Nesta quarta-feira (19) é comemorado o Dia Nacional da Inovação. O Brasil ocupa o 54º lugar no Índice Global de Inovação (IGI) que abrange 132 países. Mesmo ganhando três posições no ranking, na comparação com 2021, os investimentos na área têm caído a cada ano e a posição brasileira está abaixo da melhor marca atingida – o 47º lugar em 2011. A classificação é divulgada anualmente, desde 2007, pela OMPI (Organização Mundial da Propriedade Intelectual, WIPO na sigla em inglês) em parceria com o Instituto Portulans e o apoio de parceiros internacionais – no caso do Brasil, a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Os dez países mais bem colocados no índice são: Suíça, Estados Unidos, Suécia, Reino Unido, Holanda, Coreia do Sul, Singapura, Alemanha, Finlândia e Dinamarca. Quando comparado com outros países da América Latina, o Brasil fica em segundo lugar, atrás do Chile.
##RECOMENDA##O tema do IGI em 2022 é o futuro da inovação: estagnação ou recuperação da produtividade. O IGI é calculado a partir da média de dois parâmetros. O subíndice ‘Insumos de inovação’ avalia os elementos da economia que viabilizam e facilitam o desenvolvimento de atividades inovadoras, agrupados em cinco pilares: Instituições; Capital humano e pesquisa; Infraestrutura; Sofisticação do mercado e Sofisticação empresarial. Já o subíndice ‘Produtos de inovação’ capta o resultado efetivo das atividades inovadoras no interior da economia e se divide em dois pilares: Produtos de conhecimento e tecnologia e Produtos criativos.
Para o presidente do CNI, Robson Braga de Andrade, esse enfoque é relevante para o Brasil, considerando os desafios que o país vem enfrentando para aumentar sua produtividade, em declínio há décadas. De acordo com o autor do livro “Startup Law – Direito & Economia do Conhecimento” e ex-diretor de Inovação e Competitividade do Porto Digital, João Falcão, o olhar do índice é restrito a ecossistemas. Ele defende que hoje a inovação é do conhecimento, pós-industrial e, por isso, “a inovação deveria ter um impacto mais amplo no país como um todo”, diz ele na obra.