grandes áreas de floresta, maiores do que qualquer unidade de conservação que resta no bioma, e por isso é preciso planejar a gestão dessas áreas de maneira integrada; mas faltavam dados brutos para demonstrar isso. Graças às andanças de Soneca, não faltam mais.

"Os dados da Soneca cumprem um papel que, institucionalmente, a gente nunca conseguiu cumprir, que é fazer com que esse mosaico todo se integre", diz o gestor do Parque Estadual Carlos Botelho, José Luiz Camargo Maia. "Ela está fazendo muita gente acordar."

"Temos de explorar bem essas informações para saber o que pode estar levando esse animal a usar uma área tão grande", afirma Ronaldo Morato, chefe do Cenap-ICMBio e especialista em felinos.

Uma razão, segundo Morato, poderia ser a falta de alimento, causada pelo esgotamento da fauna da Mata Atlântica, obrigando a onça a caminhar longas distâncias para encontrar uma boa refeição, ou um parceiro para acasalar. Pesquisadores estimam que haja não mais do que 20 onças-pintadas circulando por toda a Serra de Paranapiacaba. "É uma população pequena demais para ser viável", avalia Beatriz. A espécie é considerada criticamente ameaçada de extinção na Mata Atlântica. Na Serra do Mar, já praticamente desapareceu. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Equipes de médicos veterinários do Hospital Veterinário da Universidade Estadual Paulista (HV/Unesp) tentam salvar um raro exemplar de onça parda atropelado na madrugada desta quinta-feira, 3, no quilômetro 328 da rodovia Marechal Rondon (SP-300), em Agudos, no interior de São Paulo.

O animal, um macho, adulto, de aproximadamente cinco anos e 46 quilos corre risco de morrer por causa de graves ferimentos. "Ele sofreu fraturas nos ossos dos membros posterior e inferior e também um traumatismo craniano, que nos preocupa muito", disse o médico veterinário Carlos Roberto Teixeira, coordenador do Centro de Medicina e Pesquisas em Animais Selvagens (Cempas) do hospital.

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Os médicos fariam nesta manhã exames de raios X para verificar as fraturas nos membros e tomografia computadorizada e exames complementares, para avaliar a extensão e gravidade da lesão no crânio. A equipe também estuda a possibilidade de pedir auxílio a médicos neurologistas de humanos para auxiliar na tarefa de avaliar as condições de saúde do animal.

"Vamos fazer o que pudermos para tentar salvá-lo, não podemos perder um animal desses, pois se trata de um belo exemplar, que há muitos anos eu não via um como este, mas infelizmente é uma pena porque a situação dele é crítica", disse Teixeira.

Os ferimentos foram provocados pela batida de VW Gol, com placas de Lençóis Paulista (SP). O motorista, não conseguiu frear a tempo de evitar o choque. A Polícia Rodoviária não divulgou a identidade do motorista, mas disse que ele está bem, embora o carro tenha sofrido "danos de grande monta".

Depois do atropelamento, equipes do Corpo de Bombeiros e do Zoológico de Bauru, resgataram o animal e o levaram ao zoo, onde recebeu os primeiros socorros para depois ser transferido ao Hospital Veterinário da Unesp de Botucatu.

Um filhote de onça parda com queimaduras por todo o corpo foi resgatado pela Polícia Ambiental, após ser encontrado pelo funcionário de uma usina de Tupã, no oeste paulista, em área de canavial queimado para colheita, na segunda-feira, 16. O felino, um macho de dois meses, foi sedado e levado para o santuário da Associação Protetora dos Animais Silvestres de Assis (Apass). A entidade já havia recebido, dois dias antes, outro filhote de onça parda com a ponta do rabo cortada por uma colhedora de cana-de-açúcar numa fazenda da região.

Para a ambientalista Natália Thomaz de Godoi, diretora da Apass, as ocorrências mostram que a redução das matas no interior paulista está levando os felinos a se adaptarem a um novo habitat: as 'florestas' de cana. "Temos agora seis onças pardas em nossas instalações, todas resgatadas em canaviais", disse. Quatro espécimes, entre eles o filhote que teve parte da cauda decepada, foram encaminhados pelo mesmo grupo, que tem duas usinas na região. "A gente sabe que o problema ocorre na maioria das usinas, mas poucas socorrem os animais feridos. Em muitos casos, acabam de matar e enterram no meio da cana", disse a diretora.

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O veterinário que trata o filhote resgatado em Tupã verificou que ele já havia sido queimado cerca de dez dias antes, pois tinha feridas cicatrizadas na orelha e nas patas. "Ele provavelmente escapou do fogo refugiando-se na cana crua, que dias depois também foi queimada." Segundo ele, na ausência das matas, os canaviais oferecem às onças pardas um ambiente favorável à reprodução. "Espécies que são presas, como a lebre e a pomba do mato, também se abrigam na cana."

O aumento na população de onças nos canaviais levou o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) a assinar um acordo com a União da Indústria Canavieira (Única), que agrega grande parte dos usineiros paulistas, para a proteção da onça parda. A parceria, firmada no final de junho deste ano, terá duração de dois anos e vai capacitar os técnicos das usinas associadas sobre como proceder em caso de acidentes com os felinos. Está prevista a construção de um centro para a reabilitação de animais, visando posterior reintegração à natureza e monitoramento via satélite. A parceria reforça a manutenção de matas ciliares e de reserva legal nas propriedades.

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