Tópicos | Ollanta Humala

A Procuradoria peruana confiscou cinco imóveis e congelou contas bancárias do ex-presidente Ollanta Humala e de sua mulher, Nadine Heredia, investigados por supostas contribuições da Odebrecht, uma semana após deixarem a prisão.

A Procuradoria explicou que os imóveis, situados em Lima ou nos arredores, serão entregues ao Programa Nacional de Bens Confiscados "em razão do fato de supostamente terem sido adquiridos com dinheiro ilícito". O julgamento do casal deve ocorrer em julho.

##RECOMENDA##

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente do Peru Ollanta Humala e a ex-primeira dama Nadine Heredia podem ser libertados hoje após nove meses detidos acusados de recebimento de propina em um esquema de corrupção envolvendo a empreiteira brasileira Odebrecht.

O advogado Julio Espinoza informou que está na Suprema Corte do Peru um pedido de habeas corpus em favor de Humala e Nadine. O casal teve a prisão preventiva decretada em julho de 2017 em decorrência de um processo de investigação por lavagem de dinheiro relacionada à doações irregulares de campanha da Odebrecht.

##RECOMENDA##

Humala negou a participação no crime e disse que a ordem de prisão é abuso de poder, já a esposa dele alegou que faltavam provas  e que a prisão não passava de uma arbitrariedade. A construtora declarou em Curitiba, no Paraná, que apoiou o ex-presidente peruano.

 De acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a Odebrecht é investigada por suposto repasse de recursos em contratos de diversos projetos em países como a Argentina, Angola, Brasil, Colômbia, Equador, Guatemala, México, Moçambique, Panamá, Peru, Venezuela e República Dominicana.

O ex-presidente de Peru Ollanta Humala negou nessa quarta-feira (12) ter recebido o financiamento da empresa Odebrecht na campanha eleitoral que o levou a ganhar a Presidência do país em 2011, tal como afirmou o ex-presidente da companhia Marcelo Odebrecht à Justiça do Brasil. As informações são da agência de notícias EFE.

Humala declarou aos jornalistas, na porta de sua casa em Lima, que não tem ideia de qual é a motivação de Marcelo Odebrecht e do ex-diretor da empresa no Peru Jorge Barata para fazer essas afirmações, que, segundo o ex-presidente, "não estão certas".

##RECOMENDA##

"O que nós fizemos na campanha é que nos reunimos com todos os grupos empresariais, e nos reunimos em embaixadas, nas sedes institucionais, e vieram a nossas sedes, mas não houve financiamento nesse momento, senão o teríamos reportado", assegurou Humala.

O ex-presidente (2011-2016) acrescentou que não via "maior transcendência no tema, em que o empregador corrobora o que diz o empregado", visto que Jorge Barata também confessou essa suposta contribuição de US$ 3 milhões ao promotor peruano Hamilton Castro, como foi divulgado em fevereiro passado. "Estamos colaborando com as investigações e mostrando uma conduta nesse sentido no Ministério Público e no Congresso", disse o ex-presidente.

Segundo a delação que Odebrecht fez à Justiça e divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo, ele admitiu que, perante um pedido do então ministro Antonio Palocci, teria entregado "via Setor de Operações Estruturadas, US$ 3 milhões ao candidato à Presidência do Peru Ollanta Humala" para a campanha presidencial de 2011.

Segundo as declarações de Jorge Barata divulgadas pela imprensa em fevereiro, as contribuições foram feitas a pedido do PT, do ex-presidente Luiz Inácio Lula Da Silva, e algumas foram entregues pessoalmente à Nadine Herédia, esposa de Humala.

O ex-presidente peruano informou que sua relação com o ex-presidente Lula foi de "identificação ideológica, mas não entraram em temas econômicos". Horas antes, Nadine declarou para a imprensa local que Marcelo Odebrecht e Jorge Barata não estão certos e que também não podem comprovar o que dizem.


A ex-primeira dama acrescentou que Odebrecht e Jorge Barata pertencem a uma mesma empresa, que "quer salvar suas operações no Peru" e que "tudo o que foi dito [por ambos] tem que ser corroborado" pelas autoridades peruanas. Nesse sentido, pediu que se quebre seu sigilo bancário e se faça uma verificação sobre a existência de alguma empresa offshore com a qual se possa confirmar as acusações da empresa brasileira.

A Promotoria peruana investiga Humala e Nadine, líderes do Partido Nacionalista Peruano (PNP), por lavagem de dinheiro ao supostamente terem gerenciado um financiamento ilegal de sua legenda política durante as campanhas para as eleições presidenciais de 2006 e 2011.

