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A oposição peruana e colunistas de jornais criticaram nesta terça-feira a mudança de prisão de Antauro Humala, irmão do presidente Ollanta Humala, do presídio de segurança máxima de Piedras Gordas para uma cadeia em uma escola militar. Antauro, como Ollanta, é um ex-oficial do Exército. Ele foi condenado a 19 anos de prisão por ter liderado em 2005 uma tentativa de golpe de Estado contra o então presidente Alejandro Toledo.

Os críticos afirmam que a mudança de Antauro tem como objetivo permitir que o condenado tenha mais privilégios. Já o governo afirma que a mudança ocorreu para dar mais segurança a Antauro e às visitas que o ex-militar recebe.

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Analistas políticos dizem que a percepção de que o governo favorece Antauro, que é da família do presidente, poderá atingir a popularidade do mandatário. A pesquisa mais recente feita pelo instituto Ipsos-Apoyo deu a Ollanta uma aprovação de 59%.

Antauro Humala liderou um grupo de homens armados, alguns dos quais oficiais do Exército, na tomada de uma delegacia de polícia na cidade montanhosa de Andahuaylas em 2005, executando quatro policiais no processo. O objetivo alegado do ataque era derrubar o governo democraticamente eleito do presidente Alejandro Toledo.

"Enquanto recebermos a garantia de que a vida de Antauro Humala estava em perigo em Piedras Gordas, muitas pessoas continuarão convencidas de que essa mudança é um privilégio por ser irmão do presidente" escreveu o diário de economia Gestión em editorial nesta terça-feira.

Em 2000, Antauro e Ollanta lideraram juntos uma tentativa de golpe de Estado contra Alberto Fujimori, que na época governava autoritariamente. Ollanta Humala assumiu a presidência em 2011 para cinco anos de mandato, após ter vencido as eleições presidenciais.

As informações são da Dow Jones.

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