Um juiz peruano determinou que o ex-presidente Ollanta Humala se reporte a cada 30 dias à Justiça como garantia de que não fugirá do país, enquanto durar o processo por lavagem de ativos aberto contra ele.

Humala enfrenta um processo por lavagem de ativos que chega a US$ 1,5 milhão, valor que teria sido enviado do Brasil e da Venezuela para sua campanha eleitoral.

A decisão do juiz Richard Concepción foi tomada na sexta-feira à noite, depois de acolher o pedido de comparecimento restringido para Humala feito pelo procurador Germán Juárez. O ex-presidente governou o Peru por cinco anos e ficou no poder até 28 de julho passado.

Humala não poderá se mudar e deve pagar uma caução de 50.000 soles (cerca de US$ 15 mil) como garantia de que irá a todas as audiências e de não se ausentará do país ao longo do processo. Sua mulher, Nadine Heredia, também está sendo investigada.

A audiência de sexta-feira durou dez horas. O ex-presidente, que não compareceu à sessão, foi representado por seu advogado Julio César Espinoza, que apelou da decisão. Humala nega as acusações.

O órgão da Procuradoria responsável pela lavagem de ativos investiga o casal pelo uso de US$ 1,5 milhão, que teriam sido enviados de Venezuela e Brasil para suas campanhas eleitorais de 2006 e de 2011. O valor não foi declarado. Nos dois casos, Humala concorreu pelo Partido Nacionalista, fundado junto com a mulher.

A tese da Procuradoria peruana é que o dinheiro ilegal da Venezuela seria procedente do Tesouro Público desse país durante o governo de Hugo Chávez. No caso do Brasil, sua origem estaria ligada às empreiteiras Odebrecht e OAS.

A condenação pelo crime de lavagem de ativos pode levar a uma pena que varia de oito a 15 anos de prisão.

Humala assumiu a presidência em julho de 2011, prometendo expor em praça pública o funcionário que fosse condenado por corrupção.

O presidente do Peru, Ollanta Humala, nomeou três novos ministros para o gabinete de governo, após a demissão na semana passada dos ministros da Defesa, Interior e Produção. Ollanta nomeou José Antonio Urquizo Maggia para ministro da Defesa.

Ele substituirá o general Alberto Otárola, que renunciou na semana passada, após fortes críticas da oposição e da imprensa à operação militar lançada contra a guerrilha maoista do Sendero Luminoso na província de La Convención, em Cuzco.

##RECOMENDA##

Urquizo Maggia era ministro da Produção do governo Ollanta e analistas notaram hoje que ele tem pouca experiência nas questões da segurança e defesa. O presidente também nomeou o general da reserva Wilber Calle Girpón ministro do Interior, que tem sob seu poder a polícia. Ollanta também nomeou Gladys Triveño Chan Jan como ministra da Produção. Ela era vice-ministra da pasta. Na década de 1980 e começo da de 1990, a guerrilha do Sendero e a repressão militar deixaram 70 mil mortos no Peru. Atualmente, os remanescentes da guerrilha operam em regiões remotas do país, aliados ao narcotráfico.

As informações são da Dow Jones.

O presidente do Peru, Ollanta Humala, disse neste sábado(14) que o país e o resto da América Latina precisam diversificar suas economias a fim de se tornarem menos vulneráveis a flutuações de preços das commodities, das quais a região é uma grande produtora.

Falando para uma audiência de líderes empresariais e chefes de Estado na Sexta Cúpula das Américas, Humala convidou os investidores a ajudarem o Peru com sua meta de diversificação, afirmando que o país tem regras claras para investimentos.

##RECOMENDA##

"O Peru abre as portas para muitas oportunidades da América Latina", disse o presidente peruano, acrescentando que investimentos de prazo mais longo contribuem para ao desenvolvimento do país.

Humala declarou também que a desigualdade na América Latina é muito alta, tornando as ligações entre fronteiras e de compartilhamento de tecnologia muito importantes. Como outros países da região, o Peru tem tentado equilibrar a condução para projetos de investimento com a necessidade de preservar as culturas centenárias e proteger o meio ambiente. As informações são da Dow Jones.

A oposição peruana e colunistas de jornais criticaram nesta terça-feira a mudança de prisão de Antauro Humala, irmão do presidente Ollanta Humala, do presídio de segurança máxima de Piedras Gordas para uma cadeia em uma escola militar. Antauro, como Ollanta, é um ex-oficial do Exército. Ele foi condenado a 19 anos de prisão por ter liderado em 2005 uma tentativa de golpe de Estado contra o então presidente Alejandro Toledo.

Os críticos afirmam que a mudança de Antauro tem como objetivo permitir que o condenado tenha mais privilégios. Já o governo afirma que a mudança ocorreu para dar mais segurança a Antauro e às visitas que o ex-militar recebe.

##RECOMENDA##

Analistas políticos dizem que a percepção de que o governo favorece Antauro, que é da família do presidente, poderá atingir a popularidade do mandatário. A pesquisa mais recente feita pelo instituto Ipsos-Apoyo deu a Ollanta uma aprovação de 59%.

Antauro Humala liderou um grupo de homens armados, alguns dos quais oficiais do Exército, na tomada de uma delegacia de polícia na cidade montanhosa de Andahuaylas em 2005, executando quatro policiais no processo. O objetivo alegado do ataque era derrubar o governo democraticamente eleito do presidente Alejandro Toledo.

"Enquanto recebermos a garantia de que a vida de Antauro Humala estava em perigo em Piedras Gordas, muitas pessoas continuarão convencidas de que essa mudança é um privilégio por ser irmão do presidente" escreveu o diário de economia Gestión em editorial nesta terça-feira.

Em 2000, Antauro e Ollanta lideraram juntos uma tentativa de golpe de Estado contra Alberto Fujimori, que na época governava autoritariamente. Ollanta Humala assumiu a presidência em 2011 para cinco anos de mandato, após ter vencido as eleições presidenciais.

As informações são da Dow Jones.

O governador do departamento (estado) de Cajamarca, no norte do Peru, Gregório Santos, propôs uma reunião com o presidente do país, Ollanta Humala, e com vários ministros para discutir o impasse no projeto de mineração Conga, rechaçado pela população. Santos propôs a Ollanta que a reunião aconteça no dia 28, próxima segunda-feira, em local que o mandatário escolher, informou o jornal El Comercio de Lima. O departamento enfrenta um impasse e 10 mil pessoas protestaram contra a mineração na quinta-feira. Os moradores afirmam que a abertura da mina de ouro contaminará as fontes aquíferas.

Humala prometeu "resolver as dúvidas" da população e disse que é possível ter os lucros da extração do ouro e a água ao mesmo tempo. "Podemos ter os dois. Vou resolver as dúvidas de cada um de vocês."

##RECOMENDA##

Escolas e negócios estavam fechadas e ônibus não circulavam nas ruas da cidade andina de Cajamarca, 870 quilômetros a nordeste de Lima, no protesto contra o Projeto Conga, de US$ 4,8 bilhões, comandado pela norte-americana Newmont. Na cidade de mais de 200 mil habitantes, 10 mil pessoas protestavam, muitas delas estudantes e fazendeiros.

A Newmont também controla a Yanacocha, maior mina de ouro da América do Sul, 70 quilômetros ao norte de Cajamarca.

Um grupo de cerca de 1.500 manifestantes ateou fogo a um depósito, mesmo com a polícia na área, segundo fontes da empresa. Não há informações sobre feridos. Os protestos foram realizados por todo o departamento, que tem uma população de 1,4 milhão.

"É uma greve geral", afirmou Wilfredo Saavedra, chefe da Frente de Defesa Ambiental de Cajamarca, coalizão de grupos liderando os protestos. "Sem o ouro você pode viver, sem a água você morre", dizia um cartaz de um dos manifestantes. "A água pertence ao povo, não às companhias mineradoras."

O conflito ocorre no momento em que o presidente Ollanta Humala tenta equilibrar as necessidades da população que o elegeu, principalmente a classe trabalhadora e mais pobre, com as demandas do setor de mineração, o motor do crescimento da economia peruana nos últimos anos. "O abuso das marchas mineiras gera um clima de desconfiança que polariza e divide o Peru entre ouro ou água", afirmou Humala na capital.

O Projeto Conga, de extração de ouro e cobre, envolve a transferência de água de quatro lagos localizados nas montanhas para reservatórios construídos pela companhia. Os moradores dizem que esses reservatórios não substituem os lagos de maneira adequada, e notam que os lagos fornecem água para a agricultura e a pecuária.

Em 2010, a mineração gerou cerca de US$ 15 bilhões no Peru, e este ano as exportações no setor de mineração devem ficar acima de US$ 25,5 bilhões, segundo números do governo.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando